Sustentabilidade
Dessecação sequencial é essencial para o controle de plantas adultas de losna-do-campo – MAIS SOJA

Com crescente participação na região Sul do Brasil, a losna-do-campo, também conhecida como cravorana (Ambrosia artemisiifolia) tem se tornado uma das principais plantas daninhas em lavouras produtoras de grãos. Mesmo que até então não haja registro de casos de resistência dessa planta daninha a herbicidas no Brasil, sabe-se que há relatos de falhas de manejo e dificuldades de controle de algumas populações de losna-do-campo, principalmente relacionado ao uso do herbicida glifosato.
Com estatura variando entre 15 cm e 1,5 m (Up. Herb, 2024), as plantas adultas tornam-se mais difíceis de controlar, exigindo a adoção de estratégias específicas para um manejo eficaz, especialmente no caso do controle químico com o uso de herbicidas.
Figura 1. Planta adulta de losna-do-campo (Ambrosia artemisiifolia).
Conforme destacado por Mário Bianchi, pesquisador da CCGL, uma das principais e mais eficientes estratégias de manejo para o controle eficiente de plantas adultas de losna-do-campo é a aplicação sequencial de herbicidas. No geral, herbicidas auxínicos apresentam bom nível de controle da losna-do-campo, principalmente quando associados ao glifosato. Contudo, para um controle efetivo dessa planta daninha, especialmente no estádio adulto, a aplicação sequencial com herbicidas de contato como Glufosinato de Amônio ou Diquat, sucedendo a aplicação de herbicidas auxínicos é essencial para o sucesso do controle.
Embora não seja considerada uma planta daninha de difícil controle, para o controle efetivo da losna-do-campo no estádio adulto, a necessidade de aplicações sequenciais de herbicidas é indiscutível. Já no desenvolvimento inicial da planta daninha, resultados de pesquisas desenvolvidas pela CCGL demonstram que controles iguais ou superiores a 90% da losna-do-campo (± 20 cm) são obtidos com aplicações únicas com glifosato + 2,4-D + saflufenacil (35 g ha-1) + imazetapir; glifosato + 2,4-D + flumioxazina + imazetapir e com glifosato + 2,4-D + saflufenacil (35 g ha-1) + diclosulam. Já na losna-do-campo com ± 35 cm de altura são eficazes glufosinato, glifosato + 2,4-D + glufosinato, glifosato + 2,4-D + saflufenacil (49 g ha-1) e glifosato + triclopir + saflufenacil (49 g ha-1), sendo fundamental a realização de aplicações sequenciais em plantas adultas de losna-do-campo, para a obtenção de níveis de controle superiores a 90% (Bianchi, 2020).
Logo, ao realizar o controle de plantas adultas de losna-do-campo na dessecação que antecede a semeadura da soja, é crucial utilizar herbicidas auxínicos no controle, seguidos pela aplicação sequencial de herbicidas de contato.
Confira abaixo as orientações do pesquisador da CCGL Mário Bianchi.
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Referências:
BIANCHI, M. A. DESSECAÇÃO DE LOSNA-DO-CAMPO (Ambrosia elatior). CCGL, Boletim Técnico, n. 83, 2020. Disponível em: < https://www.upherb.com.br/ebook/Boletim%20T%C3%A9cnico%2083%20(M.Bianchi,%202020).pdf >, acesso em: 28/04/2025.
UP. HERB. PLANTAS DANINHAS: CRAVORANA. Up. Herb: Academia das Plantas Daninhas, 2024. Disponível em: < https://www.upherb.com.br/int/cravorana>, acesso em: 28/04/2025.
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Sustentabilidade
Milho/Cepea: Com cenário favorável no campo, comprador se mantém afastado – MAIS SOJA

A colheita de milho da safra de verão avança, enquanto o clima tem favorecido o desenvolvimento das lavouras da segunda temporada. De acordo com pesquisadores do Cepea, esse cenário tem pressionado as cotações do cereal, à medida afasta compradores das aquisições de novos lotes – esses agentes têm expectativa de que o atual movimento de desvalorização do cereal persista.
Pesquisadores do Cepea lembram que, até meados de março, as dificuldades logísticas, a retração de vendedores e as preocupações com estoques curtos vinham mantendo os valores em patamares mais elevados e também fizeram com que partes dos compradores – com receio de desabastecimento – aceitasse adquirir o milho a preços maiores. No entanto, desde abril, o cenário mais favorável no campo tem mantido compradores afastados do spot e os preços, em queda. Segundo pesquisadores do Cepea, neste começo de maio, as desvalorizações externa e do câmbio, que reduzem a paridade de exportação, reforçaram a pressão sobre os valores domésticos.
Fonte: Cepea
Autor:Cepea
Site: CEPEA
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Sustentabilidade
Após passagem de frente fria pelo Sul e Sudeste, tempo aberto predomina em boa parte do Brasil na semana – Rural Clima – MAIS SOJA

De acordo com o alerta agroclimático da Rural Clima, após a passagem de uma frente fria pelo Sul e Sudeste, o tempo aberto predomina em boa parte do Brasil na semana. O agrometeorologista Marco Antonio dos Santos destaca que a atuação de uma massa de ar polar favorece a queda da temperatura na região Centro-Sul nos próximos dias.
Santos afirma que chuvas pontuais podem atingir hoje o noroeste de São Paulo Triângulo Mineiro, nordeste do Mato Grosso do Sul e o sul de Goiás. Ao longo da semana, as chuvas devem prosseguir no extremo Norte do Brasil.
No dia 20, uma nova frente fria deve avançar e levar chuvas ao sul do Brasil. Assim, na próxima semana, as precipitações podem atingir o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Rondônia e Goiás.
Estados Unidos
Santos informa que as chuvas devem continuar atingindo as regiões produtoras dos Estados Unidos nos próximos 15 dias, mas de forma mais irregular.
As chuvas devem ficar mais concentradas na faixa leste do cinturão produtor, enquanto na faixa central do país as precipitações devem ficar um pouco mais irregulares.
Fonte: Arno Baasch / Safras News
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Sustentabilidade
Chicago/CBOT: Soja fechou em alta com rodada de negociações entre EUA e China – MAIS SOJA

Por T&F agroeconômica, comentários referentes à 09/05/2025
FECHAMENTOS DO DIA 09/05
O contrato de soja para julho, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,65%, ou $ 6,75 cents/bushel a $ 1051,75. A cotação de agosto, fechou em alta de 0,70% ou $ 7,25 cents/bushel a $ 1047,25. O contrato de farelo de soja para julho fechou em baixa de -0,20 % ou $ -0,6 ton curta a $ 294,1 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em alta de 0,25 % ou $ 0,12/libra-peso a $ 48,57.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou o dia em alta, mas o acumulado da semana em baixa. As cotações da oleaginosa conseguiram uma recuperação nas duas últimas sessões, com o acordo comercial com o Reino Unido sendo anunciado e com a reunião marcada entre o governo americano e chines neste final de semana. No entanto, o saldo semanal ainda foi negativo. A plena disponibilidade da safra brasileira no mercado internacional é um fator de pressão sazonal sobre os preços da soja.
No entanto, essa semana pode ser decisiva para os preços dos grãos de modo geral. Dois fatores esta semana vão demandar a atenção do operador de soja.
- 1. O boletim de oferta de demanda do USDA, onde se espera uma redução dos estoques americanos.
- 2. Os resultados da reunião entre EUA e China realizado na Suíça este final de semana, onde “avanços foram feitos”.
A China é maior comprador mundial de soja. Com isso a soja fechou o acumulado da semana em baixa de -0,59% ou $ -6,25 cents/bushel. O farelo de soja em queda de -0,94% ou $ -2,8 ton curta. O óleo de soja perdeu -1,74% ou -0,86 libra-peso no período.
Análise semanal da tendência de preços
FATORES DE ALTA
a) Mercado estima produção e estoques menores: Na próxima segunda-feira, o USDA divulgará seu relatório mensal de estimativas agrícolas, que incluirá suas projeções para 2025/2026 pela primeira vez. Como acontece antes de cada relatório oficial, os investidores privados anteciparam os números que acreditam que a agência projetará. Para a soja dos EUA, eles previram produção e estoques finais em 118,06 milhões de toneladas e 9,85 milhões de toneladas, abaixo dos 118,84 milhões de toneladas e 10,21 milhões de toneladas estimados pelo USDA para a temporada atual.
b) Otimismo moderado do mercado em relação à primeira reunião formal entre autoridades americanas e chinesas neste fim de semana na Suíça. A premissa explicitamente apoiada pelo vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng e pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, que participarão da reunião, é “aliviar” as tensões e depois passar a discutir acordos comerciais específicos.
FATORES DE BAIXA
a) Humor de Trump: Independentemente do que acontecer na cúpula, tudo dependerá do humor do presidente dos EUA, Donald Trump, que já demonstrou grande capacidade de queimar pontes e levar as negociações de volta à estaca zero. Em sua conta bastante ativa no Truth Social, o magnata escreveu pela primeira vez hoje: “A CHINA DEVERIA ABRIR SEU MERCADO PARA OS EUA — SERIA MUITO BOM PARA ELES! MERCADOS FECHADOS NÃO FUNCIONAM MAIS!” E então outra mensagem: “Uma tarifa de 80% sobre a China parece correta!”
b) A posição do governo chinês permanece firme: E, em segundo lugar, o governo chinês tem repetidamente afirmado que se os Estados Unidos realmente desejam resolver o problema por meio do diálogo e da negociação, “devem parar de ameaçar e pressionar, e se envolver em um diálogo com a China com base na igualdade, respeito e benefício mútuo”. Um presidente que lança discursos ofensivos nas redes sociais, após ter declarado em uma coletiva de imprensa 48 horas antes que “não estava aberto a eliminar as tarifas de 145% sobre a China”, não parece ter muito interesse em resolver a crise, mas sim em agravá-la. Por outro lado, para fins comerciais, com tarifas de 145%, 125% ou 80%, quão competitivos os produtos de um país e de outro devem se tornar para serem efetivamente trocados?
c) Pressão sul-americana: No âmbito estritamente agrícola, o mercado segue pressionado pela entrada da soja sul-americana no mercado e pelas condições climáticas favoráveis para o plantio da safra 2025/2026 nos Estados Unidos.
d) No Brasil esta pressão da safra também está mantendo os preços baixos, embora com leve viés de alta.
Fonte: T&F Agroeconômica
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