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Saúde divulga dados do 3º Quadrimestre de 2024 em Cuiabá

A Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá (SMS) realizou, na tarde desta sexta-feira (25), a apresentação do Relatório Detalhado do 3º Quadrimestre de 2024, em audiência pública na Câmara Municipal. A secretária municipal de Saúde, Lúcia Helena Barboza, foi a responsável por conduzir a exposição dos dados referentes ao período de setembro a dezembro de 2024.
O relatório apresentou a produção geral dos serviços de saúde próprios, contratados e conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), além de informações sobre auditorias realizadas e execução orçamentária e financeira do período. Todos os secretários adjuntos da SMS participaram da audiência, assim como os vereadores Michelle Alencar, que presidiu a sessão, Ildes Taques e Alex Rodrigues.
Durante sua fala, Lúcia Helena explicou a importância da audiência. “Essa audiência é o cumprimento de uma formalidade legal que dispõe que, a cada quadrimestre, a gestão pública da saúde tem que vir à Câmara dos Vereadores para apresentar os números da gestão daquele período. Então hoje eu vim aqui para apresentar os números do último quadrimestre da gestão do prefeito anterior”.
A secretária destacou pontos preocupantes identificados nos dados, especialmente relacionados à saúde mental, às principais causas de internações e aos tipos de morbidade que mais afetam a população. Segundo ela, doenças do aparelho digestivo, aparelho respiratório e traumas por acidentes continuam liderando as causas de internações hospitalares, lotando as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
Outro ponto de atenção levantado pela secretária foram as causas de óbitos registrados no período. “Chama muito a atenção o volume de óbitos por tumores, principalmente de mama, próstata e colo de útero. São doenças preveníveis. Se você faz seu exame preventivo periodicamente, como o CCO, a mamografia e o exame de próstata, é possível evitar esses óbitos. O tratamento precoce faz uma diferença muito grande, mas infelizmente ainda não temos isso na proporção que deveríamos”.
Lúcia Helena também comentou sobre o desafio de apresentar um relatório de uma gestão anterior. “É meio frustrante fazer isso, porque, na verdade você vai dar explicações daquilo que você não fez. A impressão que a gente tem é de que os recursos não foram utilizados da maneira ideal. Os números mostram como encontramos a saúde no início da gestão. Foi um trabalho verdadeiro o que levamos, e acredito que os vereadores conseguiram ver de forma fiel a realidade. Agora temos a obrigação de modificar esse cenário”.
A secretária reforçou que a atual gestão está focada em fortalecer a atenção primária, com um olhar mais cuidadoso para saúde mental e estratégias de prevenção de doenças, buscando alterar o perfil epidemiológico da cidade e melhorar o atendimento à população.
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Agricultura regenerativa trabalha mais em harmonia com a natureza, diz consultor

O Brasil conta com mais de nove milhões de hectares destinados à agricultura regenerativa somente em soja e milho, além de outros para a produção permanente, como café e citrus e até mesmo floresta plantada.
Conforme Ronaldo Trecenti, engenheiro agrônomo e consultor em agricultura sustentável, hoje há um pacote tecnológico que possibilita a mudança da agricultura convencional para a regenerativa. Ele destaca ainda, em entrevista ao Direto ao Ponto nesta quinta-feira (15), que, inclusive, é possível observar melhora na produtividade e redução de custos.
“É uma agricultura mais baseada na biologia. Não que você não use químico, mas procuramos substituir os químicos por biológicos, por bioinsumos”.
O especialista frisa que assim como qualquer outra atividade, a agricultura regenerativa necessita de um bom planejamento para ter sucesso.
“Eu acho que é pré-requisito. Se for pegar uma área de pastagem degradada para fazer a recuperação com o uso desses insumos, às vezes fazemos a correção nessa área um ano e no segundo ano já entra com as culturas”, diz ao programa do Canal Rural Mato Grosso.
Ainda faltam métricas quanto ao sequestro de carbono
Sobre a questão do crédito de carbono, Ronaldo Trecenti salienta que o assunto é algo novo no Brasil e que por isso “como não temos as métricas do quanto nós sequestramos ou deixamos de emitir nas diversas culturas, atividades, a agricultura nem entrou na questão do mercado oficial”.
Apesar disso, ele frisa que já existem iniciativas para a agricultura no mercado voluntário, principalmente no segmento de floresta.
“Que sequestra carbono a gente sabe que sim. Temos um projeto aprovado, uma iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária junto com a Federação Brasileira do Sistema de Plantio Direto, que em março deste ano foi apresentada a primeira parte dos resultados que mensurou a questão do sequestro de carbono e a redução da emissão nos biomas brasileiros. Os resultados mostraram que no sistema de plantio direto, quando é bem conduzido, nós conseguimos acumular mais carbono que a mata nativa”.
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Segunda safra exige fé e estratégia de produtores em Mato Grosso

A segunda safra de milho em Mato Grosso tem exigido fé e estratégia dos produtores. A temporada 2024/25 da cultura é marcada por atrasos devido ao clima, perda de janela ideal, pragas e preços que não cobrem o elevado custo de produção. Na região sul do estado, há quem chegou a reduzir a área em 1,1 mil hectares em relação ao planejado, por exemplo, para evitar maiores prejuízos.
Gerson dos Santos, gerente de produção da fazenda São Jerônimo em Itiquira, conta ao Patrulheiro Agro desta semana que a propriedade possui 500 hectares de milho em risco.
“Já era para o milho estar cheio. Choveu bastante na colheita e atrasou o plantio por causa da chuva. Acabou perdendo a janela de plantio. Nesses 500 hectares tem que chover, se não perde e o investimento foi grande”, diz.
Na fazenda foram cultivados nesta safra 1,4 mil hectares de milho, aproximadamente 1,1 mil hectares a menos do planejado para essa temporada.
”Aqui na região de Itiquira tem muitas fazendas que tem milho até menor que o nosso e plantou até mais tarde. Tem que chover para produzir e o milho é uma cultura que precisa de muita água. Na época certa, choveu bastante, só que agora cortou”, explica Gerson.
Agricultor na região sul do município, Osvaldo Pasqualotto diz que o plantio da soja atrasou pouco e que devido às chuvas, alongou a maturação.
“Isso fez com que a safrinha de milho ficasse um pouco atrasada. A gente optou esse ano em duas áreas nossas, fazendo uma safra normal de milho. Ele foi plantado em dezembro e estamos inclusive colhendo esse milho para aproveitar preço, prevendo que no futuro daqui um mês, dois, quando entrar realmente a safrinha o preço caia bastante”, afirma.
O agricultor cultivou 15 mil hectares de milho entre as propriedades localizadas nas regiões sul e norte de Mato Grosso.
Para ele, os preços até podem se manter, mas quando entrar a segunda safra a tendência é que eles caiam. “Nossa estratégia foi vender bastante lá atrás, quase 80%da nossa produção estimada está vendida”.
Em Campo Novo do Parecis, o presidente do Sindicato Rural de Campo Novo dos Parecis, Antônio Cesar Brólio, pontua que com o atraso na colheita de soja, o plantio da segunda safra de milho e de algodão foi afetado em até 40%.
“Até agora no fim de abril houve bons volumes de chuvas, agora em maio já cortou, já começou a ficar escassa. Precisa de uma umidade boa, pelo menos de uns 10, 15 dias para frente, principalmente, no algodão, porque senão realmente as médias para fechar em cima dessas colheitas não serão boas”, afirma.
Para evitar o risco de plantar o milho dentro de uma janela arriscada, a produtora Carina Ceolin mudou a estratégia e entrou com feijão e gergelim para a exportação. No milho semeou 1,4 mil hectares, 385 hectares de milho pipoca, 485 hectares de feijão e 80 hectares de gergelim.
“Algumas tecnologias do ano passado já não deram um resultado tão bom, então a gente resolveu tirar, usar tecnologia de ponta e acabou que não deu certo. A gente fez entre 3 a 4 aplicações, aí começa entrar doenças, começa a ter os descontos, isso vai refletir no final da safra”, frisa.
Em nova estimativa, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta que a área cultivada com milho nesta safra em Mato Grosso ultrapassa pouco mais de 7 milhões de hectares (7,113 milhões de hectares).
O número representa um aumento de 4,58% em relação à safra 23/24, desta extensão 15% foi semeada fora da janela considerada ideal.
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Intenção de confinamentos em MT apresenta redução de 24,99% quando comparado a 2024

O primeiro levantamento das intenções de confinamento, realizado em abril, fechou em 669,44 mil animais no cocho, uma queda de 24,99% em relação a outubro de 2024. Segundo a pesquisa realizada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a perspectiva mostra também um volume 7,65% inferior em relação à projeção no mesmo período do ano passado.
A retração na perspectiva de volume confinado, segundo o Instituto,é normal nos primeiros levantamentos do ano.
Apesar da alta no preço do boi gordo, a relação de troca com o principal insumo energético (o milho que encareceu devido a alta demanda e queda na produção da safra 2023/24), reduziu, aumentando o custo da diária confinada para R$ 12,42 por cabeça por dia.
A pesquisa mostra que 69,57% dos entrevistados, de um total de 115 participantes, já haviam decidido realizar a terminação em confinamento. Por outro lado, 23,48% não irão confinar animais para engorda, enquanto 6,96% ainda não tomaram uma decisão definitiva até o momento.
A redução concentra nos confinamentos de médio porte, enquanto confinadores com estruturas menores e maiores indicaram aumento na intenção de confinar. Conforme o Imea, se os preços do boi gordo continuarem avançando, o número de confinadores intermediários tende a ser ajustado nos próximos meses do ano.

Já na previsão de envio de animais para abate, a maior concentração está projetada para ocorrer no 2º trimestre do ano, com 35,72% do total de gado projetado para engorda em confinamento.
Aumento custo da diária e proteção de preços
Com a valorização do milho, observa-se na pesquisa um aumento na diária de confinamento em relação ao consolidado de 2024 que sai de R$ 11,84 por cabeças por dia para R$ 12,42 por cabeça por dia.
Essa valorização do milho está fortemente relacionada à crescente demanda por parte das usinas e a queda na produção na safra 2023/24.
Neste ano, conforme o Imea, o uso da bolsa de valores como ferramenta de proteção recuou de forma significativa. Em 2024, 22,75% dos entrevistados relataram ter utilizado essa estratégia. Já em 2025, o percentual caiu para 4,55%.
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