Connect with us
. . . . . . . . . . . . . . . 25 de May de 2025

Business

Ela venceu o câncer e virou referência na produção de pimentas ardidas

Published

on


É no Sítio Novos Ares, em Jangada, que a paixão pelo campo é capaz de superar qualquer obstáculo. A produtora Dagomar Rockenbach, já foi uma das maiores produtoras de hortaliças do município, mas após ser diagnosticada com câncer, precisou reduzir o tempo de trabalho. Sem a hipótese de ficar parada sem trabalhar, investiu no cultivo de pimentas ardidas e se tornou referência. 

Pimenta-malagueta, habanero, pérola-negra e até mesmo a scorpion, considerada uma das três mais ardidas do mundo, fazem parte da produção da Dagomar. 

A vinda da agricultura para a propriedade foi há quatro anos. Sempre em busca de trabalho, já foi chefe de cozinha durante sete anos em Santa Catarina e até pelo Rio de Janeiro já percorreu. 

Por ser mãe solo de quatro filhos, a preguiça nunca existiu na sua caminhada.

“Espero que aqui seja a minha última morada, não tenho intenção nenhuma de sair daqui. É um lugar especial para mim”, conta ao Senar Transforma desta semana. 

Dos quase 200 hectares da propriedade, a produtora sobrevive com a renda do que produz, em apenas um hectare. Uma parte do sítio, é arrendada para arcar com os custos dos estudos dos filhos. 

“Quando eu decidi vir morar aqui, não tinha nada. Consegui arrumar a casa e vim embora trazendo a minha mudança. Eu tinha R$ 30 para investir, cerquei um hectare e segui. Meu compadre, é técnico agrícola e me ajudou com dois canteiros bem adubados e um dia começamos a plantar”, diz. 

De início o plantio era só de rúcula e como a abundância da hortaliça era muita, resolveu doar a uma tia que tem um restaurante. “Quando ela falou pra mim que queria mais e que iria comprar de mim, eu falei ‘taí’. Vou trabalhar com uma horta”. 

Ao enxergar a oportunidade, o cultivo que seria para subsistência, se tornou comercial. Da rúcula, a produção se expandiu para batata doce, mandioca, abóbora. 

Após um ano, a Técnica de Campo do Senar Mato Grosso da ATeG Olericultura, Manoela Albino, chegou para somar no sítio da Dagomar. 

Quando Manoela chegou ao sítio da Dagomar a produção foi aumentando e a comercialização chegou às feiras e supermercados. 

“Eu comecei a plantar com mais facilidade porque a gente vai aprendendo técnicas que facilitam o nosso trabalho”, comenta a produtora. 

Manoela conta ao Canal Rural Mato Grosso que o começo foi desafiador e seu maior medo, era não conseguir dar o devido suporte na propriedade. A alternativa foi trabalhar com a agricultura de baixo custo.

Nos primeiros seis meses de trabalho da técnica, a cobertura de solo já foi trabalhada na propriedade da Dagomar. 

“A cobertura de solo diminui a irrigação, ataque de pragas e doenças porque abafa a população de daninhas que é um abrigo mas compete por nutrientes com as plantas”, conta Manoela. 

De início eram 30 canteiros e com o tempo, esse número multiplicou por cinco, chegando a 150 canteiros de hortaliças. A técnica de campo da ATeG Olericultura explica que apesar de ser a maior produtora da região, não atendia a demanda. 

A solução foi eliminar alguns canteiros e cultivar mais onde teria retorno para a Dagomar. A produção então, foi proporcional ao aumento financeiro dela. “Reduziu custos e aumentou a produtividade e ela precisou ver para crer”. 

Foi então que no auge da atividade, com os 150 canteiros produzindo bem e trazendo renda para a produtora, uma notícia inesperada tornou ainda mais emblemática a força e determinação da Dagomar. 

“Veio a notícia do câncer de mama e eu tive que dar uma freada. No início eu conseguia trabalhar mesmo fazendo os exames e a Manoela chegou para mim e disse que em algum momento eu teria que parar. Mas parar para mim não era uma opção”. 

Superação diante dos obstáculos

A permanência no campo exigiu mudanças e adaptações, mas apesar disso, o trabalho tem dado muito certo e os resultados, são surpreendentes.

Quando recebeu o diagnóstico médico e soube que o tratamento não seria tão simples, a Dagomar precisou rever a rotina puxada de quem cuidava sozinha de 150 canteiros de hortaliças. 

Três vezes na semana a produtora ia para a cidade vender de porta em porta seus produtos e aos sábados, vendia na feira. Além disso, ia duas vezes ao supermercado fazer as entregas das hortaliças. 

Apesar de entender que era preciso colocar um pé no freio, ela não aceitou interromper o trabalho no campo. Foi então que a técnica de campo do Senar Mato Grosso, trouxe uma solução para o entrave. 

Dagomar conta que a Manoela sugeriu mudar de cultura e focar na produção de pimentas. 

Na época, a técnica de campo explicou para a agricultora que no auge do tratamento de câncer, a pimenta estaria produzindo e que não precisaria de tanto esforço, como as hortaliças. “Vou seguir os conselhos da nossa técnica e vou mudar”. 

De acordo com a técnica da ATeG Olericultura, o manejo da pimenta não deve ser feito em alta temperatura e sim, em um horário mais fresco do dia. Indo de encontro com a situação de Dagomar que não podia pegar mais sol. 

“Eram para ser até cinco canteiros e hoje temos mais que isso. Nós temos aqui cerca de 20 variedades de pimentas e hoje, ela está se tornando a maior produtora de pimentas ardidas da região. O que ela faz hoje, foi a solução para não parar de produzir. Essa é a empresa dela, então não podia parar”, conta Manoela. 

A pimenta deu um retorno melhor que as hortaliças. 

“Uma semana de pimenta equivale a praticamente 15 dias de ciclo das hortaliças. É uma feliz surpresa ver que a alternativa secundária, vem se tornando a principal fonte de renda dela. A gente não vende só em natura e no quilo, vende na grama e em conserva. Tudo é comercializado em Cuiabá porque a competitividade e preços são melhores”. 

Atualmente a propriedade possui 150 pés de pimentas que produzem, em média, 40 quilos por semana. O quilo vendido in natura gira em torno de R$ 40. Em conserva, varia de R$ 15 a R$ 20. 

Já a pimenta desidratada é comercializada em pequenos potes, com 20 gramas do produtos a R$ 6 cada. 

Na colheita, os pés de pimentas chegam a um quilo do produto.

Novos projetos para um novo estilo de vida

A clientela da Dagomar, aumentou e atende a demanda. Os novos projetos para o futuro é o aumento da produção das pimentas. O próximo passo, é a produção de geléias de pimentas com alguma fruta.

A expansão agora, conforme Manoela, será para o plantio de pitaya. 

“Eu estou feliz e estou no lugar e na hora certa. Estou onde eu gostaria de estar. Isso aqui é o meu refúgio, meu paraíso e sou muito feliz aqui. Amo esse lugar”.  

+Confira programas Senar Transforma em nossa playlist no YouTube

+Confira outras matérias do Senar Transforma

+Confira as pílulas do Senar Transforma


Clique aqui, entre em nossa comunidade no WhatsApp do Canal Rural Mato Grosso e receba notícias em tempo real.

Continue Reading

Business

Lula anuncia liberação de R$ 5 bilhões da BR-163 em Mato Grosso

Published

on

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou a conclusão das obras de duplicação da BR-163 durante visita à Mato Grosso na manhã deste sábado (24). Na ocasião, foi anunciada a liberação de aproximadamente R$ 5 bilhões para as obras em 454 quilômetros da rodovia federal, considerada a espinha dorsal do estado.

O recurso será viabilizado por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e repassado ao governo de Mato Grosso, responsável pela execução do projeto desde maio de 2023, quando assumiu a concessão do trecho de 850 quilômetros entre a divisa com Mato Grosso do Sul e Sinop.

O empréstimo no valor de R$ 5 bilhões havia sido aprovado em dezembro de 2024, mas somente agora foi liberado.

O anúncio ocorreu durante o lançamento do Programa Solo Vivo, no Assentamento Santo Antônio da Fartura, em Campo Verde.

“Essa BR-163 começou no meu segundo mandato. Se resolveu fazer um acordo com o governo do estado para ele tocar essa obra. Eu peço a Deus, governador, que você termine essa estrada, para que eu possa um dia trafegar nela”, declarou Lula.

Além da liberação do financiamento para a BR-163, foi anunciado pelo presidente Lula um investimento de R$ 600 milhões para o Rodoanel de Cuiabá, além do projeto do Contorno Leste da capital.

BNDES libera R$ 29 bilhões para Mato Grosso

O presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, ressaltou a importância de Mato Grosso para o Brasil, uma vez que o estado sozinho é responsável por 30% da produção agrícola do país e conta com um rebanho bovino que supera 30 milhões de cabeças, cerca de 10 cabeças de gado para cada habitante do estado.

Segundo Mercadante, R$ 29 bilhões foram aprovados em crédito para o estado desde o início do governo Lula, dos quais R$ 14 bilhões para a indústria.

“O milho esse ano, a chamada safrinha, vai ser 133 milhões de toneladas [Brasil]. Nunca antes na história do Brasil tanto milho foi produzido. Uma das razões é o crédito agrícola. A outra é a agroindústria”.

Ainda conforme Mercadante, recentemente quatro usinas de etanol de milho foram financiadas pelo BNDES.

“À medida que temos uma indústria em Mato Grosso, nós estamos gerando valor agregado, recolhendo impostos, gerando mais empregos e estabilizando a vida do produtor rural, porque o preço ficou mais estável”.

O presidente do BNDES destacou ainda que tem “feito um esforço muito grande para fortalecer o desenvolvimento econômico do Mato Grosso, com crédito, apoio à agricultura, à agroindústria e à infraestrutura. No primeiro trimestre deste ano, liberamos R$ 1,768 bilhão em crédito agrícola para o estado. Isso significa mais recursos para quem produz, mais emprego, renda e desenvolvimento para o campo e para as cidades”.


Clique aqui, entre em nossa comunidade no WhatsApp do Canal Rural Mato Grosso e receba notícias em tempo real.

Continue Reading

Business

Lula lança programa Solo Vivo em Mato Grosso

Published

on


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou neste sábado (24) em Campo Verde, Mato Grosso, o Programa Solo Vivo. A ação tem como investimento inicial R$ 42,8 milhões e foco na recuperação de áreas degradadas destinadas à agricultura familiar no estado, proporcionando aumento de produtividade, competitividade e redução das desigualdades na produção rural.

O lançamento ocorreu no Assentamento Santo Antônio da Fartura, no município.

O programa contemplará assentamentos em diferentes regiões do estado e é uma parceria entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) com a Federação dos Trabalhadores da Agricultura do estado de Mato Grosso (Fetagri-MT), que será responsável pela gestão do projeto, e o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), que desempenha estudos técnicos de análise e correção do solo.

Conforme o presidente Lula, o que está sendo feito “é oferecer ao povo brasileiro qualidade de vida”.

“O que essas máquinas vão provar é que não é que o pequeno produtor é incompetente e o grande produtor é competente. É preciso acabar com essa falácia. O que o pequeno produtor não tem são as mesmas condições de comprar os equipamentos que tem o grande produtor”.

O presidente Lula frisou ainda que a partir do momento em que os pequenos produtores tiverem acesso à tecnologia passarão a produzir a mesma quantidade que os grandes.

“Portanto, essas entregas de títulos e máquinas são um novo começo das coisas que vão acontecer aqui no Brasil”, salientou Lula.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, pontuou que a iniciativa do Programa Solo Vivo é robusta e terá impacto direto na vida de muitas pessoas.

“Nós estamos lançando aqui o alicerce para se produzir”, disse ele, lembrando a construção da Embrapa na Baixada Cuiabana.

Para 2025 a projeção para a produção agropecuária é superar 110 milhões de toneladas. “Ao longo desses últimos seis anos tenho muito orgulho de Mato Grosso. Nos últimos anos investimentos pesadamente na agricultura familiar. Levamos asfalto para atender as comunidades”, declarou o governador do estado, Mauro Mendes.

Durante o lançamento do programa do governo federal, Mauro Mendes anunciou a captação de financiamento de aproximadamente R$ 500 milhões junto ao Banco Mundial. O montante, segundo o gestor do estado, será destinado para a agricultura familiar.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Mato Grosso é projeto piloto

De acordo com o Mapa, Mato Grosso é o estado piloto do programa, com 10 assentamentos contemplados nesta fase inicial, nos municípios de Campo Verde, Alto Araguaia, Poconé, Rosário Oeste, Barra do Bugres, São Félix do Araguaia, Matupá, Juína, Pontes e Lacerda e São José dos Quatro Marcos.

Na primeira etapa do Programa Solo Vivo em Mato Grosso cerca de 800 a 1.000 famílias serão atendidas, em propriedades com média de 10 a 15 hectares cada, dentro dos assentamentos.

Entre os diferenciais do Solo Vivo, destaca o Ministério da Agricultura, é o time de profissionais que o compõe, como professores, pesquisadores e técnicos especializados nas áreas de ciência do solo, sustentabilidade, sistemas agrícolas e geotecnologias.

Na avaliação do presidente do Fetagri-MT, Divino Martins, o programa no estado “será um espelho para o país”.

Presidente Lula e ministro Carlos Fávaro Lançamento programa solo vivo campo verde foto Ricardo Stuckert / PR
Foto: Ricardo Stuckert / PR

Entrega de títulos e maquinários

Além do lançamento do Programa Solo Vivo, foram realizadas as entregas de máquinas agrícolas pelo Programa Estratégico de Fortalecimento Estrutural de Assentamentos Rurais e Sustentabilidade da Agricultura Familiar. O programa é uma parceria entre o Mapa e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que beneficia 38 municípios mato-grossenses.

Também foram entregues pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) 78 títulos de domínio a famílias assentadas, beneficiando os moradores do Assentamento Santo Antônio da Fartura, em Campo Verde, e do Assentamento Salete Strozac, em Guiratinga. Tais imóveis titulados somam uma área de 1.764,86 hectares.

“O que hoje foi feito aqui é um exemplo. A agricultura de Mato Grosso é muito potente. Mas, o mundo carece de alimentos e a nossa tarefa é alimentar o Brasil e alimentar o mundo”, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.


Clique aqui, entre em nossa comunidade no WhatsApp do Canal Rural Mato Grosso e receba notícias em tempo real.

Continue Reading

Business

Colheita do milho em Mato Grosso começa com atraso

Published

on

A colheita da safra 2024/25 de milho teve início em Mato Grosso há duas semanas. Até o momento as máquinas passaram por apenas 0,31% dos 7,113 milhões de hectares semeados nesta temporada.

Os números foram divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) na tarde desta sexta-feira (23). O relatório mostra que em relação à média histórica dos últimos cinco anos, os trabalhos atuais estão atrasados. A média é de 0,98%.

Ao se comparar com o ciclo 2023/24 o atraso é de 1,63 ponto percentual. A colheita do milho da safra passada no estado teve início na semana do dia 10 de maio.

Mato Grosso nesta temporada semeou 7,113 milhões de hectares com o cereal, 4,58% a mais que no ciclo passado. A perspectiva é uma produtividade média de 114,54 sacas por hectare, 0,91% a menos que a média final da 2023/24.

A produção esperada é de 48,885 milhões de toneladas, como já destacado pelo Canal Rural Mato Grosso. O volume representa um aumento de 3,63% ante o consolidado de 47,171 milhões de toneladas da safra 2023/24 e se aproxima do recorde do ciclo 2022/23 de 52,504 milhões de toneladas.

Ao se analisar a colheita do milho por regiões, os trabalhos no estado estão ocorrendo no médio-norte, que já colheu 0,62% da área, no norte com 0,44%, oeste com 0,37% e noroeste com 0,19%.


Clique aqui, entre em nossa comunidade no WhatsApp do Canal Rural Mato Grosso e receba notícias em tempo real.

Continue Reading

Agro MT