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. . . . . . . . . . . . . . . 23 de May de 2025

Sustentabilidade

Pesquisa aponta árvores que se adaptam melhor às mudanças climáticas

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Uma pesquisa do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) identificou espécies de árvores na Grande São Paulo com maior capacidade de resistência aos efeitos das mudanças climáticas. O estudo analisou folhas de 29 espécies de árvores nativas em fragmentos urbanos e periurbanos da Mata Atlântica, revelando seis espécies potencialmente tolerantes.

Essas espécies poderão ser consideradas para a arborização urbana no futuro, desde que atendam a outros critérios, como resistência a patógenos e pragas, além de características de crescimento da copa e das raízes. Os testes foram realizados tanto em campo quanto em laboratório.

Espécies de árvores mais tolerantes identificadas até o momento:

  • Cupania vernalis – Camboatá ou Camboatã
  • Croton floribundus – Capixingui ou Tapixingui
  • Eugenia cerasiflora – Guamirim
  • Eugenia excelsa – Pessegueiro-bravo
  • Guapira opposita – Maria-mole
  • Myrcia tijucensis – Guamirim-ferro

“Compreender quais espécies são mais resistentes aos estressores ambientais é fundamental para o planejamento urbano e a conservação da biodiversidade em regiões metropolitanas”, destaca a pesquisadora do Instituto de Pesquisas Ambientais, Marisa Domingos, que supervisionou o estudo.

O grupo de pesquisa do IPA está começando um novo projeto que visa aprimorar o protocolo de métodos, incluindo novos biomarcadores para classificar o nível de tolerância de árvores nativas da floresta atlântica ao estresse urbano.

O estudo também ampliará o número de espécies analisadas, incluindo aquelas utilizadas em projetos de restauração florestal, e realizará experimentos em câmaras de crescimento para avaliar a resistência das árvores à deposição de poluentes e a eventos climáticos extremos.

O trabalho faz parte do Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa (PDIP), financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), dentro do projeto “Desafios para a conservação da biodiversidade frente às mudanças climáticas, poluição e uso e ocupação do solo”.

Segundo os pesquisadores, o estudo contribui como orientação para ações de reflorestamento em ilhas de calor, a preservação da biodiversidade e apoio à formulação de políticas públicas.

“Investir em pesquisa científica e inovação é essencial para desenvolver soluções sustentáveis e eficazes que garantam a resiliência das cidades e a conservação da biodiversidade”, destaca o coordenador do Instituto de Pesquisas Ambientais, Marco Aurélio Nalon.

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Sustentabilidade

Danos dos tripes na floração de soja – MAIS SOJA

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Considerada uma das principais pragas da soja, o tripes, possui a capacidade de causar perdas de produtividade de até 25% na cultura. As principais espécies de expressão econômica são a espécie Frankliniella occidentalis, a Frankliniella schultzei e a Caliothrips sp. (Zanattan; Nunes; Madaloz, 2023).

A praga apresenta curto ciclo de vida, podendo acometer a soja ainda nos estádios iniciais do desenvolvimento das plantas. Condições de estiagem favorecem o desenvolvimento dos tripes, tornando necessário realizar o controle químico da praga para reduzir as perdas de produtividade.

O curto ciclo de vida é em média de 15 dias, fato que contribui para a elevada proliferação da praga. No caso de F. schultzei, os adultos se reproduzem por partenogênese e cada fêmea coloca em média 75 ovos (Sosa-Gómez et al., 2014).

As folhas atacadas pelos tripes apresentam pontuações prateadas, um sintoma típico da alimentação dessa praga. Além dos danos diretos causados pela raspagem do tecido foliar, os tripes podem provocar prejuízos ainda maiores ao atuarem como vetores de doenças, especialmente do vírus associado à “queima-do-broto”, que pode comprometer seriamente o desenvolvimento da soja e reduzir o potencial produtivo da lavoura  (Sosa-Gómez et al., 2014).

Figura 1. Danos característicos de tripes em soja.

Além dos danos ao dossel da cultura, um estudo conduzido por Neves e colaboradores (2022) demonstrou que os tripes também são capazes de reduzir estruturas fisiológicas da planta importantes para a formação dos grãos, mais especificamente, as flores. Analisando os níveis de dano econômico para tripes em soja, com aplicações de inseticidas por aeronaves e tratores, os autores observaram haver uma relação entre a densidade de tripes e a redução do número de flores de soja. A unidade de amostra utilizada no estudo consistia em uma bandeja de 40x25x3cm, totalizando 0,1 m². As amostragens foram realizadas no dossel da cultura (figura 2).

Figura 2. A) Estádios fenológicos das plantas de soja, (B) amostragem da densidade de tripes usando uma bandeja plástica, (C) avaliação das perdas devido ao abortamento de flores.
Fonte: Neves et al. (2022)

Os resultados obtidos por Neves et al. (2022) demonstram que, para cada 2,44 tripes por amostra, perde-se 1% de flores de soja por abortamento. Os danos observados durante o período reprodutivo da soja indicam que esse é o período fenológico em que os danos realmente ocorrem. Assim, Frankliniella schultzei e Caliothrips phaseoli, mesmo em densidades observadas de até oito indivíduos por amostra, causaram perdas por meio da queda de flores.

Além disso, observou-se que, em plantas atacadas por tripes, os grãos de pólen tendem a se aglutinar, o que também contribui para o aborto floral (Neves et al., 2022). A redução do número de flores impacta diretamente a formação do número de legumes por planta, reduzindo consequentemente a produtividade da cultura.

Figura 3. Regressão linear das perdas de rendimento (%) em função da densidade de tripes em plantas de soja na fase reprodutiva. Cada círculo representa os dados de uma das 80 repetições.
Adaptado: Neves et al. (2022)

Com relação ao nível de dano econômico (NDE) para Frankliniella schultzei e Caliothrips phaseoli, embora esse valor possa variar de acordo com os custos de controle, para as condições do presente estudo, Neves et al. (2022) concluem que, o  NDE para o controle via aplicação trataorizada é de 3,43 tripes por amostra, enquanto que o NDE para o controle via aplicação aérea é de 4,53 tripes por amostra.

De acordo com as recomendações de manejo para a cultura da soja, orienta-se o que o controle químico dos tripes seja realizado quando atingir o nível de infestação de aproximadamente 20 tripes por folíolo.

Confira o trabalho completo de Neves e colaboradores (2022) clicando aqui!


Veja mais: Controle químico de tripes em soja


Referências:

NEVES, D. V. C. et al. ECONOMIC INJURY LEVELS FOR CONTROL DECISION-MAKING OF THRIPS IN SOYBEAN CROPS (Glycine max (L.) Merrill). Research, Society and Development, 2022. Disponível em: < https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/32114 >, acesso em: 23/05/2025.

SOSA-GÓMEZ, D. R. et al. MANUAL DE IDENTIFICAÇÃO DE INSETOS E OUTROS INVERTEBRADOS DA CULTURA DA SOJA. Embrapa, Documentos, n. 269, 2014. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/991685/1/Doc269OL.pdf >, acesso em: 23/05/2025.

ZANATTA, F.; NUNES, M.; MADALOZ, J. OCORRENCIA DE TRIPES NAS CULTURAS DE SOJA E MILHO. PIONNER AGRONOMIA, CROP FOCUS, 2023. Disponível em: < https://www.pioneer.com/content/dam/dpagco/pioneer/la/br/pt/files/Crop_focus_ocorrncia_de_tripes_em_soja_e_milho.pdf >, acesso em: 23/05/2025.


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Sustentabilidade

RS: Colheita do arroz atinge 97,96% da área semeada – MAIS SOJA

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A colheita do arroz no Rio Grande do Sul, principal produtor do grão no Brasil, está próxima de ser concluída. Até o momento, 97,96% da área semeada no estado, que corresponde a 970.194 hectares, foram colhidos, segundo dados atualizados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) obtidos nesta quinta-feira (22).

Os números refletem o bom andamento da safra em praticamente todas as regiões produtoras. Na Campanha, a colheita atingiu 99,49%, enquanto na Fronteira Oeste, uma das principais áreas produtoras do estado, o índice chegou a 99,30%.

Na Zona Sul, os trabalhos estão praticamente concluídos, com 99,85% da área colhida. As regiões de Planície Costeira Externa e Planície Costeira Interna também apresentaram excelentes resultados, com 100% e 98,98%, respectivamente.

A Região Central do estado é a única que ainda registra um percentual mais baixo, com 87,67% da área colhida. De acordo com Luiz Fernando Siqueira, gerente da Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater), a Região Central tem como característica ser formada por pequenas propriedades, tendo ainda um número expressivo a ser colhido.

Segundo Siqueira, no ritmo atual, talvez na próxima semana o processo da colheita seja concluído. Após a conclusão da colheita, a Dater realizará o levantamento completo e análise dos dados, incluindo a área colhida, produtividade e área perdida.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação



 

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Sustentabilidade

Tecnologia alemã chega ao Irga e fortalece pesquisas agrícolas no Rio Grande do Sul – MAIS SOJA

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O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) deu um importante passo na modernização de suas atividades de pesquisa com a aquisição de três colheitadeiras de parcelas da marca alemã Zurn. Com investimento de R$ 8,4 milhões, os equipamentos de alta tecnologia serão destinados às cinco estações experimentais da instituição e prometem elevar a precisão e a eficiência das pesquisas realizadas no Estado.

Atualmente, existem apenas três equipamentos com essa configuração dedicados à cultura do arroz no Brasil – Foto: Mayara Farias

O primeiro equipamento foi entregue nesta sexta-feira (23) à Estação Experimental do Arroz (EEA), em Cachoeirinha, momento que contou com a presença do presidente do Irga, Eduardo Bonotto, da diretora técnica Flávia Tomita, do diretor administrativo Cláudio Cava, do chefe da Divisão de Pesquisa Júlio Uriarte e demais servidores da unidade. As outras duas máquinas devem ser entregues nos próximos dias.

Investimento de R$ 8,4 milhões garante mais eficiência e precisão nas pesquisas – Foto: Mayara Farias

Desenvolvidas especialmente para colheita de ensaios agrícolas, as colheitadeiras Zurn 150 não apenas realizam a colheita, mas também coletam dados precisos de cada parcela durante a operação. Isso garante maior rendimento, confiabilidade dos resultados e reduz significativamente o risco de perdas nos ensaios, além de diminuir a necessidade de mão de obra.

Atualmente, existem apenas três equipamentos com essa configuração dedicados à cultura do arroz no Brasil.

“O investimento em tecnologia é fundamental para que possamos continuar entregando resultados de excelência para os orizicultores do Rio Grande do Sul. Esta aquisição reforça o nosso compromisso com uma pesquisa séria, qualificada e que gera impacto real no campo”, destacou o presidente Eduardo Bonotto.

Para a diretora técnica Flávia Tomita, o avanço é estratégico: “A modernização dos nossos equipamentos é essencial para garantir a confiabilidade dos dados e a qualidade dos resultados. Isso se reflete diretamente na geração de tecnologias e práticas que fortalecem a produção agrícola no Estado.”

Com as novas colheitadeiras, o Irga dá um salto importante rumo ao aperfeiçoamento dos processos científicos, beneficiando diretamente os produtores e a cadeia produtiva do arroz e de outras culturas do Rio Grande do Sul.

Um ato oficial de entrega será realizado nas próximas semanas, após o recebimento técnico dos três equipamentos, para marcar este novo momento da pesquisa agropecuária no Estado.

Com as novas colheitadeiras, o Irga dá um salto importante rumo ao aperfeiçoamento dos processos científicos – Foto: Mayara Farias

Fonte: IRGA



 

FONTE

Autor:Instituto Rio Grandense do Arroz

Site: IRGA


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