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Soja retoma fôlego em Chicago: menos tensão comercial, mais reação do mercado

A semana foi marcada por uma recuperação expressiva nos preços da soja no mercado internacional. Depois de semanas de instabilidade causadas pela guerra comercial deflagrada pelo governo dos Estados Unidos, o saldo se mostrou positivo.
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Segundo a consultoria Safras & Mercado, um movimento de compras ganhou força e garantiu uma reversão técnica em Chicago, com ganhos acumulados de cerca de 5% até a manhã desta sexta-feira, após os contratos atingirem os menores patamares em quatro meses.
A reviravolta foi impulsionada por uma decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de suspender por 90 dias a vigência de tarifas, com exceção da China. A medida reduziu a aversão ao risco entre os investidores e trouxe alívio, especialmente nas commodities agrícolas, após a União Europeia também ter recuado nas retaliações comerciais.
No entanto, Trump intensificou as medidas contra a China, elevando tarifas para 145%. Em contrapartida, Pequim anunciou tarifas de 125% sobre produtos norte-americanos. O embate acirrado levanta preocupações quanto à possível migração da demanda chinesa para a América do Sul, especialmente no segundo semestre.
USDA
Além do fator geopolítico, o relatório de abril do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) também influenciou o mercado. Segundo o órgão, a safra norte-americana de soja em 2024/25 deve alcançar 4,366 bilhões de bushels (118,82 milhões de toneladas), com produtividade estimada em 50,7 bushels por acre – números que se mantêm iguais aos divulgados em fevereiro.
Os estoques finais foram projetados em 375 milhões de bushels (10,2 milhões de toneladas), levemente abaixo da expectativa do mercado, que era de 381 milhões. O USDA também elevou a estimativa de esmagamento de 2,410 para 2,420 bilhões de bushels. Já as exportações permanecem previstas em 1,825 bilhão de bushels.
Safra de soja
A safra mundial de soja em 2024/25 foi revisada para 420,58 milhões de toneladas, um leve recuo frente aos 420,76 milhões de março. Para o ciclo 2023/24, a estimativa segue em 396,4 milhões de toneladas. Os estoques globais finais foram projetados em 122,47 milhões de toneladas – acima da expectativa do mercado, mas ainda dentro do intervalo previsto.
No cenário sul-americano, o USDA revisou para cima a estimativa de produção brasileira para 2023/24, passando de 153 milhões para 154,5 milhões de toneladas. Para 2024/25, o número foi mantido em 169 milhões. No caso da Argentina, as previsões seguem estáveis: 48,21 milhões de toneladas para 2023/24 e 49 milhões para 2024/25.
Importações da China
Por fim, as importações chinesas também não sofreram alterações. A previsão para 2023/24 continua em 112 milhões de toneladas, enquanto para 2024/25 o número permanece em 109 milhões.
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Brasil não tem capacidade de armazenar carne de frango excedente

Atualmente, 60% da produção de carne de frango nacional está concentrada na Região Sul, liderada, principalmente, pelo Paraná, seguida de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, conforme dados do IBGE. Em termos de exportação, os três estados respondem por 78% de tudo o que é embarcado pelo país.
Antes da detecção do surto de gripe aviária em granja comercial, o Brasil mantinha o melhor quadrimestre de exportação dos últimos cinco anos, com 1,731 milhão de toneladas vendidas e receita cambial de US$ 3,13 bilhões, aumentos de 9% em volume e faturamento ante o mesmo período do ano passado, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Segundo o diretor do Canal Rural Sul, Giovani Ferreira, caso um dos piores cenários ocorra e o país fique impedido de exportar o produto por 60 dias – como o protocolo sanitário de alguns países estabelece – o setor estima prejuízos decorrentes de US$ 1,5 a US$ 2 bilhões.
“Mas tudo vai depender do tempo em que o Brasil ficará impedido de exportar. O retorno das vendas internacionais depende da capacidade de o país controlar os focos da doença, mas também da segurança das nações compradoras que embargaram as compras em retomar as transações”, considera.
Quanta carne de frango sobrará?
Considerando que os números de exportação de carne de frango entre maio e junho deste ano — intervalo de 60 dias — fossem os mesmos de 2024, o Brasil exportará 831 mil toneladas do produto, com receita de US$ 1,48 bilhão.
“Nesse cenário, o problema é que dessas mais de 830 mil toneladas vendidas, cerca de metade iria aos países que suspenderam as exportações, então não teríamos outro caminho a não ser absorver internamente esse excedente superior a 400 mil toneladas”, diz Ferreira.
Atualmente, o consumo per capita de carne de frango no Brasil é de 35 kg ao ano. Para o diretor do Canal Rural Sul, para dar conta da superoferta do produto que tende a ficar retido no mercado interno, cada brasileiro teria de aumentar sua ingestão em mais 5 kg durante os 60 dias de embargo. “Isso é muito difícil de acontecer, visto que já se trata da proteína animal mais barata e a mais consumida do país.”
Para ele, ao contrário do que disse o ministro Carlos Fávaro, do Mapa, em coletiva de imprensa nessa segunda-feira (19), haverá, sim, impactos nos preços para o produtor, nas margens das indústrias, das agroindústrias, dos frigoríficos e abatedouros.
Segundo Ferreira, outro ponto central da discussão é a capacidade de armazenagem de carne de frango em câmaras frias. “Ainda que seja difícil estimar este número, há quase um consenso de que essa capacidade gire entre 15 e 20 dias, no máximo”, finaliza.
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Argentina ‘afunda’ com a soja e EUA disparam no plantio; como as cotações ficaram no Brasil?

O mercado brasileiro de soja registrou preços predominantemente firmes nesta terça-feira (20), com cotações estáveis a mais altas em diversas praças. De acordo com o consultor da Safras & Mercado, Rafael Silveira, os negócios foram moderados, impulsionados por algumas oportunidades de preços, variações no câmbio e ganhos em Chicago. Os prêmios também contribuíram para sustentar o movimento de alta.
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Cotações de soja no Brasil
- Passo Fundo (RS): subiu de R$ 129,00 para R$ 130,00
- Santa Rosa (RS): subiu de R$ 129,00 para R$ 130,00
- Porto de Rio Grande (RS): subiu de R$ 133,00 para R$ 134,00
- Cascavel (PR): subiu de R$ 125,00 para R$ 126,00
- Porto de Paranaguá (PR): subiu de R$ 132,00 para R$ 132,50
- Rondonópolis (MT): caiu de R$ 114,50 para R$ 114,00
- Dourados (MS): subiu de R$ 117,00 para R$ 117,50
- Rio Verde (GO): subiu de R$ 116,00 para R$ 117,00
Soja em Chicago
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos futuros da soja fecharam com leves altas. O mercado foi sustentado por preocupações com o excesso de chuvas na Argentina e pelo bom desempenho de milho e trigo. No entanto, a reação foi limitada pelo avanço do plantio nos Estados Unidos e pela demanda ainda enfraquecida pela soja norte-americana, mesmo após o novo acordo comercial com a China.
A safra argentina pode registrar perdas na província de Buenos Aires, após intensas chuvas recentes, segundo análises do setor.
USDA
O USDA informou que até 18 de maio, o plantio da soja nos EUA havia atingido 66% da área prevista. No mesmo período do ano anterior, o percentual era de 50%, enquanto a média dos últimos cinco anos é de 53%. Na semana anterior, o índice era de 48%.
Contratos futuros da soja
O contrato de soja em grão com entrega em julho fechou com alta de 2,25 centavos de dólar (0,21%), a US$ 10,53 por bushel. A posição novembro subiu 4,00 centavos (0,38%), cotada a US$ 10,41 por bushel.
Nos subprodutos, o farelo para julho avançou US$ 1,50 (0,51%), encerrando a US$ 292,60 por tonelada. O óleo de soja para julho fechou a 49,50 centavos de dólar por libra-peso, alta de 0,06 centavo (0,12%).
Câmbio
O dólar comercial terminou o dia em alta de 0,23%, negociado a R$ 5,6677 para venda e R$ 5,6657 para compra. A moeda oscilou entre R$ 5,6426 na mínima e R$ 5,6831 na máxima do dia.
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Chuvas intensas ameaçam soja na Argentina; tempo terá melhora?

A safra de soja 2024/25 da Argentina pode sofrer perdas devido às chuvas intensas que atingiram a província de Buenos Aires nos últimos dias. Segundo o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller a previsão é de tempo firme nos próximos dias, sem indicativo de que as condições extremas registradas no último final de semana voltem a se repetir.
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Apesar da previsão de tempo firme para os próximos dias, o impacto das tempestades já causa grande preocupação no setor agrícola argentino. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires alertou que o volume excessivo de chuva pode atrasar ainda mais o ritmo da colheita e levar a uma revisão negativa na estimativa de produção nacional, atualmente fixada em 50 milhões de toneladas métricas.
Na província de Buenos Aires, cerca de 730 mil hectares de soja ainda aguardam colheita. Essa mesma região já havia sido atingida por chuvas intensas em março, o que resultou em uma queda de cerca de 15 pontos percentuais na produtividade em comparação ao ano passado. Com o novo episódio de chuvas fortes, o risco de agravamento das perdas é significativo.
Em algumas localidades, os acumulados chegaram a 400 milímetros de precipitação, provocando alagamentos em áreas agrícolas, além de impactos em rodovias e centros urbanos. A Bolsa de Rosário também monitora
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