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. . . . . . . . . . . . . . . 18 de May de 2025

Sustentabilidade

Soja/RS: Chuvas diminuíram o ritmo da colheita, mas favoreceram o desenvolvimento das lavouras de ciclo tardio – MAIS SOJA

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A ocorrência de chuvas durante o período, apesar de ter diminuído o ritmo da colheita, favoreceu o desenvolvimento das lavouras de ciclo tardio. Na Metade Oeste do Estado, as precipitações mais intensas promoveram a recomposição da umidade dos solos até níveis de capacidade de campo, mitigando o déficit hídrico. Entretanto, devido à saturação do solo e da massa vegetal, houve suspensão temporária da colheita até que as condições operacionais fossem restabelecidas.

A área colhida passou de 39% para 50%, ampliando o contraste de produtividade entre lavouras e entre regiões, causado pela estiagem. Os rendimentos variam de 180 kg/ha no Extremo Oeste até 6.000 kg/ha no Nordeste do Estado. A produtividade média estadual está estimada em 2.240 kg/ha, mas ainda há possibilidade de redução em função da escassez hídrica registrada em março, que afetou os cultivos em todos os ciclos.

Nas regiões mais críticas, como reflexo do estresse hídrico durante as fases reprodutivas (R3 a R5) e da umidade elevada após as chuvas, a maturação está heterogênea, e os grãos colhidos apresentam alta taxa de umidade e de impurezas, além de estarem verdes, ardidos e chochos, gerando descontos comerciais significativos. Como medida corretiva, observou-se a intensificação do uso de dessecantes químicos para a uniformização da maturação das lavouras e para a mitigação de perdas qualitativas. Paralelamente, prosseguiu o registro oficial de perdas nas instituições financeiras e a emissão de laudos técnicos por peritos habilitados.

Ainda restam 39% das lavouras em maturação (R7) e 10% em enchimento de grãos (R5), beneficiadas pelas chuvas do período, que podem contribuir para a preservação parcial do potencial produtivo. Nas lavouras mais tardias e de maior potencial produtivo, mantém-se o manejo fitossanitário contínuo por meio da aplicação de fungicidas para controle de doenças de final de ciclo (DFCs) e ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi), visando preservar a sanidade das plantas até a colheita final.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, as chuvas têm limitado o avanço da colheita e acentuado as perdas de produtividade e de qualidade, resultando em maturação desuniforme, em grãos verdes, ardidos, de baixo peso e com impurezas em decorrência do estresse hídrico e da umidade excessiva. Também se intensifica o uso de dessecantes para uniformização. As produtividades seguem baixas, variando de 180 a 1.500 kg/ha conforme o impacto climático.

Em Santa Margarida do Sul, a média é de 300 kg/ha. A colheita atinge 45% em Maçambará; 40% em São Borja; 35% em Itacurubi; e 25% em São Gabriel.

Na Campanha, as chuvas volumosas e bem distribuídas favoreceram os cultivos de soja de ciclo médio e tardio implantadas em dezembro e janeiro. A colheita ainda está em fase inicial. Apenas algumas áreas foram colhidas entre 04 e 06/03, mas os grãos ainda apresentam elevada umidade. Observa-se alta incidência de caruru nas lavouras em maturação, o que pode comprometer a colheita, gerar descontos por impurezas e umidade, bem como representar risco de dispersão de sementes para áreas ainda não infestadas, por meio de maquinários. Em Caçapava do Sul, a estiagem intensa antecipou a maturação, e o plantio mais precoce em relação aos demais municípios permitiu o avanço da colheita, que atinge 25% dos 40 mil hectares cultivados.

Na de Caxias do Sul, a colheita sofreu interrupções pontuais em razão das chuvas. Em termos de produtividade, nas áreas mais afetadas pela estiagem na Serra, os rendimentos devem se consolidar abaixo de 1.800 kg/ha. Já em regiões menos impactadas, as produtividades mantêm-se dentro do esperado, superando 3.600 kg/ha, com picos próximos a 6.000 kg/ha em algumas lavouras mais produtivas.

Na de Erechim, a colheita alcança 85%, restando 15% em maturação fisiológica (R8). Devido à irregularidade das chuvas, observa-se grande variabilidade nas produtividades mesmo em lavouras próximas, entre 1.200 e 4.200 kg/ha. As comercializações seguem em ritmo lento.

Na de Federico Westphalen, 2% das lavouras encontram-se em florescimento e enchimento de grãos, 18% em maturação e 80% colhidas. As precipitações do período foram fundamentais para o desenvolvimento das lavouras tardias e contribuíram para a uniformização da umidade dos grãos nas áreas em maturação.

Na de Ijuí, 75% da área foi colhida. A operação prosseguiu de forma lenta, acompanhando a maturação das lavouras. Porém, a elevada umidade impediu a colheita entre 31/03 e 03/04, exceto no município de Ijuí, onde as precipitações foram reduzidas, permitindo executar a colheita parcialmente nesse período. A produtividade continua em queda em razão da ausência de chuvas no final do ciclo. Os grãos colhidos apresentam peso e tamanho reduzidos.

No Alto Jacuí, em Santa Bárbara do Sul, o Peso de Mil Sementes (PMS) diminuiu para em torno de 60% da média normal da cultura (160 – 180 g). Na Região Celeiro, em Santo Augusto, a produtividade em áreas sem irrigação variou entre 1.500 e 4.200 kg/ha, evidenciando a disparidade hídrica. As lavouras de segundo cultivo iniciam a maturação, mas apresentam potencial produtivo inferior ao esperado.

Na de Passo Fundo, 5% dos cultivos estão em maturação fisiológica (estágio R7); 25% maduros e por colher; e 70% colhidos. A produtividade está estimada em 2.552 kg/ha.

Na de Pelotas, as lavouras encontram-se majoritariamente em enchimento de grãos (48%). Apenas 1% ainda em floração; 34%, em maturação; 17%, colhidos.

Na de Santa Maria, as chuvas volumosas na última quinzena minimizaram a estiagem e atenuaram parcialmente as perdas, permitindo que as lavouras tardias completassem seu ciclo em melhores condições de umidade. No entanto, a produtividade apresenta redução estimada em 45% em relação ao potencial inicial de 3.110 kg/ha. Apesar das chuvas, a colheita avançou no período, atingindo 45%.

Na de Santa Rosa, 1% das lavouras encontra-se em floração; 11% em enchimento de grãos; 39% em maturação; e 49% colhidas — índice dois pontos percentuais inferior ao registrado no mesmo período de 2024. As chuvas interromperam temporariamente a colheita, sendo retomada no final da semana, quando foi mais intensa a movimentação de máquinas colhedoras e nas unidades recebedoras de grãos. Houve redução de grãos verdes e avariados nas cargas, melhorando a qualidade do produto, se comparado ao período anterior. Cargas com menos de 8% de grãos esverdeados não têm gerado descontos, mas produtores de áreas mais afetadas pelo estresse hídrico seguem relatando perdas devido às penalizações na comercialização.

Na de Soledade, 3% dos cultivos encontram-se em enchimento de grãos, 51% em maturação e 46% colhidas. As chuvas, na segunda metade do período, interromperam a colheita. As lavouras submetidas à irregularidade hídrica — especialmente entre a segunda quinzena de fevereiro e março — registraram perdas expressivas, independentemente do ciclo das cultivares.

Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 2,04%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 127,38 para R$ 124,78.

Confira o Informativo Conjuntural n° 1862 Emater/RS completo, clicando aqui!

Fonte: Emater/RS



 

FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1862

Site: EMATER/RS


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Sustentabilidade

Abelhas em risco de extinção serão catalogadas em consulta ampla

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Em Goiás, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) avalia os riscos da extinção de espécies de abelhas no estado. O prazo para a comunidade científica contribuir com as informações é até o dia 12 de junho.

As contribuições devem ser feitas pelo site BioData. Ao acessar a aba “Buscar” é possível encontrar a lista das espécies que serão avaliadas. Ao clicar em cima de cada espécie e depois no botão “consultar”, basta preencher os dados na aba “contribuições”.

Após recebidas, os especialistas avaliarão as contribuições e posteriormente incluirão na ficha de espécies. Assim, o objetivo é direcionar esforços para a conservação da biodiversidade.

Animais em risco de extinção

Pela primeira vez o estado de Goiás terá uma lista de espécies ameaçadas de extinção. Os únicos dados disponíveis atualmente são os dados nacionais do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio). Dessa forma, é possível identificar espécies que estejam em extinção nos limites do território goiano, mas que não sejam reconhecidas em âmbito nacional.

Assim, a ideia é que com as informações coletadas, a Semad possa estabelecer as estratégias específicas para reverter a situação de cada espécie em risco. A análise abrangerá todas as 1,7 mil espécies vertebradas do estado, incluindo mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes.

É devido a essa amplitude de animais que entrarão na análise que toda a comunidade científica está sendo convidada a colaborar com o processo. A avaliação deve levar em consideração a aplicação da metodologia científica da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), reconhecida pelo ICMBio.

Com isso em mente foi desenvolvido o BioData, que é um sistema estadual para avaliações, armazenamento e disponibilização de dados. Por enquanto o site ainda está em acesso restrito à especialistas que participam do processo de avaliação. Mas ao final deste processo, passará a ser de livre acesso para os cidadãos. 

*Sob supervisão de Victor Faverin

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Destaques da semana Mais Soja – MAIS SOJA

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Sustentabilidade

Alunos de rede pública desenvolvem marca de cosméticos naturais

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Um projeto desenvolvido por alunos da rede pública de Mangueirinha, no Paraná, tem despertado o interesse das crianças por meio de ciências da natureza, química e empreendedorismo. 

O Colégio Estadual Professora Hercília França do Nascimento realizou o projeto “Produção de Cosméticos Naturais: Trabalhando a Sustentabilidade e o Empoderamento Feminino na Escola”. A proposta foi baseada em uma abordagem multidisciplinar, buscando, assim, transformar a dinâmica das aulas e expandir o ambiente escolar.

Os alunos foram incentivados a desenvolver produtos cosméticos naturais produzidos com elementos da horta da própria escola.

O começo de tudo

O projeto teve inicio em 2023, após um trabalho onde os alunos desenvolveram inseticidas naturais para o combate a pragas da horta da escola. Na ocasião, a professora Flávia de Mello percebeu que os estudantes demonstravam interesse nesse tipo de temática.

“A proposta surgiu da escuta ativa com os alunos. Eles demonstravam curiosidade e afinidade com temas de autocuidado, sustentabilidade e bem-estar. Unimos isso ao conteúdo abordado em sala e criamos uma experiência prática, na qual eles realmente veem sentido no que estão aprendendo”.

Assim, os alunos foram para o laboratório e passaram a estudar, pesquisar e desenvolver produtos como cera de carnaúba, manteiga de karité, óleo de coco e pigmentos naturais.

“Eles foram testando os produtos, adaptando as fórmulas e abandonando metodologias que não funcionavam. O pigmento do pinhão, por exemplo, foi descoberto através de fervura e moagem”, relata Flávia.

Ao longo de sete meses, os alunos desenvolveram mais de 100 unidades de produtos entre batons, hidratantes labiais, xampus sólidos, sabonetes aromáticos e cremes hidratantes.

Expansão do projeto

Similarmente ao projeto de ciências, surgiu também a marca HF Cosméticos, desenvolvida na disciplina de empreendedorismo.

“Por serem totalmente naturais, atóxicos e veganos, os cosméticos podem ser utilizados com segurança. Isso nos deu tranquilidade para disponibilizá-los à comunidade escolar e ouvir os feedbacks”, conta Flávia. 

O próximo passo para o projeto será a submissão dos produtos à aprovação de órgãos oficiais. A intenção é viabilizar a continuidade do projeto e expansão criativa dos alunos.

Ainda mais, o projeto também se desdobrou na produção de jóias artesanais confeccionadas utilizando fragmentos da natureza, assim como na fabricação de brincos, colares e pulseiras com os mais variados formatos.

O projeto rendeu à escola a vitória no concurso “Projeto TransformAção” realizado pela Engie, empresa de energia renovável. A premiação foi o segundo reconhecimento recebido pela escola, sendo o primeiro pelo projeto de desenvolvimento de inseticidas naturais.

*Sob supervisão de Victor Faverin

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