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. . . . . . . . . . . . . . . 14 de May de 2025

Sustentabilidade

Bioprospecção: o que é e qual importância para a agricultura – MAIS SOJA

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O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo. Segundo dados do Governo Federal, conta com mais de 116.000 espécies animais, mais de 46.000 espécies vegetais e  três grandes ecossistemas marinhos. Só pensando em plantas, espalhadas por seis biomas terrestres (Caatinga, Cerrado, Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Pampas e Pantanal), a média nacional corresponde de 15 a 25% de todas as existentes no planeta.

O bioma marinho também tem muito a oferecer. Em 2023, a Comissão Europeia anunciou o financiamento do projeto BlueRemediomics, que vai explorar e catalogar diferentes espécies do fundo do mar para agilizar a criação de novos processos dentro das indústrias com menor impacto nos oceanos, reduzindo o desperdício e aumentando a reutilização de produtos e subprodutos naturais.

Diante dessa grande diversidade, marinha e terrestre, um número muito maior de seres vivos também está presente nessa conta e tem papel fundamental em todo o ecossistema: os microrganismos. Estima-se que haja mais de um trilhão de microrganismos diferentes nos diversos ecossistemas da Terra. E cerca de 99% deles ainda permanecem inexplorados pelos seres humanos. Por sua diversidade, o Brasil é um dos locais com maior potencial em bioprospecção e bioeconomia do mundo.

A definição e o momento do país

Bioprospecção pode ser definida como a procura por organismos vivos, sejam eles vegetais, animais, microrganismos ou até mesmo moléculas, genes e outros compostos que sejam de interesse acadêmico, tecnológico e biotecnológico, ou que possuam potencial industrial (para setores como cosmético, alimentar, farmacêutico, entre outros). A pesquisa consiste em explorar os mais distintos biomas terrestres e aquáticos em busca de novos seres que, para aplicação comercial, por exemplo, possam colaborar para a composição de novos produtos.

Na saúde, um exemplo é o programa Emerge Biodiversidade, da Aché Laboratórios Farmacêuticos, que explora os biomas brasileiros para desenvolvimento de insumos medicinais. Já a Unilever busca, nos últimos anos, abandonar os ingredientes de base fóssil para produtos de limpeza, por exemplo. Na agricultura, a bioprospecção pode ajudar – e vem sendo cada vez mais aplicada – no desenvolvimento de novas NBSs (nature-based solutions, ou soluções baseadas na natureza), tecnologias biológicas capazes de reduzir o uso de pesticidas e herbicidas químicos.

A bioprospecção é uma das técnicas mais antigas da história humana. No país, tem sido aplicada há cerca de 15.000 anos, desde a chegada das primeiras populações indígenas, e, mesmo assim, ainda há muito a ser explorado. A importância e riqueza do tema é tamanha que, em 2010, durante a Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, foi criado o Protocolo de Nagoia, um acordo internacional incluindo mais de 140 países que estabelece as diretrizes para as relações comerciais entre o país provedor de recursos genéticos e aquele que vai utilizá-los, estabelecendo padrões de pagamento de royalties, estabelecimento de joint ventures, direito a transferência de tecnologias e capacitação, entre outros. O Brasil ratificou o Protocolo em 2021, mas o acordo foi promulgado no Diário Oficial da União apenas no final de 2023, passando a valer já no ano passado.

Na busca por genes, moléculas, mecanismos e processos bioquímicos de interesse, uma das ferramentas utilizadas são as “ômicas”, um conjunto de técnicas moleculares que auxiliam na compreensão das diferentes moléculas biológicas que dão funcionalidades a um organismo. Através desse estudo, é possível mapear as propriedades e pensar na aplicabilidade das características desse organismo.

“Os microrganismos nativos dos mais diversos biomas guardam enorme potencial para uso como biofertilizante, bioestimulantes e agentes de biocontrole. O acesso a essa biodiversidade é fundamental, e certamente poderá fornecer microrganismos que gerem benefícios não só para a agricultura, mas também para toda a cadeia”, afirma Rafael de Souza, CEO e cofundador da biotech Symbiomics.

Um dos maiores casos de sucesso nessa aplicação, voltados à agricultura, foi o desenvolvimento de inoculantes à base de Bradyrhizobium para fixação biológica de nitrogênio (FBN). O uso da bactéria noduladora para esse fim é hoje utilizado em quase a totalidade da área plantada de soja no país e representa uma economia anual de mais de US$ 2 bilhões para o Brasil, segundo a Embrapa.

A biotech Symbiomics é outro bom exemplo sobre como transformar a bioprospecção em negócio. Ao explorar diferentes ambientes naturais, a empresa tem acesso a uma enorme diversidade microbiana com múltiplas aplicações. Em seu laboratório, possui ferramentas para isolar e identificar milhares de microrganismos de forma mais rápida e menos custosa, e, a partir daí, selecionar aqueles capazes de competir eficientemente com a microbiota natural da planta e do solo. Ao colonizarem os cultivares agrícolas de forma mais robusta, promovem um impacto direto na produtividade vegetal.

“Combinamos tecnologias de sequenciamento, machine learning, edição genética e outras ferramentas de análises para descobrir a melhor combinação de microrganismos para uma aplicação específica e, assim, ajudar a promover uma agricultura mais sustentável, com menos químicos e menos nociva ao meio ambiente e à saúde humana”, finaliza Jader Armanhi, COO e cofundador da biotech.

Sobre a Symbiomics

A Symbiomics é uma empresa de biotecnologia. Fundada em 2021, tem como objetivo transformar globalmente a agricultura com produtos biológicos de nova geração. A companhia desenvolve soluções de alto desempenho para aumentar a produtividade agrícola de forma sustentável e com menor impacto ambiental. Os produtos contêm microrganismos utilizados para múltiplas aplicações, como nutrição vegetal, biocontrole, sequestro de carbono e bioestimulante. O departamento de Pesquisa & Desenvolvimento da empresa trabalha com o que há de mais avançado no mercado em genômica, microbioma e análise de dados para aumentar a produtividade de culturas agrícolas por diversos meios, como biofertilização, aumento da resiliência a estresses ambientais e controle biológico.

www.symbiomics.com.br | https://www.linkedin.com/company/symbiomics/

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Sustentabilidade

Projétil tecnológico gera 50% de economia na troca de óleo das máquinas – MAIS SOJA

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Uma tecnologia capaz de remover 100% da sujeira das mangueiras hidráulicas das máquinas agrícolas e, por conta disso, gerar uma economia de 50% na troca de óleo.

É assim que podemos descrever a UC System, da Ultra Clean Brasil.

Diferente de outras tecnologias, que utilizam espumas comuns, a UC System tem um projétil tecnológico que realiza a limpeza a seco, em menos de 1 segundo, das mangueiras hidráulicas.

Bruno Ract, diretor de marketing da Ultra Clean Brasil, destaca que essa tecnologia remove a sujidade e partículas contaminantes contidas nas mangueiras hidráulicas, responsáveis por agredir todo o sistema hidráulico das máquinas e causando danos como quebra de componentes, parada não-programada, queda de 20% na eficiência da máquina e, por fim, a troca precoce do óleo.

“Com o sistema hidráulico livre de contaminação, é possível dobrar a vida útil do óleo, ou seja, o agricultor economiza 50%”, acrescenta Ract.

De acordo com o diretor, o segredo está na fórmula de fabricação do projétil, o que gera uma combinação da densidade e porosidade única. “Por isso, com toda essa tecnologia e tempo de desenvolvimento e aprimoramento, a UC System é a única solução que remove de verdade a sujeira que fica impregnada e grudada na parede interna das mangueiras hidráulicas das máquinas agrícolas”, finaliza.

Fonte: Assessoria de Imprensa Ultra Clean Brasil



 


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Sustentabilidade

Revolução verde no agronegócio depende da precisão do controle das válvulas – MAIS SOJA

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A agricultura brasileira está entrando numa nova era, mais tecnológica, sustentável e biológica. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), a produção de biofertilizantes e bioinsumos cresce, em média, 40% ao ano no Brasil. Essa expansão acelerada é impulsionada por uma combinação de fatores: a busca por alternativas aos insumos químicos, a pressão por práticas ambientais mais limpas e os avanços da biotecnologia aplicada ao campo.

Essa nova fronteira da agricultura exige infraestrutura altamente especializada, capaz de lidar com a sensibilidade dos microrganismos usados na produção de bioinsumos. É nesse ponto que as válvulas assépticas e os sistemas de controle de processos da GEMÜ do Brasil ganham protagonismo.

“A produção de biofertilizantes impõe desafios técnicos devido à natureza biológica e instabilidade do produto. O controle de variáveis como temperatura, pH e oxigênio dissolvido é essencial para garantir a viabilidade dos microrganismos ao longo de todo o processo”, explica Alessandro Pacco, supervisor de vendas da GEMÜ do Brasil.

Segundo o supervisor, as empresas do setor enfrentam dificuldades desde a etapa de matéria-prima até o escalonamento industrial. Além disso, o ambiente de produção precisa ser controlado com extrema precisão, uma vez que os microrganismos são sensíveis a qualquer desvio. “Um simples desequilíbrio no oxigênio ou uma contaminação cruzada pode comprometer todo um lote. Por isso, a automação e o controle asséptico não são opcionais. Eles são indispensáveis para garantir eficiência, segurança e escalabilidade na produção de bioinsumos”, afirma o especialista.

Entre os recursos mais relevantes, destacam-se os sensores de pH, OD e temperatura com monitoramento em tempo real, os biorreatores automatizados com controle digital, os sistemas SCADA e MES para rastreabilidade e as linhas CIP/SIP para limpeza e esterilização seguras.

A experiência da GEMÜ em setores críticos, como os projetos desenvolvidos para as indústrias farmacêuticas, é aplicada no mercado de bioinsumos com uma linha completa de válvulas assépticas e sanitárias. “Nossas válvulas assépticas são desenvolvidas para oferecer vedação confiável, controle preciso e condições estáveis, mesmo em ambientes exigentes. Elas garantem a segurança microbiológica do processo, a repetibilidade entre lotes e a conformidade com as exigências regulatórias do novo marco legal dos bioinsumos”, destaca Pacco.

A eficácia dos bioinsumos depende, sobretudo, da manutenção da pureza microbiológica ao longo de toda a cadeia produtiva, que vai da fermentação até o envase. “Sem um controle rigoroso da pureza microbiológica, o produto perde viabilidade, pode inativar os microrganismos desejados ou até causar impacto negativo no solo. Estamos falando de um controle tão crítico quanto o da indústria farmacêutica”, alerta Pacco. Esse cuidado garante a eficácia do produto no campo, a conformidade regulatória, a segurança ambiental e a estabilidade e shelf life dos insumos.

Marco legal e Plano Safra criam ambiente fértil para a biotecnologia

A Lei 15.070/2024, sancionada em dezembro, criou o marco regulatório dos bioinsumos no Brasil. Ela desburocratiza o registro de novos produtos, estimula a produção on farm e oferece incentivos fiscais e financeiros para fomentar a biotecnologia agrícola.

Somado a isso, o Plano Safra 2024/25 prevê linhas de crédito específicas para inovação e sustentabilidade, beneficiando especialmente cooperativas e pequenos produtores. Estima-se que a área agrícola com uso de bioinsumos chegue a 155,4 milhões de hectares na safra atual, um crescimento de 13% em relação ao ano anterior.

Para Alessandro Pacco, a GEMÜ está posicionada como parceira estratégica da inovação no agronegócio. A empresa fornece não apenas válvulas de alta tecnologia, mas também know-how em processos higiênicos, automação e rastreabilidade. “Acreditamos na agricultura inteligente, sustentável e limpa. Nosso papel é garantir que os produtores tenham a infraestrutura certa para transformar ciência em resultado no campo. A biotecnologia é o futuro do agro, e a GEMÜ está pronta para viabilizar esse futuro com segurança e eficiência”, concluiu Pacco.

Parte superior do formulário

Sobre a GEMÜ do Brasil – Com fábrica em São José dos Pinhais (PR) desde 1981, a GEMÜ do Brasil produz válvulas e outros equipamentos de alta tecnologia para diversos setores. Na divisão Industrial, fornece produtos para os setores de siderurgia, mineração, fertilizantes, bem como para integrar sistemas de geração de energia, entre outros. Na divisão PFB (Farmacêutica, Alimentícia e de Biotecnologia), é líder mundial em soluções para sistemas estéreis, que incluem a fabricação de vacinas, remédios e novas aplicações de envase de alimentos e bebidas.

Sobre o Grupo GEMÜ – O Grupo GEMÜ é um dos líderes mundiais na fabricação de válvulas, sistemas de medição e controle. Desde sua fundação em 1964, a empresa alemã com foco global se estabeleceu em importantes setores industriais, graças a seus produtos inovadores e soluções personalizadas para controle de processos. A GEMÜ é líder mundial no mercado de aplicações de válvulas estéreis nas indústrias farmacêutica e de biotecnologia. O Grupo GEMÜ emprega mais de 2 mil pessoas em todo o mundo, com plantas na Alemanha, Suíça, China, Brasil, França, EUA e Índia. A rede de distribuidores está presente em mais de 50 países nos cinco continentes. Veja mais no site.

Fonte: Assessoria de Imprensa Grupo Gemü



 


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Sustentabilidade

Arroz/Cepea: Preço no RS cai quase 25% nesta parcial de 2025 – MAIS SOJA

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Mesmo diante da crescente disparidade entre os valores ofertados por compradores e pedidos por vendedores, os preços do arroz em casca no Rio Grande do Sul seguem enfraquecidos, conforme apontam levantamentos do Cepea. Desde o início deste ano, a média do casca no RS já caiu 24,4%, operando nos patamares nominais de julho/22.

Pesquisadores do Cepea explicam que esse cenário deve limitar e/ou prejudicar a rentabilidade de produtores, influenciando a decisão quanto ao cultivo da nova temporada, no segundo semestre de 2025. Enquanto isso, as importações recuam (o volume de abril ficou abaixo de 100 mil toneladas pela primeira vez neste ano), e as exportações ainda estão lentas – vendas externas aquecidas neste momento poderiam reduzir o excedente interno e dar sustentação aos preços, ainda conforme o Centro de Pesquisas.

Fonte: Cepea



 

FONTE

Autor:Cepea

Site: CEPEA


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