Sustentabilidade
Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa – MAIS SOJA
Destaque da Semana – O USDA e a consultoria Cotlook divulgaram previsões divergentes sobre demanda em 25/26. Missão Cotton Brazil à Índia e Paquistão chega ao fim com ótimos resultados.
Algodão em NY – O contrato Jul/25 fechou nesta quinta 27/fev cotado a 67,68 U$c/lp (-1,2% vs. 20/fev). O contrato Dez/25 fechou em 68,67 U$c/lp (-0,7% vs. 20/fev).
Basis Ásia – Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 738 pts para embarque Mar/Abr-25 (Middling 1-1/8″ (31-3-36), fonte Cotlook 27/fev/25.
Baixistas 1 – Nesta semana, Donald Trump, presidente dos EUA, anunciou mais 10% de tarifa sobre produtos chineses, além dos 10% já em vigor desde o início do mês.
Baixistas 2 – Os preços do petróleo caíram esta semana devido a um aumento nos estoques dos EUA, sinalizando uma demanda fraca.
Baixistas 3 – Também contribuiu para o cenário baixista da semana a alta no índice do dólar americano.
Altistas 1 – As previsões para 2025/26 divulgadas no USDA Outlook Forum 2025 que ocorre em Washington estão entre neutras a otimistas.
Altistas 2 – O USDA confirmou a queda de área plantada nos EUA em 11%, divergindo levemente do National Cotton Council (NCC).
Altistas 3 – Enquanto o USDA previu 10 milhões de acres para 2025/25, o NCC projetou 9,6 milhões de acres.
Altistas 4 – Globalmente, o USDA previu consumo (25,9 milhões tons) maior que produção (25,4 milhões tons), resultando em redução dos estoques finais.
O&D mundial 1 – Por outro lado, a consultoria Cotlook estimou o consumo mundial em 2025/26 em 24,6 milhões tons (1,3 milhões tons a menos que o USDA).
O&D mundial 2 – A consultoria de Liverpool previu que a safra mundial em 2025/26 será de 25,3 milhões tons, em linha com os 24,4 milhões tons projetados pelo USDA.
Safra mundial 3 – A grande divergência entre os dois números de demanda vai dar o que falar ao longo dos próximos meses.
EUA – O período de plantio de algodão se aproxima nos EUA. Os produtores esperam por mais chuvas para começarem o trabalho.
China 1 – Pesquisa recente da China Cotton Association (CCA) indica que a área plantada com algodão em 2025 será de 2,9 milhões ha – 0,8% a mais frente 2024.
Paquistão 1 – O plantio precoce no Paquistão segue a passos lentos no país devido às baixas temperaturas.
Paquistão 2 – O algodão precoce (até 31/março) é o ideal em termos climáticos, e em média a produtividade é duas vezes maior que na safra normal.
Paquistão 3 – Durante a missão Cotton Brazil no país esta semana, o Ministério da Agricultura local garantiu a representantes da Abrapa e ANEA que irá suspender a fumigação de algodão brasileiro na chegada aos portos paquistaneses.
Paquistão 4 – O governo paquistanês também irá analisar a suspensão da fumigação obrigatória no embarque do algodão no Brasil, após conhecer estudo técnico conjunto da Abrapa e APTMA (associação da indústria têxtil local).
Austrália – A colheita de algodão toma ritmo em alguns estados da Austrália, embora deva se intensificar mesmo nos próximos meses.
Missão Índia-Paquistão 1 – Após mais de 5.000 km percorridos entre Índia e Paquistão, quatro eventos, várias reuniões e visitas a fiações, termina hoje a primeira missão Cotton Brazil de 2025.
Missão Índia-Paquistão 2 – No mercado indiano, principalmente no sul do país, o foco foi na abertura de mercado, uma vez que ainda há grande desconhecimento sobre o algodão do Brasil na região.
Missão Índia-Paquistão 3 – As indústrias indianas são um importante mercado para o algodão brasileiro. Somente nos últimos seis meses, a Índia importou mais algodão do Brasil do que nos últimos oito anos somados.
Missão Índia-Paquistão 4 – Por sua vez, o Paquistão, 3º maior consumidor de algodão do mundo, já é um grande mercado consolidado da fibra brasileira. Industriais de Karachi, Lahore e Islamabad receberam muito bem o grupo brasileiro.
Exportações – As exportações brasileiras de algodão somaram 225,4 mil tons até a terceira semana de fevereiro. A média diária de embarque é 10,6% superior que a registrada no mesmo mês de 2024.
Beneficiamento 2023/24 – Até ontem (27/02), foi finalizado o beneficiamento nos estados de GO, MA, MG, MS, PI, PR e SP, restando apenas os estados da BA (99%) e MT (99,6%). Total Brasil: 99,53%.
Plantio 2024/25 – Até ontem (27/02), foi finalizado o plantio nos estados da BA (100%), MA (100%), MS (100%), MT (100%), PR (100%) e SP (100%), restando GO (96,8%), MG (99%) e PI (96,61%). Total Brasil: 99,87%.
Preços – Consulte tabela abaixo ⬇
Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil – [email protected]
Quadro de cotações para 27-02
Fonte: Abrapa
Autor:Abrapa
Site: ABRAPA
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Sustentabilidade
Em abr/25, MT exportou 169,85 mil t de pluma, o maior volume para um mês de abril de toda a série – MAIS SOJA

Em MT, a comercialização da pluma da safra 24/25, em abr/25, atingiu 59,99% da produção estimada para o ciclo, apresentando um avanço de 2,84 p.p no comparativo mensal.
Cabe destacar que os produtores têm aproveitado os melhores momentos para realizar suas vendas. Dessa forma, o preço médio negociado em abr/25 ficou em R$ 139,30/@, alta de 1,42% em relação a mar/25. A respeito das vendas da safra 25/26, houve relatos de negociações pontuais no mês em análise, com avanço de 0,96 p.p. em abr/25 ante mar/25, alcançando 16,00% da produção estimada para a temporada.
Cabe destacar que os produtores exibiram cautela nas negociações deste mês (abr/25), tendo em vista o atual cenário de preços, o custo de produção elevado e as incertezas quanto à produção do ciclo. Por fim, o preço das vendas de abr/25 ficou na média de R$ 137,21/@, recuo de 1,24% ante mar/25.
SUBIU: com o preço do caroço em patamares altos, ainda motivado pela oferta restrita, o preço médio do coproduto fechou a semana em R$ 1.587,71/t.
ALTA: o contrato da pluma de dez/25 na bolsa de NY exibiu acréscimo de 1,16% no comparativo semanal, ficando cotado na média de ¢ US$ 69,23/lp.
AUMENTO: refletindo a valorização da pluma na bolsa de NY, a paridade de dez/25 apresentou elevação de 1,55% ante a semana passada, precificada na média de R$ 133,19/@.
Em abr/25, MT exportou 169,85 mil t de pluma, o maior volume para um mês de abril de toda a série
Quando analisado o acumulado de exportação do ciclo da safra 23/24 (ago/24 a abr/25), MT já embarcou 1,52 milhão de t de fibra ao exterior, aumento de 14,80% em relação ao mesmo período da safra 22/23. Entre os principais destinos da pluma do estado, o Vietnã lidera o ranking de importadores, seguido por Paquistão e China.
Diante da posição da China no ranking, é possível afirmar que os embarques aquecidos têm sido sustentados, principalmente, pelas maiores compras oriundas do Vietnã, Paquistão e Bangladesh, uma vez que esses países já importaram, de ago/24 a abr/25, um volume superior ao que foi visto no ciclo completo da safra 22/23 (ago/23 a jul/24), enquanto o volume da China apresentou redução.
Cabe destacar que a menor demanda chinesa já era esperada, tendo em vista seus maiores estoques de pluma nesta safra. Por fim, a diversificação dos destinos da pluma de MT pode manter o ritmo das exportações aquecido até o fim do ciclo (jul/25).
Confira o Boletim Semanal do Algodão n° 772 completo, clicando aqui!
Fonte: IMEA
Autor:Boletim Semanal do Algodão
Site: Imea
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Sustentabilidade
A comercialização da soja da safra 24/25 em Mato Grosso atingiu 70,55% da produção em abr/25 – MAIS SOJA

Em abr/25, o volume de soja esmagada em Mato Grosso totalizou 1,20 milhão de toneladas, representando uma alta de 5,61% em relação ao mesmo mês do ano passado. No entanto, houve uma redução de 0,41% em comparação a mar/25. No acumulado de jan a abr de 2025, o total consumido pelas indústrias alcançou 4,32 milhões de toneladas, um aumento de 0,20% em relação ao mesmo período de 2024.
O ritmo aquecido das indústrias está atrelado à maior capacidade de processamento, atualmente projetada em 15,00 milhões de toneladas por ano — aumento de 3,30% em relação a 2024. Além disso, a maior oferta interna no estado e a demanda pelos coprodutos têm estimulado o consumo da soja neste período.
Por fim, em relação à margem bruta de esmagamento, o indicador apresentou queda de 3,04% em abr/25 frente a mar/25, encerrando o mês com média de R$ 642,48/t. Ainda assim, a margem está 103,87% acima à do mesmo período do ano passado, reflexo principalmente da valorização do óleo de soja.
AUMENTO: o prêmio Santos apresentou valorização de 28,89% na comparação semanal, impulsionada pela alta demanda por soja nos portos.
QUEDA: o preço da oleaginosa, segundo o indicador Cepea, registrou queda de 0,35% em relação à semana passada, encerrando o período com média de R$ 132,62/sc.
ALTA: a moeda norte-americana registrou elevação semanal de 0,63%, influenciada por fatores internos, especialmente pela taxa de juros no Brasil.
A comercialização da soja da safra 24/25 em Mato Grosso atingiu 70,55% da produção em abr/25
Nesse contexto, observou-se um avanço de 11,57 p.p. em relação a mar/25. Esse maior volume negociado no mês está associado à valorização nos preços da oleaginosa frente a mar/24, o que incentivou os produtores a intensificarem as vendas.
Além disso, a necessidade de liberar espaço nos armazéns para a chegada da safra de milho também contribuiu para impulsionar as negociações. Dessa forma, o preço médio da soja em abr/25 fechou em R$ 112,05/sc, representando uma alta de 2,66% em comparação ao mês anterior. Em relação à safra 2025/26, a comercialização da soja no estado alcançou 10,71% da produção estimada para a temporada, avanço de 2,61 p.p. em comparação a mar/25.
Apesar desse progresso, o ritmo de vendas permanece abaixo da média dos últimos cinco anos. Por fim, o preço médio da soja para a safra futura em abr/25 foi de R$ 109,95/sc, registrando uma queda de 0,28% em relação ao mês anterior.
Confira o Boletim Semanal da Soja n° 847 completo, clicando aqui!
Fonte: Imea
Autor:Boletim Semanal da Soja
Site: IMEA
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Sustentabilidade
Boletim traz atualizações climáticas para o mês de Maio – MAIS SOJA

Analisando a evolução das chuvas nos últimos meses, o mês de Março foi marcado pela baixa disponibilidade hídrica do solo em grande parte do território nacional. Já em Abril, uma melhora substancial das condições hídricas do solo pode ser observada em função da melhor distribuição de chuvas, elevando os níveis de umidade do solo.
Com relação às tendências para Maio, embora haja divergência entre modelos climatológicos, principalmente para as regiões Norte e Sul do país, para a região Centro-Oeste, tanto o modelo do INMET quando o modelo do NOAA, demonstram que há uma tendência de chuvas dentro da média histórica para o período (tons de cinza e branco respectivamente), cenário característico da condição de neutralidade, em que não há a influencia dos fenômenos El Niño e La Niña.
Figura 1. Anomalia de precipitações. Tendências para Maio de 2025.
Vale destacar que a maior tendência da condição de neutralidade não necessariamente implica em normalidade das chuvas, visto que diferentes fenômenos e variáveis climáticas podem interferir no regime de chuvas. Em suma, a maior probabilidade da condição de neutralidade significa um cenário com menor influência dos fenômenos ENOS sobre o regime de chuvas.
Para as culturas safrinha do Centro-Oeste como o milho, a ausência na anomalia da precipitação, indicando chuvas dentro da média pra a região, pode resultar em um cenário desfavorável para o desenvolvimento das lavouras, uma vez que nesse período, há uma tendência da ocorrência de pouca chuva para a região.
Confira abaixo o vídeo com as contribuições do pesquisador Fábio Marin sobre o tema.
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