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Brasil amplia frota e mantém segunda posição mundial

O Brasil iniciou 2025 com 2.722 aeronaves agrícolas em operação, um crescimento de 7,21% em relação ao ano anterior. O total inclui 2.088 aviões (77% da frota) e 634 helicópteros (23%).
Os dados foram divulgados pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) na 35ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, realizada nesta quarta-feira (19) em Capão do Leão, no Rio Grande do Sul.
O país mantém a segunda maior frota de aeronaves agrícolas do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que possuem cerca de 3.600 aeronaves. O levantamento do Sindag posiciona o Brasil à frente de países como Canadá, Argentina, México e Nova Zelândia.
Frota de aviação agrícola por estado
Mato Grosso lidera o ranking nacional, com 749 aeronaves agrícolas. Em seguida, aparecem o Rio Grande do Sul (385), São Paulo (320), Goiás (307) e Bahia (173). As demais 808 aeronaves estão distribuídas por 19 estados.
A frota se divide entre aviões operados por produtores rurais e cooperativas (1.054 aeronaves) e aqueles pertencentes a empresas aeroagrícolas, que prestam serviços ao setor (1.648 aeronaves).
Fabricantes e biocombustíveis
Segundo o Sindag, mais da metade da frota brasileira (51,65%) é composta por aeronaves de fabricação nacional, com destaque para o modelo Ipanema, da Embraer. O avião, lançado nos anos 1970 e atualmente em sua sétima geração, opera com etanol desde 2004. Esse modelo faz com que um terço da frota aeroagrícola brasileira seja movida a biocombustível.
Por outro lado, cresce a participação de aeronaves com motor turboélice, movidas a querosene de aviação e fabricadas nos Estados Unidos. Esses aviões, de maior porte e desempenho, têm sido cada vez mais utilizados no setor, aponta a entidade.
Novas tecnologias: drones e aeronaves autônomas
O Sindag também destacou avanços na aviação agrícola relacionados a drones e aeronaves autônomas. Um levantamento previsto para os próximos meses pretende mapear a frota de drones agrícolas em operação no país, uma vez que o número real pode ser maior que o registrado oficialmente no Ministério da Agricultura e na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Outra inovação no setor é a chegada da aeronave autônoma Pyka, da fabricante norte-americana de mesmo nome. O drone de grande porte, que pode transportar até 300 quilos, opera sem piloto e é capaz de realizar pulverizações agrícolas durante a noite. O modelo foi lançado em São Paulo no final de janeiro e fará sua primeira demonstração de voo na Show Safra 2025, em Lucas do Rio Verde (MT).
Segundo o diretor-executivo do Sindag, Gabriel Colle, a entrada desses equipamentos representa uma tendência de desenvolvimento acelerado da tecnologia na aviação agrícola. “É uma novidade que ainda precisamos conhecer de perto, mas que sinaliza mudanças significativas para o setor nos próximos anos”, afirmou.
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Insumos mais caros, safra 25/26 de soja desafiadora e Argentina ‘alagada’

Problemas climáticos persistem na Argentina, com chuvas intensas que atrasaram a colheita de soja, comprometeram a qualidade do grão e provocaram perdas. No cenário da commodity, segundo a plataforma Grão Direto, o Brasil manteve ritmo forte nas exportações, com volumes expressivos nos primeiros meses do ano, reforçando sua posição como principal fornecedor global da oleaginosa.
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Chicago
As cotações da soja em Chicago registraram uma semana de valorização, impulsionadas pelos preços do óleo de soja. O contrato para julho de 2025 encerrou a semana a US$ 10,61 por bushel, com alta de 0,95%. Já o contrato para março de 2026 fechou a US$ 10,70 por bushel, avanço de 1,71%.
No Brasil, o câmbio oscilou com a instabilidade política e econômica, e o dólar teve uma leve queda de 0,35%, encerrando a semana a R$ 5,65. No mercado físico, os preços da soja variaram conforme a região, refletindo a indecisão dos agentes em meio à volatilidade dos mercados.
Safra 25/26 de soja será desafiadora
O cenário para a próxima safra é desafiador. Os preços dos fertilizantes seguem em alta há três semanas. A elevação é causada, em parte, pela decisão da China de interromper negociações com a Índia, o que forçou o país a buscar insumos em outros mercados e aumentou a competição global.
Além disso, o crédito rural continua caro, pressionado por uma taxa Selic elevada e sem previsão de recuo. As incertezas geopolíticas e a volatilidade nos mercados internacionais dificultam a realização de travas de preços, exigindo cautela redobrada por parte dos produtores.
Clima e câmbio
Apesar da instabilidade climática na América do Sul, a soja teve desempenho estável na última semana. Os fundos de investimento adotaram posições equilibradas, com vendas fortes no farelo e compras no óleo e no grão. Nos Estados Unidos, o clima tem sido favorável, mas as margens negativas ainda limitam os esforços de replantio. Na Argentina, as chuvas continuam, mas o mercado já precificou grande parte dos riscos.
No Brasil, o câmbio permanece como fator importante na formação de preços. A recente instabilidade fiscal e as incertezas políticas já refletem no comportamento do dólar, que tende a oscilar com novos anúncios do governo. Esse cenário pode abrir janelas pontuais de comercialização para os produtores atentos às oportunidades.
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Açúcar segue em queda frente à baixa demanda

Levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostram que os preços médios do açúcar cristal seguiram em queda no spot paulista na última semana, refletindo o enfraquecimento na demanda.
Segundo o Cepea, compradores não mostram interesse por negócios envolvendo grandes volumes de cristal para entrega imediata. Até mesmo a movimentação nos contratos futuros tem sido limitada.
Dessa forma, pesquisadores do Cepea explicam que as usinas vêm adotando uma postura mais flexível. Reduzindo, assim, os valores de suas ofertas – principalmente nas negociações envolvendo o açúcar cristal Icumsa 180.
No balanço da última semana, o Indicador Cepea/Esalq para o produto cor Icumsa de 130 a 180 teve média de R$ 134,14 a saca de 50 kg, baixa de 3,39% sobre a do período anterior.
Por outro lado, levantamentos do Cepea mostram que as cotações do cristal tipo Icumsa 150 mantiveram-se firmes. Foram sustentadas pela menor disponibilidade doméstica resultante da exportação da maior fatia da produção.
*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo
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Etanol: negócios voltam a cair

Na última semana, a quantidade de etanol hidratado negociada caiu 46% em relação ao período anterior. A informação vem de levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Segundo o órgão, a postura dos demandantes foi de cautela. Entre os compradores ativos, o avanço da moagem de cana e o consequente aumento da oferta levaram esses agentes a tentar fechar negócios a preços menores.
Do lado da usina, pesquisadores do Cepea afirmam que algumas unidades cederam e ofertaram o etanol a valores mais baixos. Assim, na última semana, o Indicador Cepea/Esalq do hidratado fechou em R$ 2,6860/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), recuo de 0,81% sobre o da semana anterior.
Para o anidro, o indicador demonstra queda de 0,79% em igual comparativo, a R$ 3,1067/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins).
*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo
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