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. . . . . . . . . . . . . . . 25 de May de 2025

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Novo indicador mostra média de preço do feijão para 6 estados

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Produtores de feijão do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Bahia agora contam com um indicador diário do feijão, que disponibiliza a média de preços nos mercados destes estados.

A iniciativa é coordenada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e apoio do Sistema Faep. Os valores são publicados diariamente no site do Cepea.

O indicador abrange os preços da saca de 60 quilos dos feijões preto e carioca, levando em conta o tipo de produção em cada uma das seis unidades da federação. No Paraná, por exemplo, o foco será o feijão preto, já que o estado é responsável por 70% da produção nacional.

“Com as informações regionalizadas, o produtor pode planejar sua safra e seu negócio com mais clareza, entendendo os preços praticados em sua região. Isso facilita decisões sobre a venda, exportação e armazenagem do produto com mais confiança”, destaca o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette.

Microrregiões paranaenses

Para estruturar a metodologia do indicador, o Paraná foi dividido em quatro microrregiões homogêneas. Assim, o Cepea realizou um roteiro de reuniões presenciais nos sindicatos rurais de Castro, Clevelândia, Guarapuava, Mangueirinha, Pato Branco, Ponta Grossa e Prudentópolis, para coletar informações sobre as condições e os valores de negociação nas diferentes regiões.

“O Paraná contribuiu na etapa de caracterização do sistema de comercialização regional, fundamental para subsidiar a metodologia do indicador. Os sindicatos rurais se destacaram pela mobilização dos produtores”, resume a técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep, Ana Paula Kowalski.

“No âmbito nacional, o Paraná liderou em participação de produtores rurais, que representaram quase dois terços da amostra”, complementa.

Segundo o pesquisador do Cepea e responsável pelo indicador, Lucilio Alves, com base na metodologia, o valor regional é obtido pela coleta diária de preços de negócio efetivos ou de ofertas de compra e venda.

“Diariamente, o Cepea faz o contato com os produtores rurais e agentes compradores para coletar informações. Esses valores passam por um tratamento estatístico para gerar a média de preços à vista, sem a incidência de ICMS. A divulgação de preços dá oportunidade para todos relatarem os parâmetros de negócios”, afirma.

Demanda antiga da cadeia do feijão

feijão
Foto: Pixabay

A criação de um indicador de preços do feijão atende a uma antiga demanda da cadeia produtiva, que carecia de referência técnica para embasar as negociações de comercialização.

Para Tiago Galina, vice-presidente do Sindicato Rural de Clevelândia, no sudoeste do Paraná, o novo índice é uma iniciativa para retratar o preço do produto de forma mais fiel e de acordo com a realidade das regiões produtivas.

“Às vezes, dava muita diferença de preço nas negociações, deixando a gente em uma situação desfavorável. Agora o produtor paranaense terá mais embasamento para se planejar a longo prazo, com mais segurança”, avalia. “Esse indicador também chega em boa hora, pois percebemos um aumento do interesse comercial no feijão preto por outros países, o que valoriza o produto”, complementa.

Já Edimilson Rickli, presidente do Sindicato Rural de Prudentópolis, na região Centro-Sul, a comercialização do feijão sempre enfrentou desafios pela falta de informações. “Com uma referência, ajuda na negociação, já que o produtor nunca determinava o preço. Agora, ele poderá verificar se a oferta do comprador está de acordo com a média”, aponta.

Os dirigentes também acreditam que informações regionalizadas podem embasar políticas públicas voltadas ao setor, promovendo a estruturação necessária para a cadeia produtiva. “Com a valorização do produto, começa a se intensificar pesquisas, novas cultivares adaptadas, para melhorar o mercado. A criação do indicador é um ótimo ponto de partida”, observa Galina.

Produtores devem participar do indicador

O pesquisador do Cepea destaca a importância de os produtores rurais participarem da iniciativa, fornecendo dados sobre suas negociações.

“Todos são convidados a contribuir, seja grande comprador ou pequeno produtor. Assim, reduzimos a assimetria de informações, que se torna pública e de fácil acesso, permitindo que todos ajustem seus planos de negócio conforme a realidade do mercado”, diz.

Segundo ele, com o tempo, isso também possibilitará ao poder público identificar alternativas e melhorias para fortalecer toda a cadeia produtiva.

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agro emprega 26% do país

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Reconhecido como o Dia do Trabalhador Rural, 25 de maio foi instituído em homenagem à data de morte do ex-deputado gaúcho Fernando Ferrari, autor do Estatuto do Trabalhador Rural, na década de 1960.

Atualmente, o agronegócio brasileiro segue como um dos principais motores da economia nacional, empregando 28,4 milhões de pessoas, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Esse número representa 26% do total de ocupações no país entre julho e setembro de 2024 — dado que reforça a relevância do setor para a geração de renda em todas as regiões.

Para efeito de comparação, o estado de São Paulo, maior centro econômico do Brasil, registrou 24,7 milhões de empregos no mesmo período, conforme dados do Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra), ou seja, o agro, sozinho, emprega mais pessoas do que todo o estado paulista.

Ainda assim, o setor precisa atenuar a grande informalidade dos trabalhadores que lidam diretamente com a produção rural, dos que seguem na linha de frente no trato com a terra.

Digitalização do agro

Foto: Divulgação

Além da força no campo impulsionada por cada trabalhador rural, o agronegócio vive um novo ciclo impulsionado pela digitalização e pela valorização de áreas como logística, tecnologia, gestão e serviços técnicos.

Essa transformação tem multiplicado as oportunidades de trabalho, exigido novos perfis e impulsionado os salários em posições-chave do setor.

“O avanço da digitalização no setor agrícola tem sido um dos principais fatores para esse crescimento, conectando toda a cadeia produtiva a novas possibilidades de negócios e criando novas demandas por profissionais especializados. Esse processo de transformação digital tem impulsionado não apenas a produtividade no campo, mas também a ampliação das oportunidades de atuação em diferentes áreas do agronegócio”, afirma o chief commercial officer da Orbia, Robson Rizzon.

Segundo o Guia Salarial de Agro 2024, elaborado pela consultoria Fox Human Capital, os salários no setor refletem essa nova fase de maturidade e profissionalização. Um CEO do agro pode receber de R$ 60 mil a R$ 200 mil mensais, com média de R$ 130 mil.

Já os representantes técnicos de vendas, que atuam na linha de frente com os produtores, recebem entre R$ 8 mil e R$ 18.645, com média de R$ 13.842,50.

A área comercial, por sua vez, mantém-se aquecida independentemente das oscilações econômicas, com alta demanda contínua por profissionais. “Esse é um dos poucos segmentos que seguem contratando mesmo em tempos de retração, pois estão diretamente ligados ao desempenho das empresas”, destaca Rizzon.

Segundo ele, um exemplo do impacto da digitalização nesse cenário são os marketplaces agrícolas, que revolucionaram o acesso a insumos, benefícios e soluções financeiras. Além de facilitar a rotina dos produtores, essas plataformas criam novas oportunidades de negócios para distribuidores, cooperativas, técnicos, consultores e representantes.

“Esse modelo de negócio não só impulsiona a produtividade no campo, mas também gera novas possibilidades para diferentes perfis profissionais dentro e fora da porteira”, ressalta o executivo. Ele destaca que distribuidores e cooperativas passaram a atuar de forma mais estratégica, enquanto os RTVs ampliaram sua atuação.

Força de trabalho multidisciplinar

A maior complexidade das operações no campo e nas indústrias do setor tem exigido equipes multidisciplinares e fortalecido a criação de empregos nas pontas mais técnicas da cadeia, algo ressaltado em todos os eventos e feiras agrícolas do setor.

“Com o avanço da tecnologia, o agronegócio brasileiro não apenas fortalece sua posição como um dos maiores empregadores do país, mas também diversifica as funções disponíveis e cria novas oportunidades, contribuindo de forma decisiva para o desenvolvimento econômico. É esse protagonismo que celebramos no Dia do Trabalhador Rural”, finaliza Rizzon.

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Governo lança Programa Solo Vivo para restaurar solos e apoiar agricultura familiar

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O governo federal lançou neste sábado (24), em Campo Verde (MT), o Programa Solo Vivo. A iniciativa busca recuperar áreas de solo degradado, aumentar a produtividade e reduzir desigualdades na produção rural, com foco na agricultura familiar.

A cerimônia aconteceu no assentamento Santo Antônio da Fartura, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu discurso, ele destacou a importância de garantir acesso igualitário a insumos e tecnologia para pequenos produtores. O presidente também defendeu a valorização da produção voltada para o consumo familiar como forma de garantir segurança alimentar e justiça social no campo.

Na primeira etapa, o Solo Vivo contará com um investimento de R$ 42,8 milhões, beneficiando entre 800 e 1.000 famílias de dez assentamentos em diferentes regiões do estado. Os agricultores receberão suporte técnico para restaurar a fertilidade do solo, aumentar a produção, gerar renda e manter-se de forma sustentável no campo.

O evento também marcou a entrega de máquinas agrícolas pelo Programa Estratégico de Fortalecimento Estrutural de Assentamentos Rurais, uma parceria entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A ação contempla 38 municípios mato-grossenses.

Além disso, 78 títulos de domínio foram entregues a famílias dos assentamentos Santo Antônio da Fartura, em Campo Verde, e Salete Strozac, em Guiratinga. As propriedades tituladas totalizam 1.764,86 hectares, com investimento superior a R$ 397 mil. A titulação garante segurança jurídica e representa um passo importante para o desenvolvimento rural no estado.

Durante o evento, o ministro Carlos Fávaro destacou o avanço na abertura de mercados internacionais para produtos do agronegócio brasileiro. Segundo ele, o Brasil já alcança mais de 1,1 bilhão de toneladas produzidas nesta safra, com 374 novos mercados abertos para exportação.

As ações do Programa Solo Vivo são realizadas em parceria com a Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Mato Grosso (Fetagri-MT) e o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT).

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Fávaro: Proposta de licenciamento ambiental avança sem precarização

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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse nesta sexta-feira (23) que o projeto da Lei Geral do Licenciamento Ambiental “avança sem precarização”. O chefe da Agricultura disse ainda respeitar o posicionamento contrário da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmando que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é plural.

“Eu respeito o posicionamento dela, talvez ela fazendo uma análise mais profunda do texto pode haver divergências. O governo é plural. As áreas podem ter, em algum momento, conflito de ideias e de pensamentos. Mas eu, particularmente, acho que é um projeto que avança muito sem precarização”, afirmou Fávaro.

Segundo Fávaro, o projeto de licenciamento ambiental pode dar uma grande capacidade para o governo licenciar obras de infraestrutura e garantir “crescimento sustentável”.

“É impossível a gente crescer de forma sustentável sem que a infraestrutura acompanhe e puxe na frente. A gente precisa de mais portos, mais aeroportos, mais ferrovias e mais energia elétrica”, afirmou Fávaro.

Contra a vontade de ambientalistas, o projeto de lei foi aprovado no Senado nesta quarta-feira (21) por 54 votos favoráveis a 13 contrários. A proposta estabelece regras nacionais para os processos de licenciamento, com definição de prazos, procedimentos simplificados para atividades de menor impacto e a consolidação de normas atualmente dispersas.

O texto vai voltar para a Câmara dos Deputados, precisando ser chancelado para então ir à sanção presidencial.

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