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Marca Agro do Brasil quer fortalecer setor e aproximar campo e cidade

O agronegócio brasileiro, setor que deve movimentar quase R$ 1,3 trilhão em 2024, lançou a iniciativa “Marca Agro do Brasil” com o objetivo de fortalecer sua imagem e aproximar o campo da cidade. Com o apoio de autoridades, entidades do setor e da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agrícola (ABMRA), o projeto busca consolidar a reputação do Agro no Brasil e no exterior, evidenciando seu impacto econômico, tecnológico e sustentável.
A proposta nasceu a partir da pesquisa “Percepções sobre o Agro: O que pensa o Brasileiro”, que ouviu 4.215 pessoas em diferentes regiões do país.
O levantamento revelou que 70% da população têm uma visão positiva do setor, mas identificou que 30% dos entrevistados se dizem propensos a boicotar produtos agropecuários, sendo 51% desse grupo composto por jovens de 15 a 29 anos.
Estratégia de comunicação
O projeto “Marca Agro do Brasil” visa mudar a percepção pública sobre o setor, mostrando que o agro vai além da produção de alimentos e desempenha um papel fundamental na economia, inovação e sustentabilidade.
Para ampliar esse impacto, a iniciativa atuará em três pilares estratégicos:
- Consistência: produção de conteúdos baseados em ciência e fontes oficiais;
- Frequência: comunicação contínua e presente no dia a dia da população;
- Sequência: informações transmitidas de forma gradual para facilitar a compreensão.
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion, destacou a necessidade de combater narrativas inverídicas sobre o setor. “A grande dificuldade do agro é a comunicação. Passamos o tempo todo combatendo informações erradas sobre o setor. Precisamos mostrar como o agronegócio impacta a vida de todos os brasileiros”, afirmou.
Fortalecimento da imagem do agro
A iniciativa tem o respaldo de diversas entidades do setor. O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues celebrou o lançamento da marca e ressaltou a importância de unir esforços para melhorar a imagem do setor. “Essa iniciativa une o setor em prol do reconhecimento do Agro. Precisamos amar, respeitar e admirar o agronegócio, que fará do Brasil um campeão mundial na segurança alimentar”, afirmou.
A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, também reforçou a importância da comunicação estratégica do setor. “O Agro cresceu muito nos últimos 50 anos, mas ainda há desafios na comunicação, pois falamos muito para dentro, para os produtores. Precisamos nos conectar com o meio urbano e mostrar o impacto social, ambiental e econômico do setor”, destacou.
Para o presidente do Sistema Faesp/Senar-SP, Tirso Meirelles, a falta de uma política de comunicação estruturada prejudica o Agro. “Esse projeto é essencial para aproximar a imagem do agronegócio da realidade. Precisamos derrubar mitos e consolidar o Agro como um dos motores da economia nacional”, afirmou.
Plataforma online para ampliar alcance da iniciativa
Com o crescente interesse de empresas e associações em apoiar e patrocinar o projeto, a ABMRA lançou um site oficial que detalha a estrutura da iniciativa.
A plataforma disponibiliza o relatório completo da pesquisa “Percepções sobre o Agro”, além do plano comercial para patrocinadores interessados em fortalecer a comunicação do setor.
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Governo lança Programa Solo Vivo para restaurar solos e apoiar agricultura familiar

O governo federal lançou neste sábado (24), em Campo Verde (MT), o Programa Solo Vivo. A iniciativa busca recuperar áreas de solo degradado, aumentar a produtividade e reduzir desigualdades na produção rural, com foco na agricultura familiar.
A cerimônia aconteceu no assentamento Santo Antônio da Fartura, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu discurso, ele destacou a importância de garantir acesso igualitário a insumos e tecnologia para pequenos produtores. O presidente também defendeu a valorização da produção voltada para o consumo familiar como forma de garantir segurança alimentar e justiça social no campo.
Na primeira etapa, o Solo Vivo contará com um investimento de R$ 42,8 milhões, beneficiando entre 800 e 1.000 famílias de dez assentamentos em diferentes regiões do estado. Os agricultores receberão suporte técnico para restaurar a fertilidade do solo, aumentar a produção, gerar renda e manter-se de forma sustentável no campo.
O evento também marcou a entrega de máquinas agrícolas pelo Programa Estratégico de Fortalecimento Estrutural de Assentamentos Rurais, uma parceria entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A ação contempla 38 municípios mato-grossenses.
Além disso, 78 títulos de domínio foram entregues a famílias dos assentamentos Santo Antônio da Fartura, em Campo Verde, e Salete Strozac, em Guiratinga. As propriedades tituladas totalizam 1.764,86 hectares, com investimento superior a R$ 397 mil. A titulação garante segurança jurídica e representa um passo importante para o desenvolvimento rural no estado.
Durante o evento, o ministro Carlos Fávaro destacou o avanço na abertura de mercados internacionais para produtos do agronegócio brasileiro. Segundo ele, o Brasil já alcança mais de 1,1 bilhão de toneladas produzidas nesta safra, com 374 novos mercados abertos para exportação.
As ações do Programa Solo Vivo são realizadas em parceria com a Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Mato Grosso (Fetagri-MT) e o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT).
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Fávaro: Proposta de licenciamento ambiental avança sem precarização

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse nesta sexta-feira (23) que o projeto da Lei Geral do Licenciamento Ambiental “avança sem precarização”. O chefe da Agricultura disse ainda respeitar o posicionamento contrário da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmando que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é plural.
“Eu respeito o posicionamento dela, talvez ela fazendo uma análise mais profunda do texto pode haver divergências. O governo é plural. As áreas podem ter, em algum momento, conflito de ideias e de pensamentos. Mas eu, particularmente, acho que é um projeto que avança muito sem precarização”, afirmou Fávaro.
Segundo Fávaro, o projeto de licenciamento ambiental pode dar uma grande capacidade para o governo licenciar obras de infraestrutura e garantir “crescimento sustentável”.
“É impossível a gente crescer de forma sustentável sem que a infraestrutura acompanhe e puxe na frente. A gente precisa de mais portos, mais aeroportos, mais ferrovias e mais energia elétrica”, afirmou Fávaro.
Contra a vontade de ambientalistas, o projeto de lei foi aprovado no Senado nesta quarta-feira (21) por 54 votos favoráveis a 13 contrários. A proposta estabelece regras nacionais para os processos de licenciamento, com definição de prazos, procedimentos simplificados para atividades de menor impacto e a consolidação de normas atualmente dispersas.
O texto vai voltar para a Câmara dos Deputados, precisando ser chancelado para então ir à sanção presidencial.
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Acordo entre Brasil e Angola prevê 500 mil ha para produção agrícola

Durante reunião no Palácio Itamaraty nesta sexta-feira (23), em Brasília, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e João Lourenço, de Angola, discutiram os próximos passos do Programa de Investimento Produtivo Agropecuário Brasil-Angola. O encontro contou com a presença dos ministros da Agricultura dos dois países, Carlos Fávaro e Isaac dos Anjos, além de representantes do setor produtivo.
A iniciativa prevê a cooperação entre produtores rurais brasileiros e angolanos para estimular a produção de alimentos, criar empregos e promover o desenvolvimento social no território angolano. Segundo Fávaro, o programa resulta de articulações iniciadas desde o início do atual mandato de Lula, com foco no combate à fome no continente africano.
Missões técnicas realizadas em Angola ao longo dos últimos meses permitiram que empresários brasileiros conhecessem de perto as condições para produção no país. A partir das visitas, foi elaborado um documento com propostas e condições para viabilizar os investimentos brasileiros.
“Percorremos várias regiões, fizemos reuniões com autoridades e, ao final, construímos um documento simples, direto e objetivo. Nele constam sugestões e condições para que esses produtores brasileiros possam, de fato, começar a produzir em Angola”, disse Fávaro.
O plano inclui proposta de concessão de até 500 mil hectares de terras agricultáveis, com cessões de até 60 anos, renováveis, e definição de áreas contínuas para facilitar a instalação de infraestrutura. “Isso é fundamental. Assim como fizemos no Brasil, quando desbravamos o Cerrado, é preciso ter escala, ter continuidade de áreas para viabilizar os investimentos”, afirmou o ministro brasileiro.
Também estão previstos ajustes na legislação angolana sobre proteção de cultivares, sementes transgênicas e propriedade intelectual.
Outro ponto central da proposta é a criação de um fundo de aval com recursos do fundo soberano de Angola. A medida pode garantir até 75% dos investimentos feitos por produtores brasileiros no país africano.
O programa contempla ainda ações sociais, como a construção de agrovilas com moradias, escolas, postos de saúde e centros técnicos. Também haverá intercâmbio de profissionais para capacitação técnica em ambos os países. Comunidades vizinhas às áreas de produção receberão maquinário, insumos e assistência técnica.
Lula e Lourenço orientaram suas equipes a avançar na redação de um memorando de entendimento para formalizar a parceria. De acordo com Fávaro, o acordo representa um passo estratégico para consolidar o Brasil como referência global em agricultura tropical sustentável, com potencial para fortalecer a segurança alimentar e a inclusão social no continente africano.
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