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Caixa Econômica libera abono do PIS/Pasep para nascidos em janeiro a partir desta segunda

Agência Brasil – Cerca de 1,8 milhão de trabalhadores com carteira assinada nascidos em janeiro podem sacar, a partir desta segunda-feira (17), o valor do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) em 2025 (ano-base 2023). A quantia está disponível no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital e no Portal Gov.br.
Ao todo, a Caixa Econômica Federal vai liberar R$ 2,1 bilhões neste mês. Aprovado no fim do ano passado, o calendário de liberações segue o mês de nascimento do trabalhador. Os pagamentos ocorrem de 17 de fevereiro a 15 de agosto.
Neste ano, R$ 30,7 bilhões poderão ser sacados. Segundo o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), o abono salarial de 2025 será pago a 25,8 milhões de trabalhadores em todo o país. Desse total, cerca de 22 milhões que trabalham na iniciativa privada receberão o PIS e 3,8 milhões de servidores públicos, empregados de estatais e militares têm direito ao Pasep.
O PIS é pago pela Caixa Econômica Federal e o Pasep, pelo Banco do Brasil. Como ocorre tradicionalmente, os pagamentos serão divididos em seis lotes, baseados no mês de nascimento. O saque começará nas datas de liberação dos lotes e acabará em 29 de dezembro de 2025. Após esse prazo, será necessário aguardar convocação especial do Ministério do Trabalho.
Nascidos em | Recebem a partir de |
Janeiro | 17 de fevereiro |
Fevereiro | 17 de março |
Março e Abril | 15 de abril |
Maio e Junho | 15 de maio |
Julho e Agosto | 16 de junho |
Setembro e Outubro | 15 de julho |
Novembro e Dezembro | 15 de agosto |
Quem tem direito
Tem direito ao benefício o trabalhador inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e que tenha trabalhado formalmente por, no mínimo, 30 dias no ano-base considerado para a apuração, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. Também é necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
O valor do abono é proporcional ao período em que o empregado trabalhou com carteira assinada em 2023. Cada mês trabalhado equivale a um benefício de R$ 126,50, com períodos iguais ou superiores a 15 dias contados como mês cheio. Quem trabalhou 12 meses com carteira assinada receberá o salário mínimo cheio, de R$ 1.518.
Pagamento
Trabalhadores da iniciativa privada com conta corrente ou poupança na Caixa receberão o crédito automaticamente no banco, de acordo com o mês de seu nascimento.
Os demais beneficiários receberão os valores por meio da poupança social digital, que pode ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem. Caso não seja possível a abertura da conta digital, o saque poderá ser feito com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, Caixa Aqui ou agências, também de acordo com o calendário de pagamento escalonado por mês de nascimento.
O pagamento do abono do Pasep ocorre por meio de crédito em conta para quem é correntista ou tem poupança no Banco do Brasil. O trabalhador que não é correntista do BB pode fazer a transferência por TED para conta de sua titularidade em terminais de autoatendimento, no portal www.bb.com.br/pasep ou no guichê de caixa das agências, mediante apresentação de documento oficial de identidade.
Até 2020, o abono salarial do ano anterior era pago de julho do ano corrente a junho do ano seguinte. No início de 2021, o Codefat atendeu recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU) e passou a depositar o dinheiro somente dois anos após o trabalho com carteira assinada.
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Colheita do milho em Mato Grosso começa com atraso

A colheita da safra 2024/25 de milho teve início em Mato Grosso há duas semanas. Até o momento as máquinas passaram por apenas 0,31% dos 7,113 milhões de hectares semeados nesta temporada.
Os números foram divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) na tarde desta sexta-feira (23). O relatório mostra que em relação à média histórica dos últimos cinco anos, os trabalhos atuais estão atrasados. A média é de 0,98%.
Ao se comparar com o ciclo 2023/24 o atraso é de 1,63 ponto percentual. A colheita do milho da safra passada no estado teve início na semana do dia 10 de maio.
Mato Grosso nesta temporada semeou 7,113 milhões de hectares com o cereal, 4,58% a mais que no ciclo passado. A perspectiva é uma produtividade média de 114,54 sacas por hectare, 0,91% a menos que a média final da 2023/24.
A produção esperada é de 48,885 milhões de toneladas, como já destacado pelo Canal Rural Mato Grosso. O volume representa um aumento de 3,63% ante o consolidado de 47,171 milhões de toneladas da safra 2023/24 e se aproxima do recorde do ciclo 2022/23 de 52,504 milhões de toneladas.
Ao se analisar a colheita do milho por regiões, os trabalhos no estado estão ocorrendo no médio-norte, que já colheu 0,62% da área, no norte com 0,44%, oeste com 0,37% e noroeste com 0,19%.
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a força da cooperação em uma das regiões mais produtivas do país

Há 30 anos atrás, em Toledo, no Paraná, o milho segunda safra era visto apenas como um “quebra-galho” para pagar custos. Foi então que com uma visão inovadora em 1994, um movimento mudou a história do agronegócio da região se tornando referência em agricultura.
A história do Clube do Milho começa com seu Roberto Scholz, um dos fundadores do clube e na época, caçula do grupo. Ele tinha apenas 20 anos quando aceitou o convite para integrar um time de agricultores que, além de plantar, decidiu semear conhecimento e inovação.
“Realmente era só para pagar os custos. Se colhesse 40 sacos por hectare, estava bom. Eram poucos produtores de milho e também o consumo era menor naquela época. Não existiam tantas integradoras. Era uma novidade, porque a gente não sabia como ia se comportar na época de frio… A gente [produtores] se reuniu e criou o Clube do Milho”, conta Roberto ao Especial Mais Milho dessa semana.
Roberto diz que os produtores precisavam de uma renda e de mais tecnificação. A transformação, então, começou com o auxílio de uma sementeira que ofereceu suporte técnico e financeiro.
Assim surgiu o Clube, reunindo agricultores de diferentes comunidades de Toledo, cada um se tornando um difusor de tecnologia no seu pedaço de chão. “Nós nos reunimos até hoje, toda última quinta-feira do mês, há três décadas. É mais do que um grupo, é uma família”.
O primeiro aprendizado, através de palestras que eram realizadas na região para levar mais informação aos produtores, foi sobre a plantabilidade.
“A gente achava que sabia plantar. Mas quando veio o primeiro palestrante e mostrou como regular uma plantadeira, como escolher o disco certo, como distribuir bem as sementes… Aquilo mudou tudo”, lembra.
Entre as primeiras mudanças, veio uma que gerou inseguranças entre os produtores. Reduzir o espaçamento entre linhas do milho de 90 centímetros, ou até, um metro para 50 centímetros. O mesmo espaçamento da soja.


“Diziam que a gente era louco. Que isso não ia dar certo. A gente buscava algumas coisas diferentes, né? E deu certo. Hoje tá praticamente esparramado pro Brasil inteiro o plantio adensado de 45 ou 50”, comenta.
A iniciativa começou reunindo cerca de 25 produtores. Como acontece com toda inovação, a ideia foi recebida com desconfiança na região.
“Chamavam a gente de louco”. A proposta, no entanto, rapidamente despertou a curiosidade de outros produtores das comunidades vizinhas.
“Quando eles viam que fulano estava fazendo, queriam ir lá ver como funcionava”, conta Roberto. Assim, a prática foi se espalhando, ganhando força e adesão entre os agricultores locais.
Números falam por si só
Nos primeiros quatro anos, os resultados já foram surpreendentes. A produtividade saltou de 100 para até 400 sacos por alqueire. Em hectares, isso representa pular de cerca de 40 para 150 sacos por hectare. Atualmente, as produções chegam a 170 sacos por hectare de milho segunda safra.
“Tinha gente que não acreditava. O pessoal ligava pro vizinho, perguntava pro tratorista se era verdade. Era muita diferença de um ano pro outro só com ajuste de técnica, sem nem falar em genética, que depois ainda veio ajudar mais”, completa Roberto.


Mudanças que fizeram história na região
A mudança na época esbarrou em um obstáculo: não existia no mercado uma plataforma de colheita capaz de operar nesse novo modelo de espaçamento.
Foi então que a Vence Tudo, uma empresa que carrega no DNA a disposição para ouvir o produtor e apostar no diferente, entrou.
“Chegamos lá com a ideia meio no papel, meio na cabeça, e eles toparam na hora. Fabricaram uma plataforma para teste, sem custo, e deixaram com a gente por dois anos. Depois a gente acabou comprando outra e hoje estamos satisfeitos”, diz Roberto.
O Edison Goelzer, representante da Vence Tudo, explica que os produtores estavam desenvolvendo tecnologias para o milho com espaçamento reduzido e que a empresa tinha a plataforma, “mas ainda não tínhamos esse espaçamento reduzido”.
Foi em uma feira em Cascavel (PR), durante conversas, que foi desenvolvida uma plataforma com espaçamento reduzido de 50 cm. Logo no primeiro ano, os resultados tiveram um aumento de até 20% na produtividade, na mesma área plantada com espaçamento de 70 cm.
A plataforma que nasceu experimental virou referência. Atualmente, Roberto opera com a linha 08, com 14 linhas.
“Ela tem uma qualidade de colheita diferente das demais. Ela deixa uma palha, uma cobertura de palha no chão, melhor, tira realmente só a espiga. Não entra aquele monte de palha para dentro da máquina. É um rendimento de colheita melhor”, pontua.


Quando plantar milho vira ciência
A transformação não parou na porteira. Junto com as máquinas, veio a profissionalização da gestão. “Saiu o caderninho, entrou a planilha. Hoje, agricultura é negócio, é empresa. Precisa gerar lucro, porque tem famílias que dependem disso”.
O Clube do Milho também evoluiu. Mantém os mesmos 25 produtores desde a fundação. E entrar não é fácil: tem fila de espera.
“Se alguém sai, entra o primeiro da lista. Mas não é só querer. Precisa estar disposto a compartilhar os acertos e, principalmente, os erros”, ressalta Roberto.
A expectativa para esta safra é colher entre 120 e 140 sacas por hectare.
“Milho de qualidade, bom para ração, para os animais e, claro, para manter o caixa da fazenda saudável. Desistir não é opção. Quem é do campo sabe que desafio faz parte. Vai ter problema com preço, clima, mercado… Mas quem carrega isso no sangue sempre dá um jeito de seguir em frente. Está na nossa essência produzir alimento”, finaliza.
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Mato Grosso recebe reconhecimento internacional de zona livre da febre aftosa sem vacinação no dia 29

Mato Grosso recebe no próximo dia 29 de maio o reconhecimento internacional como zona livre da febre aftosa sem vacinação. O último foco da doença no estado foi registrado em 1996.
O reconhecimento é o mais alto status sanitário concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). A entrega da certificação inédita ocorre durante a 92ª Assembleia Mundial da entidade, em Paris, na França, com a presença de delegações de mais de 180 países.
O reconhecimento ocorre após mais de 40 anos de luta do estado contra a febre aftosa, que na década de 1970 era uma ameaça constante ao rebanho mato-grossense.
Em 2001 Mato Grosso conquistou a certificação de zona livre com vacinação. Na época possuía um rebanho de 22 milhões de cabeças de bovinos e hoje se consolida como o detentor do maior rebanho com pouco mais de 33 milhões de cabeças, conforme dados do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT).
Para o governador Mauro Mendes, a certificação internacional de reconhecimento de zona livre da febre aftosa sem vacinação, além de histórica, é a prova da qualidade do rebanho bovino e suíno do estado, bem como do trabalho realizado entre o poder público e o setor produtivo.
“A certificação mostra que o produtor de Mato Grosso é extremamente competitivo e por isso nosso Estado tem avançado cada vez mais no cenário global. Uma grande vitória para Mato Grosso e para o agronegócio mato-grossense”, avalia.
Novo patamar de competitividade global
De acordo com o gerente executivo do FESA-MT, Juliano Latorraca Ponce, a certificação sem vacinação projeta o Estado a um novo patamar de competitividade global.
“Vamos acessar mercados mais exigentes e valorizados, com maior valorização do nosso rebanho e dos produtos suínos e bovinos. O FESA continuará como pilar estratégico na vigilância sanitária e na resposta rápida a qualquer ameaça futura”, comenta.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, pontua que com a certificação Mato Grosso poderá ter as portas abertas por países como Japão e Coreia do Sul, que só compram de zonas reconhecidas como livres sem vacinação.
“A certificação traz ganhos não só à bovinocultura, mas também à suinocultura, que poderá expandir exportações. Mato Grosso mostra mais uma vez que é referência em produzir com qualidade, responsabilidade ambiental e inovação”, diz César Miranda.
A presidente do Indea, Emanuele Almeida, pontua que esta será a primeira vez que todo o território de Mato Grosso será certificado com o mais alto status sanitário. Até então, apenas os municípios de Juína, Colniza, Aripuanã e Rondolândia possuíam tal status por fazerem divisa com Rondônia, que já é zona livre de febre aftosa sem vacinação.
“Já tínhamos uma pequena área reconhecida, mas agora é o Estado inteiro. É um sonho realizado, resultado do trabalho incansável de equipes técnicas, produtores e instituições ao longo de décadas”, disse.
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