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. . . . . . . . . . . . . . . 21 de May de 2025

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Costureira troca uma carreira de sucesso na cidade pelo campo

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Dos vestidos de festa para a produção de leite em Mirassol d’Oeste. Uma carreira de sucesso de 25 anos que vê hoje os primeiros passos de um novo sonho a ser trilhado e ganhar novos rumos através do novo programa do Senar Mato Grosso: a ATeG Inseminação.

Assim é a história da ex-costureira Lusimar Ramos da Silva, proprietária da Estância Bom Fluído. Um sítio de aproximadamente 24 hectares que chegou em 2019 à vida da produtora.

Lusimar conta que atendia às suas clientes em Mirassol d’Oeste no ateliê que possuía em casa. A rotina que começava cedo não tinha hora para acabar tamanho era o sucesso das suas costuras.

“Que quando eu vim para o sítio eu tive que mudar o número do meu celular para não me desfazer de ninguém. Eu levantava cedo e ia para a máquina. Às vezes costurava até uma hora da manhã e não conseguia atender o pessoal que era para atender. Mas, graças a Deus fiquei com um legado”, comenta a produtora ao programa Senar Transforma desta semana.

A decisão pela mudança de atividade foi por querer “mais tranquilidade”, uma vez que a sua casa estava sempre cheia. Diante da decisão, as casas que possuía na cidade foram vendidas e o sítio adquirido e as agulhas, linhas e máquina de costura deram lugar à produção de leite. Atividade essa, por sinal, totalmente desconhecida para ela.

“Entrei com a cara e a coragem. Eu morria de medo de um lugar onde tinha vaca. Fui me acostumando, as vacas se acostumando comigo e hoje estou aqui. Mas, foi uma luta”, diz.

O reforço para enfrentar o desafio da nova atividade veio com a inclusão do sítio na lista de propriedades atendidas pelo programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Bovinocultura de Leite do Senar Mato Grosso, que fornece auxílio técnico e gerencial aos produtores em visitas mensais ao longo de três anos.

Os atendimentos tiveram início há pouco mais de dois anos. Conforme a técnica de campo, Gisele Zavariz Brito, um dos grandes gargalos observados na propriedade quando chegou era a falta de manejo de pasto, que não existia.

Além da questão em torno da pastagem, foi observado um alto custo com a compra de silagem de milho. Outro diagnóstico feito e que teve um plano de ação colocado em prática foi quanto a divisão de lotes por idade e período de lactação.

“Eu cheguei aqui o leite estava em torno de 300 litros e essas vacas não estavam mostrando potencial produtivo, porque elas comiam todas juntas. E aí quando dividimos o lote, nós tivemos um aumento para 500 litros de leite, para mais”, destaca Gisele.

Inseminação melhora genética, produção e lucratividade

Outra oportunidade de melhoria estava nos índices reprodutivos do rebanho que deixavam a desejar, pois muitas vacas ficavam vazias.

À reportagem do Canal Rural Mato Grosso, a médica veterinária conta ter conservado com a produtora sobre a necessidade de as vacas não ficarem tanto tempo vazias e que incluiria o sítio no novo projeto de inseminação do Senar Mato Grosso.

“Para que você tenha uma maior lucratividade no rebanho, você tem que ter vaca parida todo o mês”, frisa a especialista.

A ATeG Inseminação tem como objetivo promover um salto no desempenho produtivo e genético do rebanho. O gerente da ATeG do Senar Mato Grosso, Bruno Faria, explica que o projeto começou a ser construído em 2023 e o atendimento iniciou em outubro de 2024.

O novo programa contempla os produtores rurais assistidos tanto pela ATeG Bovinocultura de Leite quanto a ATeG Bovinocultura de Corte nos 142 municípios do estado. Na pecuária leiteira são contemplados até 50 animais com o programa e na de corte até 100 animais.

Quanto aos custos da inseminação dos animais para os produtores, Bruno Faria é enfático: é zero.

“Não tem custo ao produtor, como qualquer outro tipo de ação do Senar Mato Grosso através dos nossos cursos profissionalizantes, assim como a nossa assistência técnica”.

Conforme o gerente da ATeG, a expectativa é que no futuro o produtor tenha animais padronizados, bezerros mais pesados para oferecer ao mercado, uma carne de melhor qualidade, uma maior produção de leite ao dia e qualidade, entre outros.

Os embriões são implantados nos animais por um médico veterinário credenciado junto ao Senar Mato Grosso. Antes da implantação é avaliado pelo mesmo, por meio de microscópio, se não há alguma anomalia ou espermatozóide morto.

“Tem que parabenizar o Senar pela iniciativa, porque muitos produtores não tinham acesso à essa tecnologia e o melhoramento genético é essencial para a lucratividade. Tanto no leite quanto no corte tem proprietário que até hoje não faz estação de monta”, pontua o médico veterinário Vitor Gonçalves Marchezan.

Além da produção de leite, conforme a técnica de campo da ATeG, Gisele Zavariz Brito, a produtora também comercializa animais.

“Então, além de padronizar esses animais, nós queremos melhorar a produção de leite futura nas filhas e essas filhas serão a nossa reposição”.

Sobre os próximos 10 anos, a produtora Lusimar revela sonhar ver o sítio “cheio de vacas leiteiras e com boa genética”.

“Esse é o meu sonho. Ser conhecida no nosso estado como a melhor produtora de leite”.

Mais de 30 mil inseminações feitas

Em Mato Grosso milhares de produtores são atendidos pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial do Senar Mato Grosso nas cadeias da bovinocultura de corte e bovinocultura de leite. E, claro, muitos desses produtores já começaram a receber também o atendimento da ATeG Inseminação.

A supervisora da ATeG do Senar Mato Grosso, Jéssica Lemos Gonçalves, conta que hoje são 2,5 mil produtores rurais assistidos pela ATeG. Dentro deste universo voltado para o gado de corte e o de leite, 700 produtores mostraram interesse em participar da ATeG Inseminação.

Para a efetivação da técnica na propriedade, explica a supervisora, é necessário que haja uma estrutura adequada no local, bem como o animal tenha uma boa saúde e nutrição.

“Não é só o IATF. Depende de vários fatores dentro da propriedade. Começamos o projeto com 30 mil IATF’s e em 2025 esperamos atingir um número muito maior”, ressalta.

Mirassol d’Oeste é um município cuja atividade principal é a pecuária (leite e corte). Em entrevista ao Canal Rural Mato Grosso, o presidente do Sindicato Rural, Sebastião Vitor Martinez, pontua que a perspectiva em torno do trabalho realizado pelo Senar Mato Grosso é que as propriedades tenham um ganho maior de produção e animais.

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Comercialização da pluma da safra 24/25 atinge 59,99% da produção estimada

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No mês de abril a comercialização da pluma de algodão 2024/25 alcançou 59,99% da produção estimada em 2,690 milhões de toneladas. Um avanço de 2,84 pontos percentuais na variação mensal, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

A arroba da pluma de algodão 2024/25 foi vendida a um preço médio de R$ 139,30 em abril, valorização de 1,42% em relação a março.

No que tange a safra 2025/26, as negociações antecipadas atingiram 16% da produção prevista. No comparativo mensal o avanço foi de 0,96 ponto percentual, aponta levantamento do Imea.

O Instituto ressalta que em relação ao ciclo 2025/26 os cotonicultores mato-grossenses “exibiram cautela” na hora de negociar em abril, “tendo em vista o atual cenário de preços, o custo de produção elevado e as incertezas quanto à produção do ciclo”.

Ao contrário da safra 2024/25, a arroba da pluma de algodão para a temporada 2025/26 exibiu queda de 1,24% e fechou abril cotada em R$ 137,21.


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Custo de produção da safra 25/26 de algodão é o segundo mais elevado

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O custo de produção do algodão 2025/26 em Mato Grosso é considerado o segundo mais elevado da série histórica para a cultura. O Custo Operacional Efetivo (COE) em abril apresentou incremento de 17,36% em relação ao consolidado da safra 2024/25 e 0,47% ante março.

Levantamento divulgado nesta segunda-feira (19) pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostra que o COE previsto para a safra 2025/26 de algodão no estado atingiu o valor de R$ 15.363,73 o hectare em abril.

O montante tem o Custeio como impulsionador da alta, uma vez que o mesmo subiu 0,19% na variação mensal e ficou estimado em R$ 10.751,50 o hectare.

O incremento observado no Custeio, de acordo com o Imea, ante março decorre das alterações observadas nos custos com defensivos e na classe dos fertilizantes e corretivos, que registraram alta de 0,20% e 0,19%, respectivamente.

“Diante disso, considerando o custo de produção maior, o segundo mais elevado da série histórica, os cotonicultores devem se atentar às movimentações do mercado, tendo em vista que a produção da safra futura ainda é incerta e um planejamento mais preciso é indispensável”, orienta o Imea.


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Ponto de Equilíbrio do milho 25/26 para cobrir o COE segue favorável, aponta Imea

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O Custeio do milho para a safra 2025/26 registrou alta de 1,95% em abril no comparativo com março. Com isso, os produtores precisam desembolsar R$ 3.225,52 por hectare.

Os números foram divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) nesta segunda-feira (19).

Conforme o levantamento, a elevação nas despesas foi impulsionada pelo acréscimo de 11,26% no custo das sementes e de 2,09% no custo dos defensivos agrícolas.

“Por outro lado, nos fertilizantes, os macronutrientes registraram queda de 2,47% no comparativo mensal”, destaca o Instituto.

Diante do aumento observado no Custeio, o Custo Operacional Efetivo (COE) apresentou incremento de 1,60%, atingindo R$ 4.715,11 o hectare.

Ainda de acordo com o Imea, considerando o preço ponderado do milho em abril de R$ 44,72 a saca, para cobrir o COE o produtor mato-grossense precisa alcançar uma produtividade média de 105,43 sacas por hectare, 7,95% abaixo do rendimento de 114,54 sacas por hectare esperado para a safra 2024/25.

O Instituto salienta que apesar de não ter ainda divulgado, “a estimativa de produtividade para o ciclo 2025/26 e o rendimento do ciclo 24/25 ainda esteja em aberto, o Ponto de Equilíbrio (P.E.) do COE segue 0,93% mais favorável para a temporada 2025/26”.


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