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. . . . . . . . . . . . . . . 21 de May de 2025

Sustentabilidade

Ferrugem Asiática e Antracnose podem causar prejuízos severos à produtividade da soja – MAIS SOJA

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Guilherme de C. Hüller*

A cultura da soja é destaque no agronegócio brasileiro. Com área cultivada superior a 47,3 milhões de hectares e uma produção de 166,21 milhões de toneladas, de acordo com a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2024/25, a atenção para a sanidade das lavouras é fundamental na busca por seu máximo potencial produtivo. Quando o assunto é doenças da soja, a primeira relação que se faz é com o prejuízo que estas podem causar.

Entre as doenças que afetam significativamente esta cultura, está a antracnose. Com potencial de afetar as vagens e grãos, ela é causada pelos fungos do gênero Colletotricum, principalmente C. truncatum e C. cliviae, e tem acarretado perdas de produtividade que chegam a 50% no Brasil, onde cada 1% de incidência da doença avaliado em campo foi responsável por redução de 90 quilos por hectare (kg/ha) na produtividade, segundo estudos como Impacto da antracnose na produtividade de soja submetida a controle químico na região norte do Brasil e Status da antracnose na soja associada ao Colletotrichum truncatum no Brasil e Argentina (DIAS et al., 2016 e 2019). Segundo o levantamento feito pelos autores, o impacto negativo é notado tanto na produtividade quanto na qualidade dos grãos colhidos.

O patógeno ganhou expressividade na oleaginosa por diversos motivos, como sua transmissibilidade por sementes e características saprofíticas, isto é, conseguir sobreviver em restos culturais. Pesquisas identificaram Colletotrichum truncatum na maioria das amostras de folíolos e hastes de soja coletados em campo, mesmo sem sintomas aparentes da doença. Este conhecimento acerca de infecções latentes e o entendimento que a grande parte da colonização do fungo acontece inicialmente na parte inferior das plantas nos estádios iniciais de desenvolvimento, dão uma diretriz importante no que diz respeito ao melhor momento de aplicação de fungicidas para o controle desta doença: no vegetativo.

Neste cenário de ameaça à produtividade, outra doença que merece grande atenção é a ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, e que pode causar danos que chegam a 90%, de acordo com estudo Epidemias de ferrugem da soja no Brasil e Paraguai de 2001 a 2003, conduzido pelo fitopatologista José Tadashi Yorinori (e outros). Para efetivo manejo de doenças da soja, várias medidas como o vazio sanitário, a escolha da cultivar considerando ciclo e suscetibilidade a doenças e rotação de culturas são rotina nas tomadas de decisão. Além destas estratégias, cientes do risco que as doenças representam à rentabilidade, a escolha do fungicida a ser empregado faz toda a diferença para o sucesso da lavoura.

Apesar de a performance ser fundamental, há ainda um fator determinante na escolha de um fungicida: sua seletividade à cultura – uma vez que buscamos controlar doenças justamente para que a planta permaneça sadia e em plenas condições de expressar seu máximo potencial produtivo, não esperando, portanto, que o fungicida lhe cause quaisquer danos.

Estudos realizados pelos times de Pesquisa e Agronomia da Corteva Agriscience demonstram que um fungicida composto pelos princípios-ativos picoxystrobin e benzovindiflupyr, além de alta sistemicidade e efeito translaminar, quando aplicado aos 25 dias após a emergência da cultura (DAE), reduz significativamente a incidência de antracnose (controle superior a 70%), resultando em incrementos na produtividade de até 22,5 sacas por hectare (sc/ha) (Figuras 1 e 2).

Figura 1. Fotos de avaliação feita em vagens de soja, cultivar NA 5909. Fonte: Time de Pesquisa Corteva (CHR&D), 2023.
Figura 2. Incremento na produtividade em sacas/ha na cultivar de soja BMX Zeus, em função do fungicida utilizado aos 25 dias após a emergência (DAE). Produtividade na testemunha não tratada: 54 sc/ha. Céu Azul/PR, 2023. Fonte: Time de Agronomia Corteva.

No caso da ferrugem asiática, estudos realizados pela Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) mostram que o fungicida picoxystrobin + benzovindiflupyr vem entregando resultados consistentes ao longo dos anos, tanto em associação com multisítio (princípio de manejo de resistência) como associado a triazóis e morfolinas – combinando diferentes Mecanismos de Ação (MoA) para maiores chances de sucesso no controle da ferrugem, como observamos na Figura 3.

Nem sempre as condições climáticas são favoráveis para uso de todo e qualquer tipo de fungicida, alguns em especial os triazóis, podem causar injúrias na cultura sob condições de estiagem e temperaturas elevadas, por exemplo. Para este cenário, picoxystrobin + benzovindiflupyr permanece como uma das melhores opções para ser incluído no manejo de doenças da soja, com até 92% de controle da doença, em associação com outros princípios-ativos, como clorotalonil e tebuconazol, por exemplo (Figura 3).

Para melhorar a efetividade no controle das doenças da soja em busca de maiores produtividades, é necessária a aplicação correta do fungicida em momentos críticos da cultura (aos 25 dias após a emergência da cultura para controle da antracnose e entre os estádios R1 ou R1+14 para o controle de ferrugem), atentando para o Manejo Integrado de Doenças e aliando ferramentas, para Manejo de Resistência. Estas boas práticas agrícolas são fundamentais para o produtor que busca uma lavoura produtiva e com elevados níveis de controle para as doenças da soja.

Guilherme de C. Hüller é cientista de campo e responsável pelos projetos de fungicidas na Corteva Agriscience para o Brasil e Paraguai.

Fonte: Assessoria de Imprensa Corteca Agriscience



 


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Sustentabilidade

Solubilidade dos fertilizantes: qual importância e qual o impacto na lavoura? – MAIS SOJA

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Para se produzir mais alimentos, sem a necessidade de aumentar a área plantada, é preciso manter o solo bem nutrido. Porém, somente a aplicação de fertilizantes não é suficiente, é preciso também saber a eficiência desses produtos e como vão agir em cada tipo de solo, de acordo com a necessidade de cada região e tendo em consideração as alterações climáticas.

Nesse contexto, é indispensável abordar a solubilidade dos fertilizantes, fator que vai determinar a rapidez e a eficiência com que os nutrientes serão liberados para as plantas, influenciando diretamente na produtividade e desenvolvimento ao longo do ciclo. Com uma solubilidade adequada, os nutrientes estarão disponíveis quando e onde as plantas precisam, minimizando perdas e maximizando a eficiência da fertilização.

Porém, o produtor deve estar atento a um detalhe: alguns fertilizantes com alta solubilidade, por sua rápida disposição no solo, são suscetíveis à perda por lixiviação.

Uma solução foi desenvolvida pela MaxiSolo, empresa catarinense referência em fertilizantes minerais especiais. A empresa traz em seu portfólio, fertilizantes à base de cálcio e enxofre, somados a outros nutrientes, solúveis e com duas fontes de liberação, uma rápida e outra gradual, justamente para que os nutrientes sejam disponibilizados ao longo de todo o ciclo da cultura.

Dois dos nutrientes essenciais para todas as culturas, são o cálcio e o enxofre. O cálcio, embora muito importante, tem baixa mobilidade no interior da planta, o que pode levar a deficiências se não estiver devidamente disponível no solo. Já o enxofre é um nutriente essencial para o crescimento das plantas e a saúde da lavoura.

Para suprir essa demanda, a MaxiSolo dispõe de tecnologias como o ImpactoS, um fertilizante mineral granulado à base de enxofre e cálcio. O produto foi desenvolvido com a Tecnologia S-Controller para fertilização de Enxofre no sistema de produção. Ou seja, com liberação controlada de nutrientes.

“Os produtos da MaxiSolo apresentam solubilidade moderada, controlada. São fertilizantes que apresentam uma dissolução e liberação dos nutrientes de uma forma mais lenta, ao longo do ciclo da cultura que se desenvolve, dessa forma a eficiência do aproveitando do nutriente adicionado é mais eficaz na conversão de biomassa, frutos ou grãos”, explica Caio Kolling, especialista em solo e gerente de marketing da MaxiSolo.

Na prática, os resultados são obtidos através de uma lavoura mais resistente à seca com raízes em profundidade, redução de alumínio e cobre tóxicos e, consequentemente, um aumento na produtividade.

Sobre a MaxiSolo

Site: https://www.maxisolo.com/
Facebook: maxisolo.agro
Instagram: maxisolo.agro
Youtube: youtube.com/sulgesso

Fonte: Assessoria de Imprensa MaxiSolo



 


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Sustentabilidade

Trigo dispara em Chicago e fecha com alta de 3% com clima desfavorável em grandes produtores globais – MAIS SOJA

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A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou com preços acentuadamente mais altos. O mercado alcançou seu maior patamar de preços em 28 dias, refletindo as crescentes preocupações com as condições das lavouras em importantes regiões produtoras globais: Rússia, China e Estados Unidos.

Além disso, os investidores buscaram um movimento de cobertura de posições vendidas, após o Chicago ter registrado, no mês passado, os menores preços dos últimos cinco anos.

De acordo com o analista de Safras & Mercado, Elcio Bento, a competitividade logística e os preços agressivos têm garantido à Rússia espaço em mercados onde antes não havia presença significativa. No entanto, essa posição de destaque pode estar em risco, já que eventos climáticos extremos vêm comprometendo seriamente a produção em áreas estratégicas do país.

Segundo a Reuters, nesta quinta-feira (20), a maior região produtora de grãos da Rússia, Rostov, declarou estado de emergência diante de condições climáticas severas que ameaçam a safra de 2025. Após perdas significativas em 2024, quando a colheita regional de grãos caiu 22% e a de trigo recuou 38%, devido a geadas seguidas de seca, o novo cenário climático continua desfavorável.

A combinação de altas temperaturas e escassez de chuvas no início da primavera acentua o risco de uma nova quebra de safra. A situação se repete em outras importantes regiões produtoras, que também decretaram emergência agrícola após eventos climáticos semelhantes.

A rentabilidade do produtor russo está sendo corroída, e isso pode limitar a competitividade futura do país, alerta Bento.

Já nos Estados Unidos, uma queda inesperada na avaliação das lavouras ampliou o quadro altista, enquanto o clima seco na China reforçou os temores de quebra na produção.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de trigo de inverno. Segundo o USDA, até 18 de maio, 52% estavam entre boas e excelentes condições, 30% em situação regular e 18% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, 54% das lavouras estavam em situação de boa a excelente.

Os contratos com entrega em julho de 2025 fecharam cotados a US$ 5,46 por bushel, alta de 17,00 centavos de dólar, ou 3,21%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em setembro encerraram a US$ 5,59 3/4 por bushel, avanço de 16,75 centavos de dólar, ou 3,08%, em relação ao fechamento anterior.

Fonte: Ritiele Rodrigues – Safras News



 


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Trigo/Cepea: Avanço na semeadura e estimativas de safra maior pressionam cotações – MAIS SOJA

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Levantamentos do Cepea mostram que as cotações domésticas do algodão em pluma têm caído, acompanhando as desvalorizações externas. Além disso, segundo o Centro de Pesquisas, o recuo do dólar frente ao Real reforça a pressão sobre os valores internos, à medida que reduz a paridade de exportação.

 Compradores, atentos às recentes quedas externas, se afastam do mercado, à espera de novas baixas. Além disso, muitos apontam dificuldades em repassar os atuais custos da pluma aos produtos manufaturados. Já vendedores evitam ofertar no spot e focam o cumprimento de contratos e a efetivação de novos fechamentos envolvendo lotes da safra 2024/25, conforme explicam pesquisadores do Cepea.

Em relatório divulgado no dia 15, a Conab apontou novos reajustes positivos na produção nacional de pluma da temporada 2024/25, de 0,36% frente aos dados de abril/25 e de 5,5% em comparação à safra 2023/24, podendo chegar a 3,9 milhões de toneladas, o que seria um novo recorde.

Fonte: Cepea



 

FONTE

Autor:Cepea

Site: CEPEA


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