Sustentabilidade
Soja/RS: Cultivos de soja no Estado estão heterogêneos entre as regiões devido à distribuição irregular das chuvas – MAIS SOJA
Os cultivos de soja no Estado estão heterogêneos entre as regiões devido à distribuição irregular das chuvas. A condição das lavouras permanece crítica em diversas áreas, especialmente no Centro e no Oeste, onde os volumes de chuva têm ficado abaixo da média histórica desde novembro de 2024. Parte das lavouras apresenta grande redução no potencial produtivo, e algumas perda total, inviabilizando a colheita. A inacessibilidade a seguros agrícolas públicos ou os custos elevados dos privados, em função da recorrência de perdas por eventos climáticos, particularmente no Noroeste, agravam a situação financeira dos produtores.
Mesmo na Região Leste, onde os volumes de chuva foram mais significativos e beneficiaram as lavouras, observam-se algumas irregularidades, principalmente na redução do porte das plantas, o que poderá provocar algum impacto na produtividade.
Em relação ao plantio, as precipitações no final de janeiro proporcionaram umidade suficiente para ampliar a operação em algumas áreas, e a semeadura está tecnicamente encerrada. Contudo, nas regiões críticas, a projeção inicial não será alcançada. As lavouras recém-semeadas germinaram bem, mas o desenvolvimento inicial dependerá da ocorrência de precipitações.
Nas áreas com umidade adequada no solo, os produtores continuam os tratamentos fitossanitários, com foco em fungicidas e inseticidas para o controle de doenças e pragas. O clima quente e seco tem favorecido o aumento de ataques por ácaros e tripes, exigindo a aplicação de defensivos para mitigar possíveis perdas adicionais.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, em Alegrete, estima-se que 5 mil hectares não serão semeados, e áreas significativas apresentam estande de plantas comprometido. Em Manoel Viana, o plantio foi concluído após as chuvas em 24/01, mas a perda de umidade do solo e as previsões climáticas desfavoráveis indicam prejuízos adicionais. Em São Borja, as lavouras reagiram positivamente às chuvas e às aplicações de fertilizantes foliares e bioinsumos, utilizados para estimular o aumento do porte e a fixação de flores e vagens, mitigando os efeitos do estresse hídrico. Na Campanha, as chuvas, mesmo irregulares, beneficiaram algumas áreas. Porém, o porte das plantas continua abaixo do normal, e as entrelinhas estão parcialmente fechadas, incluindo as áreas em floração. Também, em certas regiões em que as chuvas atingiram apenas 20 mm em janeiro, há severos sintomas de estresse, como plantas completamente murchas e queimadas pelo sol intenso, além de morte em reboleira. Em Hulha Negra, não há previsão para a finalização da semeadura, que foi interrompida pela seca.
Na de Caxias do Sul, nos Campos de Cima da Serra e nas Hortênsias, onde se concentram 85% dos cultivos de soja da região, o volume de chuvas em janeiro ficou ligeiramente abaixo do ideal para o desenvolvimento da cultura, ocasionando redução de porte das plantas, o que pode afetar o número de vagens e diminuir o rendimento de grãos. Na região da Serra, onde são cultivados cerca de 15%, a estiagem está mais severa, podendo provocar perdas significativas no rendimento de grãos.
Na de Erechim, cerca de 40% das lavouras encontram-se na fase de florescimento pleno (R2), e 60% estão nos estágios de formação de vagens (R3 e R4). Há expectativa de redução da produtividade em razão da germinação irregular e da escassez de chuvas.
Na de Frederico Westphalen, em torno de 5% encontram-se em desenvolvimento vegetativo, e 95% em florescimento. Há expectativa de redução no potencial produtivo. A cultura apresenta bom estado fitossanitário, sem registros significativos de danos causados por pragas ou doenças. As atividades de manejo estão concentradas na aplicação de fungicidas para o controle preventivo de doenças.
Na de Ijuí, aproximadamente 50% da área cultivada, localizada a Centro-Norte da região, como em Três Passos e Tenente Portela, foi pouco afetada pela falta de chuvas e pelas altas temperaturas. Nessa região, as lavouras semeadas em outubro têm porte reduzido, mas há folhas verdes e emissão de botões florais, de vagens e de grãos. Algumas apresentam pequena redução no potencial produtivo. Já nas áreas semeadas em dezembro, o porte está mais baixo, mas ainda não se iniciou a floração. Ao Sul da região – Coronel Barros, Jóia, Boa Vista do Incra, Boa Vista do Cadeado, Salto do Jacuí, parte de Fortaleza dos Valos e Quinze de Novembro –, a situação está crítica. Nas lavouras semeadas em outubro, há perdas totais. Nas semeadas em novembro, o número de vagens e grãos está baixo, e nas semeadas em dezembro o crescimento se encontra paralisado.
Na de Passo Fundo, 2% estão em estágio de desenvolvimento vegetativo; 48% em floração; e 50% em formação de vagens. As chuvas esparsas e de volumes desuniformes geram preocupação quanto à possível redução de produtividade.
Na de Pelotas, 58% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo; 33% em florescimento; e 9% em enchimento de grãos. Os efeitos da escassez de chuvas impactam as expectativas de produtividade. No entanto, esses danos podem ser atenuados, se as precipitações continuarem nos próximos dias.
Na de Santa Maria, a irregularidade das chuvas resultou em variações significativas na expectativa de produtividade entre as diferentes localidades, até dentro de um mesmo município. Em Cachoeira do Sul, por exemplo, em algumas lavouras, as precipitações atingiram índices mínimos nos últimos 30 dias, enquanto em outras superaram 180 mm.
Na de Santa Rosa, 31% das lavouras estão em estágio vegetativo; 47% em floração; e 22% em enchimento de grãos. As implantadas no início de dezembro iniciaram a floração, mas a estatura das plantas está reduzida, o que indica perdas. De modo geral, há danos irreversíveis à cultura, independentemente da época de semeadura. Em áreas de solo compactado ou com rochas expostas, as perdas são quase totais. A maioria das lavouras não estão cobertas pelo Proagro nem por seguro privado devido a restrições e aos custos elevados, agravando a situação de produtores menos capitalizados. O plantio foi concluído em áreas de resteva de milho, pois muitos produtores optaram por soja na safrinha em vez de milho.
Na de Soledade, no Baixo Vale do Rio Pardo e Centro Serra, a ausência de chuvas significativas nas últimas semanas tem gerado escassez hídrica, impactando a cultura, que está predominantemente na fase reprodutiva. No Alto da Serra do Botucaraí e na porção de topografia mais elevada do Centro-Serra, as chuvas foram mais frequentes e abrangentes, mas de volumes variáveis; em muitos locais, a precipitação continua insuficiente.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 1,71%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 126,50 para 124,34.
Confira o Informativo Conjuntura n° 1852 completo, clicando aqui!
Fonte: Emater RS
Autor:Informativo Conjuntural 1853
Site: Emater/RS
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Sustentabilidade
Abelhas em risco de extinção serão catalogadas em consulta ampla

Em Goiás, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) avalia os riscos da extinção de espécies de abelhas no estado. O prazo para a comunidade científica contribuir com as informações é até o dia 12 de junho.
As contribuições devem ser feitas pelo site BioData. Ao acessar a aba “Buscar” é possível encontrar a lista das espécies que serão avaliadas. Ao clicar em cima de cada espécie e depois no botão “consultar”, basta preencher os dados na aba “contribuições”.
Após recebidas, os especialistas avaliarão as contribuições e posteriormente incluirão na ficha de espécies. Assim, o objetivo é direcionar esforços para a conservação da biodiversidade.
Animais em risco de extinção
Pela primeira vez o estado de Goiás terá uma lista de espécies ameaçadas de extinção. Os únicos dados disponíveis atualmente são os dados nacionais do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio). Dessa forma, é possível identificar espécies que estejam em extinção nos limites do território goiano, mas que não sejam reconhecidas em âmbito nacional.
Assim, a ideia é que com as informações coletadas, a Semad possa estabelecer as estratégias específicas para reverter a situação de cada espécie em risco. A análise abrangerá todas as 1,7 mil espécies vertebradas do estado, incluindo mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes.
É devido a essa amplitude de animais que entrarão na análise que toda a comunidade científica está sendo convidada a colaborar com o processo. A avaliação deve levar em consideração a aplicação da metodologia científica da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), reconhecida pelo ICMBio.
Com isso em mente foi desenvolvido o BioData, que é um sistema estadual para avaliações, armazenamento e disponibilização de dados. Por enquanto o site ainda está em acesso restrito à especialistas que participam do processo de avaliação. Mas ao final deste processo, passará a ser de livre acesso para os cidadãos.
*Sob supervisão de Victor Faverin
Sustentabilidade
Destaques da semana Mais Soja – MAIS SOJA

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Sustentabilidade
Alunos de rede pública desenvolvem marca de cosméticos naturais

Um projeto desenvolvido por alunos da rede pública de Mangueirinha, no Paraná, tem despertado o interesse das crianças por meio de ciências da natureza, química e empreendedorismo.
O Colégio Estadual Professora Hercília França do Nascimento realizou o projeto “Produção de Cosméticos Naturais: Trabalhando a Sustentabilidade e o Empoderamento Feminino na Escola”. A proposta foi baseada em uma abordagem multidisciplinar, buscando, assim, transformar a dinâmica das aulas e expandir o ambiente escolar.
Os alunos foram incentivados a desenvolver produtos cosméticos naturais produzidos com elementos da horta da própria escola.
O começo de tudo
O projeto teve inicio em 2023, após um trabalho onde os alunos desenvolveram inseticidas naturais para o combate a pragas da horta da escola. Na ocasião, a professora Flávia de Mello percebeu que os estudantes demonstravam interesse nesse tipo de temática.
“A proposta surgiu da escuta ativa com os alunos. Eles demonstravam curiosidade e afinidade com temas de autocuidado, sustentabilidade e bem-estar. Unimos isso ao conteúdo abordado em sala e criamos uma experiência prática, na qual eles realmente veem sentido no que estão aprendendo”.
Assim, os alunos foram para o laboratório e passaram a estudar, pesquisar e desenvolver produtos como cera de carnaúba, manteiga de karité, óleo de coco e pigmentos naturais.
“Eles foram testando os produtos, adaptando as fórmulas e abandonando metodologias que não funcionavam. O pigmento do pinhão, por exemplo, foi descoberto através de fervura e moagem”, relata Flávia.
Ao longo de sete meses, os alunos desenvolveram mais de 100 unidades de produtos entre batons, hidratantes labiais, xampus sólidos, sabonetes aromáticos e cremes hidratantes.
Expansão do projeto
Similarmente ao projeto de ciências, surgiu também a marca HF Cosméticos, desenvolvida na disciplina de empreendedorismo.
“Por serem totalmente naturais, atóxicos e veganos, os cosméticos podem ser utilizados com segurança. Isso nos deu tranquilidade para disponibilizá-los à comunidade escolar e ouvir os feedbacks”, conta Flávia.
O próximo passo para o projeto será a submissão dos produtos à aprovação de órgãos oficiais. A intenção é viabilizar a continuidade do projeto e expansão criativa dos alunos.
Ainda mais, o projeto também se desdobrou na produção de jóias artesanais confeccionadas utilizando fragmentos da natureza, assim como na fabricação de brincos, colares e pulseiras com os mais variados formatos.
O projeto rendeu à escola a vitória no concurso “Projeto TransformAção” realizado pela Engie, empresa de energia renovável. A premiação foi o segundo reconhecimento recebido pela escola, sendo o primeiro pelo projeto de desenvolvimento de inseticidas naturais.
*Sob supervisão de Victor Faverin
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