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Entre estáveis a mais baixos: veja os preços da soja
A quinta-feira (6) foi de calmaria no mercado brasileiro de soja. Nos portos, não houve movimento. Enquanto isso, no interior, alguns negócios foram reportados, especialmente em Goiás, com entrega e pagamento alongados. No Mato Grosso do Sul, também foi observado movimento.
No geral, não foram volumes expressivos. A volatilidade de Chicago e o recuo do dólar fizeram com que os preços ficassem de estáveis a mais baixos, retraindo os vendedores.
Cotações da soja no país:
- Passo Fundo (RS): preço se manteve em R$ 132,00
- Região das Missões (RS): preço se manteve em R$ 133,50
- Porto de Rio Grande (RS): preço caiu de R$ 133,50 para R$ 132,00
- Cascavel (PR): preço caiu de R$ 125,00 para R$ 124,50
- Porto de Paranaguá (PR): preço se manteve em R$ 132,00
- Rondonópolis (MT): preço se manteve em R$ 112,00
- Dourados (MS): preço se manteve em R$ 117,00
- Rio Verde (GO): preço se manteve em R$ 114,00
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços em leve alta. Em dia de poucas novidades, as tarifas comerciais do governo Trump, o clima na América do Sul e a expectativa em torno do relatório de fevereiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos centram as atenções.
O adiamento do início da sobretaxa de 25% para México e Canadá e a sinalização de Estados Unidos e China estão dispostos a negociar e evitar uma guerra comercial retiraram prêmio de risco.
Na América do Sul, a falta de chuvas ainda é motivo de preocupação na Argentina. Safras & Mercado cortou a estimativa para a safra local de 54,04 para 49,3 milhões de toneladas, devido à persistência de condições climáticas adversas desde dezembro. No Brasil, apesar da ausência de chuvas no Rio Grande do Sul e do excesso no Mato Grosso, as expectativas são favoráveis à consolidação de uma produção recorde, em torno de 170 milhões de toneladas.
USDA
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá, no seu relatório de fevereiro, indicar poucas alterações no quadro de oferta e demanda americano de soja. Na avaliação do mercado, o Departamento poderá elevar a estimativa de safra do Brasil e cortar a previsão para a Argentina. Os dados para oferta e demanda americana e mundial serão divulgados na terça, 11, às 14h.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 382 milhões de bushels em 2024/25. Em janeiro, a previsão do USDA foi de 380 milhões. Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 128,5 milhões de toneladas. Em janeiro, o número ficou em 128,4 milhões.
O USDA deverá elevar a estimativa para a safra do Brasil de 169 milhões para 170 milhões de toneladas. Já a estimativa para a Argentina deverá ser reduzida de 52 milhões para 50,6 milhões de toneladas.
Contratos futuros da soja
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 3,50 centavos de dólar ou 0,33% a US$ 10,60 1/2 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 10,75 3/4 por bushel, com perda de 3,50 centavos, ou 0,32%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 1,90 ou 0,61% a US$ 306,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 45,40 centavos de dólar, com alta de 0,31 centavo ou 0,68%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,50%, negociado a R$ 5,7644 para venda e a R$ 5,7624 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,7490 e a máxima de R$ 5,8245.
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Ovos de granja com caso de gripe aviária estão rastreados, diz Mapa

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou ter rastreado todos os ovos para incubação fornecidos pela granja onde ocorreu o primeiro caso de vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP).
O destino desses ovos são incubatórios localizados em Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Segundo o Ministério, já foram adotadas as medidas de saneamento definidas no plano de contingência para influenza aviária e doença de Newcastle.
Entre as ações previstas está a destruição dos produtos. No sábado (17), o governo de Minas Gerais determinou o descarte de 450 toneladas de ovos fecundados e demais materiais envolvidos, como medida preventiva.
“A iniciativa mostrou-se necessária para manter o controle sanitário, seguindo planos prévios para possíveis ocorrências do tipo, garantindo contenção e erradicação da doença e a manutenção da capacidade produtiva do setor”, informou o governo estadual em comunicado oficial.
O Mapa ressalta que não há comprovação de contaminação nesses ovos, e que adotou “todas medidas necessárias para proteção da avicultura nacional”.
Gripe aviária
O primeiro caso de vírus da influenza IAAP em um matrizeiro de aves comerciais foi confirmado esta semana no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.
Em nota, a pasta destacou que a doença não é transmitida pelo consumo de carne nem de ovos.
Desde o anúncio do primeiro caso de IAAP no país, China, União Europeia, México, Chile e Argentina suspenderam as importações de carne de frango brasileira, inicialmente por um prazo de 60 dias. Apesar do foco ser regional, as restrições comerciais, no caso da China e do bloco europeu, abrangem todo o território nacional, por exigências previstas em acordos comerciais com o Brasil.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, desde 2006, casos de IAAP vêm sendo registrados em diversas partes do mundo, sobretudo na Ásia, na África e no norte da Europa.
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Saiba como ficou o mercado de soja após os números do USDA

O mercado brasileiro de soja teve uma semana de intensas movimentações. Os principais fatores foram os primeiros números divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para a temporada 2025/26, o recente acordo tarifário entre China e Estados Unidos e as oscilações acentuadas nos preços do óleo de soja.
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Previsões de soja para a safra 25/26
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o relatório de maio do USDA revelou que a safra norte-americana de soja deverá alcançar 4,340 bilhões de bushels (aproximadamente 118,11 milhões de toneladas) em 2025/26. A produtividade estimada é de 52,5 bushels por acre, um pouco abaixo das expectativas de mercado, que previam 4,325 bilhões de bushels ou 117,5 milhões de toneladas.
Os estoques finais da safra norte-americana são projetados em 295 milhões de bushels (cerca de 8,03 milhões de toneladas), bem abaixo da expectativa do mercado, que aguardava 351 milhões de bushels (9,55 milhões de toneladas). O USDA também estimou que o esmagamento de soja nos Estados Unidos será de 2,490 bilhões de bushels e que as exportações atingirão 1,815 bilhão de bushels.
Para a temporada 2024/25, os estoques de passagem foram revisados para 350 milhões de bushels, abaixo das projeções do mercado, que apontavam 370 milhões de bushels. As exportações e o esmagamento para a temporada 2024/25 são estimados em 1,850 bilhão e 2,420 bilhões de bushels, respectivamente.
No cenário global, o USDA prevê que a safra mundial de soja será de 426,82 milhões de toneladas em 2025/26, contra 420,87 milhões de toneladas em 2024/25. Para o Brasil, a previsão de produção para 2025/26 foi mantida em 175 milhões de toneladas, enquanto para a Argentina, o número é de 48,5 milhões de toneladas. Já as importações da China estão projetadas em 112 milhões de toneladas para 2025/26, um aumento em relação aos 108 milhões estimados para a temporada anterior.
Acordo EUA-China
A semana também foi marcada pelo impacto do acordo comercial de 90 dias entre os Estados Unidos e a China, com repercussões imediatas no mercado. Segundo Gabriel Viana, analista da Safras & Mercado, os preços da soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago dispararam, alcançando os melhores níveis dos últimos 10 meses.
A redução das tarifas adicionais impostas pelos EUA sobre as importações chinesas, de 145% para 30%, e o corte das tarifas chinesas sobre os produtos americanos, de 125% para 10%, geraram uma onda de otimismo no mercado.
Um possível efeito desse acordo, de acordo com Viana, é que a área plantada com soja nos Estados Unidos em 2025 pode ser maior do que o esperado, uma vez que os produtores, antes receosos, podem agora se sentir mais confiantes para aumentar a produção.
No entanto, os impactos para o mercado brasileiro podem ser negativos, especialmente no que diz respeito aos prêmios do farelo e do óleo de soja. Caso o acordo se mantenha e a China volte a focar suas compras nos Estados Unidos, a demanda brasileira pode diminuir no segundo semestre, o que levaria a uma queda nos preços da soja no curto e médio prazo.
No entanto, Viana lembra que o Brasil ainda se mantém competitivo no cenário exportador, e que a parceria entre os EUA e a China ainda está em processo de consolidação. “Vamos ter uma sinalização mais clara apenas em agosto e setembro, quando a colheita nos Estados Unidos avançar”, alerta o analista.
Óleo de soja: volatilidade e incertezas
Os contratos do óleo de soja registraram uma sequência de oscilações acentuadas durante a semana. Após ganhos expressivos no início da semana, os preços começaram a recuar na quinta-feira, devido às incertezas em torno das metas de produção de combustíveis renováveis (RVO) nos Estados Unidos, atualmente em debate no Congresso.
Segundo Viana, a principal fonte de volatilidade está relacionada à possível atualização das metas do RVO. No dia 14 de maio, declarações de Lee Zeldin, membro do Senado americano, indicaram que a atualização das metas de mistura para biocombustíveis, que deveria ocorrer ainda em 2025, pode ser adiada para 2026, contrariando as expectativas de uma definição ainda neste semestre.
“Essa notícia impacta negativamente o mercado de óleo de soja, especialmente após a aprovação de um projeto de lei na Câmara que havia gerado otimismo”, explica Viana.
Se o projeto de lei nos EUA for aprovado e o RVO for de fato atualizado ainda em 2025, há o risco de uma escassez de óleos vegetais, como soja, milho e canola, devido à remoção de obstáculos e extensão dos créditos de produção até 2031, o que pode afetar o equilíbrio do mercado global de óleos vegetais.
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Encontro do BRICS debate sobre segurança alimentar

Nos dias 14 e 15 de maio, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil coordenou a 6ª Reunião do Grupo de Trabalho do Brics em Biotecnologia e Biomedicina, realizada no campus do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP). O encontro, que contou com a participação de delegações do Brasil, Rússia, Índia, China, Emirados Árabes Unidos e Irã, foi marcado pelo avanço de parcerias internacionais focadas principalmente em biotecnologia agrícola e segurança alimentar.
Segundo informações da Agência Gov, durante o evento, foram discutidos diferentes temas, como biotecnologia agrícola, melhoramento genético de cultivos, tecnologias para aumento da produtividade e segurança alimentar. A ênfase na biotecnologia aplicada à agricultura tem como objetivo enfrentar desafios globais, como a crescente demanda por alimentos, mudanças climáticas e a necessidade de soluções sustentáveis para garantir a produção alimentar a longo prazo.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou a importância da cooperação entre os países do BRICS, afirmando que a ciência e a inovação tecnológica são ferramentas essenciais para o desenvolvimento sustentável, incluindo a agricultura inteligente. “A cooperação no âmbito do BRICS é crucial para enfrentarmos desafios globais como a segurança alimentar e a mudança do clima”, afirmou a ministra em mensagem de vídeo.
Leandro Pedron, diretor do departamento de Programas Temáticos do MCTI, avaliou que o encontro consolidou a colaboração entre os países para o desenvolvimento de soluções biotecnológicas para a agricultura. Ele destacou a definição de prioridades conjuntas para o próximo edital do BRICS STI Framework Programme, com temas estratégicos que incluem biotecnologia agrícola, inovação em segurança alimentar e tecnologias para adaptação às mudanças climáticas.
O encontro também resultou na assinatura de um resumo oficial que será encaminhado aos ministérios de Ciência e Tecnologia dos países-membros do BRICS. Entre os principais avanços, foi destacada a biotecnologia agrícola como um dos pilares para a construção de um futuro resiliente e sustentável.
A programação incluiu sessões técnicas sobre biotecnologia para a agricultura, com ênfase em melhoramento genético de plantas, uso de organismos geneticamente modificados (OGMs) e biopesticidas. Além disso, foram realizadas visitas às instalações do CNPEM, incluindo o Sirius, uma das fontes de luz síncrotron mais avançadas do mundo, que pode ser utilizada em pesquisas para o desenvolvimento de novas tecnologias agrícolas.
Criado em 2016, o Grupo de Trabalho em Biotecnologia e Biomedicina do BRICS visa fomentar parcerias científicas que abordem os desafios globais de saúde, inovação e sustentabilidade. A edição de 2025 consolidou a importância da biotecnologia agrícola como um componente essencial para garantir a segurança alimentar no futuro, reforçando a ideia de que a ciência é uma ponte fundamental para um mundo mais justo e resiliente.
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