Sustentabilidade
China firma acordo com SNA e pretende iniciar plantio de soja e milho no Brasil – MAIS SOJA
A Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) assinou, na última segunda-feira (03), um acordo com a gigante estatal chinesa Hulunbuir State Farm Group (Grupo Estadual de Fazendas de Hulunbuir), durante o Seminário de Promoção de Cooperação Comercial e de Investimentos entre China (Mongólia Interior) e o Brasil, realizado no Hotel Renaissance, em São Paulo.
O acordo foi firmado para aprimorar e fortalecer a cooperação entre as duas partes, visando o benefício mútuo e a construção de uma parceria cooperativa estratégica e sustentável. Trata-se de um documento-quadro que servirá de instrumento orientador para a cooperação de longo prazo entre ambos no futuro.
Interesses
O vice-presidente da SNA, Hélio Sirimarco, representou a entidade no evento e afirmou que a estatal chinesa, grande produtora de soja e de milho, está buscando no Brasil novas opções de tecnologia que contribuam para o fortalecimento de suas atividades.
“Nossos avanços tecnológicos despertaram o interesse dos chineses para firmar esta parceria. Hoje, o Brasil é o maior exportador mundial de soja, enquanto eles são os maiores importadores desse nosso produto. Então, eles também pretendem se aprimorar e, demonstraram interesse em passar a produzir no Brasil também. O Brasil possui cerca de 30 milhões de hectares de pastagens devastadas e aptas para a agricultura. Não será preciso desmatar nenhum metro quadrado para que eles iniciem esta atividade aqui. E eles estão atentos a isso”, enfatizou o vice-presidente da SNA.
O acordo
Segundo o documento assinado, a parte chinesa vai adotar um modelo de cooperação bidirecional para colaborar com fazendas ou empresas locais no Brasil visando melhorar a produtividade de milho, com vistas alcançar benefícios mútuos e uma situação vantajosa para todos através do intercâmbio tecnológico, partilha de recursos e investigação e desenvolvimento conjuntos.
Já da parte brasileira, a SNA deve conduzir a parte de consultoria nas áreas de política, operacional, condições de mercado, lucratividade e tecnologia, além otimizar outros modelos de cooperação.
Hélio Sirimarco reforçou que a SNA sempre funcionou como elemento de ligação entre os mais diversos setores produtivos do agronegócio, incluindo associações como a Aprosoja, Abramilho e entidades de pesquisa, a exemplo da Embrapa, além de ter representatividade em várias Câmaras Setoriais no Ministério da Agricultura (MAPA).
“Além disso, temos a Faculdade SNA Digital e o SNASH com mais de 150 startups voltadas para o setor do agronegócio, que estão à disposição da estatal de Hulunbuir. Então, o intercâmbio terá este viés”.
As especificações do acordo, como projetos ou atividades de cooperação a serem realizadas na forma de planos independentes, serão negociadas e determinadas por ambas as partes de acordo com a necessidade de cada área.
O evento
O evento foi presidido pelo diretor do escritório de Assuntos Externos do Governo Popular da Região Autônoma da Mongólia Interior da China, Pang Hui. Também estiveram presentes, representantes da APEX Brasil e autoridades políticas, como o vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth.
Fonte: SNA – Por Larissa Machado e André Casagrande
Autor:https://sna.agr.br/china-firma-acordo-com-sna-e-pretende-iniciar-plantio-de-soja-e-milho-no-brasil/
Site: SNA
Post Views: 1
Sustentabilidade
Análise Ceema: Cotações do trigo em Chicago fecharam em US$5,32/bushel contra US$5,13 na semana anterior – MAIS SOJA

As cotações do trigo, em Chicago, após recuos importantes (no dia 12/05 o bushel bateu em US$ 4,99, a mais baixa cotação, para o primeiro mês, desde o dia 26/08/2024), fecharam a quinta-feira (15) em níveis bem melhores, atingindo a US$ 5,32/bushel, contra US$ 5,13 uma semana antes.
Assim como no caso do milho, as negociações comerciais entre EUA e China pouco influenciaram nos preços do trigo. Entretanto, os dados do relatório de oferta e demanda, do dia 12/05, foram importantes. Os mesmos apontaram, para o ano de 2025/26, os seguintes números:
1) A área a ser semeada com todos os tipos de trigo, nos EUA, reduzirá em 1,5% sobre o ano anterior;
2) A produção do cereal, nos EUA, está projetada em 52,3 milhões de toneladas, contra 53,6 milhões em 2024/25;
3) Os estoques finais estadunidenses somariam 25,1 milhões de toneladas, contra 22,9 milhões um ano antes;
4) O preço médio ao produtor estadunidense de trigo, em 2025/26, deverá ficar em US$ 5,30/bushel, contra US$ 5,50 no ano anterior;
5) A produção mundial do cereal somaria 808,5 milhões de toneladas, com um aumento de 1,1% sobre a do ano anterior;
6) Os estoques finais mundiais de trigo chegariam a 265,7 milhões de toneladas, ou seja, apenas 500.000 toneladas acima do registrado no ano anterior;
7) A produção da Argentina chegaria a 20 milhões de toneladas e a do Brasil em apenas 8 milhões.
Dito isso, nos EUA, até o dia 11/05, 54% das lavouras do trigo de inverno estavam em condições entre boas a excelentes, enquanto 28% estavam regulares e 18% entre ruins a muito ruins. Já a semeadura do trigo de primavera alcançava, na mesma data, 66% da área esperada, contra 49% na média histórica. Do total semeado, 27% se encontravam germinados.
Em paralelo, notícias vindas da China dão conta de que o país teria comprado entre 400.000 a 500.000 toneladas de trigo oriundas da Austrália e do Canadá. Isso em função do calor que se abate sobre as principais regiões produtoras chinesas do cereal. Lembrando que a China é o maior produtor de trigo do mundo, porém, o clima não está ajudando neste ano. Na prática, a China tem sido, nos últimos anos, um dos maiores importadores de trigo do mundo igualmente, adquirindo cerca de 11 milhões de toneladas anuais. Compradores chineses, diante da guerra comercial com os EUA, estavam evitando comprar o produto estadunidense, fato que colaborou para a forte queda nas cotações do produto em Chicago nas últimas semanas (cf. Reuters).
E no Brasil, os preços do cereal de qualidade superior, no Rio Grande do Sul, continuaram em recuo, com as principais praças negociando o produto a R$ 70,00/saco. Enquanto isso, no Paraná o valor se manteve em R$ 80,00. O plantio da nova safra avança no Paraná, com 38% da área esperada já semeada até o dia 11/05. Já no Rio Grande do Sul pouca coisa havia sido semeado, sendo que a melhor janela de semeadura do cereal se abre em 20 de maio. Lembrando que a valorização do Real e o recuo dos preços internacionais do trigo favorecem a importação do mesmo, fato que ajuda a segurar os preços internos ao produtor. Por enquanto, a tendência de forte redução semeada nesta nova safra não tem impactado para cima os preços nacionais.
Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹
1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).
Post Views: 3
Sustentabilidade
Colheita do arroz avança no RS e se aproxima do fim – MAIS SOJA

A colheita do arroz no Rio Grande do Sul está próxima do fim, com 97,02% da área cultivada já colhida. Os dados coletados pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), nesta quinta-feira (15), apontam que dos 970.194 hectares semeados nesta safra, 941.371 hectares já foram colhidos.
Entre as seis regiões produtoras, a Planície Costeira Externa foi a primeira a concluir totalmente os trabalhos de campo, alcançando 100% da área colhida. Na sequência, aparecem a Zona Sul (99,16%), a Fronteira Oeste (99,06%), a Planície Costeira Interna (98,3%) e a Campanha (97,64%). A Região Central colheu 84,6% da área, sendo a regional com a maior área a ser colhida.
De acordo com Luiz Fernando Siqueira, gerente da Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater), embora tenha chovido na última semana, a expectativa é que o clima permita que os trabalhos no campo avancem nos próximos dias. Após a conclusão da colheita, a Dater realizará o levantamento completo e análise dos dados, incluindo a área colhida, produtividade e área perdida.
Fonte: Irga
Autor:Instituto Rio Grandense do Arroz
Site: IRGA
Post Views: 2
Sustentabilidade
Soja/RS: Área colhida no estado alcança 98% – MAIS SOJA

O predomínio de tempo seco acelerou a colheita na primeira metade da semana, já que os prognósticos apontavam chuvas para o final do período. A área colhida alcançou 98%. De forma geral, as precipitações escassas em abril permitiram a colheita de materiais com alta desidratação, mas houve perdas por debulha natural. Permanecem por colher 2%, correspondentes a áreas de replante, várzeas com cultivares de ciclo tardio e talhões semeados no final de janeiro (alguns em safrinha), maduros ou que atingirão a maturação nos próximos dias.
A média estadual foi reavaliada pela Emater-RS/Ascar para 1.957 kg/ha, representando redução de 38,4% nos 3.179 kg/ha projetados antes do início do plantio. As produtividades alcançadas variam amplamente entre regiões: de 1.388 kg/ha na região administrativa de Bagé a 3.235 kg/ha na de Caxias do Sul, refletindo principalmente a distribuição irregular das chuvas.
Mesmo em regiões onde as precipitações foram semelhantes, outros fatores interferiram nos resultados, como a época de semeadura, o manejo de solos e o nível de investimento em insumos, que foram reduzidos em parte das lavouras devido às restrições financeiras de recorrentes frustrações climáticas recentes com as culturas de verão e inverno.
O tempo firme, após as precipitações, deve viabilizar a continuidade da colheita e o encerramento da safra, tanto em áreas de coxilha quanto em várzeas, dado o caráter moderado das chuvas nas regiões onde restam lavouras por colher. No Oeste, as chuvas intensas causaram erosão laminar pontual, sem impacto expressivo no pós-colheita.
A área efetivamente plantada no Estado foi reavaliada pela Emater/RS-Ascar em 6.770.405 hectares, representando aumento de 0,9% em relação aos 6.708.247 hectares da Safra 2023/2024 (IBGE). A produção da oleaginosa totaliza 13.252.227 toneladas, representando queda de 27,4% nas 18.252.278 toneladas colhidas na safra anterior (IBGE). E em relação à estimativa inicial dessa safra, de 21.652.404 toneladas, a redução é de 38,8%.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, a colheita está próxima da conclusão. Em Uruguaiana e Santa Margarida do Sul, foi encerrada, com quebra de 40% a 83% em relação à produtividade inicial estimada. Em Manoel Viana e Maçambará, restam em torno de 2 mil hectares. Uma parte corresponde a lavouras implantadas com irrigação após o milho, que apresentam potencial produtivo entre 2.000 e 2.400 kg/ha. Já as áreas de sequeiro com produtividade inferior a 200 kg/ha foram abandonadas devido à inviabilidade econômica da colheita. Na Região da Campanha, a colheita foi intensa no início do período, sendo posteriormente interrompida, em 08/05, em decorrência de chuvas. Onde houve menor volume de precipitações acumulado, a retomada ocorreu em 11/05, apesar da formação de rastros, causada pela elevada umidade do solo. Em Bagé, Candiota e Hulha Negra, a colheita atinge 90%, e a produtividade está variável. Contudo, os produtores destacam o bom desempenho de cultivares menos exigentes em termos de fertilidade e de ciclo longo. Há relatos pontuais de produtividades próximas a 3.000 kg/ha, mas predominam rendimentos entre 1.800 e 2.000 kg/ha; há registros de lavouras com apenas 600 kg/ha. A área efetivamente plantada é de 1.097.601 hectares. A produtividade regional está em 1.388 kg/ha, representando redução de 44% nos 2.480 kg/ha, estimados no início do plantio.
Na de Caxias do Sul, a colheita foi encerrada, e a média de produtividade está estimada em 3.235 kg/ha, representando redução de 11% em relação à inicial de 3.611 kg/ha. A área de plantio totalizou 256.612 hectares.
Na de Erechim, restam menos de meio ponto percentual para o encerramento da colheita. A área plantada é de 252.859 hectares, e a produtividade média diminuiu em 35% em relação à inicial, sendo estimada em 2.284 kg/ha. A comercialização ocorre de forma parcimoniosa, alcançando 40% da safra, aguardando a melhora nas cotações.
Na de Federico Westphalen, restam 2% a serem colhidos, referentes a lavouras semeadas em safrinha. A produtividade está em 2.410 kg/ha, com redução de aproximadamente 25% em relação à projetada. A área de plantio foi de 439.240 hectares.
Na de Ijuí, é fase final de colheita, restando as lavouras de segundo cultivo, que correspondem a aproximadamente 4% do total e se encontram em maturação. Os produtores ainda realizam correções de solo e intervenções pontuais nos cultivos afetados por erosão e escorrimento superficial. A área cultivada soma 1.009.524 hectares, e a produtividade está em 2.158 kg/ha, significando queda de 40% no volume projetado inicialmente.
Na de Lajeado, a produtividade está em 2.507 kg/ha, representando decréscimo de 26% em relação à estimada no início do plantio e totalizam área de 24.669 hectares.
Na de Passo Fundo, a colheita foi encerrada nos 660.847 hectares cultivados. A produtividade sofreu decréscimo de 36% e está estimada em 2.346 kg/ha.
Na de Pelotas, 13% das lavouras encontram-se em fase de maturação, aptas para a colheita. A operação foi concluída em 87% da área cultivada. Em Santa Vitória do Palmar, apenas 50% foram colhidos. A produtividade alcança 2.546 kg/ha, representando redução de 13% na projeção inicial nos 503.385 hectares plantados.
Na de Porto Alegre, a diminuição da produtividade está estimada em 23%, alcançando 2.359 kg/ha. A área de cultivo totaliza 181.791 hectares.
Na de Santa Maria, a colheita foi efetuada em 98% dos 1.060.120 hectares plantados. A frustração na produtividade é a segunda maior no Estado, alcançando 1.586 kg/ha, ou seja, 49% menor do que se projetava inicialmente.
Na de Santa Rosa, a colheita atingiu 95% de 784.580 hectares cultivados. O ritmo foi reduzido devido às chuvas. Nas lavouras colhidas, as perdas acumuladas chegam a 54%, sendo a maior quebra estadual. A média de produtividade está em apenas 1.451 kg/ha.
Na de Soledade, a colheita está praticamente concluída, restando apenas áreas de semeadura tardia em restevas de feijão, tabaco e milho. A produtividade alcançada é de 1.892 kg/ha, 38% inferior à projetada. A área de cultivo totaliza 499.177 hectares.
Para informações detalhadas de soja, consulte os dados da pesquisa no link da estimativa de safras: https://bit.ly/4koHCNT
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 0,90%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 120,71 para R$ 121,80.
Confira o Informativo Conjuntural n° 1867 completo, clicando aqui!
Fonte: Emater RS
Autor:Informativo Conjuntural 1867
Site: Emater RS
Post Views: 4
- MaisAgro15 horas ago
Oportunidades e deveres em solo chinês
- Sustentabilidade22 horas ago
Safra 2025 de grãos é estimada em 328,4 mi de t – IBGE – MAIS SOJA
- Sustentabilidade22 horas ago
Chicago cai forte e deve contaminar mercado brasileiro de soja – MAIS SOJA
- Sustentabilidade19 horas ago
Chicago/CBOT: A soja fechou em leve alta com esperança de uma retomada de negócios com a China – MAIS SOJA
- Sustentabilidade23 horas ago
Conab projeta safra de grãos do Brasil em 2024/25 de 332,916 milhões de toneladas – MAIS SOJA
- Sustentabilidade18 horas ago
Entendendo os Grupos de maturidade relativa (GMR) – MAIS SOJA
- Featured19 horas ago
Operação da PF mira esquema de contrabando de equipamentos agrícolas em MT
- Sustentabilidade24 horas ago
Safra de grãos está estimada em 332,9 milhões de toneladas influenciada por boa produção de soja, milho e arroz – MAIS SOJA