Sustentabilidade
Mercado brasileiro de milho deve iniciar semana com pouco avanço nas negociações – MAIS SOJA
O mercado brasileiro de milho deve iniciar a semana com pouco avanço nas negociações, diante do foco dos produtores na colheita e escoamento da soja, deixando o cereal de lado. A média das cotações varia de região para região, tendo em vista a colheita da safra de verão, mas as negociações no geral pouco avançam. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago registra baixa, enquanto o dólar sobe frente ao real.
A sexta-feira foi mais travada em termos de negociações no mercado doméstico de milho, pois tanto produtores quanto consumidores estiveram retraídos. A valorização cambial acabou impossibilitando a ocorrência de negócios mais volumosos no porto de Rio Grande. Os consumidores locais aguardam o avanço do trabalho de campo para se posicionar de maneira mais contundente no mercado, assinalou o analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 76,00/78,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 76,00/80,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 70,00/72,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 70,00/72,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 76,00/78,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 73,00/74,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 68,00/70,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 66,00/R$ 68,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 65,00/66,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com vencimento em março de 2025 operam cotados a US$ 4,75 1/4 por bushel, perda de 6,75 centavos de dólar por bushel ou 1,40% em relação ao fechamento anterior.
* O mercado é derrubado pela adoção de tarifas comerciais ao México, China e Canadá pelo governo Donald Trump. Para o cereal, pesando mais o primeiro país, já que os mexicanos são os maiores importadores de milho norte-americano. O temor é que haja retaliação aos Estados Unidos. A força do dólar frente a outras moedas também influencia negativamente. O Dollar Index sobe 1,04% neste momento.
* Na sexta-feira (31), os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 4,82 por bushel, baixa de 8,25 centavos de dólar, ou 1,68%, em relação ao fechamento anterior. A posição março de 2025 fechou a sessão a US$ 4,93 por bushel, baixa de 8,50 centavos de dólar, ou 1,69%, em relação ao fechamento anterior.
CÂMBIO
* O dólar comercial opera com alta de 0,36%, a R$ 5,8569. Dollar Index registra valorização de 0,88% a 109,33 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia encerraram fracas. Xangai, feriado. Japão, -2,66%.
* As principais bolsas na Europa operam com índices mais fracos. Paris, -1,71%. Frankfurt, -1,73%. Londres, -1,31%.
* O petróleo opera em baixa. Março do WTI em NY: US$ 74,41 o barril (+2,59%).
AGENDA
– Inspeções de exportação semanal dos EUA – USDA, 13h.
– Dados de esmagamento de soja e uso de milho para etanol nos EUA em janeiro – USDA, 17h.
– Relatório de produção e vendas da Petrobras, após o fechamento do mercado.
—-Terça-feira (04/02)
– O BC divulga, às 8h, a ata da última reunião do Copom.
– Dados sobre as lavouras do Paraná – Deral, na parte da manhã.
– O IBGE divulga, às 9h, o Índice de Preços ao Produtor – Indústrias extrativas e de transformação referente a dezembro.
—–Quarta-feira (05/02)
– A empresa de alimentos holandesa-norte americana Bunge publica seus resultados trimestrais.
– O IBGE divulga, às 9h, a Pesquisa Industrial Mensal referente a dezembro.
– EUA: O saldo da balança comercial de dezembro será divulgado às 10h30 pelo Departamento do Comércio.
– EUA: A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 12h30 pelo Departamento de Energia (DoE).
—–Quinta-feira (06/02)
– Reino Unido: A decisão de política monetária será publicada às 9h pelo BOE.
– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 10h30.
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.
—–Sexta-feira (07/02)
– Alemanha: A produção industrial de dezembro será publicada às 4h pelo Destatis.
– Alemanha: O saldo da balança comercial de dezembro será publicado às 4h pelo Destatis.
– A FGV divulga, às 8h, o IGP-DI referente a janeiro.
– EUA: O relatório oficial de vagas criadas (payroll) de janeiro será publicado às 10h30 pelo Departamento do Trabalho.
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
– O Ministério do Desenvolvimento, da Indústria. do Comércio e Serviços divulga, às 15h, ao dados consolidados de janeiro, seguidos por entrevista coletiva.
– Resultado financeiro do grupo São Martinho, após fechamento do mercado.
– China: A leitura do índice de preços ao consumidor de janeiro será publicada às 22h30 do dia seguinte pelo departamento de estatísticas.
– China: A leitura do índice de preços ao produtor de janeiro será publicada às 22h30 do dia seguinte pelo departamento de estatísticas.
Fonte: Pedro Carneiro / Safras News
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Sustentabilidade
Santa Maria (RS) deve concluir colheita de soja nesta semana após perder metade da produção – MAIS SOJA

A colheita da soja atingiu mais de 98% da área semeada e deve ser concluída ainda nesta semana na região de Santa Maria, centro do Rio Grande do Sul. Segundo o assistente técnico da regional da Emater/RS, Luis Fernando Rodrigues, em entrevista exclusiva à Safras News, as perdas na produtividade foram confirmadas em 50%.
“A estiagem entre dezembro e fevereiro foi o principal fator, agravada por picos de temperaturas extremas no início do ano, que afetaram a cultura a partir da floração”, relatou.
Rodrigues apontou que a qualidade dos grãos também foi prejudicada, com maturação irregular e desequilíbrio nas plantas. “Foi uma safra de padrão significativamente inferior”, afirmou.
A área plantada totalizou 1,056 milhão de hectares, uma redução de 0,6% em comparação à estimativa inicial de 1,063 milhão de hectares. A produtividade média foi de 1.586 quilos por hectare, contra os 3.110 quilos por hectare estimados inicialmente. A produção total foi estimada em 1,681 milhão de toneladas.
Na comercialização, a semana foi marcada por nova queda nos preços. O valor médio pago pela saca de 60 kg recuou R$ 0,50, fechando em R$ 118,82.
Milho
Assim como na soja, a cultura do milho também foi impactada pela estiagem registrada entre dezembro e fevereiro, agravada por picos de calor intenso no início do ano. A colheita já ultrapassa 85% da área cultivada na região de Santa Maria, com perdas médias de produtividade estimadas em 40%.
Segundo Luis Fernando Rodrigues, a semeadura mais distribuída ao longo do tempo ajudou a reduzir um pouco os prejuízos, mas os efeitos climáticos ainda comprometeram a safra.
A área efetivamente plantada foi de 41,135 mil hectares – 11,2% abaixo da estimativa inicial de 46,357 mil hectares. A produtividade média esperada era de 5.772 quilos por hectare.
Fonte: Ritiele Rodrigues / Safras News
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Sustentabilidade
MS: Soja e milho puxam crescimento do agro em abril no Estado – MAIS SOJA

Em abril de 2025, o Valor Bruto da Produção (VBP), que mostra quanto o campo gerou em dinheiro, chegou a R$ 1,44 trilhão no país. Desse total, 66% vieram das lavouras. A soja e o milho, sozinhos, representaram mais da metade desse valor.
Na comparação com abril do ano passado, o VBP das lavouras aumentou 21%, o que representa R$ 167 bilhões a mais. A soja cresceu 19% (R$ 52,8 bilhões), e o milho teve alta de 31% (R$ 38,3 bilhões). Já o VBP total do Brasil cresceu 24% no período — um aumento de R$ 279 bilhões.
Em Mato Grosso do Sul, o cenário também é positivo: O VBP total do Estado em abril foi de R$ 78,5 bilhões. A maior parte desse valor — 64% — veio das lavouras. E, mais uma vez, soja e milho foram os principais responsáveis, somando 77% do valor das lavouras.
Na comparação com abril de 2024, o milho teve um crescimento de 36% (R$ 3,34 bilhões a mais), e a soja cresceu 13% (R$ 3,11 bilhões). Com isso, o VBP da lavoura sul-mato-grossense subiu 18%. Já o VBP total do estado aumentou 27%, com R$ 16,52 bilhões a mais em relação ao ano passado.
“O VBP total de Mato Grosso do Sul foi o melhor desempenho do quadrimestre, desde 2014. A melhora no preço, tanto da soja quanto do milho, foi um fator importante para que o VBP de 2025 aumentasse frente aos valores do ano anterior. Como a soja e o milho representam boa parte do VBP da lavoura, o aumento no volume comercializado ou do preço faz com que o VBP se eleve. Com o preço do milho maior do que na safra passada, isso tem se refletido em um VBP maior este ano”, avalia o analista de Economia da Aprosoja/MS, Mateus Fernandes.
O que é o VBP
O Valor Bruto da Produção (VBP) é um indicador econômico que mostra o faturamento das atividades do campo. Ele é calculado com base na quantidade de produtos agropecuários colhidos e nos preços recebidos pelos produtores. Quanto mais se colhe e quanto melhor o preço, maior é o VBP. Ou seja, é uma forma de medir, em dinheiro, o quanto o agro está gerando de riqueza.
Para acessar o boletim completo, clique aqui.
Fonte: Crislaine Oliveira/Aprosoja MS
Autor:Crislaine Oliveira/Aprosoja MS
Site: Aprosoja MS
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Sustentabilidade
Projeto Embrapii aposta em biodefensivos de macroalgas, microrganismos marinhos e óleos essenciais para substituir agrotóxicos – MAIS SOJA

Desenvolver biodefensivos agrícolas sustentáveis a partir de macroalgas, microrganismos marinhos e óleos essenciais. Este é o principal objetivo do projeto DISBIO. A iniciativa é liderada pela Unidade Embrapii Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras (ISI B&F) com investimento da Embrapii, por meio da aliança entre empresas, a partir do modelo Basic Funding Alliance (BFA).
O projeto, que tem como coexecutor estratégico a Unidade Embrapii Instituto SENAI de Inovação em Biomassa (ISI Biomassa), conta com orçamento de R$ 15 milhões e visa substituir ou reduzir o uso de agrotóxicos convencionais no controle de pragas como a lagarta-do-cartucho e o percevejo marrom nas culturas da soja e milho, além de fungos fitopatogênicos agentes causais da ferrugem asiática e mancha alvo na cultura da soja, por meio de soluções biológicas eficazes e ambientalmente seguras.
O controle de pragas e doenças são hoje um dos principais desafios técnicos, econômicos e ambientais da agroindústria brasileira, ainda fortemente dependente de tecnologias importadas e manejo através do uso massivo de defensivos químicos. O Disbio propõe justamente o desenvolvimento de produtos agrícolas a partir da biodiversidade marinha e vegetal brasileira como fonte de inovação tecnológica nacional, promovendo a soberania no desenvolvimento de biodefensivos e criando oportunidades sustentáveis para a indústria nacional.
Apesar de representar atualmente cerca de 23% da área agrícola brasileira, o setor de bioinsumos — que inclui biodefensivos, inoculantes, bioestimulantes e solubilizadores — tem apresentado um crescimento robusto. Na safra 2023/2024, o mercado movimentou aproximadamente R$ 5 bilhões, com um crescimento de 15% em relação à safra anterior. Nos últimos três anos, a taxa média anual de crescimento foi de 21%, superando significativamente a média global. A expectativa é que esse número alcance R$ 17 bilhões até 2030, estimulado por exigências ambientais internacionais, especialmente da Europa e da Ásia.
A expectativa é de que o projeto abra uma ampla gama de possíveis aplicações a partir dos resultados obtidos. O mapeamento, desenvolvimento e intensificação de métodos extrativos permitem a obtenção de novas moléculas bioativas. Além disso, segundo os pesquisadores, o desenvolvimento de novas formulações e o escalonamento dos processos permitem a identificação e aplicação de moléculas com potenciais industriais, atendendo outras áreas como, por exemplo, o setor alimentício, cosmético e farmacêutico.
O presidente da Embrapii, Alvaro Prata, destaca o potencial da bioeconomia brasileira. “A indústria nacional tem um potencial extraordinário para liderar o desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras, especialmente no setor do agronegócio”, diz. “É necessário e estratégico contribuir para desenvolvimento de ações que promovam o encontro da vocação produtiva do país com a inovação tecnológica”, complementa.
A Nitro, empresa brasileira de insumos agrícolas de nutrição e biológicos, é participante do projeto. “O grande diferencial do Disbio é a possibilidade de combinarmos os diferentes potenciais de ativos que vêm do oceano, tanto de origem vegetal quanto microbiana, e de plantas cultivadas, todos de origem natural e oriundos do metabolismo desses organismos”, salienta o gerente de Inovação em Biológicos da Nitro, Ítalo Férrer. “Esses ativos, além de apresentarem atividade de defesa, também apresentam propriedades de bioestímulo para diversas culturas agrícolas, com destaque para a soja e o milho. Essa combinação única pode resultar em um produto híbrido multifuncional”, complementa.
Além da Nitro, o Disbio também conta com a participação da empresa Regenera Moléculas do Mar e da startup Kohua, responsáveis por fornecer microrganismos e macroalgas tropicais com potencial de ação defensiva. “Mesmo utilizando apenas uma parcela dos microrganismos disponíveis, identificamos ativos com alto potencial de atuação contra pragas agrícolas”, destaca a gerente de P&D da Regenera, Jéssica Scherer.
A coordenadora da Unidade Embrapii e chefe de pesquisa do ISI Biomassa, Layssa Aline Okamura, celebra a parceria estabelecida com a Embrapii. “O papel da Embrapii como agente transformador e impulsionador da pesquisa e inovação no Brasil, especialmente através do modelo de Basic Funding Alliance em que o fomento chega até 90%, é essencial para projetos de baixo TRL e alto risco tecnológico”, diz. “A continuidade e ampliação desse tipo de apoio são fundamentais para que o Brasil se torne um líder em inovação e tecnologia no cenário global e eleve o potencial transformador das Instituições de Pesquisa e Indústria brasileiras”, conclui.
O ISI Biomassa ficará responsável pelos estudos de consórcios, dosagens ideais e avaliação dos impactos no solo. “O projeto representa uma oportunidade única para validar, em escala laboratorial, o uso de óleos essenciais, extratos de algas e microrganismos no controle de pragas e doenças”, afirma Desireé Soares da Silva, gestora do projeto no ISI Biomassa.
A Kohua, startup derivada da Cia das Algas, aposta no uso de tecnologia verde e extração sustentável para transformar algas em soluções agrícolas. “Nossa contribuição está ligada à sustentabilidade ambiental e social, desde a coleta responsável de macroalgas até o desenvolvimento de bioinsumos eficientes”, diz o CEO da empresa, Thiago Sampaio.
Segundo a gestora do projeto, Larissa Porciuncula, do ISI B&F, a atuação das empresas desde a fase inicial é essencial para orientar o desenvolvimento e garantir viabilidade técnica e econômica. “Trabalhar com projetos de baixo TRL exige forte integração com o setor produtivo desde o início.” A expectativa é que, até 2026, a fase laboratorial esteja concluída, com os principais ingredientes validados.
Sobre a Embrapii
A Embrapii é uma organização social que atua em cooperação com Instituições de Ciência e Tecnologia, públicas ou privadas, para atender ao setor empresarial e fomentar a inovação na indústria. Para isso, conecta centros de pesquisa e empresas, compartilhando os custos da inovação ao aportar recursos não reembolsáveis em projetos que levem à introdução de novos produtos e processos no mercado. Para ter acesso ao modelo, a empresa deve apresentar seu desafio tecnológico à Unidade Embrapii com a competência técnica que se enquadra às necessidades do projeto. A Embrapii possui contrato de gestão com o Governo Federal, por meio dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Educação, da Saúde e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Além disso, possui parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Fonte: Assessoria de Imprensa Embrapii
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