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Milho, algodão e açúcar recuam com tarifas dos EUA e dólar forte

Os contratos futuros de milho, algodão e açúcar operam em queda nesta segunda-feira (3), pressionados pelo dólar forte e pela decisão dos EUA de impor tarifas comerciais ao México, Canadá e China. No caso do milho, a preocupação maior é com retaliações do México, o maior comprador do cereal norte-americano.
- Milho: O contrato março/25 cai 1,40%, cotado a US$ 4,75 1/4 por bushel. Na sexta-feira (31), acumulou perda de 0,92% na semana, apesar da alta mensal de 5,13%.
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Gripe aviária e supersafra devem afetar os preços do milho no curto-prazo

Os Estados Unidos devem produzir 401,85 milhões de toneladas de milho na próxima safra, de acordo com o Departamento de Agricultura norte-americano (USDA), com exportações previstas em 72,8 milhões de toneladas.
O órgão estimou que a colheita brasileira será de 131 milhões de toneladas, com embarques de 43 milhões de toneladas.
No país norte-americano, as expectativas são positivas: a semeadura já atingiu 62% da área, índice acima da média histórica. O USDA ainda reportou que 28% das lavouras já haviam germinado, gerando ótimas expectativas de desenvolvimento diante do clima favorável.
Quanto aos preços, o milho encerrou a semana cotado a US$ 4,43 por bushel na Bolsa de Chicago, com queda expressiva de 0,45% ante o período anterior.
No Brasil, na B3, o contrato do cereal para julho de 2025 também recuou, fechando a R$ 62,05 por saca (-3,33%). No mercado físico, por sua vez, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela fraqueza nos mercados futuros.
O que esperar do mercado do milho?
Análise da plataforma Grão Direto destaca pontos de atenção ao mercado do milho nesta semana. Confira:
- Impactos da gripe aviária: a confirmação do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil levou à suspensão temporária das exportações de carne de frango para mercados importantes, como China, União Europeia, Argentina, México, Chile e Uruguai, sendo que a China bloqueou as compras por 60 dias. Estima-se que até 20% dos embarques mensais brasileiros sejam impactados nesse período. Como a cadeia avícola é uma grande consumidora de milho para ração, a redução nas vendas ao exterior e na produção de aves deve diminuir a demanda pelo cereal, pressionando para baixo os preços de frango e ovos no curto prazo. Caso a doença seja controlada e o embargo dure cerca de dois meses, o impacto tende a ser temporário e pontual. Porém, se a gripe aviária se disseminar, os efeitos podem ser mais severos e duradouros, prejudicando os produtores.
- Safra norte-americana: até 11 de maio, 62% da área de milho nos EUA estava plantada, avanço de 22 pontos percentuais em uma semana, ficando 15 pontos à frente do ano passado e 6 pontos acima da média dos últimos cinco anos, com destaque para Iowa (76%), Nebraska e Minnesota (acima de 73%). Cerca de 30% da área ainda enfrenta seca, especialmente no centro-norte do Corn Belt (cinturão do milho), apesar de chuvas recentes que melhoraram algumas regiões. A previsão indica chuvas contínuas no cinturão, beneficiando áreas secas, mas podendo atrasar o plantio em Missouri, Illinois e Indiana, com temperaturas abaixo da média e risco de geadas pontuais no norte, sem previsão de danos generalizados.
- EUA x China x Brasil: o mercado internacional de milho promete continuar agitado nos próximos meses, com destaque para a relação entre Estados Unidos, China e Brasil. Segundo o USDA, os norte-americanos venderam 2,75 milhões de toneladas métricas de milho para a safra 2025/26, o maior volume registrado para esta época em três anos. Esse número se destaca especialmente pela ausência de compras significativas da China até o momento, país que, historicamente, representa uma parcela importante das exportações do país. A situação se complica ainda mais com o Brasil, cuja segunda safra de milho, fortemente voltada para exportação, deve crescer 11% nesta temporada, com a colheita ganhando ritmo nas próximas semanas.
De acordo com a Grão Direto, com a expectativa de uma supersafra no Brasil e a possível redução na demanda por milho, causada pela desaceleração nas exportações devido à detecção da gripe aviária, a tendência é de queda nos preços do grão amarelo.
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Acordo entre China e EUA ‘muda o jogo’ e agita o mercado de soja; saiba o que mudou

O mercado de soja registrou uma semana marcada por volatilidade, influenciado por fatores externos como o novo acordo comercial entre China e Estados Unidos e mudanças na política de biocombustíveis norte-americana. Segundo a plataforma Grão Direto, a combinação desses elementos, somada ao ritmo acelerado do plantio da nova safra nos EUA, desenhou um cenário complexo e dinâmico para os preços do grão, do óleo e do farelo.
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O anúncio de um novo entendimento comercial entre as duas maiores economias do mundo trouxe impacto imediato nos mercados globais, elevando os preços da soja, do óleo e do farelo. A medida reacendeu expectativas de aumento na demanda pela soja norte-americana, especialmente em um momento crucial do plantio da safra 2025/26 nos Estados Unidos.
Apesar do otimismo gerado pelo acordo, o mercado também foi afetado por especulações sobre mudanças na política de biocombustíveis dos EUA. Caso se concretizem, tais alterações podem reduzir a demanda por óleos vegetais no curto prazo. Além disso, a baixa nos preços do petróleo ajudou a exercer pressão negativa sobre as cotações da soja na Bolsa de Chicago.
Plantio de soja nos EUA
Outro fator de influência foi o ritmo acelerado do plantio nos EUA. Com clima favorável, a semeadura da soja avançou de forma mais rápida que a média histórica, aumentando as projeções para uma safra robusta. Esse cenário adicionou mais um elemento de pressão sobre os preços internacionais.
Na Bolsa de Chicago, o contrato da soja para maio de 2025 fechou a US$10,51 por bushel, uma leve alta de 0,67% na semana. Já o contrato para março de 2026 subiu 0,76%, encerrando a US$10,56 por bushel. O dólar teve variação moderada, cotado a R$5,67 (+0,35%). No mercado físico, os preços refletiram o movimento nos prêmios portuários, impulsionados pela possível migração da demanda para os EUA.
Brasil se destaca nas exportações de soja
Enquanto os Estados Unidos avançam no plantio, o Brasil continua se destacando no cenário internacional com números expressivos de exportação. Segundo dados da Secex, o país embarcou 37,4 milhões de toneladas de soja entre janeiro e abril deste ano — um aumento de 1,6% em relação ao mesmo período de 2024.
O desempenho foi impulsionado pela tensão comercial entre China e EUA, o que abriu espaço para a soja brasileira no mercado chinês. Só em abril, foram 15,3 milhões de toneladas exportadas, o segundo maior volume da história. As projeções para maio apontam para um possível novo recorde, com estimativas de até 16,5 milhões de toneladas. Caso os EUA reduzam a área plantada ou enfrentem adversidades climáticas, o Brasil poderá manter a dianteira nas exportações.
Até 11 de maio, os Estados Unidos já haviam plantado 48% da área estimada para a soja, superando em 14 pontos percentuais o ritmo do ano anterior. Os estados de Iowa (64%), Nebraska (62%) e Illinois (51%) lideram o avanço. Além disso, 17% das áreas já apresentavam emergência, sinal de bom desenvolvimento inicial.
Apesar do progresso, cerca de 23% da área plantada ainda enfrenta condições de seca, especialmente no centro-norte do Meio-Oeste. A previsão de continuidade das chuvas pode melhorar a umidade do solo, mas também trazer atrasos pontuais na semeadura. As temperaturas abaixo da média podem desacelerar o crescimento inicial das lavouras, levantando incertezas sobre a produtividade final — ainda que sem gerar grandes preocupações no curto prazo.
Dólar
O dólar segue volátil, influenciado por fatores internos e externos. A perspectiva de juros altos nos EUA e o retorno de Donald Trump ao centro das negociações comerciais geram instabilidade no mercado cambial. No Brasil, as incertezas fiscais persistem, mesmo diante dos esforços do governo para sinalizar compromisso com o equilíbrio das contas públicas.
A expectativa é que o dólar possa seguir em queda e romper a barreira dos R$5,60. Essa tendência, aliada ao bom ritmo das exportações e à demanda externa aquecida, pode favorecer os embarques da soja brasileira, ainda que represente um desafio para a competitividade nos preços internos.
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Fávaro prevê controle da gripe aviária em 28 dias e diz que alta nos alertas é esperada

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declarou na manhã de hoje, em entrevista a jornalistas, que o aumento no número de alertas para possíveis focos de gripe aviária no Brasil é normal. Segundo o titular da pasta, todo o sistema de defesa do país está atento, incluindo os criadores.
Fávaro também destacou a importância do decreto de emergência sanitária, que, segundo ele, mantém todo o sistema em alerta. “Todos os fiscais, todos os sistemas estaduais estão atentos a qualquer tipo de suspeita — e a própria população também. Um criador de aves para subsistência ou de uma granja comercial, ao primeiro sintoma de um animal doente, notifica o sistema. E é melhor que assim seja, porque a gente vai lá e investiga com transparência e eficiência”, afirmou.
O ministro voltou a afirmar que o Brasil possui o melhor sistema de defesa sanitária animal do mundo e disse que a situação poderá estar normalizada em até 28 dias.
“A gente está fazendo o rastreamento e o bloqueio de tudo o que saiu dessa granja, inutilizando toda essa produção. Com isso, diminuímos muito o risco de novos casos. Feito isso, cumpre-se o prazo de 28 dias, que é o ciclo deste vírus”, explicou.
Fávaro ponderou, no entanto, que alguns países deverão questionar a situação sanitária brasileira. Ele citou exemplos de nações que, apesar do foco confirmado no Rio Grande do Sul, continuam importando carne de aves do Brasil, desde que produzida em outros estados.
No caso de países como a China, entretanto, o protocolo prevê o bloqueio total da carne de aves brasileira, independentemente da origem dentro do país.
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