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. . . . . . . . . . . . . . . 15 de May de 2025

Sustentabilidade

Milho/RS: Reposição da umidade, devido às precipitações, favoreceu as lavouras de milho no Estado – MAIS SOJA

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As recentes precipitações, em volumes mais elevados, atingiram a Região Oeste do Estado, onde o déficit hídrico estava comprometendo o potencial produtivo. A reposição de umidade favoreceu as lavouras de milho, especialmente aquelas em desenvolvimento vegetativo e em início do período reprodutivo.

Foi retomado o plantio de milho safrinha, e as lavouras semeadas tardiamente, em resteva de tabaco e feijão, estão em desenvolvimento vegetativo; algumas já entrando em floração. As condições de umidade do solo estão propícias. Porém, novas precipitações e temperaturas amenas serão essenciais, nos próximos dias, para garantir pendoamento e polinização adequados, além de evitar impactos negativos no enchimento de grãos.

As precipitações não afetaram o ritmo da colheita, que alcançou 38% da área projetada. Os resultados são satisfatórios, e muitas lavouras superam o potencial produtivo estimado inicialmente. As perdas causadas pela estiagem em janeiro se concentram nas áreas em enchimento de grãos (19%), mas não têm abrangência uniforme. Na Região Leste, as chuvas foram mais regulares, e as lavouras nesse estágio fenológico foram mais beneficiadas.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, as recentes precipitações, de modo geral, não atrasaram a colheita. Estima-se que 70% foram colhidos; no restante da área, o ciclo foi finalizado. A produtividade foi prejudicada não só pela escassez hídrica em início de novembro, durante a fase de floração, mas também pelas temperaturas elevadas, que, a partir da segunda quinzena de dezembro, na fase de enchimento de grãos, dificultaram a reposição do teor de umidade necessário no solo, inclusive em lavouras irrigadas. Na Campanha, a distribuição das chuvas foi irregular e, em geral, de volumes inferiores aos registrados em outras regiões. As lavouras mais adiantadas encontram-se em floração (25%), e o restante permanece em desenvolvimento vegetativo.

Na de Caxias do Sul, o desenvolvimento das lavouras está heterogêneo, influenciado pela época de semeadura e pela localização geográfica. As áreas implantadas no início da safra mantêm elevado potencial produtivo. As semeadas a partir do final de outubro apresentam maior variabilidade no desempenho, determinada principalmente pelo volume de precipitação recebido a partir da fase de floração. A distribuição irregular das chuvas, ao longo de janeiro, impactou negativamente essas lavouras, podendo reduzir o rendimento.

Na de Frederico Westphalen, 70% das lavouras foram colhidas; 20% estão em maturação; e 10% em enchimento de grãos. As produtividades das primeiras áreas colhidas estão superiores a 10 mil kg/ha. Nas lavouras mais tardias, a produtividade está inferior devido ao enchimento de grãos sob déficit hídrico. Ainda assim, a produtividade média regional alcança 8.640 kg/ha.

Na de Ijuí, a produtividade está praticamente definida. Cerca de 30% das lavouras estão no estágio final de enchimento de grãos, mas a produtividade foi afetada pela estiagem. Nas demais áreas (27% colhidos e 38% em maturação), a restrição hídrica já não interfere na produção. Aproximadamente 5% da área inicialmente destinada à colheita de grãos foi redirecionada para silagem em razão da diminuição do potencial produtivo, do aproveitamento da massa vegetal e, sobretudo, da necessidade de liberar áreas para um segundo cultivo, predominantemente de soja. Os rendimentos de colheita são considerados satisfatórios, e a produtividade média está estimada em 9.420 kg/ha. No Alto Jacuí, em Ibirubá, as produtividades das lavouras de sequeiro variam entre 7.200 e 8.500 kg/ha; nas áreas irrigadas, superam 12 mil kg/ha. Na Região Celeiro, em Tenente Portela, onde o cultivo é exclusivamente de sequeiro, as lavouras colhidas apresentam rendimentos superiores a 9 mil kg/ha. No entanto, há tendência de redução nas áreas tardias.

Na de Passo Fundo, a cultura encontra-se majoritariamente em enchimento de grãos (90%), e os 10% restantes, em maturação fisiológica. O potencial produtivo está elevado, favorecido pela ocorrência de chuvas nos estádios fenológicos de floração e espigamento.

 Na de Pelotas, o plantio prosseguiu em pequena escala, pós-cultivo de tabaco, atingindo 90% da área estimada. Atualmente, 38% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 29% em pendoamento, 17% em enchimento de grãos, 2% em maturação e 14% colhidos. A distribuição irregular das chuvas resulta em variações no desenvolvimento: em algumas áreas, está dentro do esperado; em outras, há impactos pela restrição hídrica.

Na de Santa Maria, 25% da área foi colhida (lavouras do cedo), sem prejuízos. Contudo, a maior parte encontra-se em fase reprodutiva, com risco de perdas expressivas na produtividade, não confirmando a estimativa inicial para a região. Em Dilermando de Aguiar, algumas lavouras foram totalmente perdidas.

Na de Santa Rosa, o plantio atingiu 92% da área cultivada. Restam 8%, plantadas em semeadura de safrinha em janeiro, operação beneficiada pelas chuvas de 24 e 25/01. Estão 4% das lavouras em fase vegetativa, 6% em enchimento de grãos, 15% em maturação e 74% colhidos. A produtividade média atual está estimada em 7.437 kg/ha, inferior à expectativa inicial. A produtividade varia entre 4.500 e 9.000 kg/ha. Nas lavouras irrigadas, a produtividade está estimada em 10.800 kg/ha, apresentando avaliação positiva pela maior lucratividade.

Na de Soledade, a colheita avançou em áreas semeadas no início do zoneamento. As produtividades são variáveis: em Vale do Sol, algumas áreas superam 10 mil kg/ha; em outros municípios, impactados pela estiagem, houve inclusive acionamento do Proagro. Em geral, aproximadamente 60% das lavouras atingem as médias projetadas com mínimas perdas. Atualmente, 25% das lavouras estão em enchimento de grãos, 26% em maturação fisiológica, 12% em maturação de colheita e 10% colhidos.

Comercialização (saca de 60 quilos)

 O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 0,81%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 68,00 para R$ 67,45.

Confira o Informativo Conjuntural n° 1852 completo, clicando aqui!

Fonte: Emater RS 



 

FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1852

Site: EMATER/RS


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Sustentabilidade

Entendendo os Grupos de maturidade relativa (GMR) – MAIS SOJA

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A partir da publicação da Lei de Proteção de Cultivares, em 1997, ocorreu a instalação de programas de melhoramento de soja por empresas privadas no Brasil. Desde então, a tradicional classificação das cultivares de soja em ciclos superprecoce, precoce, médio, semitardio e tardio, passou gradualmente a ser substituída pela nova classificação em grupos de maturidade relativa (GMR) desenvolvida nos Estados Unidos (Alliprandini et al., 2009; Poehlman, 2007).

O GMR representa a duração do ciclo da soja, desde a semeadura até a maturidade fisiológica (em dias), essa duração é influenciada principalmente pela resposta da cultivar ao fotoperíodo, pelas práticas de manejo e pela área de adaptação da cultivar. No estudo de Alliprandini et al. (2009), diversas cultivares comerciais foram avaliadas em múltiplas localidades com diferentes latitudes e longitudes, com o objetivo de quantificar a interação genótipo x ambiente e classificá-las em distintos GMRs.

Esse grupo de cultivares foi denominado de “cultivares padrão” que seriam utilizados como base para classificar as cultivares atualmente disponíveis no mercado de soja. Nessa classificação cultivares com menor GMR (4.5 até 7.) são indicadas para a região subtropical do Brasil, enquanto cultivares com maior GMR (6.5 A 10) são indicadas para regiões tropicais, próximas à linha do Equador. (Figura 1)

Figura 1. Distribuição dos grupos de maturidade relativa para cultivares de soja na América Latina.
Adaptado de Grassini et al. (2021)

De acordo com essa abordagem, se espera que quando cultivares com diferentes GMRs são semeados em uma mesma região, aquelas com maior GMR apresentem ciclos de desenvolvimento mais longos (Zanon et al., 2015) (Figura 2).

Figura 2. Evolução do ciclo de desenvolvimento de cultivares de soja com diferentes grupos de maturidade relativa (GMR) em épocas de semeadura (outubro, novembro, dezembro e janeiro) em Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil.
Fonte: Equipe Field Crops

Entretanto, o atraso na época de semeadura provoca a redução do ciclo de desenvolvimento, independentemente do GMR. Isso ocorre já desde a fase de semeadura-emergência, que tende a ser mais rápida em épocas de semeadura mais tardias, devido ao aumento da temperatura do solo. Na fase vegetativa (do estádio de emergência até o florescimento – EM a R1), cuja duração é influenciada pelo fotoperíodo e pela temperatura, observa-se uma redução com o aumento da indução fotoperiódica.



Em experimentos no Sul do Brasil (região subtropical), a fase de formação de legumes (R1 – R5) foi a que mais diminuiu com o atraso da época de semeadura. A duração dessa fase foi reduzida em 48, 25 e 15 dias nas semeaduras de setembro (semeadura precoce), novembro (época preferencial) e janeiro (semeadura tardia) para GMR 6.8. Já para GMR 5.5, as reduções foram de 28, 24 e 16 dias, para as semeaduras de setembro, novembro e janeiro, respectivamente. O enchimento de grão (R5 – R8) é a fase que menos apresenta variação entre as épocas de semeadura (Figura 3), pois é comandada predominantemente por características genéticas das cultivares.

Figura 3. Duração das fases de desenvolvimento, em dias, de cultivares de soja com GMR 5.5 e 6.8 em diferentes épocas de semeadura: setembro (A), novembro (B) e janeiro (C) em Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil.
Fonte: Equipe FieldCrops.

Referências Bibliografias.

ALLIPRANDINI, L. F. et al. Understanding soybean maturity groups in Brazil: Environment, cultivar classification, and stability. Embrapa Trigo-Artigo em periódico indexado (ALI-CE), 2009. Disponível em: < https://acsess.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.2135/cropsci2008.07.0390 >, acesso: 13/05/2025.

GRASSINI, P. et al. Soybean. In: Crop Physiology Case Histories for Major Crops. Academic Press. p. 282-319, 2021. Disponível em: < https://www.researchgate.net/publication/348905591_Soybean >, acesso: 13/05/2025.

POEHLMAN, J. M. Breeding field crops, 2007. Disponível em: < https://www.researchgate.net/publication/39004563_Breeding_Field_Crops > acesso: 13/05/2025.

TAGLIAPIETRA, E. L. et al. Ecofisiologia da soja: visando altas produtividades. Santa Maria, ed. 2, 2022.

ZANON, A. J. et al. Desenvolvimento de cultivares de soja em função do grupo de maturação e tipo de crescimento em terras altas e terras baixas. Bragantina, v. 74, p. 400-411, 2015. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/brag/a/K4nQRyVDfqvys83YWKn6XLv/ >, acesso: 14/05/2025




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Sustentabilidade

Chicago/CBOT: A soja fechou em leve alta com esperança de uma retomada de negócios com a China – MAIS SOJA

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Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 14/05/2025

FECHAMENTOS DO DIA 14/05

O contrato de soja para julho, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,49%, ou $ 5,25 cents/bushel a $ 1077,75. A cotação de agosto, fechou em alta de 0,40% ou $ 4,25 cents/bushel a $ 1074,50. O contrato de farelo de soja para julho fechou em baixa de -0,48 % ou $ -1,8 ton curta a $ 291,9 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em alta de 1,63 % ou $ 0,84/libra-peso a $ 52,32.

ANÁLISE DA ALTA

A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta quarta-feira. As cotações reagiram após passar grande parte do dia no campo negativo. As esperanças na retomada do comércio com a China, aliadas a algumas notícias otimistas sobre biocombustíveis, contribuíram para os leves ganhos nos preços neste meio de semana. A soja está agora nos níveis mais altos em mais de nove meses, após a recente alta nos preços.

O mercado climático voltou a ser tema, com a possibilidade de fortes chuvas reduzirem o ritmo do trabalho nos campos no cinturão da soja/milho nos EUA.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-COMITÊ APROVOU 45Z (altista)

A soja completou hoje sua quinta sessão positiva consecutiva em Chicago, novamente impulsionada pela força do óleo de soja, que voltou a subir após a aprovação pelo Comitê de Meios e Recursos da Câmara de um projeto de lei que estende até 2031 os créditos fiscais de 45Z para produtores de matérias-primas usadas na produção de combustíveis de baixo carbono para transporte terrestre e aéreo.

CBOT-A ALTA DO ÓLEO (altista)

A posição de óleo de julho subiu para US$ 18,52 hoje, fechando a sessão em US$ 1.153,44 a tonelada. Nesta semana, acumulou um aumento de 7,72% em relação ao preço de fechamento da última sexta-feira, de US$ 1.070,77. *45Z-EXCLUSÕES IMPORTANTES (altista): Além do apoio fiscal que beneficiaria os agricultores, esse projeto de lei, que ainda tem um longo caminho a percorrer antes de se tornar lei, excluiria o óleo de cozinha usado importado da China e da União Europeia do incentivo financeiro, estimulando assim uma maior demanda por óleo de soja dos EUA para a produção de biodiesel.

EUA-CHUVAS PODEM DIMINUIR O RITMO DE PLANTIO (altista)

A previsão de chuvas muito fortes no cinturão da soja/milho nos próximos sete dias pode diminuir o ritmo do plantio, que também está adiantado em comparação ao mesmo período em 2024.

MAIS RESULTADOS DO ACORDO CHINA-EUA (altista)

Como parte do acordo alcançado no fim de semana pelos Estados Unidos e pela China para reduzir tarifas por 90 dias e negociar um acordo comercial, o Ministério do Comércio da China anunciou hoje a suspensão dos controles de exportação impostos a 28 entidades dos EUA e uma pausa na decisão de colocar 17 empresas dos EUA em uma lista de entidades não confiáveis.

Fonte: T&F Agroeconômica



 


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Sustentabilidade

Chicago/CBOT: Milho fechou de forma mista com perspectiva de safra recorde nos EUA – MAIS SOJA

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Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 14/05/2025
FECHAMENTOS DO DIA 14/05

Chicago: A cotação de julho, referência para a nossa safra de verão, fechou em alta de 0,68% ou $ 3,00 cents/bushel a $ 445,50. A cotação para julho, fechou em baixa de -0,12% ou $ -0,50 cents/bushel a $ 427,25.

ANÁLISE DO MIX

O milho negociado em Chicago fechou de forma mista nesta quarta-feira. As cotações do cereal fecharam com leves altas e baixas, mas com tom baixista para posições correspondentes à nova safra. Os preços continuam influenciado pela perspectiva de uma safra recorde de 2025/2026 nos Estados Unidos e pela perspectiva positiva para a safrinha brasileira, que começará a entrar no mercado em cerca de um mês, complementada pela chegada do grão argentino. As duas primeiras cotações receberam suporte da alta da soja e do trigo.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho B3 fechou de forma mista ainda pressionado pelo milho safrinha

Os principais contratos de milho encerraram o dia de forma mista nesta quarta-feira. Com exceção de algumas baixas pontais, as cotações do milho na B3 apresentaram uma boa recuperação neste meio de semana. A correção veio depois de uma sequência de baixas nos preços do mercado futuro. Com o encerramento dos contratos de maio, o preço entre físico e mercado futuro ficariam com uma diferença muito grande entre eles, visto que o contrato de julho está em R$63 e a média Cepea está em R$73. Com isso alguma correção pode acontecer tanto na bolsa como no físico.

A recente viagem à China de uma comitiva brasileira pode render bons resultados para a indústria nacional de subprodutos do milho, como etanol e DSG.

OS FECHAMENTOS DO DIA 14/05

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista no dia: o vencimento de julho/25 foi de R$ 63,00 apresentando alta de R$ 0,96 no dia, baixa de R$ -1,92 na semana; julho/25 fechou a R$ 64,77, alta de R$ 0,99 no dia, baixa de R$ -1,10 na semana; o vencimento setembro/25 fechou a R$68,37, alta de R$ 0,84 no dia e alta de R$ 0,20 na semana.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-CONTINUA A FALTA DE ACORDOS CONCRETOS (baixista)

Além disso, apesar das expectativas dos traders de ver acordos com compradores de milho, como Japão e Coreia do Sul, após o pacto com a China, a Casa Branca até agora não fez nenhum anúncio nessa direção.

EUA-MENOR PRODUÇÃO DE ETANOL (baixista)

O relatório semanal da Administração de Informação de Energia dos EUA foi negativo para o mercado de milho dos EUA hoje, pois ajustou a produção diária de etanol de 1.020.000 para 993.000 barris, um número que ficou abaixo do número de 1.000.000 de barris para o mesmo período em 2024, enquanto os estoques de biocombustíveis foram aumentados de 25.191.000 para 25.445.000 barris, um volume que excedeu os 24.489.000 barris em estoque há um ano.

Fonte: T&F Agroeconômica



 


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