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. . . . . . . . . . . . . . . 17 de May de 2025

Sustentabilidade

SC espera colher 2,2 milhões de toneladas de milho, melhor safra dos últimos quatro anos – MAIS SOJA

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Com o aumento de 25% na produtividade média do milho para a primeira safra (2024/25), Santa Catarina tem a expectativa de colher mais de 2,2 milhões de toneladas do grão, mais de 300 mil toneladas que ano passado. As condições climáticas, com chuvas regulares até dezembro de 2024, foram favoráveis ao desenvolvimento das plantas e expressão do potencial produtivo, apesar da área de cultivo ter diminuído 11,3% em comparação com a safra passada.  Este é o melhor desempenho das lavouras nos últimos quatro anos.

A área de cultivo do milho em SC diminuiu 11,3%, mas a produtividade aumentou 25% em comparação com a safra passada

Os dados estão no Boletim Agropecuário de janeiro, que pode ser acessado no site do Observatório Agro Catarinense, da Epagri e da Secretaria de Agricultura e Pecuária (SAR). Este documento é uma publicação mensal da Epagri/Cepa que apresenta os dados atualizados do acompanhamento das safras e do mercado dos principais produtos agropecuários catarinenses. Confira mais detalhes.

Arroz

O ano de 2024 foi marcado por fortes oscilações dos preços do arroz em casca. O preço mais alto foi o de janeiro, ultrapassando a casa dos R$120,00/sc de 50 kg, e o preço mais baixo foi o de dezembro, atingindo pouco mais de R$96,00/sc de 50 kg.

Em 2024 Santa Catarina exportou o equivalente a US$3,837 milhões, valor que significa uma queda próxima de 61% em relação ao valor exportado em 2023. O valor das importações de 2024 foi 19,56% maior do que o de 2023.

O plantio da safra catarinense 2024/25 está encerrado, com área de 145,3 mil hectares e produção esperada de 1,269 milhão de toneladas. Com praticamente a mesma área plantada, espera-se esta produção 9,52% maior que a da safra passada, marcada por adversidades climáticas, que resultaram em problemas como doenças, pragas e baixo desempenho produtivo.

Feijão

No mês de dezembro, o preço médio recebido pelos produtores catarinenses de feijão-carioca teve uma variação mensal negativa de 9,10%. Para o feijão-preto, o preço médio recebido pelos produtores também reduziu, variação negativa de 14,13%. Na comparação com dezembro de 2023, o preço médio da saca de feijão-preto está 29,78% mais baixo. Para o feijão-carioca foi registrada uma redução de 34,71% na variação anual.

Para a 1ª safra 2024/25 catarinense de feijão, as estimativas atuais revelam um crescimento na área plantada de aproximadamente 7,50%. A produtividade média esperada também deverá crescer, chegando a 1.920kg/ha, um aumento de 11,11%. Com crescimento da área plantada e da produtividade média, espera-se um aumento de 19,45% na produção, representando um volume colhido de aproximadamente 57,3 mil toneladas de feijão 1ª safra. Desse total, aproximadamente 41 mil toneladas deverão ser do tipo feijão-preto, e 16 mil toneladas do tipo feijão-carioca.

Trigo

No mês de dezembro, o preço médio recebido pelos produtores catarinenses de trigo sofreu nova redução: variação negativa de 1,71%. Na variação anual, em termos reais, os números ainda são positivos, com uma alta de 5,51%. De acordo com o monitoramento da safra de trigo realizado pelo Epagri/Cepa, no mês de dezembro, a área plantada estimada é de pouco mais de 123 mil hectares, redução de 10% em relação à safra passada.

Até o momento, a expectativa é que a produção estadual deverá crescer 38%, chegando a 426 mil toneladas. Nessa safra, houve uma boa recuperação na produtividade média estadual, que está em 3.452kg/ha, contra 2.237kg/ha, obtidos na safra 2023, portanto, um incremento de 54%.

Milho

O ano de 2024 foi marcado por preços pressionados e inferiores aos praticados nos anos anteriores . O preço mais alto foi em novembro ultrapassando a casa dos R$69,00/sc de 60 kg, e o preço mais baixo foi o de fevereiro, atingindo pouco mais de R$69,00/sc. Em dezembro, o preço médio mensal pago ao produtor em Santa Catarina apresentou queda nas cotações, de 1,79% em relação ao mês anterior. Nos primeiros 20 dias de janeiro de 2025 a cotação média estadual manteve um indicativo de retração dos preços, embora pequena. Os preços internos no Brasil divergem do mercado internacional em janeiro, que indica preços futuros em elevação.

Soja

O ano de 2024 foi marcado por preços pressionados, sendo o menor dos últimos cinco anos. O preço mais alto foi em junho, ultrapassando a casa dos R$135,00/sc de 60 kg, e o preço mais baixo foi o de fevereiro, atingindo pouco mais de R$117,00/sc..No mês de dezembro de 2024, as cotações da soja no mercado catarinense apresentaram queda de 1,8% em relação ao mês anterior. Nos 20 primeiros dias do mês de janeiro 2025 o movimento de baixa continua, influenciado pela boa perspectiva da produção na atual safra do Brasil e Argentina, além de outros fatores, como a estimativa da produção mundial e expectativas em torno das relações EUA e China.

Na safra atual, os levantamentos realizados pela Epagri/Cepa apontam para um aumento de 2,09% da área plantada, alcançando 768,6 mil hectares na primeira safra. A produtividade média esperada deverá ter um incremento de 9,32%, chegando a 3.771kg/ha. Com isso, espera-se um aumento de 12,2% na produção e no volume colhido de aproximadamente 2,91 milhões de toneladas de soja na 1ª safra.

Alho

No mês de dezembro o preço do alho se manteve em ligeira elevação. O preço médio do alho classes 4-5 pago ao produtor catarinense foi de R$17,50/kg, aumento de 2,05% em relação a novembro. Nas primeiras semanas de janeiro as cotações baixaram 5,71%.

De janeiro a dezembro, as importações foram de 145,52 mil toneladas, um aumento de 26,50 % em relação ao ano anterior. O aumento das importações no ano foi decorrente da menor produção na Região Sul na safra 2023/24 e pelo aumento do consumo interno.

Cebola

A grande oferta de cebola no mercado nacional afeta fortemente as cotações da hortaliça. O preço médio da cebola pago ao produtor catarinense em dezembro e início de janeiro, embora tenha ocorrido aumento em relação ao mês de novembro, foi abaixo do custo médio estimado para o estado, que é de R$ 1,68/kg. A cebola caixa 3 teve cotação média de R$21,31/sc de 20kg em dezembro e R$24,67/sc de 20kg em janeiro.

Em Santa Catarina, a colheita da safra da cebola se encaminha para o final. Em 14 de dezembro a colheita já atingia 77%  da área plantada. A estimativa atual de produção é de 556 mil toneladas.

Bovinos

Os preços do boi gordo encerraram o ano de 2024 com predominância de altas, não obstante a desaceleração desse movimento em dezembro. Em Santa Catarina, o preço médio estadual do boi gordo fechou o ano em aproximadamente R$323,00, alta de 28% na comparação com o valor de dezembro de 2023 (corrigido pelo IGP-DI).

De acordo com os dados preliminares da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), em 2024 foram produzidos e abatidos nos frigoríficos do estado um total de 685,1 mil cabeças, alta de 11,5% em relação à produção de 2023.

Frangos

Santa Catarina exportou 1,17 milhão de toneladas de carne de frango em 2024 – alta de 5,7% em relação às exportações do ano anterior. As receitas foram de US$ 2,29 bilhões – alta de 0,2% em relação às do ano anterior. Em termos de receitas, no ano passado o estado registrou o melhor resultado de toda a série histórica. O montante exportado em 2024, por sua vez, é o terceiro melhor já registrado, somente menor dos embarques realizados em 2019 e 2018.

Santa Catarina foi responsável por 23,5% das receitas geradas pelas exportações brasileiras de carne de frango em 2024.

De acordo com os dados preliminares da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), em 2024, o estado produziu um total de 881,1 milhões de frangos, crescimento de 1,2% em relação à produção de 2023.

Suínos

Santa Catarina exportou 719,4 mil toneladas de carne suína em 2024, alta de 9,3% em relação ao ano anterior. As receitas foram de US$ 1,70 bilhão, crescimento de 8,0% na comparação com as de 2023. Estes são os melhores resultados registrados desde o início da série histórica.

Santa Catarina foi responsável por 55,0% da quantidade e 56,7% das receitas das exportações brasileiras de carne suína em 2024.

De acordo como os dados preliminares da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), em 2023 foram produzidos e destinados ao abate um total de 17,85 milhões de suínos, queda de 0,6% em relação à produção de 2023.

Leite

Segundo os dados dos levantamentos da Epagri/Cepa, o preço médio aos produtores catarinenses de 2024 foi de R$2,60/litro, maior não apenas do que o preço de 2023, como de toda série histórica. Além disso, o ano de 2025 começa com preços aos produtores sensivelmente melhores do que o do início de 2024.

Pelas projeções da Epagri/Cepa, a quantidade de leite adquirida será 1,6% maior do que a de 2023 e 4,5% maior do que a de 2022, o que sinaliza positivamente para a produção de 2025 e ilustra a competitividade de boa parte do setor leiteiro nacional, que, mesmo num quadro de elevadas importações, conseguiu recuperar parte da produção perdida de 2020 para 2022.

De 2023 para 2024, as importações brasileiras apresentaram um comportamento pouco comum: decresceram em quilos de lácteos e dólares e aumentaram em litros de leite equivalente. As exportações cresceram significativamente, em quilos de lácteos, dólares e litros de leite. Com o crescimento em litros de leite, as importações representaram 8,4% da oferta total de leite inspecionado no Brasil. Essa participação é recorde dos anos recentes, mas ainda longe dos anos de 1990, quando a dependência nacional de leite importado era mais significativa que atualmente. O recorde foi em 1999, quando representaram 15,7% da oferta total.

Tabaco

Na safra 2023/24, Santa Catarina produziu 158 mil toneladas de tabaco, equivalente a 29,6% da produção da região Sul, em uma área de 86 mil hectares. A variedade Virgínia predominou, com 92% do total.

Chuvas acima da média impactaram negativamente o cultivo, reduzindo a produtividade média em 28,1% (1.784 kg/ha). O preço médio pago aos produtores foi de R$23,00/kg, um aumento de 24,6% em relação à safra anterior. As principais microrregiões produtoras foram Canoinhas (46,5%), Rio do Sul (13,3%) e Ituporanga (12,6%).

Entre 2014 e 2024, houve declínios anuais de 3,7% na área plantada e 4,6% na produção. Para 2024/25, projeta-se um crescimento de 11,8% na área cultivada (94,2 mil hectares) e um aumento de 49,8% na produção, podendo chegar a 225 mil toneladas. Contudo, as negociações de preços entre produtores e empresas fumageiras permanecem em aberto.

Leia aqui a íntegra do Boletim Agropecuário de janeiro.

Fonte: Epagri



 

FONTE

Autor:Epagri

Site: EPAGRI


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Sustentabilidade

CNA realiza 3º workshop sobre gestão eficiente de água no campo

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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realiza no próximo dia 10 de junho, em Brasília, o 3º Workshop ‘Setor Agropecuário na Gestão da Água – Irrigação e Energia’, em celebração ao Dia Nacional da Agricultura Irrigada, comemorado em 15 de junho. As inscrições para participar do evento já estão abertas e podem ser feitas online.

O encontro reunirá produtores, representantes do setor energético, parlamentares e instituições públicas e privadas para debater as soluções relacionadas à gestão de água e de energia no meio rural.

O evento terá dois momentos: na sede da CNA, durante a manhã, e à tarde no Congresso Nacional, com foco no tema ‘Energia para a Agricultura Irrigada – Demandas Atuais e Futuras’. A irrigação será abordada como ferramenta estratégica para a segurança alimentar, a adaptação às mudanças climáticas e o uso eficiente dos recursos naturais.

Um dos destaques do workshop será o lançamento de um estudo inédito sobre a demanda energética da agricultura irrigada no Brasil. A pesquisa traz dados relevantes para embasar políticas públicas, orientar o planejamento do setor e incentivar investimentos em infraestrutura energética no meio rural.

A programação também inclui mesa redonda sobre os principais desafios e oportunidades para o setor no país, além de painéis temáticos que irão tratar do cenário da irrigação no Brasil, seu papel no Plano Clima, as expectativas para a COP30 e o impacto econômico do ‘custo de não irrigar’.

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Sustentabilidade

Com crescimento de 77% em 2024, Paraná ocupa segundo lugar nas exportações de milho – MAIS SOJA

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As exportações de milho no Paraná alcançaram 1,18 milhão de toneladas nos primeiros quatro meses do ano, um aumento de 77% em relação ao mesmo período do ano passado, em que o Estado registrou 668,4 mil toneladas segundo dados do Agrostat/Mapa.

Esse é um dos assuntos detalhados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 8 a 14 de maio preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Em relação à receita, foram gerados US$ 267,1 milhões, ou R$ 1,5 bilhão. O aumento foi de 81% em comparação com o primeiro quadrimestre de 2024, de US$ 147,9 milhões. Isso por conta do aumento no volume embarcado e pelos preços melhores.

Por outro lado, a exportação nacional registrou 6,07 milhões de toneladas no mesmo período, uma queda de 14% em relação aos primeiros quatro meses do ano passado, que foi de 7,07 milhões.

O analista do Deral, Edmar Gervásio, destaca o crescimento do Estado no âmbito nacional de exportações da cultura. “De janeiro a abril de 2024 o Paraná encontrava-se em terceiro lugar do ranking nacional em exportação de milho. No mesmo período deste ano o Estado se consolidou como segundo lugar, ficando atrás apenas do Mato Grosso” disse.

O Irã foi o principal destino do milho paranaense durante o período, que importou 52% do volume total exportado pelo Paraná, seguido do Egito com 12,8% e Turquia com 11,3%.

FRANGO – O abate de frangos no Brasil somou 1,63 bilhão de cabeças no primeiro trimestre de 2025, segundo dados do IBGE, um crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período de 2024. Também houve alta de 0,9% na comparação com o último trimestre do ano passado. A produção de carne acompanhou esse movimento, alcançando 3,45 milhões de toneladas no período. Neste cenário, o Paraná manteve a liderança nacional. No acumulado do ano de 2024 o Paraná respondeu por 34,2% do abate e 34,9% da carne de frango produzida. O Estado teve crescimento de 2,5% no número de abates e de 3,1% no volume produzido em relação a 2023.

SUÍNOS  Com dados do Agrostat/Mapa o documento mostra que o Paraná estabeleceu um novo recorde mensal de exportação de carne suína, em que foram exportadas 21,2 mil toneladas, ou 25,5% a mais que abril de 2024, que foram registradas 4,3 mil toneladas, e 9,3% a mais que o mês de março deste ano, onde foram exportadas 1,8 mil toneladas.

Além disso, as perspectivas são positivas para os próximos meses, já que o segundo semestre é caracterizado historicamente pelo aumento de volume exportado, reforçando as chances de novos recordes ainda em 2025.

OVOS – No primeiro trimestre do ano o Paraná ficou em segundo lugar no ranking nacional de produção de ovos, segundo dados das Pesquisas Trimestrais da Pecuária, do IBGE. A produção do Estado no período foi de 459,1 milhões de dúzias produzidas (9,8% do total nacional), volume 5,5% maior que os três primeiros meses de 2024.

No âmbito de exportação, o Paraná foi o 4º no ranking nacional do primeiro quadrimestre do ano, onde exportou 2.454 toneladas que gerou uma receita de US$ 11,7 milhões, números menores em volume (-32,5%) e receita (-20,4%) em relação ao mesmo período de 2024.

CANA-DE-AÇÚCAR – Em 2025 a área destinada da cana-de-açúcar é projetada em 507 mil hectares, 1% superior à de 2024 (501 mil hectares) e, como consequência, o Estado deve colher uma safra maior da cultura neste ano, uma expectativa de 36,7 milhões de toneladas. As colheitas iniciaram em março e cerca de 8% já foram colhidos.

PITAIA – Pelo terceiro ano acompanhando a produção de pitaia, que está presente em 126 municípios do Estado, em 2023 o Deral registrou que o Paraná produziu 3,2 mil toneladas em uma área de 273 hectares, resultando em um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 27,5 milhões.

O boletim destaca a aproximação do IV Simpósio Brasileiro e II Encontro Paranaense das Pitaias, que reunirão entre 21 e 23 de maio, em Maringá, produtores, associações e cooperativas, pesquisadores, extensionistas rurais e empresas interessados na produção da fruta.

TANGERINA – O Paraná é o 4º no ranking brasileiro de produção de tangerina, tendo produzido, em 2023, 94,5 mil toneladas da fruta em uma área de 7,1 mil hectares. Isso representa uma queda de 11,3% da área e 22% de volume entre 2014 e 2023.

A safra atual encontra-se no início da colheita e tem expectativas superiores à safra passada. As boas condições climáticas contribuíram para a antecipação da maturação e a inversão de ácidos em açúcares das frutas. Os produtores também podem se animar com a aproximação da 57ª Festa Nacional da Ponkan, entre 06 a 08 de junho, em Cerro Azul (RMC), a Capital Nacional do Cítrico.

Fonte: Assessoria de Imprensa Governo do Paraná



 


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Sustentabilidade

Brasil é opção segura para investidores internacionais, afirmam especialistas no 3º Congresso Abramilho – MAIS SOJA

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A capacidade de produção de alimentos e energia sustentável posiciona o Brasil como uma opção segura para os investidores internacionais. Essa previsibilidade econômica e um cenário político estável ‘protegem’ a nação das incertezas atuais da economia mundial. A leitura guiou o último painel do 3º Congresso Abramilho, realizado nesta quarta (14) em Brasília. O objetivo foi analisar os impactos das tarifas internacionais sobre o agro brasileiro.

De acordo com Caio Megale, economista-chefe da XP Investimentos, as últimas medidas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, significaram um retrocesso de 120 anos nas relações comerciais do país com o mundo. Como resultado, levaram à instabilidade da economia, à queda na confiança dos empresários americanos e ampliaram o risco de recessão na maior economia do mundo. “Como resultado, temos uma depreciação no dólar, e, consequentemente, a valorização do real”, informou.

Mas, se a última guerra tarifária, em 2018, desencadeou um super ciclo para as commodities, os efeitos para o Brasil agora tendem a ser mais amenos. “Poderemos esperar uma leve tendência de queda nos preços, mas temos um cenário mais estável, pois a China já é um grande parceiro comercial nosso”, analisou Leonardo Alencar, head de agro da XP.

Apesar desse posicionamento do Brasil, a tendência é de que a instabilidade no cenário internacional continue, antecipou o diretor do Departamento de Política Comercial do Itamaraty, embaixador Fernando Pimentel. “Precisamos nos preparar para um mundo mais rude e difícil, e isso significa termos ferramentas como a política de reciprocidade comercial”, ponderou Pimentel.

Além das tarifas, a geopolítica atual tem a desinformação como um dos desafios para o agro brasileiro. Com isso, torna-se necessário um forte trabalho de informação técnica e reputação. O alerta foi dado no painel “Sustentabilidade e os Desafios da Geopolítica Atual”.

“Não somos perfeitos, há espaço para melhorias. Mas não podemos aceitar ataques desproporcionais da comunidade internacional”, ponderou o adido agrícola brasileiro em Bruxelas, Glauco Bertoldo. De acordo com ele, uma de suas estratégias contra a desinformação tem sido a participação em eventos e fóruns técnicos para disseminar dados corretos sobre o País. “É um trabalho de base, que exige muita paciência”.

Atuando em Singapura, o adido agrícola Luiz Cláudio Caruso reforçou a necessidade de se trabalhar a imagem do agro e do Brasil. “Nos últimos anos, tem aumentado o número de empresas e entidades setoriais com escritórios em Singapura. Com isso, é mais fácil entender o público local, a cultura, a forma como as pessoas se comunicam e tudo isso pode contribuir nessa melhoria da imagem”, explicou Caruso.

Tão importante quanto investir na presença e na comunicação fora do país é reforçar a comunicação ‘doméstica’ – dentro do Brasil. A sugestão é do CEO da Bayer, Márcio Santos. “Precisamos fortalecer o agro aqui dentro do País também, porque muitos não entendem como funciona o setor e isso acaba gerando conflitos e mais desinformação, chegando lá fora”, argumentou o executivo.

Já o presidente da Aprosoja-MT, Lucas Beber, destacou que o Brasil precisa instituir uma política séria de atração de investimentos para tornar a economia mais competitiva. “Temos a agricultura mais sustentável do mundo. O que falta é levar a nossa realidade para a sociedade, dentro e fora do País”, pontuou.

Em sua terceira edição, o Congresso Abramilho contou com o apoio da Basf, da Croplife e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Os patrocinadores neste ano foram Aprosoja-MT, Aprosmat, Pivot Bio, Fase-MT, Bayer, Corteva, Senar e Syngenta.

Fonte: Abramilho


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