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PC desmonta esquema de furto de peças e veículos em depósito de prefeitura; servidor é preso

A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Primavera do Leste deflagrou a Operação Desmonte, nesta sexta-feira (24), contra investigados por um esquema criminoso de peculato envolvendo o furto de peças e de veículos inteiros que estavam custodiados em um pátio municipal, anexo ao aterro sanitário da cidade.
Foram cumpridos um mandado de prisão e três de buscas e apreensões contra o principal investigado, um servidor público do município que era responsável pelo pátio de guarda de veículos apreendidos.
Durante o cumprimento das buscas, as equipes da Polícia Civil localizaram parte dos veículos furtados. Duas pessoas foram detidas em flagrante pelo crime de receptação qualificada.
Esquema
As investigações, iniciadas no ano passado, revelaram que o servidor facilitou o furto reiterado de bens que estavam sob sua guarda.
Inicialmente, o esquema envolvia a subtração de peças automotivas, como rodas, lanternas e motores. Depois, foi constatado que veículos inteiros, como uma Toyota Hilux, também foram furtados no local.
De acordo com as informações reunidas durante as diligências, os veículos eram retirados do pátio com o auxílio de caminhões guincho, que entravam vazios no local e saíam carregados, sendo escoltados por outro veículo conduzido pelo servidor público.
Além dos veículos inteiros, foram confirmados os furtos de peças de outros bens apreendidos, incluindo rodas de uma Toyota Hilux SW4 e partes de um Hyundai I30, gerando prejuízos tanto às vítimas quanto à administração pública.
As diligências da Derf reuniram informações, entre elas imagens aéreas, que comprovaram a dinâmica dos furtos ocorridos. Com base nas provas coletadas, a Polícia Civil representou pela decretação da prisão preventiva do servidor investigado e pela expedição de mandados de busca e apreensão em locais vinculados ao esquema, incluindo empresas de guincho que teriam realizado o transporte dos bens subtraídos.
Furto e peculato
A investigação apontou que os crimes ocorridos comprometem a integridade dos bens apreendidos que estão vinculados a inquéritos policiais e ações penais em andamento.
“Os bens custodiados representam evidências ou patrimônios protegidos judicialmente. A violação desses itens compromete a credibilidade do sistema de justiça e da administração pública”, afirmou o delegado Honório Neto, responsável pela investigação.
O inquérito reuniu evidências sobre a ocorrência do crime de furto qualificado e de peculato, uma vez que foi comprovada a participação de um funcionário público na conduta. O crime de peculato, previsto no artigo 312 do Código Penal, tem pena de 2 a 12 anos de prisão.
O nome da operação faz referência direta à prática de desmontagem de veículos, que caracteriza os furtos investigados. Além disso, o termo simboliza o desmantelamento do esquema criminoso que vinha sendo operado por pessoas que se aproveitavam de sua posição para burlar o sistema e desviar bens públicos. A operação contou com apoio da Delegacia Municipal de Primavera do Leste.
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Agricultura regenerativa trabalha mais em harmonia com a natureza, diz consultor

O Brasil conta com mais de nove milhões de hectares destinados à agricultura regenerativa somente em soja e milho, além de outros para a produção permanente, como café e citrus e até mesmo floresta plantada.
Conforme Ronaldo Trecenti, engenheiro agrônomo e consultor em agricultura sustentável, hoje há um pacote tecnológico que possibilita a mudança da agricultura convencional para a regenerativa. Ele destaca ainda, em entrevista ao Direto ao Ponto nesta quinta-feira (15), que, inclusive, é possível observar melhora na produtividade e redução de custos.
“É uma agricultura mais baseada na biologia. Não que você não use químico, mas procuramos substituir os químicos por biológicos, por bioinsumos”.
O especialista frisa que assim como qualquer outra atividade, a agricultura regenerativa necessita de um bom planejamento para ter sucesso.
“Eu acho que é pré-requisito. Se for pegar uma área de pastagem degradada para fazer a recuperação com o uso desses insumos, às vezes fazemos a correção nessa área um ano e no segundo ano já entra com as culturas”, diz ao programa do Canal Rural Mato Grosso.
Ainda faltam métricas quanto ao sequestro de carbono
Sobre a questão do crédito de carbono, Ronaldo Trecenti salienta que o assunto é algo novo no Brasil e que por isso “como não temos as métricas do quanto nós sequestramos ou deixamos de emitir nas diversas culturas, atividades, a agricultura nem entrou na questão do mercado oficial”.
Apesar disso, ele frisa que já existem iniciativas para a agricultura no mercado voluntário, principalmente no segmento de floresta.
“Que sequestra carbono a gente sabe que sim. Temos um projeto aprovado, uma iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária junto com a Federação Brasileira do Sistema de Plantio Direto, que em março deste ano foi apresentada a primeira parte dos resultados que mensurou a questão do sequestro de carbono e a redução da emissão nos biomas brasileiros. Os resultados mostraram que no sistema de plantio direto, quando é bem conduzido, nós conseguimos acumular mais carbono que a mata nativa”.
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Segunda safra exige fé e estratégia de produtores em Mato Grosso

A segunda safra de milho em Mato Grosso tem exigido fé e estratégia dos produtores. A temporada 2024/25 da cultura é marcada por atrasos devido ao clima, perda de janela ideal, pragas e preços que não cobrem o elevado custo de produção. Na região sul do estado, há quem chegou a reduzir a área em 1,1 mil hectares em relação ao planejado, por exemplo, para evitar maiores prejuízos.
Gerson dos Santos, gerente de produção da fazenda São Jerônimo em Itiquira, conta ao Patrulheiro Agro desta semana que a propriedade possui 500 hectares de milho em risco.
“Já era para o milho estar cheio. Choveu bastante na colheita e atrasou o plantio por causa da chuva. Acabou perdendo a janela de plantio. Nesses 500 hectares tem que chover, se não perde e o investimento foi grande”, diz.
Na fazenda foram cultivados nesta safra 1,4 mil hectares de milho, aproximadamente 1,1 mil hectares a menos do planejado para essa temporada.
”Aqui na região de Itiquira tem muitas fazendas que tem milho até menor que o nosso e plantou até mais tarde. Tem que chover para produzir e o milho é uma cultura que precisa de muita água. Na época certa, choveu bastante, só que agora cortou”, explica Gerson.
Agricultor na região sul do município, Osvaldo Pasqualotto diz que o plantio da soja atrasou pouco e que devido às chuvas, alongou a maturação.
“Isso fez com que a safrinha de milho ficasse um pouco atrasada. A gente optou esse ano em duas áreas nossas, fazendo uma safra normal de milho. Ele foi plantado em dezembro e estamos inclusive colhendo esse milho para aproveitar preço, prevendo que no futuro daqui um mês, dois, quando entrar realmente a safrinha o preço caia bastante”, afirma.
O agricultor cultivou 15 mil hectares de milho entre as propriedades localizadas nas regiões sul e norte de Mato Grosso.
Para ele, os preços até podem se manter, mas quando entrar a segunda safra a tendência é que eles caiam. “Nossa estratégia foi vender bastante lá atrás, quase 80%da nossa produção estimada está vendida”.
Em Campo Novo do Parecis, o presidente do Sindicato Rural de Campo Novo dos Parecis, Antônio Cesar Brólio, pontua que com o atraso na colheita de soja, o plantio da segunda safra de milho e de algodão foi afetado em até 40%.
“Até agora no fim de abril houve bons volumes de chuvas, agora em maio já cortou, já começou a ficar escassa. Precisa de uma umidade boa, pelo menos de uns 10, 15 dias para frente, principalmente, no algodão, porque senão realmente as médias para fechar em cima dessas colheitas não serão boas”, afirma.
Para evitar o risco de plantar o milho dentro de uma janela arriscada, a produtora Carina Ceolin mudou a estratégia e entrou com feijão e gergelim para a exportação. No milho semeou 1,4 mil hectares, 385 hectares de milho pipoca, 485 hectares de feijão e 80 hectares de gergelim.
“Algumas tecnologias do ano passado já não deram um resultado tão bom, então a gente resolveu tirar, usar tecnologia de ponta e acabou que não deu certo. A gente fez entre 3 a 4 aplicações, aí começa entrar doenças, começa a ter os descontos, isso vai refletir no final da safra”, frisa.
Em nova estimativa, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta que a área cultivada com milho nesta safra em Mato Grosso ultrapassa pouco mais de 7 milhões de hectares (7,113 milhões de hectares).
O número representa um aumento de 4,58% em relação à safra 23/24, desta extensão 15% foi semeada fora da janela considerada ideal.
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Intenção de confinamentos em MT apresenta redução de 24,99% quando comparado a 2024

O primeiro levantamento das intenções de confinamento, realizado em abril, fechou em 669,44 mil animais no cocho, uma queda de 24,99% em relação a outubro de 2024. Segundo a pesquisa realizada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a perspectiva mostra também um volume 7,65% inferior em relação à projeção no mesmo período do ano passado.
A retração na perspectiva de volume confinado, segundo o Instituto,é normal nos primeiros levantamentos do ano.
Apesar da alta no preço do boi gordo, a relação de troca com o principal insumo energético (o milho que encareceu devido a alta demanda e queda na produção da safra 2023/24), reduziu, aumentando o custo da diária confinada para R$ 12,42 por cabeça por dia.
A pesquisa mostra que 69,57% dos entrevistados, de um total de 115 participantes, já haviam decidido realizar a terminação em confinamento. Por outro lado, 23,48% não irão confinar animais para engorda, enquanto 6,96% ainda não tomaram uma decisão definitiva até o momento.
A redução concentra nos confinamentos de médio porte, enquanto confinadores com estruturas menores e maiores indicaram aumento na intenção de confinar. Conforme o Imea, se os preços do boi gordo continuarem avançando, o número de confinadores intermediários tende a ser ajustado nos próximos meses do ano.

Já na previsão de envio de animais para abate, a maior concentração está projetada para ocorrer no 2º trimestre do ano, com 35,72% do total de gado projetado para engorda em confinamento.
Aumento custo da diária e proteção de preços
Com a valorização do milho, observa-se na pesquisa um aumento na diária de confinamento em relação ao consolidado de 2024 que sai de R$ 11,84 por cabeças por dia para R$ 12,42 por cabeça por dia.
Essa valorização do milho está fortemente relacionada à crescente demanda por parte das usinas e a queda na produção na safra 2023/24.
Neste ano, conforme o Imea, o uso da bolsa de valores como ferramenta de proteção recuou de forma significativa. Em 2024, 22,75% dos entrevistados relataram ter utilizado essa estratégia. Já em 2025, o percentual caiu para 4,55%.
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