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. . . . . . . . . . . . . . . 11 de May de 2025

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Excesso de chuvas em Mato Grosso já causa transtornos na soja

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O excesso de chuvas em Mato Grosso já causa transtornos em meio às lavouras de soja. Paralisações da colheita e risco de perdas de produtividade nas regiões com a cultura mais adiantada elevam a apreensão dos produtores.

O grande volume de chuvas, na avaliação do gerente de produção Joelso Francisco da Silva, deverá ser um dos grandes desafios do campo nesta safra. Na propriedade em Campos de Júlio, o grupo para o qual ele trabalha, semeou 4.226 hectares e as primeiras áreas prontas de soja já foram colhidas, registrando uma média de aproximadamente 76 sacas por hectare.

Joelso comenta ao Canal Rural Mato Grosso que o plantio desta safra 2024/25 começou um pouco mais tarde. Ele frisa que a “chuvarada” vista no campo hoje foi “surpresa”.

“Foi surpresa. Agora tem que conviver com ela e já temos mais de 700 hectares prontos para colher. Tem que estar preparado para o clima. O tempo abriu, as máquinas têm que estar preparadas para entrar para colher bem no momento certo, na hora certa e não perder o produto na lavoura”.

A alta umidade do solo também prejudica a colheita nas áreas de sequeiro da propriedade do produtor Gabriel Schoulten Parmeggiani, que nesta temporada cultivou 3,4 mil hectares com soja em Campos Júlio. Hoje, segundo ele, cerca de 800 hectares estão prontos para colher.

“Tem bastante área para colher e a cada pouco vem uma garoa. Vem uma chuvinha e as máquinas não estão tendo o rendimento que esperávamos. Então é preocupante a chuva”.

Força-tarefa para driblar as chuvas

Gabriel frisa que para tentar driblar a situação é feita uma força-tarefa, que chega a incluir até mesmo os vizinhos.

“A gente troca serviços, porque nós não podemos deixar perder no campo. Abertura de sol, qualquer ventinho tem que entrar colhendo. Não pode ficar dormindo, senão perde a soja. Bastante soja vai vir ainda para colher e as previsões estão preocupantes, porque segundo o que está se mostrando vem muita chuva ainda”.

Gabriel salienta em entrevista ao Canal Rural Mato Grosso, que o acumulado de chuvas até o momento é considerado “bom”, registrando desde setembro entre 550 e 650 milímetros.

“Precisa colher bem, porque os custos estão bem elevados e os preços da soja em si não estão tão atrativos”.

Sorriso registra germinação de grãos na vagem

Município que mais produz soja no Brasil, Sorriso também enfrenta dificuldades com a umidade excessiva na colheita do grão, que, por enquanto, está sendo realizada apenas nas áreas irrigadas.

O produtor Pablo Felippeto é um dos agricultores do município que registram problemas para colocar as colheitadeiras em campo. Na propriedade os trabalhos na área com pivô tiveram que ser escalonados.

Na última semana, revela à reportagem do Canal Rural Mato Grosso, ele chegou a tirar quatro cargas de soja da lavoura, contudo de quinta-feira (9) para cá enfrenta dificuldades para entrar com as máquinas.

“Tudo parado. A chuva não está dando trégua. Deve ter passado de mil milímetros nesta safra. Já tem bastante grão brotando na vagem. São três, quatro dias de chuvas intensas, tempo nublado, muita umidade. A preocupação já vem por causa dos compromissos que a gente já tem desta safra. Foi uma safra um pouco apertada, bem justa. Os custos são mais altos do que o normal. Então a gente fica com bastante preocupação”.

O presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Diogo Damiani, pontua que os transtornos e os riscos de perdas na colheita das áreas com pivô têm gerado também preocupação com as áreas de sequeiro, onde a concentração da produção de soja é maior no município.

“Sorriso até o dia 15 de outubro tinha 18% da área semeada. Se fosse em outros anos, nós teríamos de 45% a 50%. Então teve uma concentração muito grande”.

Conforme Diogo, após o dia 15 de outubro os trabalhos saltaram para 80%, 90% da área com as sementes.

“É isso o que nos preocupa um pouco. Temos algumas previsões mais para o final de janeiro de um tempo mais aberto, mais ensolarado, onde a gente já começa a colheita de sequeiro, mas depois, o mês de fevereiro marca muita chuva. Chuvas acima da média, o que nos preocupa muito. O produtor já semeou, cuidou, mas essa parte do clima a gente não consegue interferir”.

Outra preocupação, ressalta o presidente do Sindicato Rural, em torno da dificuldade em retirar o grão das lavouras é quanto a qualidade.

“Mas, não vamos sofrer com antecedência. Vamos aguardar para ver como o clima vai se comportar. O produtor também vai dissecar, vai fazer também o seu planejamento estratégico da dessecação, para não dissecar tudo de uma vez”, salienta.


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“Ser mãe no agro é inspiração”, diz ex-professora e produtora em Mato Grosso

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“Ser mãe no agro é inspiração. É cuidar da terra e das pessoas com a mesma dedicação”.

Natural do Paraná, Karine Souza cresceu no campo mexendo na ordenha das vacas e auxiliando os pais na lavoura. Há 19 anos ela migrou para Ipiranga do Norte, região do Vale do Araguaia em Mato Grosso, onde trocou a sala de aula pela terra.

“Com sete, oito anos a gente já estava mexendo na ordenha das vacas. Fui criada assim. E minha mãe falou ‘você tem que estudar’. Ela falava que na lavoura não tinha futuro”, conta a produtora.

Formada em biologia, Karine virou professora e decidiu deixar a sua terra natal e apostar no interior de Mato Grosso, mais precisamente em Ipiranga do Norte.

“Uma cidade agrícola, em plena expansão de desenvolvimento econômico”, frisa ao Canal Rural Mato Grosso.

Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

Da sala de aula ao Sindicato Rural

A decisão em deixar a sala de aula e voltar para o campo ocorreu após conhecer o marido, que era produtor rural.

Segundo ela, seus conhecimentos quanto aos trabalhos no campo foram crescendo neste meio tempo. Karine salienta que as ações realizadas pelas entidades do setor produtivo, conselhos para com os seus associados, foram de grande ajuda.

A busca e o conhecimento adquirido sobre o campo acabaram levando a produtora a presidir o Sindicato Rural de Ipiranga do Norte por três anos.

“A agricultura sempre foi um campo masculino, mas atualmente as mulheres estão se sobressaindo juntamente ao lado dos homens. Ser agricultura para mim é um grande orgulho”.

Futuro do agro preocupa

Mãe de três, Karina fala com orgulho dos gêmeos João Guilherme e Paulo Marcelo e da caçula Olívia Helena. Os três, por sinal, em especial os meninos de 17 anos, já seguem os passos do pai na lavoura.

Apesar dos ensinamentos aos filhos, Karine revela que de um modo geral há certa preocupação com o futuro do agro.

“Eu enxergo o futuro do agro com muita preocupação. Aqui na propriedade os nossos filhos já acompanham o desenvolvimento das lavouras. A gente já passa para eles. O primeiro trabalho, a primeira experiência com o agro já está sendo dentro de casa”.

Conforme a ex-professora, é muito importante disseminar “essa sucessão familiar já dentro da propriedade com os filhos”.

Outra preocupação é com relação à agricultura em si. “Estamos em um cenário de muita instabilidade jurídica e sem apoio dos governantes. Precisamos de apoio e atenção, pois a agricultura movimenta o país”.


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Rumores de possível negociação entre EUA e China impulsiona o mercado do algodão

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A possibilidade de redução nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China neste final de semana tem agitado o mercado mundial, em especial o do algodão, nos últimos dias. O encontro entre o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, ocorrerá em Genebra (Suíça).

As informações constam no Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa desta sexta-feira (9).

Confira os destaques trazidos pelo Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa:

Algodão em NY – O contrato Jul/25 fechou nesta quinta 08/mai cotado a 66,69 U$c/lp (+1,0% vs. 30/abr). O contrato Dez/25 fechou em 68,75 U$c/lp (+1,4% vs. 30/abr).

Basis Ásia – Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 887 pts para embarque Mai/Jun-25 (Middling 1-1/8″ (31-3-36), fonte Cotlook 08/mai/25).

Altistas 1 – O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, se reúnem neste final de semana em Genebra (Suíça).  Uma boa sinalização após o encontro pode animar os mercados.

Altistas 2 – Será a primeira negociação oficial dos dois países após o “Tarifaço” de Donald Trump. A disposição de Pequim em negociar com Washington animou o mercado.

Altistas 3 – A umidade do subsolo no Oeste Texas deixa muito a desejar e ainda há um longo caminho a percorrer, indicando que a safra vai depender de várias chuvas no momento certo.

Baixistas 1 – A União Europeia está preparando uma atualização em suas contramedidas contra as tarifas impostas pelos Estados Unidos, o que pode acirrar as tensões.

Baixistas 2 – O governo dos EUA demonstrou pouca disposição em reduzir as tarifas sobre produtos chineses, o que dificulta o avanço das negociações comerciais.

Baixistas 3 – O acirramento das tensões entre Índia e Paquistão, duas potências nucleares, preocupa o mundo.

China 1 – Em seu último relatório, o Cncotton manteve todas as estimativas anteriores. A produção de algodão em 2024/25 ficou em 6,68 milhões tons; o consumo em 8 milhões tons e a importação em 1,6 milhão tons.

China 2 – O presidente Lula viaja até Pequim, na China, para uma visita oficial de Estado ao país. A previsão é que sejam assinados atos de parceria nas áreas de agricultura, comércio, investimentos, infraestrutura, indústria, energia, mineração, finanças, entre outras.

China 3 – A ApexBrasil aproveita a missão oficial e realiza na quarta (14) um seminário sobre segurança alimentar. A Abrapa, por meio do programa Cotton Brazil, será uma das entidades brasileiras a participar.

EUA 1 – Com as últimas chuvas no Texas, principal estado produtor dos EUA, os níveis de umidade do solo melhoraram. De forma geral, o plantio continua à frente da média de cinco anos, embora haja atraso em partes do Delta do Mississipi.

EUA 2 – Em seu mais recente relatório de safra, o USDA informou que o plantio atingiu 21% da área plantada, um pouco acima da média de cinco anos (20%).

Índia x Paquistão 1 – Nesta semana, Índia e Paquistão trocaram ataques aéreos na fronteira da Caxemira. Pelo menos 44 pessoas morreram. O conflito começou em 1947 e preocupa o mundo por serem duas nações com armas nucleares.

Índia x Paquistão 2 – A tensão afeta a cotonicultura paquistanesa, já que a Índia suspendeu o fornecimento de água a importantes províncias produtoras no Paquistão, como Punjab e Sindh.

Turquia 1 – Em março, a Turquia importou 81.395 tons de algodão, maior valor mensal desde jul/24. O Brasil foi o principal fornecedor, com 30.841 tons (37,8%).

Turquia 2 – No ano, a importação turca soma 490.780 tons, +15,9% a mais que as 423.390 tons de 2023/24. O Brasil foi responsável por 34% desse volume.

Austrália 1 – Chuvas na Austrália, que a princípio pareciam prejudicar a colheita de algodão, acabaram fornecendo a umidade necessária para o desenvolvimento das maçãs, elevando a safra a níveis quase recordes, com algumas estimativas chegando a 1.26 milhão tons (USDA estima 1,18 milhão tons).

Austrália 2 – A colheita avança em grande parte do país sob céu claro, enquanto as algodoeiras iniciam o processamento.

Agenda – Na próxima segunda-feira (12), o USDA divulga as estimativas mundiais de Oferta e Demanda de algodão, com as primeiras estimativas de 2025/26.

Brasil – Exportações – As exportações brasileiras de algodão somaram 239,1 mil tons em abril, leve queda (-0,9%) em relação aos embarques de abril/24 (241,4 mil tons).

Preços do Algodão – Consulte tabela abaixo:

Fonte: Abrapa

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Fazendas de R$ 30 milhões teriam motivado execução de advogado a mando de casal preso

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Conteúdo/ODOC – Os empresários Julinere Goulart Bentos e César Jorge Sechi, de Primavera do Leste, formam o casal preso pela Polícia Civil de Mato Grosso na manhã desta sexta-feira (9), acusados de serem os mandantes do assassinato do advogado Renato Nery, ocorrido em julho de 2024, em Cuiabá.

De acordo com a investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a motivação do crime está relacionada a uma longa disputa judicial por dois imóveis rurais avaliados em R$ 30 milhões, localizados no município de Novo São Joaquim.

Renato Nery havia recebido essas propriedades como pagamento de honorários advocatícios e travava uma batalha legal contra Julinere e César pela posse das terras.

Em 2020, o juiz Alexandre Meinberg Ceroy rejeitou um embargo de terceiros apresentado pelo casal, aplicando uma multa de R$ 300 mil por litigância de má-fé, após constatar a apresentação de documentos falsos no processo.

A DHPP diz ter reunido provas suficientes que indicam que o casal ordenou a execução para se livrar do advogado, visto como um obstáculo em seus negócios.

Os mandados foram cumpridos no Condomínio Cidade Jardim, onde o casal reside, que já foi alvo de buscas e prisões anteriores, e também em uma segunda casa que fica em outro endereço na cidade.

Após cumprimento das buscas e das prisões temporárias, o casal será apresentado na audiência de custódia e posteriormente encaminhado até a sede da DHPP, em Cuiabá.

Perfil dos empresários

Julinere Goulart Bentos é proprietária de uma loja de joias, AH.Julinere Goulart Joias, fundada em maio de 2024 em Primavera do Leste.

Ela também é dona de uma propriedade na zona rural de Juara. O CNPJ vinculado à fazenda foi aberto em abril de 2024.

A principal atividade descrita no registro é o cultivo de soja e, as secundárias, de arroz, milho e criação de bovinos para corte.

A empresária é conhecida por ostentar viagens e um estilo de vida luxuoso nas redes sociais.

César Jorge Sechi, seu companheiro, também atua no setor empresarial.

O assassinato

Renato Nery foi assassinado a tiros em frente ao seu escritório na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá, no dia 5 de julho de 2024.

Câmeras de segurança registraram o momento em que ele foi baleado ao sair de seu veículo.

O advogado foi socorrido e submetido a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas morreu horas após o procedimento médico.

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