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. . . . . . . . . . . . . . . 11 de May de 2025

Sustentabilidade

Chicago/CBOT: A soja fechou em alta com cortes nos relatórios do USDA acima do esperado pelo mercado – MAIS SOJA

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Comentários referentes à 10/01/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 10/01

O contrato de soja para janeiro, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 2,14%, ou $ 21,25 cents/bushel a $ 1013,50. A cotação de março, fechou em alta de 2,63% ou $ 26,25 cents/bushel a $ 1025,45. O contrato de farelo de soja para março fechou em baixa de -0,33 % ou $ -0,1 ton curta a $ 298,3 e o contrato de óleo de soja para março fechou em alta de 6,59 % ou $ 2,82/libra-peso a $ 45,58.

ANÁLISE DA ALTA

A soja negociada em Chicago fechou o dia e a semana em alta. As cotações da oleaginosa subiram forte nesta sexta-feira com os cortes feitos pelo USDA no Relatório de Oferta e Demanda e de Estoques Trimestrais. Uma redução na produtividade da safra 24/25 resultou em estoques finais menores, dado corroborado pela redução nos estoques trimestrais em 1º de dezembro.

Até os estoques mundiais sofreram reduções pelo departamento americano. Todos os cortes feitos pelo USDA foram maiores que os esperados pelo mercado. Além disso a disparada do óleo de soja no dia e ao longo da semana, com alta acumulada superior a 14% também deu suporte a soja. Os primeiros passos da regulamentação dos biocombustíveis, feita no apagar das luzes do governo Biden, foi um grande incentivo ao subproduto. Por outro lado, o farelo perdeu força, uma vez que a oferta pode ser maior que a demanda.

Com isso a soja fechou o acumulado da semana em alta de 3,38% ou $33,50 cents/bushel. O farelo caiu -3,34% ou $10,3 ton curta. O óleo de soja subiu 14,15% ou $5,65 libra-peso no período. Todos com cotação para março.

Análise semanal da tendência de preços
Fatores de Alta

a) USDA-Redução inesperada da produção dos EUA: O USDA reduziu hoje sua estimativa da colheita norte- americana de 121,42 para 118,84 milhões de toneladas, ante 121,19 milhões de toneladas previstas em média pelo setor privado, que trabalhava com um intervalo factível de 119,97 a 123,52 milhões de toneladas. Essa redução respondeu à avaliação de um rendimento médio de 3410 kg por hectare, ante os 3477 kg projetados anteriormente e a uma superfície colhida de 34,84 milhões de hectares, inferior à prevista em dezembro, de 34,92 milhões de hectares.

Assim, o que até outubro era previsto para ser uma safra recorde, com 124,70 milhões de toneladas, agora fica abaixo do pódio das melhores safras;

b) USDA-exportações inalteradas: Com as exportações de soja projetadas em 49,67 milhões de toneladas inalteradas, o USDA cortou sua previsão de estoques finais de 12,80 para 10,34 milhões de toneladas, número que ficou abaixo da média esperada pelos operadores norte-americanos, de 12,44 milhões de toneladas, e da faixa com a qual o setor privado setor trabalhado, que foi de 10,61 a 13,47 milhões.

c) EUA-estoques menores: Como complemento altista, no relatório trimestral com os estoques americanos de 1º de dezembro, o USDA informou hoje 84,36 milhões de toneladas de soja, abaixo dos 87,93 milhões esperados pelo setor privado, mas, acima dos 81,67 milhões da mesma data do ano passado;

d) A forte alta do óleo de soja: Quanto ao importante impulso dado pelo óleo, após completar a quarta rodada consecutiva de alta em Chicago e somar US$ 62,17, a posição de março do derivado da soja fechou a semana com alta de 14,15%, após variar de US$ 880,29 a US$ 1.004,85 por ação tonelada. O mercado hoje foi favorecido desde a abertura pelas especulações entre os traders em relação às regulamentações preliminares que o governo Biden finalmente publicou pouco antes do fechamento do pregão com propostas de concessão de créditos fiscais para a produção de combustíveis para transporte com baixas emissões de gases de efeito estufa, ou seja, para ambos o chamado “combustível de aviação sustentável” ou SAF e não-SAF.

Entre as questões a serem regulamentadas, a chance de obtenção de créditos para quem utilizar óleo de cozinha usado importado (EUA) na formulação fica restrita até novo aviso – a rigor, “até que o Departamento do Tesouro emita orientação sobre essa questão específica”. Os EUA compram este produto na UE e na China, mas não daqueles que usam OAU local. Essa questão também será resolvida, para melhor ou para pior, para o biodiesel à base de óleo de soja, pelo governo Trump;

e) Guerra tarifária EUA-Canadá: O aumento sustentado dos preços do petróleo também impulsionou as melhorias nos preços do óleo – que podem ser influenciadas por possíveis sanções mais elevadas ao petróleo bruto fornecido pela Rússia; a possibilidade de que uma guerra tarifária entre os EUA e o Canadá possa restringir a entrada de óleo de colza no mercado americano e o fechamento positivo do óleo de palma na Malásia, onde os estoques do produto caíram em dezembro pelo terceiro mês consecutivo;

f) No Brasil, a possibilidade de elevar B14 para B15 deverá continuar sustentando os preços do mercado doméstico entre R$ 130-135/saca (contra os atuais R$ 118-123,00 pagos pela exportação). Dependendo dos efeitos atuais da falta de umidade nos estados do sul estes preços poderão aumentar. Os preços do biodiesel subiram 22% no ano passado, enquanto os preços FOB nos portos permaneceram estáveis;

g) Brasil-possibilidade de redução da safra e o USDA estar certo: Agricultores do MS e RS reportaram condições de seca e necessidade de replantio de parte da safra (RS). Por outro lado, há chuvas excessivas no sul de GO, MT e estados no Norte com agricultores reportando perda de rendimento devido à falta de sol. Com isto, eventualmente, a estimativa de 169MT, do USDA, contra a média de 170,4 das consultorias brasileiras, pode estar mais próxima da verdade. Esta tese também é defendida pela Pátria Agronegócios.

FATORES DE BAIXA

a) O relatório semanal sobre as exportações dos EUA foi negativo – mas ignorado pelo mercado – desta vez para o período de 27 de dezembro a 2 de janeiro, dado que o USDA informou hoje vendas de soja 2024/2025 de 288,7 mil toneladas, abaixo das 484,7 mil toneladas do ano anterior e do intervalo esperado pelos operadores, que era de 400.000 a 1.300.000 toneladas. “As vendas líquidas foram as mais baixas até agora na safra 2024/2025, 40% abaixo do relatório anterior e 72% abaixo da média das últimas quatro semanas”, disse o USDA.

A Holanda, com 205.400 toneladas, foi o maior comprador, em uma semana em que o USDA avaliou os cancelamentos de negócios feitos para destinos desconhecidos em 696.100 toneladas;

b) Brasil-início da colheita – embora atrasada (somente 0,23% da área plantada, contra 2,38% na mesma época do ano passado) a colheita da soja começa a tranquilizar os compradores nacionais e internacionais diante da possibilidade e uma safra recorde acima de 170 MT (segundo todas as consultorias brasileiras, mas 169 MT, segundo o USDA de hoje).

Fonte: T&F Agroeconômica



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Sustentabilidade

Ritmo moderado e preços estáveis marcam mercado brasileiro de algodão – MAIS SOJA

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Ao longo da semana, o mercado físico do algodão manteve um ritmo moderado, com negócios pontuais e interesse concentrado em contratos para entrega futura. As negociações no início da semana foram marcadas por volumes modestos e cotações variando entre estabilidade e leve alta.

Na terça-feira, houve movimentação tanto no mercado spot quanto para entrega em 30 dias, mas sem grande intensidade. A quarta-feira foi ainda mais calma, com baixa demanda para entrega imediata, embora tenha surgido algum interesse por contratos para 30 dias e para a safra de 2026. Já na quinta-feira, as praças de comercialização registraram atividade moderada, com os preços permanecendo praticamente inalterados.

Para o algodão colocado na indústria de São Paulo, o valor oscilou na faixa de R$ 4,33/libra-peso na quinta-feira, dia 8. Na semana anterior, estava cotado a R$ 4,35/libra-peso, desvalorização de 0,46%.

Em Rondonópolis, no Mato Grosso, o valor da pluma paga ao produtor ficou em R$ 4,16 por libra-peso no dia 8, o que corresponde a R$ 137,63 por arroba. Este valor recuou 0,36% em relação a R$ 4,18 por libra-peso (ou R$ 138,13 por arroba), quando a pluma trocava de mão na semana passada.

Expectativa de produtividade da safra 2024/25 – Imea

Com o fim do beneficiamento do algodão da safra 23/24 em Mato Grosso, foi possível consolidar a produção de pluma do ciclo, a qual ficou em 2,60 milhões de toneladas. Dessa forma, o volume é 2,03% inferior ao da estimativa passada, devido ao menor rendimento para o ciclo, porém, a produção ainda é 11,91% superior ao da safra 2022/23.

Já com relação à safra 2024/25, a estimativa, de maio/25, de área permaneceu em 1,51 milhão de hectares, elevação de 2,97% em relação à safra 2023/24. No entanto, a produtividade esperada apresentou aumento de 1,72% em relação à projeção passada, ficando em 289,15 arroba/ha, pautado pelas condições climáticas favoráveis no estado, o que permitiu o bom desenvolvimento das lavouras mesmo com 46,52% da área sendo semeada fora da janela considerada ideal.

Por fim, diante do aumento na expectativa de produtividade, a produção de algodão em caroço ficou projetada em 6,53 milhões de toneladas, aumento de 2,07% no comparativo anual. As informações partem do Imea.

Fonte: Sara Lane – Safras News



 


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Sustentabilidade

Exportações brasileiras de arroz patinam e mercado não ganha força – MAIS SOJA

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Uma combinação de fatores internos e externos continua a pressionar o mercado brasileiro de arroz, dificultando sua competitividade no cenário internacional. A afirmação é do analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

As exportações enfrentam obstáculos crescentes, com mais um revés registrado recentemente: a perda de um carregamento de arroz em casca para o Uruguai. “A principal razão está nos preços menos atrativos praticados pelo Brasil em comparação aos vizinhos do Mercosul”, explica o analista.

Essa diferença tem inviabilizado negócios, especialmente em um mercado onde o preço continua sendo fator decisivo. “A rigidez do produtor brasileiro em manter as pedidas elevadas, embora compreensível diante dos custos internos, revela um descompasso com a estratégia mais flexível e agressiva dos vizinhos”, explica o consultor.

“Uruguai e Paraguai, tradicionalmente mais pragmáticos, tendem a escoar seus estoques mesmo com prejuízo pontual, priorizando liquidez e equilíbrio de mercado”, exemplifica Oliveira. “O Brasil, ao manter uma postura mais conservadora e menos orientada à exportação como válvula de escape, corre o risco de encerrar o ano com significativo volume estocado, enquanto os concorrentes terão limpado seus armazéns”, prevê.

Em abril, segundo dados do MDIC, a balança comercial do arroz registrou o seguinte cenário: nas exportações, foram embarcadas 28,7 mil toneladas de arroz em casca e 37,8 mil toneladas de arroz beneficiado. Nas importações, o país adquiriu 3,1 mil toneladas de casca e expressivos 71,9 mil toneladas de arroz beneficiado. Convertendo todos os volumes para base casca, o mês encerrou com déficit de 24,5 mil toneladas.

“Se não houver revisão urgente na política de comercialização externa — seja por parte dos produtores, seja por parte dos agentes exportadores — o país poderá não apenas acumular estoques volumosos, como também contribuir para a formação de um ambiente interno ainda mais pressionado pela oferta excedente e retração de preços”, finaliza.

Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros, pagamento à vista) fechou a quinta-feira (8) em R$ 76,46, queda de 0,08% em relação à semana anterior. Na comparação com o mesmo período do mês passado, o recuo era de 0,37%. Em relação a 2024, a desvalorização atingia 30,86%.

Fonte: Rodrigo Ramos/ Agência Safras News



 


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Sustentabilidade

Até quando podemos aplicar 2,4-D na pós-emergência no trigo? – MAIS SOJA

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O controle de plantas daninhas no trigo é determinante para a manutenção do potencial produtivo da cultura. As plantas daninhas matocompetem com as plantas de trigo por recursos como água, radiação solar e nutrientes, prejudicando o crescimento da cultura, a produtividade da lavoura e a qualidade do trigo produzido.

Embora distintas práticas de manejo possam ser utilizadas para o controle das plantas daninhas, o controle químico por meio do emprego de herbicidas é o método mais utilizado em escala comercial. Herbicidas seletivos a base de  iodosulfuron-methyl, metsulfuron-methyl, bentazone e 2,4-D, são utilizados para o controle de plantas daninhas de folha larga (dicotiledôneas) em lavouras de trigo.

Sobretudo, alguns cuidados necessitam ser adotados ao empregar herbicidas na pós-emergência do trigo, para que danos à cultura não sejam observados, especialmente se tratando de herbicidas hormonais como o 2,4-D, considerado um mimetizador da auxina que atua como regulador do crescimento.

Uma das principais dificuldades relacionadas ao uso do 2,4-D do trigo diz respeito ao momento ideal de aplicação. A maioria das bulas recomenda que a realização de apenas uma pulverização do 2,4-D na pós-emergência do trigo, em período e dose recomendada, a fim de evitar efeitos fitotóxicos à cultura.

O uso do 2,4-D provoca mudanças metabólicas e bioquímicas nas plantas. O mecanismo de ação envolve os sistemas enzimáticos carboximetil celulase e RNA polimerase, que influenciam a plasticidade da membrana celular e o metabolismo de ácidos nucléicos. Altas concentrações desses produtos nas regiões meristemáticas do caule ou da raiz reduzem a síntese de ácidos nucléicos em plantas sensíveis (Rizzardi s.d.).

Embora o trigo seja considerado tolerante ao 2,4-D, essa tolerância varia de acordo com o posicionamento do produto e dose do herbicida. De acordo com Rizzardi (s.d.), aplicações muito precoces podem causar deformações morfológicas. A aplicação de 2,4-D pode reduzir o rendimento de grãos pela interferência nos primórdios de espiguetas, localizadas no ápice de crescimento (geralmente denominado “ponto de crescimento”). Já aplicações tardias (após o início do alongamento) causam redução no rendimento de grãos devido à interferência na fase de esporogênese.

Dentre os principais sintomas de toxicidade observados no trigo em função da aplicação equivocada do 2,4-D, destacam-se a má formação das espigas, folhas enroladas, a estatura reduzida das plantas e a retenção das espigas no colmo após a elongação (Figura 1).

Figura 1. Sintomas de toxidade de fitotoxidade de 2,4-D em trigo.
Fonte: OR Sementes.
Até quando aplicar 2,4-D no trigo para evitar efeitos fitotóxicos?

No geral, recomenda-se que seja realizada apenas uma pulverização de 2,4-D na pós-emergência do trigo. A fase compreendida entre o estádio do afilhamento e o início da elongação do colmo é o período de maior tolerância do trigo ao 2,4-D (Rizzardim s.d.).

Para maior eficiência no controle, o 2,4-D deve ser aplicado quando as plantas daninhas estiverem com 2 a 6 folhas. Em trigo a partir do estádio do início do perfilhamento  até o início da elongação, antes do início da diferenciação floral (Roman; Varga;, Rodrigues, 2006; Almeida, 2024; Rizzardi, s.d.), o 2,4-D pode ser aplicado sem prejuízos, desde que seguidas as orientações presentes na bula do herbicida.

Figura 2. Período recomendado para aplicação do 2,4-D em trigo, para o controle de plantas daninhas de folha larga.


Veja mais: Por que e quando aplicar regulador de crescimento no trigo?


Referências:

ALMEIDA, J. L. INFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA TRIGO E TRITICALE: SAFRAS 2024 & 2025. Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária, 2024. Disponível em: < https://static.conferenceplay.com.br/conteudo/arquivo/infotecnitrigotriticalesafras20242025livrodigitalfinal-1721832775.pdf >, acesso em: 07/05/2025.

RIZZARDI, M. A. MANEJO QUÍMICO: 2,4-D EM TRIGO. Up. Herb. Disponível em: < https://www.upherb.com.br/int/2-4-d-em-trigo#:~:text=Em%20rela%C3%A7%C3%A3o%20a%20cultura%20do,ao%20in%C3%ADcio%20da%20diferencia%C3%A7%C3%A3o%20floral. >, acesso em: 07/05/2025.

ROMAN, E. S; VARGAS, L. RODRIGUES, O. MANEJO E CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS EM TRIGO. Embrapa, Documentos, n. 63, nov. 2006. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/852518/1/pdo63.pdf >, acesso em: 07/05/2025.


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