O município de Medicilândia, no oeste do Pará, pode receber o título de capital nacional do cacau. A proposta foi debatida nesta semana na Comissão de Agricultura do Senado e reconhece a importância da cidade, responsável por cerca de 50 mil toneladas do fruto por ano, quase metade da produção estadual.
Segundo dados da Fiesp, o Pará soma mais de 169 mil hectares de cacau em produção, com volume superior a 150 mil toneladas, movimentando cerca de R$ 5,7 bilhões na economia.
A cultura se destaca não apenas pelo peso econômico, mas também pelo papel ambiental, já que o cacau é cultivado, em grande parte, em sistemas agroflorestais.
De acordo com representantes do setor, a legislação ambiental no estado exige a preservação de 80% das propriedades rurais, e os 20% destinados à sistemas agroflorestais utilizam sistemas que mantêm a floresta em pé. Por isso, o cacau é conhecido como uma “cultura que permanece”, conciliando produção e conservação ambiental.
Durante audiência no Senado, produtores e lideranças locais destacaram que a cacauicultura vai além da lavoura. A atividade impulsiona a economia regional, gera emprego e renda, fortalece a agroindústria e contribui para a preservação ambiental na região.
Medicilândia, que nas últimas duas décadas consolidou-se como a maior produtora de amêndoas secas de cacau do Brasil, também avança no processo de verticalização da cadeia. O município já conta com diversas mini indústrias de chocolate e uma unidade de maior porte voltada à moagem do cacau.
O trabalho de organização da produção e de melhoria da qualidade das amêndoas, realizado em conjunto com produtores e entidades representativas, tem permitido a ampliação da presença do cacau de Medicilândia nos mercados nacional e internacional.
“Os produtores de Medicilândia já têm conquistado prêmios nacionais e internacionais, sendo reconhecidos pela excelência das suas amêndoas. Isso comprova que o cacau da Transamazônica compete entre os melhores do mundo resultado de dedicação, trabalho familiar, inovação e pesquisa aplicada”, afirma a vice-presidente da Associação Nacional dos Produtores de Cacau, Eunice Gutzeit.
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