O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou comunicado nesta quinta-feira (20) retirando a tarifa de 40% que incidia sobre produtos brasileiros desde 30 de julho.
A decisão publicada pela Casa Branca abrange 212 produtos, incluindo carne bovina in natura e processada, café, legumes, frutas como manga, abacaxi, mamão, abacate, goiaba, bem como alguns fertilizantes químicos e outros itens agrícolas.
“Após considerar as informações e recomendações que me foram fornecidas por funcionários e o andamento das negociações com o governo do Brasil, entre outros fatores, determinei que é necessário e apropriado modificar o escopo dos produtos sujeitos à alíquota adicional ad valorem imposta pelo Decreto Executivo 14323″, diz Trump em trecho do comunicado.
Ao contrário da ordem de semana passada, que retirava tarifa adicional de 10% a todos os países que haviam sido taxados, a decisão de agora é endereçada exclusivamente ao Brasil.
A ordem também estabelece que as isenções serão retroativas e válidas a partir do último dia 13 de novembro, data da reunião entre o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.
Assim, o documento cita que as taxas de importação pagas por exportadores brasileiros serão reembolsadas pelo governo de Trump. “Na medida em que a implementação desta ordem exigir restituição de tarifas cobradas, os reembolsos serão processados de acordo com a legislação aplicável e os procedimentos padrão da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA para tais restituições”, diz a ordem.
Em trecho da ordem, Trump diz: “Em 6 de outubro de 2025, participei de uma conversa telefônica com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no Decreto Executivo 14323. Essas negociações estão em andamento”.
Em nota enviada ao G1, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, disse que a decisão desta quinta é uma “excelente notícia” para o Brasil, que agora volta a ter acesso competitivo ao mercado dos Estados Unidos.
Abordado pela imprensa ao voltar da COP30, em Belém, o diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos, disse que agora o setor tem o desafio imediato de reconquistar espaços perdidos no mercado norte-americano e que a suspensão do tarifaço foi um “presente de Natal antecipado”.
Segundo ele, o setor brasileiro estava vendo a sua participação nos Estados Unidos, maior mercado consumidor do mundo, ser ocupado por outros fornecedores, notadamente Colômbia e Vietnã.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) divulgou nota em que celebra a decisão dos Estados Unidos de retirar as tarifas sobre a proteína bovina.
“A medida demonstra a efetividade do diálogo técnico e das negociações conduzidas pelo governo brasileiro, que contribuíram para um desfecho construtivo e positivo”, destaca.
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