O mercado global de soja encerrou a última semana em compasso de cautela, influenciado pela volatilidade cambial e pela ausência de novas informações sobre o comércio entre Estados Unidos e China.
No Brasil, o La Niña gera efeitos climáticos desiguais. Segundo a plataforma Grão Direto, o fenômeno impacta no desenvolvimento das lavouras e acentua as disparidades regionais, com o plantio avançando bem no Centro-Oeste, enquanto no Sudeste o ritmo é mais lento e concentrado em áreas irrigadas.
No cenário internacional, o fortalecimento do dólar norte-americano refletiu a busca por ativos de segurança diante das tensões políticas na Europa e na Ásia. A revisão positiva do PIB dos Estados Unidos reforçou a percepção de uma economia ainda aquecida, reduzindo as apostas em cortes mais agressivos de juros pelo Federal Reserve, ainda que dois cortes de 25 pontos-base até o fim do ano sigam precificados.
Em Chicago, o mercado trabalhou de lado, limitado pela paralisação do governo americano (shutdown), que suspendeu a divulgação de dados agrícolas, e pela expectativa de um possível acordo comercial entre Washington e Pequim.
O contrato de soja para agosto de 2025 encerrou a US$ 9,67 por bushel, alta de 0,52% na semana, enquanto o contrato para março de 2026 recuou 0,10%, cotado a US$ 10,22 por bushel. No Brasil, a moeda norte-americana caiu 1,98%, fechando a R$ 5,44, o que manteve os preços físicos da soja praticamente estáveis, sustentados por prêmios portuários elevados.
O fenômeno climático La Niña segue como fator fundamental para a safra 2025/26, com impacto desigual nas regiões agrícolas brasileiras. O Sul deve enfrentar chuvas abaixo da média e ondas de calor, enquanto o Norte e o Nordeste devem registrar precipitações acima do normal, beneficiando o Matopiba. No Centro-Oeste, as condições seguem favoráveis, ao passo que o Sudeste enfrenta risco de veranicos e estresse hídrico.
Em termos gerais, a perspectiva é de um La Niña fraco, com menor risco climático agregado, mas forte variação regional. Nesse contexto, a eficiência no calendário de plantio e o uso de estratégias de mitigação serão determinantes para preservar a produtividade da soja e do milho nas próximas semanas.
As atenções agora se voltam às reuniões comerciais entre EUA e China, que devem ocorrer na Malásia no fim de semana e podem trazer volatilidade ao mercado. Sem confirmação de novas compras chinesas, os fundos reduziram posições compradas. Historicamente, o período entre outubro e novembro tende a ser de correção, em nove dos últimos quinze anos, os preços recuaram no intervalo.
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