Antes concentrada na Amazônia, a febre oropouche se espalhou por quase todo o Brasil em 2025, com 11.805 casos confirmados em 18 estados e no Distrito Federal. A infecção, transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, também se encontra nas zonas rurais e periurbanas por conta das condições ideais para se alastrar: clima úmido, vegetação densa e presença de matéria orgânica em decomposição.
O Espírito Santo se tornou o estado com mais registros, com mais de seis mil casos. Boa parte dos municípios capixabas tem características rurais ou de transição, o que facilita a reprodução do vetor. A movimentação de trabalhadores agrícolas entre diferentes regiões, principalmente durante períodos como a colheita do café, também contribuiu para a disseminação da doença, já que muitos passam por várias cidades sem saber que estão infectados.
Áreas do Ceará também foram impactadas, com registros especialmente em plantações de banana, cacau e mandioca. Distritos com poucos habitantes, como os do Maciço de Baturité, foram os primeiros a apresentar casos. Em 2025, a doença avançou para cidades maiores, o que acendeu o alerta das autoridades locais sobre o risco de surtos em zonas mais densamente povoadas.
Além dos sintomas típicos como febre, dores no corpo e na cabeça, a oropouche pode causar complicações na gestação, incluindo microcefalia, malformações e até óbito fetal. Por isso, há uma preocupação especial com mulheres grávidas em regiões rurais e de difícil acesso, onde o diagnóstico e a vigilância ainda enfrentam desafios.
O Ministério da Saúde, junto com a Fiocruz e a Embrapa, estuda o uso de inseticidas para conter o vetor, mas o controle em áreas agrícolas é mais complexo. Especialistas alertam que fatores como o desmatamento e mudanças climáticas intensificam a proliferação do vírus. A orientação atual inclui o uso de roupas protetoras, redes de malha fina e a eliminação de focos de matéria orgânica, ações que precisam ser reforçadas especialmente nas comunidades rurais, onde o maruim é mais presente.
Com informações da Agência Brasil.
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