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Queda nos preços de soja: veja a única região onde o preço subiu no início desta semana

O mercado físico brasileiro de soja começou a semana com pouca movimentação e preços pressionados. Segundo o analista Rafael Silveira, da consultoria Safras & Mercado, os agentes de mercado mantiveram posturas distantes nas negociações, o que travou os negócios em diversas regiões.

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“Em Rio Grande (RS), até houve algumas oportunidades pontuais de venda, mas o forte recuo na Bolsa de Chicago (após três sessões de alta) limitou o ímpeto comprador”, avalia. O dólar chegou a oferecer algum alívio nos preços pela manhã, mas perdeu força ao longo do dia. A combinação com prêmios fracos acabou resultando em queda nos preços do físico.

Já no interior do país, as cotações se mantiveram firmes, sustentadas pelo basis local. O produtor segue resistente em aceitar os valores propostos pela indústria, que estão abaixo da paridade de exportação em muitas praças. Com isso, os vendedores reduziram ainda mais suas ofertas, ampliando o spread e deixando o mercado ainda mais travado.

Cotações

  • Passo Fundo (RS): caiu de 133,00 para 132,00
  • Santa Rosa (RS): caiu de 134,00 para 133,00
  • Rio Grande (RS): caiu de 140,00 para 139,00
  • Cascavel (PR): caiu de 132,00 para 131,00
  • Porto de Paranaguá (PR): caiu de 140,00 para 139,00
  • Rondonópolis (MT): subiu de 120,00 para 121,00
  • Dourados (MS): caiu de 127,00 para 125,00
  • Rio Verde (GO): caiu de 123,00 para 122,00

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços em baixa. Apesar da confirmação de temperaturas elevadas no cinturão produtor dos Estados Unidos, estas devem vir acompanhadas de chuvas, garantindo a boa evolução das lavouras.

As previsões indicam um padrão climático sem grandes extremos nas próximas semanas nos Estados Unidos. “Há previsões de chuvas, um pouco mais irregulares nesse momento, mas há sim chuvas quase que diárias em vários pontos do Meio-Oeste americano”, afirma o agrometeorologista da Rural Clima, Marco Antonio dos Santos.

Mesmo com a expectativa de calor no final de julho e início de agosto, ele descartou riscos para a produção agrícola norte-americana. Há bastante umidade no solo e, então mesmo com as ondas fortes de calor, isso não traz problema para a safra. O cenário deve ser oposto de estresse hídrico, que poderia causar prejuízos. “A tendência é de chuvas dentro de uma normalidade. Está em pleno verão, então é esperado muito calor”, completou.

Santos concluiu afirmando que, apesar da expectativa de uma breve pausa nas chuvas nos Estados Unidos no início de agosto, a precipitação deve retornar logo em seguida. “Uma semana de tempo seco é formidável para a realização dos tratos culturais. O mercado pode até reagir a essa previsão, mas não há risco de quebra de safra. Pelo contrário, a safra vai ser muito boa este ano”, destacou.

Além disso, no final da tarde, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) vai divulgar o seu relatório com os dados de evolução das lavouras americanas.

Contratos futuros de soja

Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com baixa de 12,75 centavos de dólar ou 1,24%, a US$ 10,15 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,26 por bushel, perda de 9,75 centavos ou 0,94%.

Nos subprodutos, a posição agosto do farelo fechou com baixa de US$ 3,50, ou 1,27%, a US$ 270,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em agosto fecharam a 56,07 centavos de dólar, com ganho de 0,25 centavo ou 0,44%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,42%, sendo negociado a R$ 5,5650 para venda e a R$ 5,5630 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5504 e a máxima de R$ 5,6114.

agro.mt

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