A criação orgânica de abelhas sem ferrão tem se consolidado como alternativa de renda sustentável para cerca de 120 famílias no Amazonas. A atividade, chamada de meliponicultura, valoriza espécies nativas do Brasil e fortalece a conservação ambiental e a economia de base comunitária, especialmente em áreas rurais.
As abelhas sem ferrão, conhecidas como melíponas, habitavam o território brasileiro antes da introdução das abelhas europeias e africanas, estas últimas responsáveis pelas chamadas abelhas africanizadas. Diferentemente das abelhas com ferrão, as nativas possuem um ferrão atrofiado e não o utilizam para defesa, agindo de forma menos agressiva e sendo ideais para manejo em áreas residenciais ou de preservação ambiental. Entre as espécies mais comuns estão a Jataí, a Uruçu, a Mandaçaia e a Iraí.
O meliponicultor João Fernandes, meliponicultor há mais de 20 anos, lidera uma iniciativa que conecta conservação e geração de renda no quilômetro 5 da rodovia AM-070, no meliponário. A história começou a partir do contato com colmeias encontradas na lenha utilizada na olaria do pai. Com formação técnica e dedicação à causa, João passou a coletar e cuidar dessas abelhas, transformando o que era apenas um resgate em um projeto estruturado.
Atualmente, o meliponário atua com um banco de matrizes, onde são mantidas e reproduzidas colônias de mais de 20 espécies de abelhas. O foco principal está na multiplicação dos enxames, que são repassados a moradores da região interessados na atividade. Esses criadores ficam responsáveis pela produção de mel, própolis e pólen, enquanto João realiza a compra dos produtos durante a safra. O modelo garante autonomia aos parceiros locais e um mercado estável para o escoamento da produção.
Entre as espécies mais produtivas da região estão a Jandaíra e as uruçus, como a Melipona interrupta e a Melipona seminigra. Essas abelhas respondem por grande parte do mel comercializado, enquanto outras espécies são direcionadas à produção de própolis e pólen. A estrutura do meliponário inclui ainda experimentos com suplementação alimentar para acelerar o desenvolvimento das colônias, permitindo até quatro reproduções por ano, número significativamente superior ao ciclo natural.
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