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Chicago/CBOT: Milho fechou em baixa com melhor classificação das lavouras desde 2018 – MAIS SOJA


Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 01/07/2025
FECHAMENTOS DO DIA 01/07

Chicago: A cotação de julho, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de 0,12% ou $ -0,50 cents/bushel a $ 420,00. A cotação para setembro, referência para a nossa safrinha, fechou em baixa de 0,79% ou $ -3,25 cents/bushel a $ 406,00.

ANÁLISE DA BAIXA

O milho negociado em Chicago fechou em baixa nesta terça-feira. As classificações de qualidade do milho mostraram um aumento inesperado no relatório de progresso da safra do USDA divulgado na segunda-feira, passando de 70% da safra em condições boas a excelentes para 73% no domingo. Analistas não previam nenhuma mudança, que é a melhor para o período da safra desde 2018 segundo a Reuters. Com o clima favorável com calor chuva nos próximos dias, vai se consolidando a maior safra americana de milho já colhida.

Além disso, a data para o fim da carência das tarifas impostas pelo governo americano para o resto do mundo está terminando sem nenhum acordo bem amarrado. Apesar do alto consumo interno, os EUA dependem da exportação para a manutenção dos preços. A cotação de setembro já está muito perto dos US$ 4 bushel.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho B3 fechou em baixa, mas se mantêm acima da mesma data do ano anterior

Os principais contratos de milho encerraram em baixa nesta terça-feira. As cotações do milho na B3 caíram em sintonia com a bolsa americana. A perspectiva de uma supersafra americana está se consolidando, e se somará a grande colheita do milho safrinha no Brasil.

No entanto, os preços seguem acima do mesmo período do ano passado, devido ao atraso na colheita da segunda safra. A Conab informou no final da tarde de desta segunda-feira que a colheita do milho safrinha atingiu 17% da área apta, ante 10,3% na semana anterior, 47,9% na mesma época em 2024 e a média de 28,2% dos cinco anos anteriores.

As ondas de frio estão sendo acompanhadas de perto pelo mercado, que avaliam a possibilidade de danos ao milho que ainda não foi colhido.

OS FECHAMENTOS DO DIA 01/07

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa no dia: o vencimento de julho/25 foi de R$ 62,98, apresentando baixa de R$ -0,46 no dia e baixa de R$ -1,61 na semana; o contrato setembro/25 fechou a R$ 61,57, baixa de R$ -0,39 no dia e baixa de R$ -2,81 na semana; o vencimento novembro/25 encerrou a R$ 66,03, com baixa de R$ -0,22 no dia e baixa de R$ -1,70 na semana.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-MELHORES CONDIÇÕES DO MILHO PRESSIONAM AS COTAÇÕES (baixista)

Os preços do milho fecharam em baixa em Chicago, após o USDA ter elevado ontem a proporção de milho em boas/excelentes condições de 70% para 73%. Esse número superou os 67% reportados no mesmo período do ano passado e a média de 70% prevista por empresas privadas. A agência acrescentou que 8% do milho é polinizado, em comparação com 4% na semana anterior; 10% no mesmo período em 2024; e a média de 6%. Essa perspectiva positiva, aliada ao relatório do USDA sobre áreas plantadas, que mostra 38,53 milhões de hectares cobertos com forragem, mantém a perspectiva de uma colheita recorde de 401,84 milhões de toneladas.

EUA-FALTA DE ACORDO VERSUA SAFRA RECORDE (baixista)

Como temos apontado nos últimos dias, dada a possibilidade de uma oferta recorde, a falta de acordos entre os EUA e os países que buscam tratamento tarifário diferenciado antes do vencimento das tarifas recíprocas no dia 9 deste mês está pressionando a economia.

A POSIÇÃO DO JAPÃO (baixista)

Nesse sentido, após a sétima reunião bilateral entre negociadores americanos e japoneses, realizada na sexta-feira, nenhum acordo foi alcançado. O segundo maior comprador de milho americano afirmou que o Japão não sacrificará seu setor agrícola nas negociações tarifárias com os Estados Unidos. “Tenho afirmado repetidamente que a agricultura é a base da nação. Nossa posição permanece inalterada: não participaremos de negociações que sacrifiquem o setor agrícola”, disse o negociador-chefe de comércio e ministro da Economia do Japão, Ryosei Akazawa, em entrevista coletiva.

A RESPOSTA DE TRUMP (baixista)

Esses comentários foram uma resposta à mensagem que o presidente dos EUA, Donald Trump, postou ontem no Truth Social: “Para mostrar a todos como os países se tornaram mimados em relação aos Estados Unidos, e tenho grande respeito pelo Japão, eles não aceitam nosso arroz, mas ainda sofrem com uma enorme escassez de arroz. Em outras palavras, enviaremos apenas uma carta e teremos o prazer de tê-los como parceiros comerciais por muitos anos”, escreveu o magnata. Essa última frase está em linha com o que ele disse há alguns dias, quando antecipou que os países que não chegarem a um acordo com os EUA receberão uma carta com a tarifa que terão que pagar para colocar seus produtos em território americano.

BRASIL-COLHETA DA SAFRINHA ATRASADA (altista)

Apesar da lentidão, o avanço da colheita no Brasil também pressionou o mercado americano. Nesse sentido, a Conab informou ontem que a colheita do milho safrinha atingiu 17% da área apta, ante 10,3% na semana anterior, 47,9% na mesma época em 2024 e a média de 28,2% dos cinco anos anteriores.

BRASIL-MAIS UMA CONSULTORIA ELEVA A PRODUÇÃO (baixista)

A subsidiária brasileira da consultoria americana StoneX elevou hoje sua estimativa para o volume de milho safrinha de 106,10 para 108,20 milhões de toneladas e para a produção total da cultura no Brasil de 134 para 136,10 milhões de toneladas. Essa projeção superou os 130 milhões de toneladas previstos pelo USDA e os 128,25 milhões de toneladas previstos pela Conab.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

agro.mt

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