Produtores em Mato Grosso sofrem com a pressão das ervas daninhas, como pé de galinha e o amargoso. Contudo, a preocupação com o controle tem aumentado a cada dia, uma vez que o uso do glifosato pode ser proibido no estado.
Isso porque, encontra-se na justiça uma ação civil pública do Ministério Público do Trabalho (MPT) alegando risco à saúde dos trabalhadores e ao meio ambiente.
Conforme o agricultor Flávio Kroling, ao Patrulheiro Agro desta semana, por ter sido um ano bastante chuvoso a pressão quanto ao capim pé de galinha e ao capim-amargoso, foi grande.
“Não pode perder a hora certa, o timing de aplicação. O pé de galinha eu diria que se você não fizer um controle bem feito, principalmente, no milho ele é muito prejudicial e pode ter problema em torno de 40% a 50% na produtividade, é muito agressivo”, pontua.
Flávio explica que o glifosato associado a outro herbicida tem um controle eficiente. Segundo ele, em Mato Grosso, sem esses defensivos seria impossível praticar agricultura no estado.
“Você precisa saber a hora de aplicar e estar pronto para fazer a aplicação. Com o passar do tempo as ervas vão sendo selecionadas e também o aparecimento de novas pragas. Os órgãos de pesquisas estão sempre atuando para que a gente desenvolva produtos tão bons dos que já tem no mercado”, conta.
Em meio a crescente preocupação com as ervas daninhas no campo, o uso do glifosato pode ser proibido em Mato Grosso. O MPT, em conjunto com os Ministérios Públicos Federal e Estadual, entraram com uma ação civil pública, alegando risco à saúde dos trabalhadores e ao meio ambiente.
O setor produtivo contesta e defende a permanência dos herbicidas nas lavouras. Este é um processo que se arrasta desde 2019 e já teve o 1º julgamento com causa ganha com herbicida na lavoura.
O presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, ressalta que não é possível falar da ação do glifosato sem falar dos benefícios sustentáveis atrelados a ele.
“Inclusive para o ecossistema e para toda a nossa natureza, há também uma pesquisa feita pela USP, na parte de trabalhadores que aplicam o glifosato mostrando que há segurança ainda mais no sistema de hoje. Temos os manuseadores que trabalham com EPI os aplicadores. Ou seja, há um monte de requisitos a serem respeitados. A ciência tem que ser respeitada e nós vamos continuar defendendo”, ressalta.
Para o agricultor Murilo Degasperi Fritsch o que acontece hoje em dia é um retrocesso se retirarem o produto do mercado. Isso porque o agricultor teria que carpir as lavouras para retirar as ervas daninhas do campo.
O advogado Leonardo Gomes Bressane, diz que defendem a manutenção concedida pelos órgãos que controlam essa substância.
“Anvisa, Mapa e Ibama autorizam o uso, então a discussão em si seria travada a essas entidades públicas. Em nível processual, nós fizemos alguns apontamentos relacionados. Dentro desse aspecto processual a discussão não trouxe nenhum elemento nesse aspecto apontado. Essas eventuais penalidades que foram aplicadas, pelo órgão competente fiscalizador, a respeito da contaminação com essa substância, estudos apontam em números de bilhões os prejuízos com esse retrocesso”, destaca.
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