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. . . . . . . . . . . . . . . 18 de June de 2025

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Dezenas de balsas são destruídas em garimpo ilegal durante operação em terra indígena em MT

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Uma estrutura de garimpo ilegal foi destruída durante uma operação realizada entre os dias 11 e 14 de junho, na Terra Indígena Kayabi, localizada no município de Apiacás, a 1.005 de Cuiabá, no norte de Mato Grosso. A ação teve como alvo embarcações utilizadas na extração ilegal de ouro e outros minérios no rio Teles Pires.

A operação foi cumprida por equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

Durante a fiscalização, as equipes identificaram cerca de 50 embarcações na região, mas conseguiram inutilizar apenas 23 delas, segundo o chefe de fiscalização do Ibama em Mato Grosso, Edilson Fagundes.

“Nós nos deparamos com o entorno de 50 embarcações, só que nós só conseguimos inutilizar ali em torno de 23 embarcações, muitas delas: as embarcações chamadas dragas escariantes. Eles conseguem afundar elas parcialmente para evitar que a gente promova a inutilização”, disse.

As escariantes são barcaças equipadas com bombas de sucção potentes, usadas para extrair minerais diretamente do leito dos rios, uma atividade que provoca impactos ambientais severos. De acordo com a pesquisadora de recursos hídricos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Daniela Maimoni de Figueiredo, esse tipo de extração causa prejuízos à cadeia.

“Além de reduzir a alimentação para os peixes, reduz o local de alimentação. Esse excesso de turbidez da água também altera a própria migração dos peixes. O assoreamento dos rios também dificulta eles a nadarem para fazer a reprodução da migração reprodutiva. Então, esse assoreamento causado pelo seu revolvimento do sedimento tem uma série de efeitos negativos sobre a comunidade de peixes”, contou.

Conforme informações da operação, ao todo, os agentes destruíram 23 balsas, 15 embarcações e barracos usados como apoio logístico pelos garimpeiros. Também foram apreendidos milhares de litros de combustível armazenados irregularmente.

Segundo a superintendente do Ibama em Mato Grosso, Cibele Madalena Xavier Ribeiro, essa foi a segunda operação realizada na Terra Indígena Kayabi apenas neste ano.

“Então considerados irregulares, a gente pode e tem a prerrogativa de destruir. Eles logicamente fugiram, os garimpeiros e alguns fugiram, mas a gente conseguiu ainda identificar alguns. Esses que nós identificamos, que fizemos a qualificação, nós vamos encaminhar à Polícia Federal para que a gente tenha o desdobramento da operação, com a responsabilização também na esfera criminal”, explicou.

Mais de 50 embarcações já foram destruídas em operações anteriores. Agora, o desafio das autoridades é identificar e responsabilizar os financiadores do crime ambiental. Eliane Xunakalo, presidente da Federação dos Povos Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt), afirma que os danos provocados pelo garimpo ilegal são irreparáveis para as comunidades indígenas.

“O impacto é de destruição, porque o garimpo, ele destrói não só o rio, não só a floresta, não somente o solo, mas ele destrói a vida que toca. Neste caso específico do Teles Pires, ele está destruindo o rio, está destruindo a nossa fonte de alimentação, nossa fonte de água, de banho, de cosmologia. Também alimenta quem está na cidade. Toda a sociedade depende desse rio. Então é importante que haja mais operações, que os garimpeiros, que os grileiros sejam retirados e que não retornem pro nosso território”, contextualizou.

 

Agentes destruíram 23 balsas, 15 embarcações e barracos usados como apoio logístico pelos garimpeiros — Foto: Ibama

Agentes destruíram 23 balsas, 15 embarcações e barracos usados como apoio logístico pelos garimpeiros — Foto: Ibama

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Polícia Federal deflagra operação contra adulteração em cargas de grãos em Mato Grosso e Paraná

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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (17), as operações Grãos Limpos e Grãos Puros, com o objetivo de apurar e reprimir fraudes na adulteração de cargas de grãos. As ações contam com o apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária – Mapa, representado pelo Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais – Vigifronteira, bem como pelo Serviço de Inspeção de Produtos Agropecuários.

Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas investigadas pelas irregularidades. As ordens judiciais foram executadas simultaneamente nos municípios de Cuiabá/MT, Toledo, São José dos Pinhais, Paranaguá, Pontal do Paraná e Morretes, no estado do Paraná.

Uma pessoa foi presa em flagrante durante as investigações.

As investigações prosseguem com a análise do material apreendido. Os envolvidos poderão responder pelos crimes de falsificação, fraude no comércio, associação criminosa, entre outros.

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MT foi responsável por mais de 67% do algodão exportado

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No acumulado do ciclo (agosto de 2024 a maio de 2025), o Estado já exportou 1,65 milhão de toneladas da pluma

As exportações brasileiras de pluma de algodão totalizaram 192,20 mil toneladas em maio de 2025, o que representa uma redução de 19,63% em relação ao volume escoado em abril.

Apesar dessa retração mensal, a quantidade de fibra embarcada ainda se configura como a segunda maior da série histórica para um mês de maio.

Mato Grosso, maior produtor nacional da fibra, foi responsável por 67,55% dos embarques nacionais no período, enviando ao exterior 129,84 mil toneladas de fibra.

Essas e outras informações foram divulgadas pela análise semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), na última segunda-feira.

O Imea destaca que “é sazonalmente comum o ritmo dos embarques desacelerar à medida que o fim do ciclo comercial se aproxima.

No acumulado do ciclo (agosto de 2024 a maio de 2025), o estado já exportou 1,65 milhão de toneladas, volume que se configura como o maior já registrado para o período analisado.

O Imea conclui que, apesar do enfraquecimento dos envios em maio, “os embarques seguem em níveis historicamente elevados, sustentando a expectativa de um novo recorde de exportação na temporada”.

Enquanto Mato Grosso aguarda o momento certo para dar início a mais uma colheita da fibra, as vendas da pluma, em maio/25 atingiram 62,75% da produção estimada para a safra 2024/25, com avanço mensal de 2,78 pontos percentuais (p.p.).

Em relação ao preço médio negociado, a fibra ficou cotada em R$ 138,08/@, recuo de 0,88% ante abril/25.

Quanto à safra 2025/26, houve um avanço mensal de 4,21 p.p. nas vendas, atingindo 20,20% da produção projetada para o ciclo.

Dessa forma, o preço médio das vendas ficou na média de R$ 136,77/@, queda de 0,31% no comparativo mensal.

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Crescimento do etanol de milho em MT sustenta uma cadeia

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o crescimento da produção está ligado à grande oferta de milho, o que torna o Estado uma região atrativa para investimentos

O crescimento acelerado da produção de etanol de milho no Brasil, especialmente em Mato Grosso, foi o tema central do quadro “Causa e Efeito”, do podcast Apro360, da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT).

O convidado do episódio, presidente da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), Guilherme Nolasco, destacou a força do setor no Estado e os impactos positivos da cadeia produtiva na economia e no desenvolvimento regional.

Segundo Guilherme Nolasco, o crescimento da produção está ligado à grande oferta de milho, o que torna Mato Grosso uma região atrativa para investimentos.

Além de fortalecer a economia local, o setor gera empregos, movimenta a economia e reforça o papel do estado como protagonista no cenário agrícola.

“Mato Grosso é hoje responsável por cerca de 60% da produção nacional de etanol de milho. Neste ano, devemos produzir em torno de 6 bilhões de litros, o que representa o consumo de aproximadamente 14 a 15 milhões de toneladas de milho. Esse avanço está diretamente relacionado à grande oferta de milho no estado, à limitação da logística para exportação e à baixa demanda do mercado interno, tornando Mato Grosso altamente atrativo para os investimentos industriais”, afirmou Nolasco.

Durante a conversa, o presidente da Unem também enfatizou que os benefícios da cadeia do etanol de milho vão além do agronegócio, ajudando no desenvolvimento de empregos e trabalhando lado a lado do produtor rural.

“Na fase de construção das plantas industriais, são gerados entre 1.000 e 1.500 empregos. Depois disso, há um impacto contínuo nos setores logístico, de serviços e de operação. É uma verdadeira transformação, pois agregamos valor ao excedente exportável, geramos empregos, impostos e criamos uma relação de longo prazo com o produtor rural”, destacou.

Na ocasião, a jornalista Fernanda Trindade, da Aprosoja MT, questionou sobre o fortalecimento do setor e o papel dos subprodutos na cadeia produtiva.

Para o presidente da Unem, Guilherme Nolasco, a parceria entre indústria e produtor é fundamental para consolidar o segmento que está alinhado às duas grandes agendas do Brasil: a transição energética e a segurança alimentar.

“O Brasil possui duas grandes agendas que são a transição energética e a segurança alimentar. O etanol de milho contribui diretamente com ambas. O DDG e o DDGS, que são a parte sólida da produção do etanol e são transformados num componente altamente proteico e rico em energia, usado na dieta e até na ração dos animais. Também temos o óleo que é extraído, que também pode ser utilizado na produção animal, para o consumo humano e na produção de biodiesel. E o etanol, é esse biocombustível rico e limpo que nós usamos na nossa matriz energética”, explicou Nolasco.

Ao ser questionado sobre a aceitação da sociedade em relação ao setor, Guilherme Nolasco foi decisivo ao afirmar que o etanol de milho tem crescido exponencialmente como parceiro do produtor rural.

“Nós criamos um relacionamento de confiança, um relacionamento de longo prazo. Crescemos trabalhando junto com o produtor. É uma atividade que gera emprego, renda e impostos para os estados onde está presente. É uma relação onde todos ganham. O setor contribui com a pecuária, com os florestamentos, com os produtores de soja e milho”, afirmou.

No encerramento do episódio, o presidente da Unem, Guilherme Nolasco agradeceu o espaço e reforçou a importância da aproximação entre as entidades do agronegócio.

“É um prazer estar aqui, no mesmo prédio da Aprosoja MT. Esse convívio mostra que a produção primária pode caminhar juntas com a produção, pois estamos no mesmo barco”, completou.

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Agro MT