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Com o inverno à vista, soja pode ser impactada pela La Niña?

O inverno brasileiro começa oficialmente nesta semana, com expectativa de um clima marcado pela neutralidade no Pacífico, segundo o mais recente boletim da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA). A previsão afasta o retorno imediato do El Niño e da La Niña, fenômenos que historicamente moldam os padrões de temperatura e chuva no país. No entanto, os meteorologistas alertam que essa neutralidade não significa ausência de extremos, ao contrário, ela pode abrir espaço para variações climáticas mais localizadas e imprevisíveis.
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A probabilidade de retorno da La Niña é estimada em 41%, segundo dados do NOAA. Embora considerada relativamente baixa, essa possibilidade ainda preocupa o setor agrícola, pois pode provocar atraso nas chuvas no Centro-Oeste e geadas tardias no Sul, especialmente no fim do inverno. Esses fatores têm potencial para desorganizar o calendário agrícola, dificultando o início da semeadura da soja e afetando a colheita de culturas de inverno.
Para os produtores que já se planejam para o plantio da nova safra, o alerta maior está na instabilidade climática que a La Niña pode provocar, mesmo com sua chance de retorno sendo limitada. No Sul, a combinação entre frio tardio e tempo seco no Centro-Oeste impõe um cenário que exige atenção constante aos mapas meteorológicos.
Já a probabilidade de retorno do El Niño no período do inverno é ainda menor, ficando em torno de 12%. Mesmo assim, os especialistas alertam que o cenário atual de neutralidade não representa estabilidade total. Os oceanos continuam muito aquecidos, condição que aumenta a presença de vapor de água na atmosfera e, consequentemente, eleva o risco de eventos extremos, como temporais isolados, rajadas de vento e variações bruscas de temperatura.
Semana antes do inverno
Segundo apurado pela meteorologia do Canal Rural, a combinação de tempo seco e temperaturas em elevação deve favorecer o avanço das atividades no campo, especialmente no Centro-Oeste, Sudeste e interior do Matopiba.
Já nas regiões produtoras de soja desses estados, o tempo firme predomina, sem expectativa de chuvas que possam atrapalhar o manejo das lavouras. Além disso, as temperaturas começam a subir, afastando o risco de geadas e permitindo bom andamento na colheita da soja e na condução do milho segunda safra.
Mesmo na próxima semana, o cenário permanece estável nessas áreas. Pode chover pontualmente no Maranhão e norte do Piauí, mas os volumes não preocupam os produtores. No geral, o padrão climático atual é visto como positivo para o desenvolvimento das culturas e o avanço dos trabalhos no campo.
Enquanto isso, o Rio Grande do Sul vive uma realidade oposta. O estado deve enfrentar acumulados de chuva entre 150 mm e 200 mm entre terça (17) e quarta-feira (18), especialmente na faixa centro-sul. A previsão inclui risco de queda de granizo e rajadas intensas de vento, deixando o estado em alerta para eventos severos e possíveis transtornos no campo.
Na próxima semana, a chuva ainda persiste na região Sul, mas com menor intensidade. Os volumes previstos ficam entre 20 mm e 30 mm, suficientes para manter o solo úmido, mas sem grande impacto nas atividades agrícolas, segundo os meteorologistas.
Por fim, com o avanço do mês de junho, muitos produtores começam a se preocupar com possíveis geadas, especialmente nas regiões mais frias do Sul e Sudeste. No entanto, a previsão aponta um cenário tranquilo: apesar das madrugadas frias, com mínimas entre 12 °C e 15 °C, não há indicativo de geada no horizonte.
Esse panorama se repete na próxima semana. As manhãs seguem geladas, mas as temperaturas sobem ao longo do dia, favorecendo o desenvolvimento das lavouras de milho segunda safra, que deve seguir avançando sem maiores riscos climáticos nas regiões centrais do país.
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SP entrega títulos, máquinas e estradas em pacote de R$ 16 milhões ao agro

Como parte da Caravana Governo 3D (Desenvolvimento, Diálogo e Dignidade), realizada pelo governo de São Paulo em Presidente Prudente, nesta terça-feira (17), a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado promoveu entregas e investimentos que totalizam mais de R$ 16 milhões para o fortalecimento da agricultura e do desenvolvimento rural nos municípios do oeste paulista.
Durante o evento, foram realizadas assinaturas de convênios, entrega de equipamentos e títulos de regularização fundiária.
Entre os destaques está a entrega de 487 títulos rurais a famílias assentadas, beneficiando mais de 450 famílias. Também foram entregues títulos para médios e grandes produtores, imóveis urbanos e áreas públicas municipais e estaduais, além de 240 títulos urbanos.
Durante o evento, também foi autorizada a expedição de Ordens de Serviço para a realização de trabalhos técnicos de regularização fundiária urbana em 10 municípios paulistas, por meio de parceria entre a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) e as prefeituras locais.
A iniciativa tem como objetivo viabilizar a titulação de 3.300 imóveis urbanos. Nos últimos dois anos, foram entregues mais de 4 mil títulos rurais, abrangendo 200 mil hectares.
Também foram firmados contratos de parceria agrícola e produtiva, incluindo ações em conjunto com empresas privadas para recuperação ambiental e instalação de energia solar em assentamentos rurais, por meio da Fundação Itesp.
Estradas rurais
A infraestrutura rural também foi contemplada com a execução de mais de 10 km de estradas rurais nos municípios de Irapuru e Panorama, dentro do programa Melhor Caminho. Foram celebrados ainda 11 convênios no âmbito do programa Município Agro, com repasses que somam R$ 730 mil.
Com mais de R$ 11 milhões investidos para a área de mecanização e apoio à produção, a Secretaria entregou 18 composteiras, 9 trituradores, 21 roçadeiras e 12 caminhões-pipa, atendendo dezenas de municípios.
As entregas fazem parte de programas como Patrulha Agrícola e Agro SP+Seguro, que buscam promover sustentabilidade, ampliar a capacidade produtiva e garantir melhores condições de trabalho ao produtor rural.
As ações reforçam o compromisso da Secretaria de Agricultura e Abastecimento com o fortalecimento da produção rural, o desenvolvimento regional e a valorização dos trabalhadores do campo em todas as frentes: da infraestrutura à titulação, da sustentabilidade à inovação.
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Japão suspende importações de produtos avícolas de Goiás e Mato Grosso

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou nota na noite desta terça-feira (17) em que informa que o governo do Japão suspendeu temporariamente as importações de carne de aves provenientes dos municípios de Santo Antônio da Barra, em Goiás, e Campinápolis, em Mato Grosso.
Além disso, foram bloqueadas as compras de ovos férteis e pintos de um dia de todo o território dos dois estados.
De acordo com a pasta, a decisão segue o protocolo sanitário de regionalização estabelecido entre os dois países e ocorre após a confirmação de focos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves de subsistência nos dois municípios citados.
“A comercialização de produtos avícolas com os demais estados brasileiros por parte do Japão segue normalmente. O Mapa reforça que o consumo e a exportação de carne de aves e demais produtos avícolas brasileiros permanecem seguros”, diz a nota do Ministério.
Vale lembrar que nesta quarta-feira (18), o Brasil completa 28 dias sem nenhum novo caso de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em criação comercial e pode, no mesmo dia, se declarar livre da doença à Organização Mundial da Saúde Animal (Omsa).
A contagem do vazio sanitário se iniciou após a desinfecção da granja de Montenegro, no Rio Grande do Sul, onde o primeiro foco da doença foi identificado.
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Devagar! Preços de soja não ‘andam’ e estagnam no Brasil

O mercado brasileiro de soja teve uma terça-feira (17) marcada por lentidão nos negócios e estabilidade nos preços. Segundo o consultor da Safras & Mercado, Rafael Silveira, as movimentações foram limitadas a lotes pontuais. “O produtor não cede no preço, o spread fica alto, acima de porto menos frete, com o produtor podendo barganhar. Então o produtor segura a oferta e a indústria fica muito apertada nas margens”, explica.
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Soja no Brasil
- Passo Fundo (RS): manteve em R$ 131,00
- Santa Rosa (RS): manteve em R$ 132,00
- Porto de Rio Grande (RS): manteve em R$ 136,00
- Cascavel (PR): manteve em R$ 129,00
- Porto de Paranaguá (PR): manteve em R$ 135,50
- Rondonópolis (MT): manteve em R$ 118,00
- Dourados (MS): manteve em R$ 119,00
- Rio Verde (GO): manteve em R$ 119,00
Soja em Chicago
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos futuros da soja fecharam com valorização. O impulso veio da disparada do petróleo em Nova York, além do acompanhamento da alta nos mercados de milho e trigo. Ainda assim, o clima favorável às lavouras norte-americanas impediu ganhos mais expressivos.
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) atualizou as condições das lavouras: até 15 de junho, 66% estavam em boas ou excelentes condições, contra 68% na semana anterior. Outros 27% estão em condição regular, e 7% entre ruins e muito ruins, piorando frente aos 5% da semana passada.
Contratos futuros de soja
O contrato julho da soja subiu 4,25 centavos (0,39%), encerrando a US$ 10,74 por bushel. A posição novembro avançou 7,25 centavos (0,68%), cotada a US$ 10,67 3/4 por bushel.
No mercado de derivados, o farelo para dezembro fechou com alta de US$ 2,30 (0,77%), a US$ 298,60 por tonelada. Já o óleo recuou 0,09 centavo (0,16%), com o contrato dezembro cotado a 55,36 centavos de dólar por libra-peso.
Dólar
O dólar comercial encerrou o dia em leve alta de 0,16%, vendido a R$ 5,4962. No dia, a moeda variou entre R$ 5,4654 e R$ 5,5067. Para compra, fechou a R$ 5,4942.
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