Sustentabilidade
Tecnologias sustentáveis na entressafra são decisivas para a produtividade do arroz – MAIS SOJA

Com o fim da colheita do arroz, começa um dos períodos mais estratégicos para garantir uma próxima safra saudável e produtiva: a entressafra. Longe de ser um tempo de descanso para o solo, o intervalo entre as safras é quando agricultores intensificam práticas fundamentais para o manejo da lavoura. Algumas dessas técnicas foram apresentadas no 1º Dia de Campo SC +Arroz, no dia 11 de junho, em Pouso Redondo. O evento foi promovido pela Epagri e reuniu cerca de 300 pessoas, entre técnicos e produtores rurais.
O encontro aconteceu na propriedade do agricultor Ademir Correa, que vem adotando um conjunto de práticas recomendadas pela pesquisa agropecuária com foco em sustentabilidade, como o manejo eficiente da água e de herbicidas, o uso do rolo-faca, a aplicação de lâmina niveladora a laser e o método Graus-Dia. “Essas práticas melhoraram a estrutura do solo e ajudaram no controle de plantas daninhas. É um investimento que traz retorno direto na próxima safra e dá mais segurança para a produção”, avalia o agricultor.
Para o presidente da Epagri, Dirceu Leite, que esteve presente no evento, a adoção dessas tecnologias reafirma o compromisso da Empresa com uma agricultura inovadora e ambientalmente responsável. “O SC+Arroz representa uma mudança de mentalidade: da simples produção para um sistema sustentável, orientado por dados, ciência e planejamento. Essa é a Epagri que queremos levar cada vez mais para o campo”, destacou.
“O agricultor que investe no período da entressafra colhe mais do que arroz: colhe sustentabilidade, produtividade e estabilidade no sistema produtivo”, resume o extensionista rural da Epagri em Pouso Redondo e coordenador do evento, Ricieri Verdi. Ele reforça que o dia de campo foi direcionado a toda cadeia produtiva com o objetivo de qualificar sistema de produção de arroz no estado em busca de uma produção mais sustentável, como preconiza o projeto SC +Arroz.
Tecnologia e informação com o Agroconnect
Durante o evento, a Epagri/Ciram apresentou as ferramentas digitais que desenvolve para apoiar o agricultor no planejamento e manejo da lavoura, a exemplo da plataforma Agroconnect. Disponível por aplicativo e site, o sistema oferece acesso a dados meteorológicos, modelos agrometeorológicos, informações sobre pragas e doenças, além de recomendações técnicas da pesquisa. O objetivo é facilitar a tomada de decisão e qualificar o planejamento agrícola com base em informações confiáveis e atualizadas.

Um dos destaques do Agroconnect é o acesso ao método Graus-Dia, desenvolvido pela Epagri para melhorar a precisão no manejo da lavoura de arroz. A técnica dos Graus-Dia funciona como um relógio biológico da planta. Em vez de seguir o calendário convencional, o agricultor acompanha o acúmulo de calor que a lavoura recebe ao longo do tempo. Isso permite identificar com precisão os momentos ideais para aplicar insumos, irrigar, manejar pragas e até prever a colheita.
Na prática, isso significa mais produtividade, menos desperdício e mais sustentabilidade. A Epagri vem aplicando essa metodologia nas lavouras experimentais e com produtores parceiros, como foi apresentada no dia de campo.
Gestão estratégica com apoio da pesquisa
A Epagri/Cepa também contribuiu com o evento apresentando ferramentas de apoio à gestão e ao planejamento da safra, como o diagnóstico da safra e o Observatório Agro Catarinense. As informações geradas por ambos facilitam a leitura de tendências e o planejamento estratégico, seja na propriedade rural, na pesquisa ou na formulação de políticas públicas.

O diagnóstico da safra acompanha o ciclo produtivo do arroz em todo o Estado, coletando dados sobre área plantada, produtividade, perfil dos produtores, uso de tecnologias, entre outros. Já o Observatório é uma plataforma digital interativa que integra dados econômicos e territoriais da agropecuária catarinense. Para o arroz, oferece painéis com séries históricas de produção, preços, custos, exportações e outros indicadores relevantes, auxiliando tanto os agricultores quanto os formuladores de políticas públicas.
A seguir, confira uma reportagem em que a equipe de TV da Epagri mosrta as principais práticas a serem realizadas na entressafra do arroz para fortalecer o solo, controlar plantas daninhas e planejar a próxima safra com eficiência.
Fonte: Epagri
Autor:Epagri
Site: EPAGRI
Sustentabilidade
O efeito das temperaturas ao longo do ciclo de desenvolvimento do Arroz – MAIS SOJA

Quando analisamos os fatores que influenciam o potencial produtivo de qualquer cultura agrícola, o clima se destaca como um dos elementos mais determinantes. No caso do arroz, essa influência é ainda mais evidente, uma vez que a cultura é cultivada em uma ampla faixa geográfica desde 50° de latitude norte até 35° sul e em altitudes que vão do nível do mar até mais de 2.000 metros. Essa amplitude demonstra a notável capacidade de adaptação do arroz a diferentes condições edafoclimáticas.
Dentre os elementos meteorológicos que mais impactam o desenvolvimento, o crescimento e a produtividade do arroz, a temperatura (do ar, da água e do solo) ocupa lugar central. Ela determina a velocidade das reações biofísicas e bioquímicas das plantas de arroz, podendo atuar como catalisador (altas temperaturas) ou desacelerador (baixas temperaturas).
Se sabe que cada espécie vegetal possui faixas de temperatura mínima, ótima e máxima para o seu desenvolvimento, e são chamadas de temperaturas cardinais (Pascale & Damario, 2004). No arroz, essas faixas variam em função da fase de desenvolvimento, onde as temperaturas máximas e ótimas tendem a decrescer ao longo do ciclo da cultura, enquanto a mínima apresenta um comportamento inverso (tende a aumentar ao longo do ciclo da cultura).
Na prática, isso significa que, durante a fase vegetativa a planta de arroz é mais TOLERANTE às altas e baixas temperaturas e já na fase reprodutiva a planta é mais SENSÍVEL às altas e baixas temperaturas (Figura 1).
Figura 1. Temperaturas cardinais mínima (Tmin), ótima (Tót) e máxima (Tmax) em diferentes fases do desenvolvimento (GER/EM = Germinação – Emergência, PERFILH = Perfilhamento, DIFER = Diferenciação, FLORE = Florescimento, Ench. Graõs = Enchimento de grãos) da planta de arroz.
Na fase reprodutiva, e mais especificamente durante a floração ocorre o período de maior sensibilidade do arroz, onde temperaturas acima de 35 °C ou abaixo de 17 °C, por um período de três dias ou mais, podem causar esterilidade nas espiguetas, comprometendo severamente a produtividade. Em regiões subtropicais, as perdas por frio são mais frequentes, enquanto nas áreas tropicais a ocorrência de perdas por temperaturas extremas é menos comum.
Referências Bibliográficas
MEUS, L. D. et al. Ecofisiologia do arroz visando altas produtividades. ed. 1, Santa Maria, 2021. 312p
PASCALE, A. J.; DAMARIO, E. A. Bioclimatologia agrícola y agroclimatologia. Buenos Aires: Universidade de Buenos Aires, 2004. 550p
SÁNCHEZ, B.; RASMUSSEN, A.; PORTER, J. Temperatures and the growth and development of maize and rice: a review. Global Change Biology, v. 20, p. 408-417, 2014. Disponível em: < https://www.researchgate.net/publication/256613346_Temperatures_and_the_Growth_and_Development_of_Maize_and_Rice_A_Review >, Acesso: 12/06/2025
Sustentabilidade
Frentes frias trazem chuvas volumosas ao Sul do Brasil na segunda quinzena do mês – Rural Clima – MAIS SOJA

A segunda quinzena de junho deve ser marcada por instabilidade no clima e uma combinação de frio, chuvas volumosas e grande amplitude térmica em várias regiões do país. De acordo com o agrometeorologista Marco Antonio dos Santos, da Rural Clima, a atuação de novas frentes frias deve impactar especialmente o Sul do Brasil, o litoral do Sudeste e parte do Norte e Nordeste.
“Apesar do tempo aberto nesta segunda-feira, há previsões de chuvas ainda para hoje”, afirmou o especialista. A frente fria em formação tende a ganhar intensidade ao longo da terça-feira (17), atingindo com mais força o Rio Grande do Sul.
As chuvas volumosas devem se manter sobre o Sul durante a semana, mas a partir de quinta-feira (19), avançam para Santa Catarina, Paraná e áreas do extremo sul do Mato Grosso do Sul. Já São Paulo e boa parte do Centro-Oeste devem permanecer com tempo seco nesse primeiro momento. “Não há previsões de chuvas para São Paulo, para grande parte do Sudeste, Centro-Oeste, nem para as regiões do Mato Grosso do Sul”, explicou.
No entanto, o interior do Nordeste e o extremo norte da região Norte seguem com previsão de chuvas nos próximos dias. Já na semana seguinte, a partir do dia 23, uma nova frente fria avança um pouco mais ao norte e pode provocar chuvas também no Paraná, Mato Grosso do Sul e no Paraguai. Há possibilidade de pancadas localizadas no norte do Mato Grosso, em Rondônia e na Bolívia. “O começo da próxima semana voltará a ser marcado por algumas pancadas de chuvas em São Paulo”, disse Santos, destacando que a frente dificilmente chegará até Goiás ou ao interior do Mato Grosso.
Segundo ele, o motivo da instabilidade na faixa oeste da América do Sul está na formação de um corredor de umidade alinhado ao deslocamento das frentes frias pelo Atlântico. O impacto deve ser sentido também na logística. “O Porto de Santos ficará prejudicado, assim como também os portos do Arco Norte”, alertou o agrometeorologista.
Outro fator de atenção é a variação nas temperaturas. Após a atuação da forte massa de ar polar que derrubou os termômetros na semana passada, os próximos dias terão um padrão de grande oscilação térmica. “As temperaturas gradativamente, principalmente as diurnas, vão ficar mais elevadas. Teremos uma amplitude muito grande, com madrugadas e manhãs ainda bastante geladas e tardes mais quentes”, explicou.
Essa condição deve permanecer pelo menos até a virada do mês. Algumas rodadas de modelos meteorológicos já apontam uma nova onda de frio a partir do dia 27, embora restrita inicialmente à Argentina, Uruguai e ao extremo sul do Rio Grande do Sul. “Temos temperaturas negativas, mas estão no extremo sul e depois perde forças. É mais uma onda de frio que está se formando”, observou.
Santos ainda reforçou que o padrão climático do outono e inverno de 2025 será marcado por essa alternância entre frio intenso e chuvas recorrentes. Segundo ele, há previsão de precipitações praticamente contínuas nos próximos meses. “Há previsões de chuvas quase que diretas até novembro”, concluiu.
Fonte: Pedro Diniz Carneiro – Safras News
Sustentabilidade
Previsão do tempo de 16/jun a 01/ju7 de 2025 para a Metade Sul do RS – MAIS SOJA

Segunda (16/06): Entre a tarde e noite, áreas de instabilidade avançam pelo Oeste, provocando chuva, que podem vir acompanhadas de temporais e chuva pontualmente forte. Até o fim do dia, a chuva deverá alcançar as regiões centrais do Estado, também com possibilidade de temporais.
Terça (17/06), quarta (18/06) e quinta (19/06): A área de baixa pressão atmosférica se organiza sobre o RS, onde provocará chuva forte, com risco para temporais. Vejam, que na terça a chuva mais intensa ocorre nas áreas mais ao Sul, na quarta no Centro e na quinta mais ao Norte. Chuva com altos acumulados, em curto espaço de tempo é esperada. Com isso, há elevado risco para alagamentos repentinos e transbordamento de arroios e rios menores. Até o dia 16/06, o modelo GFS prevê acumulados entre 90 e 200 mm, com os maiores acumulados ocorrendo na Região Central.
Sexta (20/06): A área de baixa pressão dará origem a um ciclone extratropical, ao mesmo tempo que começará a se afastar do Estado.
Sábado (21/06) e domingo (22/06): Expectativa de tempo seco, com sol entre nuvens e queda nas temperaturas, que não deverá ser tão acentuada. Na Campanha, as mínimas deverão ficar na casa dos 5 a 8°C.
Pela previsão do modelo GSF (americano), a chuva retorna ao RS nos dias 23, 24, 25, 26, 27, 28 e 29 de junho, também com altos acumulados. Já o modelo ECMWF (europeu) prevê chuva apenas para o dia 25 de junho, com predomínio do tempo seco no restante do período.
Quanto aos acumulados de 15 dias, o GFS prevê que sejam de 100 a 350 mm na Metade Sul, mas com ampla área na região com acumulados entre 250 e 350 mm. A situação é de alerta máximo!
Já o modelo ECMWF prevê acumulados entre 90 e 200 mm, na Metade Sul.
Fonte: IRGA
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