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Irã versus Israel agita mercado de soja e safra do grão cresce mais de 14%
O mercado de soja apresentou leve valorização nas bolsas internacionais, reflexo da combinação de fatores climáticos, geopolíticos e econômicos. Segundo a plataforma Grão Direto, enquanto a produção global mantém estabilidade, o Brasil segue como protagonista com previsão de safra recorde, ao mesmo tempo em que o excesso de chuvas nos Estados Unidos levanta preocupações sobre o plantio.
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Poucas mudanças na soja
O relatório de oferta e demanda divulgado nesta semana não trouxe grandes alterações. Nos Estados Unidos, a produção e os estoques finais de soja permaneceram inalterados. O mesmo ocorreu com as previsões para Brasil e Argentina, que tiveram apenas um ajuste positivo nos estoques finais.
Já no Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua estimativa para a safra 2024/25 para 169,6 milhões de toneladas, um recorde. O número representa crescimento de 14,8% em relação à temporada anterior, prejudicada pela seca.
Tensão entre Israel e Irã
O ataque militar de Israel ao Irã agitou os mercados na sexta-feira (13), impulsionando os preços do petróleo. A alta da commodity energética refletiu também sobre os derivados da soja, especialmente o óleo.
Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros da oleaginosa reagiram positivamente. O vencimento de julho de 2025 subiu 0,95% na semana, encerrando a US$ 10,68 por bushel. Já o contrato de março de 2026 avançou 1,98%, fechando a US$ 10,81.
No Brasil, o dólar caiu 0,54% e fechou a R$ 5,54, favorecendo ligeiras altas no mercado físico da soja em diversas regiões produtoras.
China compra menos dos EUA e mantém foco no Brasil
Apesar da redução temporária das tarifas de importação da soja norte-americana, de 125% para 10%, a China limitou suas compras a volumes simbólicos. As vendas semanais dos Estados Unidos para o país asiático caíram ao menor patamar do ano: 61,4 mil toneladas, 74% abaixo da média das últimas quatro semanas.
Com isso, a Indonésia passou a ser o principal destino da soja dos EUA. O Brasil, por sua vez, segue como o maior fornecedor para a China, responsável por 72% das exportações do grão destinadas ao país.
Chuvas excessivas atrasam plantio nos EUA e preocupam mercado
O clima voltou ao centro das atenções. No cinturão agrícola dos EUA (Corn Belt), as chuvas intensas atrapalham o avanço do plantio em estados como Iowa, Illinois e Indiana. Se as precipitações persistirem até 20 de junho, áreas ainda não semeadas podem ser abandonadas, reduzindo a área total cultivada.
Além disso, após essa data, produtores perdem a cobertura de seguro, o que aumenta os riscos financeiros. As previsões indicam volumes acumulados de até 150 mm até o dia 18, o que deve manter os campos alagados e dificultar o uso de maquinário. Com isso, agricultores podem recorrer a culturas de ciclo mais curto, menos rentáveis.
Tributação no Brasil pode afetar o crédito rural
No Brasil, cresce a preocupação com a proposta de taxação das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), atualmente isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas. Caso a medida avance, o setor teme aumento no custo de captação de recursos, tornando o crédito mais caro e reduzindo o apelo dessas opções de investimento.
A mudança pode impactar o financiamento da produção e da infraestrutura agrícola, além de comprometer a competitividade brasileira no mercado internacional.
O que esperar do mercado de soja
As cotações da soja devem continuar sensíveis aos desdobramentos do conflito entre Israel e Irã, bem como aos efeitos do novo acordo comercial entre China e Estados Unidos. O dólar, pressionado, pode romper a barreira de R$ 5,50 nos próximos dias.
Já em Chicago, espera-se que os preços sigam com viés positivo, sustentados pelas incertezas climáticas nos EUA e pelo apetite contínuo da China pela soja brasileira.
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Fiscalização apreende 40 toneladas de farelo de soja adulterado em porto

Em colaboração com a Polícia Federal (PF), fiscalização do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) interceptou uma tentativa de fraude em exportação no Porto de Paranaguá, no Paraná.
O caso aconteceu na última terça-feira (10), mas só foi divulgado pelas autoridades nesta segunda (16). A ação resultou na apreensão de 39.250 quilos de farelo de soja adulterado, material destinado ao mercado internacional.
De acordo com a polícia, a carga foi identificada com irregularidades no processo de acesso e classificação obrigatória, sendo a adulteração confirmada no terminal de destino.
Amostras coletadas revelaram a presença de areia, serragem e mofo misturados ao farelo de soja, caracterizando a fraude. Auditores fiscais federais agropecuários (AFFAs) do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Paraná (Sipov/PR), do Mapa, foram os responsáveis pelas análises iniciais.
De acordo com a pasta, a adulteração, como a identificada no caso, representa uma infração grave e compromete a saúde animal e vegetal, além de gerar prejuízos econômicos e à imagem do país. “A ocorrência ressalta a importância da fiscalização contínua para a manutenção da credibilidade do agronegócio brasileiro”, diz o Ministério, em nota.
De acordo com o chefe do Sipov/PR, Fernando Mendes, a iniciativa partiu do Ministério Público Federal (MPF) e visa coibir práticas fraudulentas em exportações de granéis, garantindo que o Brasil mantenha seu status de fornecedor confiável e seguro no mercado mundial.
Segundo ele, as investigações continuam para determinar a extensão das irregularidades, identificar a organização criminosa envolvida e apurar os responsáveis pela tentativa de fraude.
Historicamente, e conforme as normas do Mapa, cargas adulteradas como esta são destinadas a um aterro sanitário.
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Preços de soja não registram grandes novidades e apenas uma região tem alta nas cotações

O mercado brasileiro de soja teve um início de semana marcado por estabilidade nos preços e ritmo lento nos negócios. Segundo o consultor da Safras & Mercado, Rafael Silveira, mesmo com o dólar em queda e o óleo de soja disparando em Chicago, o grão não acompanhou totalmente o movimento. “Até houve alguns momentos de alta, mas leve e sem relevância”, comentou.
Os prêmios se mantiveram firmes, mas o dia foi fraco em termos de comercialização. “Sexta-feira (13) a movimentação foi intensa, mas agora o mercado deu uma parada”, destacou o analista.
Preços de soja no Brasil
- Passo Fundo (RS): manteve em R$ 131,00
- Santa Rosa (RS): manteve em R$ 132,00
- Rio Grande (RS): manteve em R$ 136,00
- Cascavel (PR): manteve em R$ 129,00
- Paranaguá (PR): subiu de R$ 135,00 pra R$ 135,50
- Rondonópolis (MT): manteve em R$ 118,00
- Dourados (MS): caiu de R$ 120,00 pra R$ 119,00
- Rio Verde (GO): caiu de R$ 120,00 pra R$ 119,00
Chicago
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), a soja fechou o dia em alta, puxada pelo forte avanço do óleo de soja. O movimento reflete o anúncio do aumento nos mandatos de biocombustíveis nos Estados Unidos para os anos de 2026 e 2027.
O grão acompanhou a tendência, mas os ganhos foram limitados por previsões de chuvas favoráveis às lavouras americanas e pelos números abaixo do esperado nos esmagamentos de maio.
Segundo a Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (Nopa), o esmagamento em maio ficou em 192,829 milhões de bushels, abaixo da expectativa de 193,519 milhões. Os estoques de óleo de soja também vieram menores que o previsto, reforçando o suporte ao mercado.
Contratos futuros de soja
O contrato julho da soja fechou estável em US$ 10,69 3/4 por bushel. A posição novembro encerrou com ganho de 5,75 centavos (0,54%), a US$ 10,60 1/2. No farelo, dezembro caiu 2,27%, cotado a US$ 296,30 por tonelada. Já o óleo de soja disparou 8,32%, encerrando o pregão a 55,45 centavos de dólar por libra-peso.
Câmbio
O dólar comercial fechou o dia em queda de 0,96%, cotado a R$ 5,4871 na venda e R$ 5,4851 na compra. Ao longo da sessão, a moeda oscilou entre a mínima de R$ 5,4851 e a máxima de R$ 5,5375.
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Calor volta às lavouras de soja, mas instabilidade no país acende alerta: granizo à vista?

A previsão do tempo para esta e a próxima semana traz um cenário positivo para os produtores de soja. Segundo apurado pela meteorologia do Canal Rural, a combinação de tempo seco e temperaturas em elevação deve favorecer o avanço das atividades no campo, especialmente no Centro-Oeste, Sudeste e interior do Matopiba.
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Nas regiões produtoras de soja desses estados, o tempo firme predomina, sem expectativa de chuvas que possam atrapalhar o manejo das lavouras. Além disso, as temperaturas começam a subir, afastando o risco de geadas e permitindo bom andamento na colheita da soja e na condução do milho segunda safra.
Mesmo na próxima semana, o cenário permanece estável nessas áreas. Pode chover pontualmente no Maranhão e norte do Piauí, mas os volumes não preocupam os produtores. No geral, o padrão climático atual é visto como positivo para o desenvolvimento das culturas e o avanço dos trabalhos no campo.
Sul em alerta nas lavouras de soja
Enquanto isso, o Rio Grande do Sul vive uma realidade oposta. O estado deve enfrentar acumulados de chuva entre 150 mm e 200 mm entre terça (17) e quarta-feira (18), especialmente na faixa centro-sul. A previsão inclui risco de queda de granizo e rajadas intensas de vento, deixando o estado em alerta para eventos severos e possíveis transtornos no campo.
Na próxima semana, a chuva ainda persiste na região Sul, mas com menor intensidade. Os volumes previstos ficam entre 20 mm e 30 mm, suficientes para manter o solo úmido, mas sem grande impacto nas atividades agrícolas, segundo os meteorologistas.
Produtores se perguntam sobre a geada
Com o avanço do mês de junho, muitos produtores começam a se preocupar com possíveis geadas, especialmente nas regiões mais frias do Sul e Sudeste. No entanto, a previsão aponta um cenário tranquilo: apesar das madrugadas frias, com mínimas entre 12 °C e 15 °C, não há indicativo de geada no horizonte.
Esse panorama se repete na próxima semana. As manhãs seguem geladas, mas as temperaturas sobem ao longo do dia, favorecendo o desenvolvimento das lavouras de milho segunda safra, que deve seguir avançando sem maiores riscos climáticos nas regiões centrais do país.
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