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Abertura Nacional do Milho segunda safra será nesta quarta (18) em Sorriso

Mato Grosso semeou pouco mais de 7,131 milhões de hectares de milho nesta segunda safra 2024/25 e conta com uma projeção de colheita de 50,376 milhões de toneladas. Uma diferença de aproximadamente 517 mil toneladas em relação à soja. O potencial do cereal para a cadeia produtiva, do plantio à comercialização, será debatido na Abertura Nacional da Colheita – Segunda Safra de Milho na próxima quarta-feira (18), em Sorriso.
O evento é uma realização do Canal Rural Mato Grosso, afiliada do Canal Rural, da Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho) e da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT).
A abertura da colheita será realizada na Fazenda Dois Irmãos/Grupo ABF, em Sorriso, e terá transmissão ao vivo pelo YouTube (confira aqui) do Canal Rural.
A ação integra o Projeto Mais Milho que está em sua 9ª temporada.
Produtores, entidades, especialistas ligados ao setor público e privado e representantes da classe política poderão conferir durante a manhã três painéis que abordarão os desafios regulatórios da produção, o etanol como uma solução sustentável e os cenários da produção brasileira para a temporada 2025/26.
Os painéis terão como moderador o apresentador do Canal Rural Mato Grosso, Glauber Silveira.
Projeto Mais Milho
O projeto Mais Milho está em sua 9ª temporada e é uma realização do Canal Rural, afiliada de Mato Grosso, em parceria com a Abramilho e a Aprosoja-MT.
O projeto tem como intuito levar informações de qualidade e na hora certa para auxiliar o produtor rural na tomada de decisão, tanto na primeira quanto na segunda safra do grão. Durante esta temporada, além de informação, serão realizados debates e levantamento de questões, através de matérias, programas de televisão, lives e do fórum técnico,
O Mais Milho tem como principal característica levar informação constante aos produtores, técnicos, agrônomos e todos os envolvidos com a cultura. Foco no olhar de quem enfrenta obstáculos e encontra estratégias para superá-los e ajuda a fazer da agricultura brasileira referência no planeta.
O projeto é também uma iniciativa em busca de soluções para os desafios dentro e fora das fazendas, dando visibilidade ao que pensam as entidades que representam o setor, a pesquisa, tradings e grandes consumidores do grão brasileiro.
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Cafeicultor triplica renda do sítio em Colniza, capital do café em Mato Grosso

A paixão pelo café começou ainda na infância em Rondônia ao ver os pés na propriedade de um vizinho. Desde muito novo, o produtor Fábio Viana de Oliveira já sabia que o leite, atividade com a qual seu pai trabalhava, não era o seu caminho e sim o cafezal. E, hoje, conseguiu triplicar a renda do sítio em Colniza.
A família do produtor se mudou para Colniza, cerca de 1.058 quilômetros de Cuiabá, no início dos anos 2000. Assim como em Rondônia, a produção de leite era a atividade desenvolvida pela família.
De bicicleta, conta Fábio ao Senar Transforma desta semana, ele ia de porta em porta entregar o leite nas casas, chegando a levar até 60 litros.
Mas, seu foco seguia com o café. Até que um dia seu pai liberou um espaço no sítio para que ele pudesse plantar os primeiros pés.
“Uma prima tinha um café abandonado, eu colhi e senti o gosto do café. Tirei um pedacinho e tentei fazer as mudas, porém não tinha experiência. Mas, consegui plantar dois mil pés. Foi um desafio muito grande”.
‘É preciso focar lá na frente’
Os desafios foram muitos, conforme Fábio, principalmente com as pessoas ao seu redor não acreditando que ele conseguiria.
“Não acreditavam. Eles falavam na minha presença que eu não ia conseguir mexer com aquilo, que era ilusão. [Quando conseguiu colher o café] foi alegria. Eu focava na frente. Eu tinha o café como um foco para eu crescer na vida”, diz ao programa do Canal Rural Mato Grosso.
Com os resultados da primeira colheita, Fábio relembra que comprou um celular e coisas para poder se casar.
O casal, que selou a união com o resultado de uma safra, enxerga a cafeicultura como uma espécie de talismã da própria história. Foi com as rendas anuais do cafezal que o Fábio e a Apoliane conseguiram comprar a terra onde vivem e produzem hoje.


A trajetória de sucesso se tornou ainda mais promissora após o Sítio Esperança Viva começar a ser atendido pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar Mato Grosso há pouco mais de três anos. Foi a primeira frente da ATeG com ênfase na cafeicultura em Mato Grosso.
“Melhorou muita coisa. Nós só sabíamos plantar. Não sabia de planejamento, não tinha anotação. Nós entramos no programa e hoje está tudo em dia com acompanhamento, análise de terra. A produtividade está aumentando. O café está diferente de quando eu não tinha acompanhamento”, frisa Fábio.
Gestão e planejamento são essenciais
Colniza é conhecida como a capital do café em Mato Grosso. Sozinho, o município é responsável por metade do café colhido no estado. Em 2024, mais de 100 mil sacas foram produzidas no município.
Natural da Bahia, a técnica de campo Crislaine Alves Ladeia foi convidada pelo Senar Mato Grosso para cuidar da primeira frente da ATeG Cafeicultura do estado no município. Quando chegou, comenta ela, se deparou com uma realidade diferente da que estava acostumada nos bancos da universidade.
“Os produtores mau sabiam o que era uma análise de solo, não sabiam quais adubos usar. Então tinha uma dificuldade muito grande em todos os parâmetros, em controle de pragas e doenças, em adubação. Eles estavam acostumados com o café comum. Quando cheguei aqui estava começando a introdução maior do café clonal”, lembra a profissional.


A realidade encontrada no Sítio Esperança Viva não era diferente dos demais produtores, contudo, a técnica de campo salienta que o casal “sempre foi mais à frente do que os outros produtores”, pois “eles são muito curiosos”.
“Cada proposta que fazíamos sempre foram muito receptivos às recomendações. Uma das primeiras aqui foi a análise de solo. E, com isso, fizemos um cronograma com o produtor do que ele precisava fazer todos os meses”.
Outro conselho foi quanto ao escalonamento, uma vez que o café é uma cultura demorada e que vai começar a produzir a partir do segundo ano.
“O produtor precisa ter um planejamento tanto de início de lavoura e de renovação quando a planta está com em torno de seis anos. O planejamento foi visando ele não ter nenhum ano que não tenha produção”.


Um a um os pés de café são colhidos no Sítio Esperança Viva. O trabalho manual demanda a contratação de parceiros.
Os grãos após colhidos vão para um espaço aberto no chão para poder secar, o que acaba reduzindo custos ao produtor, que não necessita contratar tal serviço, e agregando valor, visto a qualidade que proporcionada em relação à secagem em secador de fogo direto.
De acordo com a técnica de campo do Senar Mato Grosso, na safra 2022/23 o casal registrou 124 sacas de café e uma renda média bruta de R$ 66 mil, com uma lucratividade de R$ 44 mil.
Já na safra 2023/24 a produção subiu para 153 sacas e uma renda bruta de R$ 131 mil.
“Teve um aumento considerável, tanto na quantidade de saca quanto na renda bruta, e uma lucratividade de R$ 107 mil. Para a safra deste ano 2024/25 nós vamos ter uma manutenção, diante várias questões climáticas, talhões em renovação, em produção. A previsão de renda bruta é de R$ 180 mil, porque o café valorizou e em questão de lucratividade em torno de R$ 157 mil”, salienta Crislaine.


A satisfação do produtor com o retorno da atividade é reflexo dos avanços do manejo, no desempenho da lavoura e também na gestão do negócio.
O controle fica sob a responsabilidade da Apoliane. É ela quem mantém em dia todas as orientações recebidas da técnica do Senar Mato Grosso e destaca o tamanho da transformação que a assistência gerencial proporcionou ao sítio.
“Antes não existia gestão. Não tínhamos noção do que era gestão. A gente aprendeu até como anotar no caderno. O bom é que todo mês a gente está dando uma verificada, relembrando”, pontua Apoliane Cristina da Silva Oliveira,
Dos quase 12 mil pés de cafés cultivados na propriedade, 4,2 mil pés vão render frutos nesta safra. Os demais estão em formação.
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Mato Grosso colhe 7,2% da área de milho

Mato Grosso já colheu em torno de 513,4 mil hectares de milho. A extensão equivale a 7,20% dos 7,131 milhões de hectares semeados nesta temporada 2024/25.
Apesar do avanço semanal de 4,74 pontos percentuais, os trabalhos em campo no estado seguem atrasados em relação ao ciclo passado e a média dos últimos cinco anos.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), no ano passado nessa mesma época 21,73% da área plantada com milho segunda safra estava colhida. A média dos últimos cinco anos é de 15,18%.
Em relação às regiões, as máquinas no médio-norte já passaram por 10,07% dos pouco mais de 2,651 milhões de hectares plantados. Quem também está bem avançado é o noroeste do estado com 7,96% dos 698,3 mil hectares cultivados.
Ao norte já foram colhidos 7,79% da área semeada e no oeste mato-grossense 6,85%. Segundo o Imea, nas regiões centro-sul e nordeste as colheitadeiras passaram por 5,73% e 5,12% das respectivas áreas.
A região mais atrasada é a sudeste com 2,42% de seus 1,109 milhão de hectares plantados.
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Cuiabá será centro de Congresso Internacional voltado para gestão de incêndios

Cuiabá sediará a primeira edição do ForestFire – Congresso Internacional de Gestão de Incêndios Florestais, realizado pelo o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) e reunirá especialistas de dez países para participar dos debates.
O encontro é uma oportunidade para pesquisadores, produtores rurais, bombeiros, brigadistas e especialistas compartilharem ações futuras de gestão de incêndios florestais em conjunto com a proteção de vidas, do ecossistema e preservação do planeta.
Conforme o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros, Cel. Glêdson Vieira, para o Estúdio Rural deste sábado, o planeta inteiro tem sofrido com incêndios florestais.
Segundo o coronel, em 2024, mais de 600 municípios do Brasil declararam situação de emergência pelo avanço do fogo em áreas verdes.
“Em Mato Grosso, todos os anos se instala uma condição atmosférica de seca severa que causa situações propícias para que grandes incêndios ocorram. Em 2020, houve um grande incêndio no Pantanal e a imprensa internacional fez uma associação disso com os produtores rurais, como se uma coisa fosse a causa da outra e a gente sabe que os produtores apoiam o enfrentamento de incêndios”, explica.
O comandante explica que foi necessário entender como outros países estavam lidando com essas mudanças na forma de ocorrências florestais.
“A ideia é entender como outros países lidam com essas ocorrências e ver o que podemos adaptar para o nosso país. E queremos mostrar como Mato Grosso se preocupa com o meio ambiente e como o produtor também está aliado a isso. Nós queremos mostrar pro mundo o nosso trabalho”, pontua.
Participação essencial de produtores rurais
Em 2024 foi realizado um diagnóstico para mapear e classificar os territórios atingidos por incêndios no estado.
Os números mostram que os produtores rurais, na realidade, são os grandes aliados na prevenção aos incêndios florestais. Menos de um foco de calor foi registrado em 100km² de área privada regularizada no estado.
“Quando a gente vai a campo, encontramos um produtor rural com caminhão pipa, maquinários e eles participam do combate de fogos que nem estão na área deles. Eu pedi para esse levantamento ser feito para entender isso”, ressalta Glêdson.
Ele também comenta sobre o Sistema Integrado de Cadastro de Recursos para Apoio aos Incêndios Florestais (Sicraif), um novo sistema para que produtores rurais, prefeituras, instituições e demais parceiros possam registrar os meios que possuem para combater incêndios florestais, como máquinas, equipamentos e equipes.
“Então se nasce um foco de calor eu consigo detectar via satélite e ligar para o produtor mais próximo, o gerente de fazenda mais próximo para ele ir até lá e esperar minha equipe chegar. É um trabalho feito em conjunto e de forma mais rápida e eficiente. Isso aconteceu no Pantanal ano passado, 88% dos eventos de fogo que aconteceram, o Corpo de Bombeiros extinguiu quase que imediatamente. Só 12% dos dos eventos de fogo que lá aconteceram, viraram grandes incêndios”, ressalta o comandante.
R$ 125 milhões para combate aos incêndios
Para este ano, o Corpo de Bombeiros criou uma sala de situação de atenção exclusiva para o Pantanal. Com esse recurso é possível entender como os incêndios acontecem no estado, especialmente, para cuidar e monitorar o Pantanal.
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