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. . . . . . . . . . . . . . . 15 de June de 2025

Sustentabilidade

Com dólar favorecendo importações, mercado brasileiro de arroz segue pressionado – MAIS SOJA

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As cotações do arroz em casca no Brasil seguem pressionadas. Na média do Rio Grande do Sul, referência para o mercado nacional, a saca do grão em casca (50kg) fechou a quinta-feira (12) cotada a R$ 67,59, acumulando queda de 11,73% em relação ao mesmo período do mês passado e de 40,97% quando se compara a igual momento do ano passado.

O dólar mais baixo segue favorecendo o ingresso do produto importado, em casca e beneficiado, dos parceiros do Mercosul. “Por outro lado, mesmo com o produto gaúcho em casca competitivo em relação ao norte-americano, as vendas externas seguem fracas”, pondera o analista e consultor de Safras & Mercado, Élcio Bento.

No âmbito político, a Federarroz reuniu-se nesta quarta-feira (11), em Brasília, com representantes do Governo Federal para cobrar medidas emergenciais diante da crise no mercado do arroz, marcada por preços muito baixos e falta de liquidez. “O presidente da entidade destacou a gravidade da situação e defendeu ações imediatas ainda em 2025, como o uso de contratos de opção com preços até 20% acima do mínimo”, destaca Bento.

“A entidade também articula medidas para o próximo Plano Safra, mas rejeita qualquer compra com base no atual preço mínimo de R$ 63,00 por saca, considerado insuficiente para cobrir os custos de produção”, acrescenta o analista. “Caso os preços não melhorem, o setor prevê forte redução na área plantada”, ressalta.

Além disso, a Federarroz busca alternativas junto a instituições financeiras, discutindo o escalonamento das dívidas de custeio para aliviar a pressão de venda nos meses de junho e julho.

Fonte: Rodrigo Ramos/ Agência Safras News



 

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Sustentabilidade

Destaques da semana Mais Soja – MAIS SOJA

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Sustentabilidade

Sistema silvipastoril permite lotação de rebanho 256% maior que a média nacional

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Estudo realizado pela Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos, São Paulo, investigou a capacidade de um sistema silvipastoril (SSP) de neutralizar as emissões de metano entérico de bovinos de corte pela fixação de carbono pelas árvores e, ao mesmo tempo, aumentar a produtividade do rebanho. 

Os resultados, publicados na revista internacional Agricultural Systems, revelam que o sistema compensou a emissão de metano de mais de dois bovinos adultos. A pesquisa considerou apenas o carbono armazenado na parte do tronco das árvores destinada a produtos de maior valor agregado e mobiliário.

A média nacional é de apenas um animal adulto por hectare no Brasil. Porém, a integração da pecuária com o componente arbóreo permite mais do que o dobro da lotação padrão brasileira, tornando, assim, o modelo mais sustentável e produtivo por unidade de área.

O estudo comparou uma área composta por pastagem de capim-piatã sombreada por eucaliptos com um sistema a pleno sol de manejo intensivo.

Dessa forma, os pesquisadores avaliaram a emissão de metano utilizando a metodologia do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e a fixação de carbono pelas árvores por meio de medições de altura e diâmetro dos eucaliptos.

Papel das árvores na pecuária

O metano, liberado durante a digestão dos bovinos, é um dos principais gases de efeito estufa (GEE), contribuindo com 65% das emissões agropecuárias em equivalente de CO2. Apesar de ter uma vida útil menor na atmosfera em comparação ao CO2, esse gás possui um potencial de aquecimento global 27 vezes maior.

Nesse contexto, a integração de pecuária com eucaliptos surge como uma solução climática inteligente. As árvores presentes no sistema realizam a fotossíntese, absorvendo o dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e armazenando-o em sua biomassa.

Os cientistas consideraram a parcela do carbono acumulada no tronco, que possui maior estabilidade a longo prazo, como a madeira utilizada na indústria moveleira, seguindo as diretrizes do protocolo Neutral Carbon Brazilian Beef (NCBB).

Conforto animal

Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF)
Foto: Fabiano Marques Dourado Bastos/Embrapa

Mesmo em um sistema intensivo, com uma taxa de lotação 256% maior que a média brasileira, o componente florestal apresentou potencial significativo de neutralização das emissões de metano.

De acordo com o pesquisador da Embrapa José Ricardo Pezzopane, ao considerar todo o carbono fixado no tronco das árvores, o balanço líquido foi negativo em -14,28 Mg CO2 eq. por hectare ao ano.

“Ou seja, se considerarmos todo o carbono fixado no tronco das árvores, além de neutralizar a emissão de metano pelos animais, o sistema silvipastoril ainda sequestra grande quantidade de carbono”, diz.

Além da significativa redução do metano e do CO2, a pesquisa constatou que o SSP proporcionou maior conforto térmico aos animais em comparação com o sistema a pleno sol. A presença das árvores oferece sombra, reduzindo o calor no ambiente, o que pode impactar positivamente o bem-estar animal e, potencialmente, a produtividade.

“Os sistemas silvipastoris têm dupla função no combate às mudanças climáticas. Por um lado, é uma estratégia de mitigação por sequestrar carbono da atmosfera. Por outro, é uma estratégia de adaptação, pois aumenta o conforto térmico em um cenário cada vez maior de aumento de temperaturas”, destaca o pesquisador.

Implicações para a agropecuária brasileira

Os resultados demonstram o grande potencial do modelo silvipastoril como uma estratégia eficaz para mitigar as emissões de gases de efeito estufa na pecuária brasileira e, ao mesmo tempo, conferir bem-estar animal.

A adoção pode contribuir significativamente para as metas de redução de emissões do Brasil e para o desenvolvimento de uma produção de carne bovina mais sustentável e alinhada com as demandas de consumidores cada vez mais preocupados com as questões ambientais.

Segundo Pezzopane, o SSP pode apresentar uma menor massa de forragem em algumas estações devido ao sombreamento promovido pelas árvores. Ainda assim, a suplementação permitiu manter um desempenho animal semelhante ao do sistema a pleno sol.

Experimento

O sistema estudado foi estabelecido com eucalipto em 2011, inicialmente com um espaçamento de 15 por 2 metros, com uma densidade populacional de 333 árvores/ha. Em julho de 2016, as árvores foram desbastadas para um espaçamento de 15 m x 4 m. Assim a densidade foi de 167 árvores por hectare.

Com essa configuração, concluiu-se que o modelo compensou 77% da emissão de metano, considerando-se o carbono estocado nos troncos destinados a produtos de maior valor agregado e mobiliário.

Essa compensação correspondeu à emissão de 2,3 bovinos adultos por hectare. Ainda assim, a taxa de lotação real no experimento foi de 3,01 bovinos adultos por hectare.

*Sob supervisão de Victor Faverin

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Sustentabilidade

Aumento de 6°C nos termômetros até 2100 pode eliminar colmeias e alimentos, mostra Embrapa

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Ondas de calor, secas e inundações, reflexos das mudanças climáticas, impactam colmeias de abelhas no Brasil e no mundo. Com isso, não apenas a produção de mel, mas a segurança alimentar global como um todo enfrenta riscos, mostra estudo da Embrapa.

O ponto central da crise é a dependência da polinização para a produção de alimentos. A pesquisadora Fabia Pereira, da Embrapa Meio-Norte, ressalta que apicultores de diversas partes do mundo já percebem os efeitos da mudança climática em suas atividades.

“A frequência e a intensidade de eventos climáticos extremos representam desafios significativos para a sobrevivência das colmeias e a produtividade da cadeia apícola”.

Para ela, é fundamental desenvolver e implementar medidas de mitigação e adaptação para garantir a resiliência desses sistemas produtivos diante dos eventos climáticos extremos.

Enchentes e incêndios ameaçam colmeias

Segundo a Federação Apícola e de Meliponicultura do Rio Grande do Sul (Fargs), durante as enchentes em 2024 no estado, entre 35 mil e 60 mil colmeias foram destruídas, causando impacto direto na apicultura, meliponicultura e produção de alimentos que dependem da polinização.

Anteriormente, em 2016, também houve registros de perdas de insumos e equipamentos de produtores na Argentina e em outros estados do Brasil.

Incêndios também têm prejudicado colmeias de vários países além do Brasil, como Portugal, Espanha, Austrália e Canadá. O fogo consome as colmeias e o pasto apícola, que é o conjunto de plantas que fornecem os recursos necessários para alimentação de abelhas e para a produção de mel, pólen, própolis e cera.

Municípios de São Paulo, do Pantanal Matogrossense e até da região amazônica têm sentido os efeitos dos incêndios. “As colmeias que não são afetadas pelo fogo sofrem com os efeitos da fumaça. Estudos demonstram que a qualidade do ar foi afetada a distâncias que variavam de 120 km a 300 km de distância. As queimadas que atingiram o Pantanal em 2020 afetaram dez estados brasileiros, chegando à região Sul do país”, afirma Fábia.

O futuro incerto até 2100

Cientistas projetam um cenário preocupante para o clima brasileiro até o ano de 2100, alertando para um aumento de até 6°C na temperatura caso as emissões de gases poluentes se mantenham elevadas.

As previsões indicam que todos os biomas do país serão afetados, com destaque para a Amazônia, que pode registrar um aumento de temperatura entre 1°C e 6°C, acompanhado por uma redução nas chuvas que varia de 10% a 45%.

No Pantanal, a temperatura deve subir de 1°C a 4,5°C, enquanto a diminuição das chuvas pode atingir entre 5% e 45%. Já no Pampa, a elevação da temperatura esperada é de 1°C a 3°C, com uma redução de 5% a 40% no volume de precipitações.

A Caatinga, por sua vez, pode sofrer um aumento térmico de 0,5°C a 4,5°C, e uma queda nas chuvas que varia de 10% a 50%. Para a porção nordeste da Mata Atlântica, a previsão é de um incremento na temperatura entre 0,5°C e 4°C, e uma redução de 10% a 35% nas chuvas.

No Cerrado, as temperaturas podem se elevar de 1°C a 5,5°C, com uma diminuição de 10% a 45% nas chuvas. Finalmente, a porção Sul/Sudeste da Mata Atlântica deve registrar um aumento de temperatura de 0,5°C a 3°C, e uma redução de 5% a 30% nas chuvas.

A pesquisadora da Embrapa reforça que essas projeções demonstram a urgência de ações para mitigar os impactos das mudanças climáticas no Brasil.

Adaptação e resiliência

Besouro das colmeias; abelhas
Foto: Jessica Louque, Smithers Viscient, Bugwood.org

Para Fábia é importante encarar a mudança climática não apenas como um problema ambiental, mas como uma ameaça direta à produção de alimentos e à subsistência de comunidades rurais.

A vulnerabilidade do setor apícola, evidenciada pelos impactos que tem sofrido, exige uma ação colaborativa entre cientistas, governos, associações de produtores e a sociedade em geral para garantir a proteção das abelhas e, consequentemente, a sustentabilidade da vida no planeta.

A promoção de tecnologias e práticas adaptativas é um caminho apontado para mitigar os impactos e assegurar o futuro da apicultura e meliponicultura.

*Sob supervisão de Victor Faverin

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