Sustentabilidade
Mercado brasileiro de milho deve iniciar semana com negociações comedidas – MAIS SOJA

O mercado brasileiro de milho deve iniciar a semana com postura retraída nas negociações, mantendo o tom das últimas semanas. Os agentes avaliam os impactos do clima na produção da safrinha e a evolução da colheita do cereal no país. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera em baixa, enquanto o dólar sobe levemente frente ao real.
O mercado brasileiro de milho esteve travado nesta sexta-feira. Os consumidores voltaram a atuar de maneira comedida nas negociações, adquirindo lotes pontuais e aguardando por entrada de volumes maiores e preços mais fracos à frente por conta da safrinha. Os produtores estão avançando na fixação de oferta, mas um pouco mais cautelosos no dia. A valorização do real frente ao dólar, a paridade de exportação, o movimento dos futuros do milho e o clima são fatores acompanhados pelos agentes do mercado.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 68,00/71,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 67,00/70,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 60,00/65,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 65,00/66,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 67,00/70,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 68,00/70,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 67,00/69,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 64,00/70,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 52,00/56,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com vencimento em julho de 2025 operaram cotados a US$ 4,39 3/4 por bushel, baixa de 2,75 centavos, ou 0,62% em relação ao fechamento anterior.
* O mercado foi pressionado por um movimento de realização de lucros, após subir por quatro sessões consecutivas. Além disso, a perspectiva de um clima favorável para as lavouras nos Estados Unidos, consolidando uma safra abundante no país, complementou o quadro negativo.
* A desvalorização do dólar frente a outras moedas e os ganhos do petróleo em Nova York, por outro lado, limitaram perdas mais consistentes. Ainda hoje, no fim da tarde, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulga seu relatório semanal com as condições das lavouras norte-americanas.
* Na sexta-feira (6), os contratos com entrega em julho de 2025 fecharam com alta de 3,00 centavos, ou 0,68%, cotados a US$ 4,42 1/2 por bushel. Os contratos com entrega em dezembro de 2025 fecharam com avanço de 1,00 centavo, ou 0,22%, cotados a US$ 4,49 1/4 por bushel.
CÂMBIO
* O dólar comercial opera em alta de 0,08%, cotado a R$ 5,5737. O Dollar Index registra desvalorização de 0,07% a 99,12 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços firmes. Xangai, + 0,43%. Japão, + 0,92%.
* As principais bolsas na Europa operam com índices altos. Paris, -0,33%. Frankfurt, -0,74%. Londres, -0,21%.
* O petróleo opera com preços mais altos. Julho do WTI em NY: US$ 64,90 o barril (+0,49%)
AGENDA
– Inspeções de exportação semanal dos EUA – USDA, 12h.
– O Ministério do Desenvolvimento, da Indústria, do Comércio e Serviços divulga, às 15h, os dados preliminares de junho.
– Dados de comercialização de soja, milho e algodão – IMEA, 16h.
– Relatório de condições das lavouras nos Estados Unidos – USDA, 17h.
—-Terça-feira (10/06)
– Reino Unido: A taxa de desemprego dos últimos três meses até abril será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.
– O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga, às 9h, o IPCA e INPC referentes a maio.
– Dados sobre as lavouras do Paraná – Deral, na parte da manhã.
—–Quarta-feira (11/06)
– OCDE: O relatório sobre o crescimento do PIB dos países do G20 será publicado às 7h pela OCDE.
– Dados de abate trimestrais – IBGE, 9h.
– EUA: A leitura do índice de preços ao consumidor de maio será publicada às 9h30 pelo Departamento do Trabalho.
– EUA: A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 11h30 pelo Departamento de Energia (DoE).
—–Quinta-feira (12/06)
– Reino Unido: A leitura mensal do PIB de abril será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.
– Reino Unido: A produção industrial de abril será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.
– Reino Unido: O saldo da balança comercial de abril será publicado às 3h pelo departamento de estatísticas.
– OCDE: O relatório sobre a taxa de desemprego dos países do bloco será publicado às 7h pela OCDE.
– O IBGE divulga, às 9h, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola referente a maio.
– Atualização das estimativas de safra brasileira de grãos 2024/25 – Conab, 9h.
– EUA: A leitura do índice de preços ao produtor de maio será publicada às 9h30 pelo Departamento do Trabalho.
– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30.
– Relatório de oferta e demanda junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 13h.
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.
—–Sexta-feira (13/06)
– Japão: A leitura revisada da produção industrial de abril será publicada à 1h30 pelo ministério da Economia, Comércio e Indústria.
– Alemanha: A leitura revisada do índice de preços ao consumidor de maio será publicada às 3h pelo Destatis.
– Eurozona: A produção industrial de abril será publicada às 6h pelo Eurostat.
– Eurozona: O saldo da balança comercial de abril será publicado às 6h pelo Eurostat.
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
Fonte: Pedro Carneiro / Safras News
Sustentabilidade
APROSOJA RS – SAFRA DE SOJA 24/25: pouco rendimento nas lavouras e desvalorização do grão – MAIS SOJA

A colheita da sofra de soja 2024/2025 chegou ao fim no Rio Grande do Sul. Devido à estiagem, quando a planta precisava de água para se desenvolver, a quebra já era esperada pelos produtores. De acordo com as informações da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Rio Grande do Sul – APROSOJA RS os números foram ainda mais impactantes: “esperávamos uma safra variando entre 22 e 23 milhões de toneladas e finalizamos com números entre 13 e 14 milhões de toneladas”, comentou o diretor – presidente, Ireneu Orth.
A metade sul do estado do Rio Grande do Sul possui o maior número de produtores afetados, tanto com as enchentes de 2024 quanto pela estiagem de 2025. Metade dos agricultores gaúchos tiveram perdas significativas, que se somam às três safras frustradas anteriores a esse período. “Após o início das mobilizações, em contato com produtores de diferentes regiões do estado, tivemos maior dimensão das perdas”, comentou Orth.
Não bastando o pouco rendimento nas lavouras, o grão está bastante desvalorizado. O preço da saca de soja no Rio Grande do Sul varia de acordo com a região, mas em média, está em torno de R$ 120 a R$ 135. Em Passo Fundo, o preço da saca de soja tem sido de R$ 122,96. No entanto, em Porto Alegre, o preço é estimado em R$ 133,14. Em Santa Maria, o preço é de R$ 122,96. Já em São Sepé, o preço também é de R$ 122,96. A cotação também varia de acordo com o local de armazenamento, se o produtor possui o grão na propriedade ou já fez a entrega para as cerealistas.
Com o propósito de ajudar o produtor rural, a Aprosoja RS lançou a ideia do projeto de securitização, que foi abraçada pelo senador Luís Carlos Heinze e, com o auxílio do chefe de gabinete Cláudio Santa Catarina, iniciou-se a formulação do projeto. Após, outras entidades engajaram e, atualmente, todos produtores estão unidos nessa luta.
Para o diretor da Aprosoja RS, o grande problema do endividamento, além das safras ruins e os preços baixos da soja, é o excesso de juros cobrados pelos bancos, especialmente para quem não conseguiu crédito subsidiado; “neste momento, apenas a securitização ajudará os produtores gaúchos”, finalizou.
Fonte: Aprosoja RS
Sustentabilidade
Governo brasileiro trava mercado de carbono e afasta bilhões em financiamento climático, alerta especialista – MAIS SOJA

O governo brasileiro tem adotado uma postura que limita a participação de empresas privadas e governos estaduais no mercado regulado de carbono, colocando o país em desvantagem em relação a nações vizinhas como Guiana, Paraguai e Peru, que já avançam em acordos bilaterais e na implementação de mecanismos de Ajuste Correspondente (CA).
Segundo avaliação de Pedro Plastino, especialista em negócios climáticos, durante as discussões do projeto de lei 182/2024, que trata sobre o mercado de carbono, o Ministério do Meio Ambiente tentou retirar dos estados a autonomia para conduzir programas jurisdicionais – uma tentativa que foi barrada pelo Congresso. No entanto, o governo federal mantém uma visão centralizadora, insistindo que apenas a União deve liderar a agenda climática nacional.
“A ausência de um mecanismo de CA impede que o Brasil acesse bilhões de dólares em financiamento climático internacional. Isso não afeta apenas a conservação florestal, mas também trava investimentos essenciais na transição energética, em projetos de biogás, carbono no solo, reflorestamento e outras soluções de mitigação climática”, comenta o especialista.
Plastino ainda conclui que, ao adotar uma postura restritiva e desconectada das dinâmicas internacionais, o Brasil perde não apenas recursos financeiros, mas também tempo e credibilidade em um cenário global cada vez mais competitivo na agenda climática.
Sobre o especialista
Pedro Plastino é um executivo brasileiro especializado em mercados de carbono e finanças sustentáveis. Cofundador do Future Climate Group, atuou como Chief Business Officer, liderando negociações estratégicas de créditos de carbono e iniciativas nos mercados de Equity, DCM e Asset Management. Anteriormente, foi Head de M&A na Potenza Capital, boutique afiliada ao BTG Pactual. Atualmente, é participante do Program for Leadership Development (PLD) da Harvard Business School, sendo o único representante do setor climático entre os 130 líderes globais selecionados.
Fonte: Assessoria de Imprensa Future Climate Group
Sustentabilidade
Colheita da safrinha 2025 de milho atinge 0,6% no Centro-Sul do Brasil, aponta Safras – MAIS SOJA

A colheita da safrinha 2025 de milho atingia 0,6% da área estimada de 15,407 milhões de hectares na sexta-feira (9), segundo levantamento de Safras & Mercado.
A ceifa atinge 0,9% da área no Paraná, 0,3% em Mato Grosso do Sul e 1% em Goiás. Em São Paulo, Mato Grosso e em Minas Gerais os trabalhos ainda não iniciaram.
No mesmo período do ano passado, a colheita de milho atingia 4,3% da área cultivada de 14,711 milhões de hectares. A média de colheita dos últimos cinco anos para o período é de 1,7%.
Matopiba
Na região do Matopiba, a colheita da safrinha 2025 de milho atinge 0,5% da área cultivada de 1,280 milhão de hectares. A ceifa atinge 1,2% da área no Tocantins, 0,2% no Maranhão e 0,4% no Piauí. Na Bahia os trabalhos ainda não iniciaram.
No mesmo período do ano passado, a colheita atingia 0,8% na área cultivada de 1,184 milhão de hectares, enquanto a média dos últimos cinco anos para o período é de 0,3%.
Fonte: Arno Baasch / Safras News
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