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. . . . . . . . . . . . . . . 9 de June de 2025

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O que agro quer com aeroporto executivo de R$ 100 milhões em Cuiabá, o maior do Centro-Oeste

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Alexandre Saconi/UOL –  A gigante agropecuária Bom Futuro inaugurou a ampliação de seu aeroporto privado, que custou R$ 100 milhões ao longo dos anos. Apenas o novo terminal custou R$ 20 milhões, e conta com facilidades que lembram aeródromos internacionais de altíssimo luxo. Ali voam 20 mil passageiros por ano, e são realizados de 40 a 50 voos por dia durante a semana, sendo que 10% da operação do aeroporto é do grupo Maggi Scheffer.

Localizado em Cuiabá e considerado o do Brasil, ele se torna mais um espaço de luxo e negócios, em um segmento representado por poucos concorrentes no país, como o São Paulo Catarina Aeroporto Executivo, distante cerca de 1.300 km do seu correlato mato-grossense.

O que seus proprietários, a família Maggi Scheffer quer com esse mega espaço no coração do Mato Grosso? E como foi chegar lá de jatinho?.

O que tem o aeroporto?

O aeroporto tem uma pista de 1.557 metros de comprimento e 30 de largura, permitindo que ali operem aviões de grande porte além de jatos executivos, os “jatinhos”. Como comparação, o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, tem 1.323 metros de extensão por 42 de largura, enquanto Congonhas, em São Paulo, tem 1.883 metros de extensão por 45 de largura.

O Bom Futuro ainda conta com luzes para operação noturna e acesso às duas cabeceiras por meio de pista de taxiamento paralela à de pouso. Nem mesmo aeroportos de diversas capitais possuem essa facilidade, obrigando os aviões a taxiarem e manobrarem ao final da pista.

O local ainda conta com empresas de abastecimento de combustível. São cinco hangares, onde, hoje, ficam 80 aeronaves, entre jatos e helicópteros.

O novo terminal de luxo lembra um pouco os de grandes aeroportos internacionais, como Singapura e Dubai. Ele leva o nome de Luzia Maggi Scheffer, matriarca da família.

Com a devida proporção (até mesmo pelo contexto), ali é possível encontrar, entre outros:

Serviços de Concierge;

Sala de cinema;

Alojamento para os pilotos descansarem enquanto aguardam para voar;

Sala de reunião;

Sala de jogos;

Salas privativas;

Academia;

Duchas;

Vallet;

Cafeteria;

Estacionamento coberto:

Pontos para abastecimento de carros elétricos.

Terminal executivo do aeroporto privado Bom Futuro teve investimento de R$ 20 milhões e leva o nome da matriarca da família dona da empresa, Luzia Maggi Scheffer [Foto: Divulgação/Bom Futuro]

Histórico

O local começou a ser estruturado em 2011, e, em 2014, a família entrou de vez para o ramo aeroportuário. De acordo com Kleverson Scheffer, diretor da Bom Futuro, a ideia de ter um aeroporto surgiu quando a empresa migrou de Rondonópolis, no interior do Mato Grosso, para a capital, Cuiabá.

Ele diz que seus pais e seus tios brincavam dizendo que não sabiam andar na cidade grande, não gostavam do trânsito, e que queriam ficar mais próximos das fazendas da família. Inicialmente, a pista original servia para auxiliar na operação da empresa e da família, e acabou se transformando no aeroporto.

“A gente começou mesmo com uma pista de chão batido só para facilitar a ida para a fazenda. Daqui, com uma horinha de voo, já estávamos na maioria das fazendas, então, facilitava a gente estar sempre presente nessas fazendas nas várias regiões do estado”, diz o executivo.

Entretanto, logo que a operação começou, amigos e outros empresários também pediram para usar a pista, justamente devido à proximidade com a capital do estado. Diante dessa demanda, foram mudando a infraestrutura do local, pavimentando a pista, colocando iluminação para operação noturna, ampliando a capacidade de receber terceiros e abastecimento de combustível.

“Hoje nós temos cinco hangares aqui hoje e cerca de 80 aeronaves hangaradas. O aeroporto tem uma operação de 40 a 50 voos por dia de semana, e mais de 20 mil passageiros passam aqui por ano. A gente tem aqui vários aviões hangarados aqui, temos empresários do agro, do Grupo Maggi e do Grupo Scheffer (que são até da família), e outros grupos no agro. Aqui no Mato Grosso, praticamente, 90% deles operam com a gente”, afirma Scheffer.

O empresário Kleverson Scheffer, filho de Eraí e diretor do Bom futuro

Seu pai, Eraí Maggi Scheffer, um dos fundadores da Bom Futuro, destaca a importância do aeroporto para os negócios da família e do estado.

“Nós temos a região de Cuiabá como uma das maiores produtoras [do agro] e a que mais cresce. […] É o lugar que tem de ter alternativa para as pessoas do mundo inteiro virem, como empresários, investidores e todas as pessoas do setor que possam desenvolver esse gigante a partir da produção, e onde também temos de partir para a industrialização” diz Eraí.

Eraí Maggi Scheffer, um dos proprietários do grupo que leva seu sobrenome e investiu R$ 100 milhões no aeroporto Bom Futuro [Foto – Alexandre Saconi]

Para o empresário, o local é um ponto para viabilizar os encontros entre agentes econômicos, diminuindo o tempo gasto na viagem entre a cidade e outros polos do país, como o financeiro e o produtivo do agronegócio. “Quando você vai no aeroporto [Marechal Rondon, da capital], às vezes tem de ficar voando meia hora aguardando para poder descer e depois chegar no escritório de alguém. Se ele vier aqui [no Bom Futuro], ele vai encurtar isso para metade do tempo”, defende Eraí.

“Aqui já tem toda a estrutura, salas de reunião, lugar para piloto descansar, academia, tem tudo para o piloto também ficar tranquilo, já que é o que vai comandar a gente no ar”, completa.

Questionado se valeu a pena gastar os R$ 100 milhões no aeroporto, o empresário é enfático. “Isso aqui mostra o tamanho que é o Mato Grosso e a força que é o agro e outras atividades que podemos desenvolver aqui também. Isso aqui é para todos nós. Valeu a pena [investir], mas eu já imaginava isso antes”, conclui Eraí.

Terminal executivo do aeroporto privado Bom Futuro teve investimento de R$ 20 milhões e leva o nome da matriarca da família dona da empresa, Luzia Maggi Scheffer
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Confirmado primeiro caso de gripe aviária em Mato Grosso

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Foi confirmado neste domingo (8) o primeiro caso de gripe aviária em Mato Grosso. Trata-se de uma galinha doméstica para subsistência no município de Campinápolis.

A confirmação foi publicada por volta das 13h, no horário de Brasília, no mapa de monitoramento do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Com isso, sobe para cinco o número de casos confirmados no Brasil. O único até agora em ave comercial segue sendo o de Montenegro, no Rio Grande do Sul, o primeiro a ser confirmado no país em maio.

Em Brasília (DF) foi confirmado um caso em ave Irerê, do tipo silvestre-vida livre. Também há um caso confirmado de gripe aviária em um cisne negro (silvestre-cativo) no município de Mateus Leme, em Minas Gerais.

Ainda no Rio Grande do Sul, em Sapucaia do Sul, há um caso confirmado em andamento em cisne negro (silvestre-cativo), conforme o painel de monitoramento do Mapa.

Na última sexta-feira (6), o Ministério da Agricultura e Pecuária informou que oito casos no Brasil estavam sob investigação, nenhum em granja comercial.

Equipes do Mapa e do Instituto de Defesa da Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) encontram-se em Campinapólis para as devidas medidas de segurança.


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Do mundo acadêmico para o campo: a ponte que financia a inovação no agro

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Conciliar as dores do empreendedorismo com as dificuldades para a captação de recursos a longo prazo. Este é um dos objetivos da Consultoria Conecta que utiliza o conhecimento científico com inovações no agronegócio e soluções concretas para estes gargalos. 

Conforme o sócio-fundador da empresa, Marcus Taques, ao Estúdio Rural deste sábado, acessar crédito com juros baixos e prazos acessíveis, era extremamente difícil. 

“A Conecta especializou-se em levar ao setor produtivo soluções de financiamento, inovação e incentivo fiscal, muitas vezes desconhecidas pelos empreendedores e produtores rurais. E faz isso conectando dois mundos historicamente distantes: o da academia e o da indústria”, pontua Marcus. 

Marcus, que também tem sólida trajetória acadêmica, explica que a essência da empresa está justamente em transpor a distância entre o conhecimento produzido nas universidades e demandas práticas do mercado de trabalho, especialmente do agronegócio. 

“A academia tem muita coisa a oferecer. O desafio é traduzir esse conhecimento em soluções reais para quem está na ponta, como o produtor rural”, conta. 

Um dos eixos de trabalho é a captação de recursos com juros subsidiados para projetos de inovação. Entre as principais fontes está a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). 

“Hoje no Brasil as linhas de crédito mais baratas passam pela Finep. Ou até mesmo recursos que a gente chama de ‘fundo perdido’ que são as subvenções econômicas, que são aqueles recursos onde o governo faz o investimento na empresa para que ela possa desenvolver tecnologias e inovações, sem que isso tenha que ser devolvido no formato de empréstimo”, diz. 

Marcos explica que  é no conceito de inovação que reside um dos maiores desafios: a compreensão do que, de fato, é inovar.

Para ele, muitos produtores ainda enxergam inovação como algo relacionado à alta tecnologia e que na verdade, no campo, adotar um processo novo, melhorar um serviço ou implantar uma solução simples para resolver um gargalo já configura inovação. 

“E isso pode ser financiado. Estamos falando de crédito até seis vezes mais barato que o convencional, com carência de quatro anos. A Finep, por exemplo, que é a financiadora de estudos e projetos, ela é uma das executoras do que é chamado de Nova Indústria Brasil. São mais de 300 bilhões de reais investidos até 2026 com foco na inovação e na reindustrialização do país”, destaca. 

Foto: Canal Rural Mato Grosso

Rastreabilidade do algodão e inovação

A cooperativa Coabra, de Sinop (MT), enfrentava dificuldades na classificação do algodão, essencial para a comercialização internacional. Com apoio da Conecta, a cooperativa captou recursos subsidiados e passou a oferecer o serviço aos seus mais de 200 cooperados, agregando valor à produção. 

“Classificar o algodão não é algo disruptivo por meio do HVI (High Volume Instrument). Chegava na época da safra, na hora de classificar e a cooperativa tinha uma demanda muito grande por esse serviço. A região não conseguia atender a demanda de todos os produtores. Quando eles nos procuraram, nós fizemos um projeto para captar recursos com juros subsidiados para a cooperativa, justamente, com foco na inovação de serviço”, diz Marcus. 

Outro pilar estratégico é o trabalho com a Lei do Bem, legislação federal pouco conhecida, que permite às empresas no regime de lucro real e com lucro fiscal no regime. 

Marcus explica que “se eu estou no lucro real, que é um regime tributário e invisto em pesquisa, desenvolvimento, inovação, eu posso recuperar parte daquilo que eu estou investindo”. 

Ou seja, é possível abater até 34% daquilo que é investido em pesquisa e inovação na base de cálculo do imposto de renda. A dificuldade, conforme Marcus, é a falta de informação e de apoio técnico para operacionalizar o benefício.

“Em 2023, só 43 empresas de Mato Grosso utilizaram a Lei do Bem. Destas, apenas nove eram do agro”, conta.

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Crise geopolítica ainda impacta nas cotações internacionais

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A crise geopolítica, em decorrência das taxações dos Estados Unidos, segue impactando nas cotações internacionais. A semana foi marcada de pouca movimentação.

As informações constam no Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa desta sexta-feira (6).

Confira os destaques trazidos pelo Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa:

Algodão em NY – O contrato Jul/25 fechou nesta quinta 05/jun cotado a 65,36 U$c/lp (+0,8% vs. 29/mai). O contrato Dez/25 fechou em 67,98 U$c/lp (+0,3% vs. 29/mai).

Basis Ásia – Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 1.026 pts para embarque Jun/Jul-25 (Middling 1-1/8″ (31-3-36)), fonte Cotlook 05/jun/25.

Altistas 1 – O Índice do Dólar Americano continua em queda, o que torna o algodão cotado na moeda norte-americana mais barato no mercado global.

Altistas 2 – Os presidentes Donald Trump (EUA) e Xi Jinping (China) conversaram ontem e, segundo Trump, a conversa “resultou em uma conclusão muito positiva”.

Altistas 3 – A inflação caiu abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE), especialmente devido à queda nos custos dos serviços, considerada uma surpresa positiva.

Altistas 4 – Esse cenário na Europa reforça a expectativa de cortes de juros na região, uma vez que a política monetária pode ser afrouxada quando a inflação está controlada.

Baixistas 1 – A OCDE revisou para baixo sua projeção de crescimento global, citando a persistência da guerra comercial e o risco inflacionário como principais causas.

Baixistas 2 – Os recentes desdobramentos da guerra Rússia-Ucrânia indicam que o conflito pode durar um bom tempo ainda.

Baixistas 3 – Com cerca de 66% da área já plantada, o clima melhorou nos EUA. As planícies do Texas continuam recebendo chuvas esparsas, permitindo o início da safra, embora ainda haja pouca umidade no subsolo.

Baixistas 4 – Por outro lado, chuvas em várias partes do cinturão do algodão dos EUA têm atrasado (ou impedido) o plantio em várias áreas. Ainda é cedo para tirar conclusões sobre a safra dos EUA.

China 1 – Ocorre na China na próxima semana (11-12/Jun) o maior evento do setor do algodão no país, a Conferência Internacional de Algodão da China, em Guangzhou.

China 2 – O evento reunirá centenas de indústrias, formuladores de políticas públicas, executivos e empresários do setor e é promovido pela China Cotton Association.

China 3 – O Brasil será um dos destaques com uma palestra do diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, na plenária principal do evento.

China 4 – A delegação de produtores e traders do Brasil presente no evento também realizará um coquetel com os principais empresários do setor na China, além de outras ações de promoção comercial do algodão do Brasil.

Missão Ásia – Em seguida, a delegação brasileira segue para Taipei (Taiwan) e Seul, na Coreia do Sul, onde também realizará uma agenda de promoção comercial. Essas ações integram o Cotton Brazil, programa da Abrapa e parceria com ApexBrasil e Anea.

Bangladesh 1 – As importações de algodão em maio por Bangladesh somaram 145.834 tons, abaixo das quantidades recebidas em abr/25 e mai/24. A Zona Franca Africana foi o principal fornecedor (38%), seguida pelo Brasil (32%) e pela Índia (11%).

Bangladesh 2 – As importações acumuladas nos primeiros dez meses da safra somaram 1,39 milhão tons, (+14% que em 2023/24). Do total, a Zona Franca Africana representou 40%, Brasil 24% e Índia 16%.

Egito – Dados do Ministério da Agricultura do Egito indicam que o plantio atingiu cerca de 46.500 ha, representando 41% das intenções oficiais.

Paquistão – O plantio no Paquistão progride bem no sul do Punjab e no alto Sindh. Há preocupações quanto ao total final na província de Sindh, cuja semeadura atingiu cerca de 60% da área registrada até este momento em 2024.

Vietnã – Fiações vietnamitas têm estoque suficiente para produzirem por apenas meio mês. A demanda está focada em algodão mais barato. A perspectiva a longo prazo segue ligada aos EUA, o maior mercado consumidor de produtos vietnamitas.

Austrália – A produção de pluma de algodão em 2024/25 na Austrália aumentou para 1,2 milhão tons (+12% em relação à safra de 2023/24), de acordo com o relatório de junho da ABARES.

Eid al-Adha – A celebração do mais importante feriado islâmico, o Eid al-Adha, pode afetar as atividades industriais de 6 a 10/jun em países como Bangladesh, Paquistão, Turquia, Egito, Malásia, Indonésia e Singapura.

Brasil – Exportações 1 – As exportações brasileiras de algodão somaram 192,2 mil tons em maio, queda de 16,2% com relação aos embarques de maio/24 (229,4 mil tons).

Brasil – Exportações 2 – Entre ago/24 e mai/25, as exportações somam 2,57 milhões tons, alta de 9,4% com relação ao mesmo período em 23/24.

Brasil – Colheita 2024/25 – Até ontem (05), foram colhidos no estado de GO 0,59%; MG 19%; MS 1,7%; PI 6,7%; PR 70% e SP 63%. Total Brasil: 1,04%.

Preços do Algodão – Consulte tabela abaixo:

Fonte: Abrapa

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