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frio, tempo seco e tempestades estão ‘no radar’

Nesta semana, a previsão do tempo aponta variações climáticas em diferentes regiões do Brasil. Segundo o meteorologista do Canal Rural, Arthur Mülller, algumas áreas terão queda nas temperaturas e risco de geadas, enquanto outras enfrentarão calor intenso e pouca chuva. Além disso, temporais isolados podem surpreender algumas regiões, enquanto o tempo seco e quente persistirá em outras.
O tempo no Sul do Brasil
A chuva começa a diminuir no Paraná, porém ainda haverá umidade suficiente para provocar pancadas isoladas, principalmente no leste e norte do estado. Em Santa Catarina, espera-se chuva moderada a forte no leste e norte, com temperaturas em declínio ao longo do dia. No Rio Grande do Sul, a segunda-feira será fria, mas sem previsão de chuva em Porto Alegre, sul e oeste do estado.
Há possibilidade de geada ao amanhecer na região da Campanha. Atenção ao risco de geada na terça e quarta-feira em áreas de baixada do RS e SC, onde as mínimas podem ficar abaixo de 4ºC. No Paraná, o risco de geada está restrito à porção sul, próximo à divisa com SC, também com mínimas abaixo de 4ºC.
A partir de sexta-feira, as temperaturas começam a subir gradativamente em toda a região. No Rio Grande do Sul, não há previsão de chuva, enquanto no planalto e leste catarinense, bem como no centro-leste paranaense, espera-se um acumulado de 10 a 20 mm, volume que não deve prejudicar as atividades no campo.
Sudeste
Na segunda-feira, a previsão é de chuva no centro-leste de São Paulo, sul de Minas Gerais e sul do Rio de Janeiro. A baixa pressão na costa da região estimula nuvens carregadas, incomuns para junho, com possibilidade de chuvas fortes e temperaturas baixas na capital paulista. O tempo estará mais aberto e ensolarado no centro-norte de Minas, incluindo Belo Horizonte e Vitória, sem chuva prevista.
A semana no Sudeste do Brasil será marcada por chuvas passageiras nos quatro estados, com acumulados entre 15 e 25 mm, o que ajuda a elevar a umidade relativa do ar e reduzir o risco de incêndios. A partir de quinta-feira, o frio se intensifica, especialmente em São Paulo, onde as mínimas podem ficar abaixo de 10ºC, com possibilidade de recorde de frio para o ano, com mínimas inferiores a 9ºC.
O frio avança para o RJ, ES e MG, o que reduz as temperaturas, mas sem risco de geada nas baixadas. Na sexta-feira, o norte de MG terá máximas em torno de 22ºC e mínimas de 18ºC. O risco de geada fica restrito às áreas serranas de SP e MG, onde a mínima entre sexta e sábado pode atingir cerca de 2ºC.
Centro-Oeste do Brasil com pancadas de chuvas
A região terá pouca chuva, com pancadas irregulares no noroeste de Mato Grosso do Sul e no extremo sul de Mato Grosso, onde há risco de trovoadas. A entrada de ar frio reduzirá as temperaturas no sudoeste e extremo sul de MS, com queda do calor em Cuiabá. O norte de Goiás e o Distrito Federal terão tempo seco e máximas ainda elevadas durante a tarde. A maioria das áreas produtoras segue sem chuva, com umidade restrita à tripla divisa dos estados, acumulando entre 10 e 15 mm, volume que não atrapalha as operações no campo.
Vale reforçar a atenção ao calor em Mato Grosso e Goiás, onde as máximas podem chegar a 37ºC ou 38ºC, e a umidade relativa do ar deve ficar baixa, o que exige hidratação redobrada dos produtores durante o trabalho no campo. O frio ficará restrito à terça-feira no sul de Mato Grosso, com mínimas entre 8ºC e 9ºC, sem risco de geada. A partir de quarta-feira, as temperaturas sobem gradativamente.
Como fica o Nordeste?
A maior parte da região Nordeste do Brasil segue com tempo seco e baixa umidade do ar no norte e noroeste da Bahia, entre o sul do Maranhão, Piauí e interior de Pernambuco. Na segunda-feira, haverá aumento da umidade na costa leste e norte do Nordeste, com possibilidade de chuva moderada em Recife, Natal, Fortaleza e São Luís. O calor predomina no interior, com máximas entre 37ºC e 38ºC e baixa umidade, exigindo atenção redobrada à hidratação para quem trabalha no campo.
Além disso, a umidade da semana concentra-se na faixa leste dos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, com acumulados entre 10 e 20 mm. O maior volume está previsto para o Maranhão, com 30 a 40 mm, o que contribui para a reposição hídrica do solo, mas pode atrasar os trabalhos agrícolas, principalmente no centro-norte do estado.
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Mapa lança livro sobre riscos em alimentos vegetais

Em comemoração ao Dia Mundial da Segurança dos Alimentos, celebrado em 7 de junho, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) lançou uma nova publicação técnica que orienta sobre os principais riscos que podem comprometer a segurança de alimentos de origem vegetal. O foco são os perigos biológicos, químicos e físicos que podem estar presentes em frutas, verduras, legumes e outros produtos consumidos diariamente pelos brasileiros.
O livro, intitulado “Identificação de perigos biológicos, químicos e físicos em alimentos de origem vegetal”, foi desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), dentro do Projeto de Cooperação Técnica BRA/IICA/16/001. A iniciativa faz parte dos esforços de modernização da gestão do Mapa, unindo segurança alimentar, sustentabilidade e competitividade do agronegócio.
Para quem é o material?
A publicação é voltada a auditores fiscais federais agropecuários, profissionais da área de segurança dos alimentos, consultores, representantes do setor produtivo e instituições acadêmicas. O conteúdo oferece uma visão técnica e atualizada sobre as rotas de contaminação de alimentos vegetais, bem como medidas eficazes de controle, com base em evidências científicas.
Além de apoiar a fiscalização e auditoria de alimentos, o material também busca harmonizar procedimentos de inspeção vegetal que segue a Instrução Normativa n.º 23/2020 e atender às exigências de mercados internacionais.
Lançamento oficial
O lançamento oficial da publicação ocorrerá no dia 13 de junho, às 9h, no Auditório Olacyr de Moraes, em Brasília (DF). O evento reunirá representantes do Mapa, lideranças do setor produtivo e chefias das divisões de inspeção vegetal das Superintendências Federais de Agricultura.
“Esta publicação representa um avanço para a inspeção vegetal no Brasil. Com base em evidências científicas e dados robustos, ela nos oferece uma ferramenta concreta para orientar auditorias, fortalecer o controle de perigos e apoiar o setor produtivo na oferta de alimentos mais seguros”, afirma Hugo Caruso, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (DIPOV).
Além de apresentar o conteúdo técnico, o evento também busca reforçar a articulação entre os diferentes atores da cadeia produtiva e incentivar o uso do livro como ferramenta estratégica na gestão de riscos em alimentos de origem vegetal.
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Levantamento aponta custos da produção de gado, café e cana-de-açúcar

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu nesta semana novos painéis do projeto Campo Futuro, com foco na coleta de dados sobre os custos de produção em diferentes atividades agropecuárias. Os encontros foram realizados em municípios dos estados do Acre, Bahia e Minas Gerais, abrangendo as cadeias da pecuária de corte, do café arábica e da cana-de-açúcar.
A iniciativa visa unir a capacitação técnica de produtores à geração de informações estratégicas que subsidiem decisões no campo. Os painéis contam com a participação de produtores rurais, técnicos, especialistas, instituições de pesquisa, federações e sindicatos.
Os custos de produção da pecuária de corte no Acre
No Acre, os painéis concentraram-se na atividade de pecuária de corte. Em Cruzeiro do Sul, foi analisado um sistema de ciclo completo, com cria, recria e engorda, em uma propriedade modal com 175 hectares de pastagem e rebanho de 100 vacas. O Custo Operacional Efetivo (COE) ficou em R$ 171,03 por arroba, com destaque para os gastos com mão de obra contratada e diaristas (45,1%) e suplementação mineral (12,9%).
Em Sena Madureira, a produção é voltada à cria de bezerros a pasto com suplementação. A propriedade típica tem cerca de 200 hectares e 250 matrizes, com desmama anual de 150 bezerros. O desembolso direto foi de R$ 65,00 por arroba, sendo a suplementação mineral (31,4%) e a reposição do rebanho (15,9%) os principais componentes do custo.
Na capital, Rio Branco, a propriedade avaliada também é de cria, com 200 matrizes e 120 bezerros desmamados por safra, em área de 160 hectares. A suplementação mineral representou 29,3% do COE, seguida por combustível (18,9%) e mão de obra (14,3%).
Em Xapuri, o painel identificou uma propriedade de cria com 200 hectares de pastagem, 156 vacas em média e 113 bezerros desmamados por ano. O custo de produção por arroba foi de R$ 96,70, enquanto o custo por arroba vendida alcançou R$ 107,16.
Café arábica na Bahia
Na Bahia, os levantamentos foram feitos na Chapada Diamantina, polo tradicional da cafeicultura. Em Ibicoara, a propriedade modal possui 3 hectares com manejo semimecanizado e sistema de sequeiro. O COE foi composto majoritariamente por gastos com mão de obra (55%), fertilizantes e defensivos (21%), mecanização (2%) e despesas gerais (22%).
Em Piatã, o painel apontou um aumento de 8% nos custos em comparação com 2024, puxado principalmente pelo avanço dos custos com mão de obra, que responderam por 64% dos gastos e subiram 34% no último ano. Em contrapartida, houve redução nas despesas com defensivos (-62%), corretivos (-26%) e fertilizantes (-21%). A produtividade média foi estimada em 20 sacas por hectare, um leve avanço em relação à safra anterior.
Cana-de-açúcar em Minas Gerais
Os painéis sobre cana-de-açúcar foram realizados em Campo Florido e Frutal, no Triângulo Mineiro. Em Campo Florido, a propriedade modal definida tem 1.000 hectares, com produtividade estimada de 90 toneladas por hectare na safra 2025/2026. Segundo a assessora técnica Eduarda Lee, houve crescimento do plantio mecanizado na comparação com 2023. No entanto, houve, também, uma redução nas margens e rentabilidade para o produtor.
Já em Frutal, os dados apontam uma propriedade modal de 500 hectares, com produtividade média de 80 toneladas por hectare. A região apresenta divisão equilibrada entre plantio manual e mecanizado, com cada método respondendo por 50% da área cultivada.
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Proteína do feijão está pronta para o mundo

Enquanto parte do mundo já está escolhendo os insetos para se alimentar, o Brasil surge com o bom e sempre presente feijão com qualidade nutricional, sustentabilidade e muito mais proteína. Em um planeta que já ultrapassa os 9 bilhões de habitantes, a demanda por proteínas seguras, acessíveis e sustentáveis cresce rapidamente. Nesse cenário, o feijão brasileiro emerge como alternativa estratégica — tanto como alimento essencial quanto como matéria-prima para a indústria de proteínas vegetais.
Enquanto a América do Norte aposta na ervilha amarela como base de sua indústria de proteínas vegetais, o Brasil conta com cultivares de feijão com teores de proteína entre 22% e 26%, superando, em muitos casos, os níveis encontrados nas ervilhas.
Além disso, o feijão apresenta perfil ideal para formulações industriais: sabor neutro, baixo teor de gordura, índice glicêmico equilibrado, boa digestibilidade e presença de aminoácidos essenciais.
Feijões como o carioca, preto, mungo, caupi, jalo e roxinho estão prontos para ocupar espaço na formulação de hambúrgueres vegetais, bebidas, suplementos e refeições prontas. E mais: são culturas amplamente dominadas pelos agricultores brasileiros, com disponibilidade e escalabilidade.
Um marco importante nesse avanço é o trabalho da pesquisadora Janice Lima, da
Embrapa Alimentos e Territórios (RJ), que vem obtendo excelentes resultados na extração de proteína isolada de feijão com alta qualidade tecnológica e nutricional. A pesquisa reforça a viabilidade do Brasil liderar o mercado global de proteínas vegetais com base em alimentos nativos, como o feijão.
Em maio deste ano, estive na China, onde mantive contato direto com a China Chamber of Commerce for Import and Export of Foodstuffs, Native Produce and Animal By-Products (CFNA). A entidade demonstrou interesse direto nas proteínas vegetais brasileiras, especialmente no feijão. Como desdobramento, a CFNA receberá uma missão institucional brasileira ainda em 2025, e uma missão prospectiva chinesa virá ao Brasil, com foco específico nas oportunidades ligadas à proteína vegetal.
Esse movimento internacional comprova que o feijão brasileiro não é apenas relevante no mercado interno, mas já ocupa espaço nas discussões globais sobre segurança alimentar.
Outro pilar fundamental para tornar o feijão um ingrediente confiável para a indústria global é o uso estratégico da irrigação. O cultivo irrigado, quando bem manejado, garante previsibilidade de colheita, estabilidade de qualidade e uso racional da água. Em um contexto de mudanças climáticas, produzir com irrigação é investir na resiliência do campo e na segurança alimentar mundial.
Além disso, o Brasil avança na estruturação da cadeia produtiva com rastreabilidade, padronização e constância de fornecimento. Regiões como Matopiba e Mato Grosso se destacam com práticas sustentáveis, uso racional de insumos e foco na exportação.
No atual cenário geopolítico — marcado por guerras, quebras climáticas e disputas comerciais — cresce a busca por proteínas alternativas à carne, capazes de garantir segurança alimentar e atender aos novos perfis de consumo. E o Brasil se apresenta como provedor confiável e escalável de ingredientes à base de plantas.
Com duas ou até três safras por ano, infraestrutura consolidada e uma base produtiva experiente, o país pode atender a indústrias alimentícias globais que buscam alternativas à soja. E com uma vantagem: o feijão já é aceito culturalmente em diversos mercados e possui reputação como alimento saudável e sustentável.
O próximo passo é ampliar a cooperação internacional, desenvolver padrões técnicos industriais, e comunicar ao mundo — de forma clara e estratégica — que o feijão brasileiro é tecnologia alimentar, para hoje não para daqui 20 anos, e é solução.
Enquanto alguns países projetam alimentar o futuro com proteínas de insetos, o Brasil já se coloca com uma solução imediata, segura e culturalmente aceita. O feijão brasileiro é comida de verdade no prato e ingrediente nobre nas fábricas de alimentos funcionais.
Se depender do Ibrafe e de seus parceiros, os insetos podem esperar. O tempo do feijão chegou.
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