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. . . . . . . . . . . . . . . 8 de June de 2025

Sustentabilidade

MS: Safra de soja 2024/2025: produtividade média estadual foi de 51,78 sacas por hectare – MAIS SOJA

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De acordo com dados do Projeto SIGA-MS, executado pela Aprosoja/MS, a área de soja na safra 2024/2025 em Mato Grosso do Sul atingiu 4,524 milhões de hectares, com uma produtividade média ponderada de 51,78 sacas sacas por hectare, e produção de 14,060 milhões de toneladas.

As médias ponderadas de produtividade por região foram as seguintes: 72,01 sc/ha na região norte, que representa aproximadamente 15,8% da área monitorada pelo Projeto; 52,63 sc/ha na região central, que corresponde a cerca de 22,6% da área acompanhada; e 46,29 sc/ha na região sul, que abrange aproximadamente 61,6% da área de cultivo monitorada pelo projeto.

 “A análise da produtividade da soja na safra 2024/2025 revela importantes insights sobre o desempenho agrícola dos municípios de Mato Grosso do Sul. A produtividade média estadual foi de 51,79 sacas por hectare (sc/ha), resultado de uma média ponderada que considera tanto a produtividade individual quanto a área plantada de cada município. Alguns municípios se destacaram com produtividades significativamente acima da média, contribuindo de forma expressiva para o desempenho global”, aponta o coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta.

Entre esses municípios que se destacaram estão: Costa Rica (78,36 sc/ha em 89.584 ha); Chapadão do Sul (77,03 sc/ha em 131.336 ha); São Gabriel do Oeste (74,78 sc/ha em 129.606 ha); Maracaju (72,06 sc/ha em 353.130 ha), e Paraíso das Águas (70,72 sc/ha em 100.003 ha).

“Esses municípios, localizados majoritariamente nas regiões norte e nordeste do estado, aliam alta produtividade a grandes áreas cultivadas, exercendo forte influência positiva sobre a média estadual. Por outro lado, municípios com grandes áreas plantadas, mas produtividade inferior à média, impactam negativamente o resultado estadual”.

Os seguintes municípios apresentaram produtividade abaixo da média estadual: Dourados (39,9 sc/ha em 249.420 ha); Sidrolândia (49,1 sc/ha em 276.829 ha); Ponta Porã (49,7 sc/ha em 348.125 ha) e Rio Brilhante (50,9 sc/ha em 171.269 ha).

Esses municípios apresentam produtividades aquém do esperado, o que reduz a média ponderada estadual. De acordo com dados do Projeto SIGA-MS, o avanço da irrigação tem sido um diferencial importante. Municípios como Ribas do Rio Pardo, Três Lagoas, Selvíria, Água Clara e Paranaíba, onde a maior parte da soja é cultivada sob irrigação, apresentam produtividades elevadas, evidenciando o potencial dessa tecnologia para elevar os índices produtivos.

Esse cenário evidencia a importância de implementar ações técnicas e políticas públicas específicas voltadas à elevação da produtividade nos principais polos agrícolas que operam abaixo do seu potencial. Nesse contexto, a identificação dos 30 municípios com produtividade acima da média e dos 48 que ficaram abaixo dela torna-se essencial para orientar o planejamento estratégico do setor.

“O mapeamento compilado pela Aprosoja/MS permite direcionar com maior precisão os investimentos, as políticas públicas e as intervenções técnicas, promovendo tanto o fortalecimento das regiões mais eficientes quanto a recuperação daquelas com desempenho aquém do esperado”.

Números do levantamento

O levantamento da produtividade da foi realizado entre os dias 2 de janeiro e 16 de maio de 2025, completando 19 semanas de acompanhamento, que permitiu obter uma amostragem de 1.616 propriedades, em 1,8 milhão de hectares, tendo em vista os diferentes níveis de produtividade relacionados à época de plantio. Para determinar a área cultivada, a equipe técnica da Aprosoja/MS realizou o georreferenciamento das culturas no campo, cobrindo extensas áreas. Nesta safra, foram percorridos 29.074 quilômetros e coletados 31.348 pontos de GPS.

“Após este levantamento, as informações foram corroboradas com imagens de satélite para finalizar o trabalho de sensoriamento. Este processo resultou na determinação da área plantada em nível estadual. Este método de coleta de dados, que combina o trabalho de campo com a tecnologia de sensoriamento remoto, permite uma avaliação precisa e confiável da área de soja”, aponta Gabriel.

Levantamento de dados

Ao longo da safra de soja 2024/2025, entre os meses de setembro e maio, a equipe de campo da Aprosoja/MS coletou amostras em campo e realizou entrevistas junto a produtores, Sindicatos Rurais e empresas de Assistência Técnica.

Para a coleta de dados, foram visitadas propriedades nos principais municípios produtores do estado e levantadas informações como variedades plantadas, data de semeadura, área cultivada, unidades de armazenamento de grãos, incidência de plantas daninhas, pragas, doenças, precipitação e situação geral das lavouras. Para o acompanhamento do pré-plantio, plantio, desenvolvimento e colheita foram realizadas 2.471 visitas (Figura 01). Vale ressaltar que algumas destas propriedades foram visitadas mais de uma vez no decorrer da safra.

Amostragem

A metodologia de produtividade do projeto SIGA-MS é baseada em uma coleta de dados de campo, na qual os técnicos avaliam todos os parâmetros técnicos em caráter amostral. A média de plantas por linha, média de grãos por planta, perdas e peso de mil grãos são avaliados e ajustes são feitos com base na umidade do grão, que influencia diretamente na produtividade por hectare.

Em caráter definitivo, a produtividade informada pelo produtor sobre a área total é levada sempre em consideração. Devido à avaliação amostral não permitir se estender a toda propriedade, este dado é valioso e considerado para este levantamento, no qual traz a certeza do que é produzido nas propriedades produtoras de grãos do estado de Mato Grosso do Sul.

Posteriormente, os dados de produtividade passam por ponderação, levando em consideração a área plantada de cada propriedade. Cada propriedade e sua área representam um percentual da produtividade do município. Além disso, a área plantada de cada município contribui para a produtividade total do estado de Mato Grosso do Sul. Esse processo garante que propriedades e municípios com áreas maiores tenham um impacto proporcionalmente maior na produtividade média final do município e do estado.

Além disso, é realizado um mapeamento detalhado da cobertura do solo no estado de Mato Grosso do Sul para identificar a extensão das principais culturas. O levantamento inclui o registro das coordenadas geográficas e é conduzido por uma equipe técnica que percorre extensas áreas, gerando milhares de quilômetros e pontos de GPS. Após a realização deste levantamento, ele é corroborado com imagens de satélite para finalizar o trabalho de sensoriamento remoto, resultando na determinação da área plantada no Estado.

Histórico da primeira safra 2024/2025

A safra de soja 2024/2025 no estado de Mato Grosso do Sul iniciou-se com uma expectativa positiva de crescimento na área plantada, com expansão de 6,8% em relação ao ciclo anterior, totalizando 4,5 milhões de hectares. As estimativas iniciais, baseadas na média dos últimos cinco anos do projeto SIGA-MS, apontavam para uma produtividade de 51,7 sacas por hectare, o que resultaria em uma produção estimada de 13,9 milhões de toneladas.

Clima

Durante o mês de setembro, grande parte do estado registrou chuvas abaixo da média histórica, com volumes entre 0 e 30 mm, especialmente nas regiões Pantaneira, Norte e Bolsão. Em contrapartida, as regiões Sul, Leste e Sudeste apresentaram volumes entre 45 e 90 mm, superando a média histórica. O plantio teve início com uma concentração de 3,3%, acima da média dos últimos cinco anos.

Em outubro, as chuvas permaneceram abaixo da média em grande parte do estado, com volumes entre 30 e 60 mm nas regiões Pantaneira, Leste e Bolsão. Já nas regiões Central, Norte e Sul, os volumes variaram entre 90 e 180 mm, ficando acima da média. Nesse mês, 55% da área total foi plantada.

O mês de novembro também apresentou chuvas abaixo da média histórica em regiões como Centro-Sul, Sudoeste e Pantaneira (40 a 120 mm). Por outro lado, as regiões Norte, Leste e Nordeste registraram volumes entre 120 e 240 mm. O plantio atingiu 97,4% da área total.

 Em dezembro, as chuvas superaram a média histórica em regiões como Sudeste, Leste, Norte e Nordeste (150 a 300 mm), enquanto nas regiões Central, Sul e Sudoeste os volumes ficaram entre 50 e 100 mm, abaixo da média. O plantio foi finalizado na segunda semana do mês, que também marcou o início de um período de estiagem.

 Janeiro de 2025 foi caracterizado por estiagem, com chuvas abaixo da média (0 a 120 mm) nas regiões Centro-Sul, Leste e Sudeste. As regiões Noroeste, Norte e Nordeste registraram volumes entre 120 e 200 mm. A colheita teve início, com 3,1% da área colhida. A estiagem afetou principalmente os municípios das regiões Sul e Central, impactando o enchimento de grãos, fase em que se encontravam 57% das lavouras até 31 de janeiro.

Em fevereiro, a estiagem persistiu em grande parte do estado, com chuvas entre 30 e 120 mm nas regiões Sudoeste, Pantaneira, Sul e Sudeste. As regiões Central e Norte registraram volumes entre 120 e 180 mm. A colheita avançou para 50,5% da área estimada. A primeira revisão de produtividade, com base em 10,7% da área amostrada, indicou uma média de 54,4 sacas por hectare — um aumento de 11,4% em relação ao ciclo anterior, elevando a expectativa de produção para 14,686 milhões de toneladas (+18,9%). Em relação à estimativa inicial, houve um aumento de 5% na produtividade.

Março apresentou chuvas abaixo da média (30 a 90 mm) nas regiões Sudeste, Leste e Nordeste, e acima da média (90 a 180 mm) nas regiões Centro-Norte e Sudoeste. A colheita atingiu 93% da área, com a estiagem ainda presente, mas sem impacto significativo adicional à produção.

 Abril foi marcado por chuvas acima da média histórica (150 a 300 mm), especialmente nas regiões Central, Sul, Leste e Norte. A anomalia positiva de precipitação dificultou o processo de colheita, que chegou a 99,7%, mantendo parte dos grãos no campo por mais tempo.

A colheita foi concluída em maio, com resultados finais próximos às estimativas iniciais. A área total colhida foi de 4,524 milhões de hectares, com produtividade média de 51,79 sacas por hectare, resultando em uma produção de 14,060 milhões de toneladas.

Fonte: Crislaine Oliveira e Gabriel Balta/Aprosoja MS



 

FONTE

Autor:Crislaine Oliveira e Gabriel Balta Aprosoja/MS

Site: Aprosoja MS

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Sustentabilidade

Cafezais de Rondônia sequestram 2,3 vezes mais carbono do que emitem

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Estudo inédito realizado pela Embrapa Territorial na região das Matas de Rondônia revela que a cafeicultura familiar neste território da Amazônia sequestra, em média, 2,3 vezes mais carbono por ano do que emite ao longo do processo agrícola.

A pesquisa é centrada nas plantações de café robusta amazônico – uma variedade local do canéfora (coffea canephora).

Em números, os dados demonstram que o balanço anual de carbono da região registra um saldo favorável de 3.883,3 kg, cerca de 4 toneladas por hectare. Dessa forma, a média vem da diferença entre o carbono estocado na biomassa das plantas (6.874,8 kg) e a emissão de gases de efeito estufa (GEE) durante a fase de produção do café (2.991,5 kg). 

De acordo com os pesquisadores envolvidos, esse tipo de balanço é inédito e pode servir de referência para outros estudos do gênero e, até mesmo, para abertura de linhas de créditos de carbono.

Ainda mais, a iniciativa resultou também na criação de uma planilha de cálculos da emissão de carbono para uso dos agricultores locais. A intenção é mostrar o status atual de emissão do cafeicultor do estado, considerando critérios como irrigação, uso de fertilizantes, entre outros.

“O estudo comprova a sustentabilidade da cafeicultura praticada no bioma Amazônia. Para nós, é importantíssimo mostrar ao mundo, por meio da ciência, que a produção de café na Amazônia é sustentável”, comemora o presidente da Cafeicultores Associados da Região das Matas de Rondônia (Caferon), Juan Travian.

Monetização do carbono

O presidente do Conselho de Administração do Sicoob Credip, Oberdan Pandolfi Ermita, ressalta que a monetização do carbono é um mercado novo que vem estimulando uma corrida de metodologias para calcular esse balanço.

Nesse sentido, ele afirma que o estudo da Embrapa consegue capturar a especificidade do café robusta amazônico, considerando as condições fitoclimáticas da região. 

“São dados muito relevantes. Nosso objetivo é que seja trabalhada a monetização desse carbono, de modo a beneficiar o cafeicultor das Matas de Rondônia diretamente, ou por meio da redução da taxa de juros”, diz.

Sequestro de carbono pelas plantas

Cultura de Café Arábica
Foto: Gilberto Marques

O pesquisador da Embrapa Territorial Carlos Cesar Ronquim, líder do estudo, acredita que o cafeeiro pode atuar como uma ferramenta de remoção de carbono. Por ser uma planta lenhosa, ela possui capacidade de armazenar grandes quantidades de carbono por mais tempo. 

No entanto, ele ressalta que o carbono sequestrado temporariamente na biomassa da planta do café retorna à atmosfera quando se renova ou se desativa a lavoura.

Sobre essas plantas o pesquisador observa que, se utilizadas como substitutas de combustíveis fósseis, podem contribuir efetivamente para um balanço de carbono mais positivo na produção.

Quantificação de carbono na planta

Os envolvidos no estudo coletaram os dados usados na pesquisa em campo. O estoque de carbono armazenado nas plantas foi gerado a partir das análises laboratoriais de amostras de cafeeiros adultos obtidas nas lavouras.

Assim, levantaram os dados das emissões por meio da aplicação de questionários e em reuniões com produtores locais.

Dessa forma, para quantificar o carbono estocado na planta, avaliaram-se 150 cafeeiros adultos em dez propriedades rurais de cinco municípios da região das Matas de Rondônia. As análises mostraram que a maior parte do carbono está concentrada nas seguintes áreas da planta:

  • Tronco (36,4%);
  • Raízes (24,3%);
  • Folhas (23,8%);
  • Galhos (10,1%); e
  • Frutos (5,4%)

Fertilizantes orgânicos

O pesquisador Enrique Alves, da Embrapa Rondônia (RO), ressalta, ainda, que muitos cafeicultores das Matas de Rondônia substituem parcialmente o uso de fertilizantes químicos. No lugar utilizam fontes orgânicas – como cama de frango e palha de café.

“Essa prática favorece o pleno desenvolvimento vegetal das plantas, o acúmulo de carbono no solo ao longo do tempo, e a menor emissão de GEE, quando comparada aos fertilizantes nitrogenados sintéticos”, observa.

“As plantas da variedade botânica robusta são de grande porte e com alta capacidade produtiva. Isso, aliado a boas práticas agronômicas e novos arranjos espaciais mais adensados, fazem da cultura uma ferramenta de proteção do solo e sequestro de carbono”, ressalta o pesquisador.

O cálculo da pesquisa ainda não considera o carbono estocado no solo, o que poderá tornar o balanço ainda mais favorável em análises futuras. O projeto já direciona esforços para essa finalidade, comparando áreas de café, pastagens e florestas nativas. Por fim, a expectativa é que o cultivo bem manejado do café robusta amazônico resulte em aumento líquido de carbono no sistema, principalmente em pastagens degradadas.

“As coletas estão em andamento, com várias incursões de campo já realizadas. Acreditamos que as atividades de campo serão concluídas ainda neste semestre”, adianta o pesquisador Ronquim.

*Sob supervisão de Victor Faverin

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Sustentabilidade

Margem bruta da soja deve recuar na safra 2025/26 – MAIS SOJA

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Produtores brasileiros estão finalizando a colheita de grãos da safra 2024/25 e já estão planejando a próxima temporada. Para avaliar os primeiros números da nova safra 2025/26, pesquisadores do Cepea, em parceria com a CNA, por meio do Projeto Campo Futuro – Sistema Senar/CNA, projetaram os custos de produção e as margens para a cultura da soja.

Para esta simulação, foram considerados os mesmos coeficientes técnicos para os insumos agrícolas e as operações mecânicas da safra 2023/24, mas os preços médios de tais insumos foram atualizados com dados coletados entre dezembro de 2024 e março de 2025. Já para o preço médio de venda da soja, foi considerado o valor do contrato futuro Março/26, de US$ 10,5 por bushel (ajustes de 2 a 15 de maio da Bolsa de Chicago/CME Group), o prêmio médio de exportação do grão, de 4,79 centavos de dólar por bushel (com base também nos ajustes de 2 a 15 de maio para o contrato futuro Março/25) e taxa de câmbio de R$ 5,5. Além disso, foi considerada a produtividade média das últimas cinco safras (de 2019/20 a 2023/24). As regiões avaliadas foram: Sorriso (MT), Campo Novo do Parecisb (MT), Maracaju (MS), Rio Verde (GO), Cascavel (PR), Londrina (PR), Guarapuava (PR), Carazinho (RS), Triângulo Mineiro, Luís Eduardo Magalhães (BA) e Balsas (MA).

De maneira geral, o Custo Operacional Efetivo (COE) médio de todas as regiões analisadas ficou praticamente estável para safra 2025/26 frente à anterior. No entanto, a margem bruta estimada para o produtor com terra própria deve recuar 47,6%, passando de R$ 2.325,50/ha em 2024/25 para R$ 1.219,60/ha em 2025/26, o que equivale a uma perda de aproximadamente 10,3 sacas por hectare. O cenário é ainda mais desafiador para quem trabalha com áreas arrendadas, onde a margem bruta projetada se torna negativa, em -R$ 229,50/ha, representando uma retração de R$ 752,40/ha em relação à safra anterior.

Grafico 1. Estimativa de produtividade de nivelamento para saldar o COE e CT para safra 25/26 ante a produtividade média das últimas 5 safras (19/20 a 23/24) para regiões selecionadas.
Fonte: Projeto Campo Futuro (Sistema CNA/Senar), em parceria com Cepea.

O fator de maior peso na compressão da margem foi a queda projetada de 13,3% no preço médio da soja para março de 2026, quando comparado ao preço médio entre outubro de 2024 e abril de 2025. Pelo lado dos custos, o principal fator de pressão foi o aumento de 17,7% nos gastos com fertilizantes no período. Esse impacto, no entanto, foi parcialmente compensado pela queda nos custos de operação mecânica (-0,3%), defensivos agrícolas

(-6,1%) e sementes (-9,3%). Com esses movimentos, o orçamento total de custos registra uma leve alta de 0,4% para a safra 2025/26.

Diante disso, as quantidades de sacas de soja necessárias para saldar o custo operacional efetivo (COE) e o custo total (CT) para Sorriso estão estimadas em 57/ha e em 77 /ha, respectivamente, sendo que a produtividade média das últimas cinco safras foi de 59 sacas/ha. Em Rio Verde, a produtividade de nivelamento para cobrir o COE foi calculada em 53 sc/ha e, para saldar o CT, em 76 sc/ha, contra uma produtividade média de 66 sc/ha nas últimas cinco temporadas; em Maracaju, seriam necessárias 42 sc/ha para o COE e 63 sc/ha para o CT, e a produtividade média de 2019/20 a 2023/24 foi de 60 sc/ha. Para regiões de Cascavel e de Carazinho, serão necessárias 45 sc/ha para as duas localidades para saldar o COE e, respectivamente, 80 sc/ ha e 76 sc/ha para cobrir o CT, contra produtividade média de 55 sc/ha.

O cenário projetado sinaliza preocupação para a rentabilidade dos produtores brasileiros, sobretudo aos de regiões que acumularam prejuízos nas safras passadas e que estão atualmente com a capacidade de investimento em infraestrutura e inovação tecnológica reduzida. A nova temporada se torna ainda mais desafiadora quando considerados o atual patamar da taxa de juros básica do Brasil, a escassez de crédito e o aumento de garantias para a realização de financiamentos.

É importante destacar que os valores das margens brutas estimados devem ser ajustados conforme as safras 2025/26 norte-americana, argentina e brasileira avançarem. A semeadura da soja nos Estados Unidos está em andamento e ainda tem todo o seu desenvolvimento pela frente exposto às variações climáticas, tais como alta temperatura e veranico em junho e julho. No Brasil, agentes do setor estão atentos ao conflito comercial entre os Estados Unidos e a China – em maio, a trégua no conflito gerou expectativa de que os embarques brasileiros fossem limitados no curto prazo. De um modo geral, muitos temem que um agravamento do conflito possa resultar em recessão global, que, por sua vez, poderia levar a uma desvalorização das commodities e enfraquecimento do dólar.

Autor/Fonte: CNA

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Autor:CNA

Site: CNA

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Sustentabilidade

Níveis de paridade de importação seguem pressionando mercado interno de trigo – MAIS SOJA

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Os negócios com trigo seguem pontuais no Brasil. No Rio Grande do Sul, as ofertas giram em torno de R$ 1.300 por tonelada, valor pelo qual o produtor reluta em vender. No Paraná, os preços estão próximos de R$ 1.450 por tonelada (indicação nominal para retirada imediata). Para julho/agosto, as indicações dos moinhos permanecem em torno de R$ 1.500 por tonelada no CIF.

“Com pouco trigo remanescente da safra passada, a maioria dos vendedores prefere segurar as ofertas, apostando em melhores preços, diante da menor área plantada e de possíveis mudanças no mercado”, explica o analista e consultor de Safras & Mercado, Élcio Bento.

Do lado comprador, segue Bento, os moinhos observam os níveis de paridade de importação, que vêm recuando em função da queda dos preços internacionais e da recente valorização do real frente ao dólar.

A paridade do trigo argentino FOB Ponta Grossa (PR) fechou nesta quinta-feira (5) em R$ 1.463 por tonelada, enquanto no FOB de Carazinho (RS) ficou em R$ 1.414 por tonelada.

Na Argentina, a safra velha com base de compra – com embarque em julho – para trigo com 11,5% de proteína é de US$ 229/tonelada e de venda vale US$ 235/tonelada. Para a safra nova, cereal com 11,5% proteína, embarque em dezembro/25, é indicado a US$ 220/tonelada na compra e a US$ 230/tonelada na venda.

Nos Estados Unidos, a semana foi positiva para a Bolsa de Mercadorias de Chicago. O mercado buscou suporte na tensão na região do Mar Negro, com o recrudescimento do conflito entre Rússia e Ucrânia, e pelo clima adverso às lavouras de trigo da China.

A Rússia afirma que responderá aos recentes ataques da Ucrânia quando suas Forças Armadas considerarem adequado, aumentando assim a preocupação sobre o fluxo de grãos na região do Mar Negro. Ao mesmo tempo, as lavouras na China enfrentam clima quente e seco, o que tem causado sérios danos, com agricultores relatando perdas.

Fonte: Rodrigo Ramos/ Agência Safras News



 

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