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. . . . . . . . . . . . . . . 9 de June de 2025

Sustentabilidade

Mais Verde, Mais Produtivo: como a indústria de nutrição vegetal avança após o marco dos bioinsumos – MAIS SOJA

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A aprovação da Lei nº 15.070, de 23 de dezembro de 2024, instituiu no Brasil o marco legal dos bioinsumos, regulamentando sua produção, uso e manejo biológico on farm e ratificando o Programa Nacional de Bioinsumos. Esse avanço normativo cria condições para que as indústrias representadas pela Abisolo — fabricantes e importadores de fertilizantes minerais, organominerais, orgânicos, biofertilizantes, condicionadores de solo de base orgânica, substratos para plantas, insumos biológicos e adjuvantes — acelerem o desenvolvimento de soluções que conjuguem produtividade agrícola, conservação de recursos naturais e transição energética. Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, a agricultura brasileira demonstra que inovação e sustentabilidade podem caminhar lado a lado.

Relatórios da FAO indicam que 33 % dos solos do planeta apresentam algum grau de degradação causada por erosão, compactação ou contaminação; esses solos empobrecidos sequestram menos carbono e agravam eventos climáticos extremos. Para reverter esse cenário, as empresas associadas à Abisolo destinam, em média, 2,8 % de seu faturamento anual a Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, criando tecnologias capazes de estimular a microbiota, aumentar a matéria-orgânica e recuperar áreas degradadas, em sintonia com práticas como plantio direto e rotação de culturas. Os resultados já aparecem: o Anuário 2025 registrou crescimento de 18,9 % no mercado de fertilizantes especiais, que alcançou R$ 26,9 bilhões, enquanto os segmentos de biofertilizantes e fertilizantes minerais especiais avançaram 1,4% e 30,7 %, respectivamente.

A mesma lógica de eficiência se estende ao uso da água. Insumos de alta tecnologia reduzem perdas por lixiviação, melhoram a retenção de umidade no solo e diminuem a necessidade de irrigação suplementar, contribuindo para que o campo consuma menos recursos hídricos. Ao mesmo tempo, o novo marco dos bioinsumos impulsiona cadeias de bioenergia, facilitando o aproveitamento de resíduos agrícolas em biodigestores que produzem biogás e biometano, fontes renováveis alinhadas às metas de neutralidade de emissões.

Neste dia de reflexões, o Dia Mundial do Meio Ambiente coloca em pauta as ações em prol da mudança estrutural. Cabe ao governo garantir políticas estáveis e incentivos, à academia avançar no conhecimento científico e à indústria manter a inovação viva, adotando economia circular e diminuindo a geração de resíduos. À população, resta reconhecer que solo fértil, água limpa e energia sustentável são patrimônios comuns, cuja preservação depende das escolhas de consumo, descarte e apoio a práticas agrícolas responsáveis.

Ao olhar para 2025, fica evidente que o campo brasileiro tem potencial para liderar a produção de alimentos e energia com baixo impacto ambiental. Com segurança jurídica para os bioinsumos, investimentos constantes em PD&I e comprometimento com a sustentabilidade, a indústria de nutrição vegetal reafirma seu papel estratégico: alimentar o planeta, proteger o solo, economizar água, reduzir emissões e transformar desafios ambientais em oportunidades de prosperidade compartilhada.

Clorialdo Roberto Levrero

Presidente do Conselho Deliberativo da Abisolo

Sobre a Abisolo

A Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) foi fundada em outubro de 2003 com o objetivo de representar e defender os interesses das empresas produtoras e importadoras de importantes insumos que colaboram para o aumento da qualidade, da produtividade e da sustentabilidade da agricultura brasileira.

A entidade congrega fabricantes e importadores de fertilizantes minerais, organominerais, orgânicos, biofertilizantes, condicionadores de solo de base orgânica, substratos para plantas, insumos de base biológica e adjuvantes.

Reunindo mais de 140 empresas associadas, participa ativamente das discussões de temas de interesse do setor junto aos diversos Ministérios e Secretarias, Órgãos de Controle e Fiscalização Ambiental, Instituições de Pesquisa, Receitas Estadual e Federal, além de outras entidades representativas de diferentes setores da sociedade civil organizada, buscando sempre a competitividade, a liberdade econômica e a valorização dos segmentos que representa.

Acesse os canais de comunicação da Abisolo nos links abaixo:
www.abisolo.com.br 
LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/abisolo 
Facebook: https://www.facebook.com/Abisolo.Fertilizantes
Instagram: @abisolo_nutricao_vegetal

Fonte: Assessoria de Imprensa Abisolo



 

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Sustentabilidade

Destaques da semana Mais Soja

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Sustentabilidade

Cafezais de Rondônia sequestram 2,3 vezes mais carbono do que emitem

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Estudo inédito realizado pela Embrapa Territorial na região das Matas de Rondônia revela que a cafeicultura familiar neste território da Amazônia sequestra, em média, 2,3 vezes mais carbono por ano do que emite ao longo do processo agrícola.

A pesquisa é centrada nas plantações de café robusta amazônico – uma variedade local do canéfora (coffea canephora).

Em números, os dados demonstram que o balanço anual de carbono da região registra um saldo favorável de 3.883,3 kg, cerca de 4 toneladas por hectare. Dessa forma, a média vem da diferença entre o carbono estocado na biomassa das plantas (6.874,8 kg) e a emissão de gases de efeito estufa (GEE) durante a fase de produção do café (2.991,5 kg). 

De acordo com os pesquisadores envolvidos, esse tipo de balanço é inédito e pode servir de referência para outros estudos do gênero e, até mesmo, para abertura de linhas de créditos de carbono.

Ainda mais, a iniciativa resultou também na criação de uma planilha de cálculos da emissão de carbono para uso dos agricultores locais. A intenção é mostrar o status atual de emissão do cafeicultor do estado, considerando critérios como irrigação, uso de fertilizantes, entre outros.

“O estudo comprova a sustentabilidade da cafeicultura praticada no bioma Amazônia. Para nós, é importantíssimo mostrar ao mundo, por meio da ciência, que a produção de café na Amazônia é sustentável”, comemora o presidente da Cafeicultores Associados da Região das Matas de Rondônia (Caferon), Juan Travian.

Monetização do carbono

O presidente do Conselho de Administração do Sicoob Credip, Oberdan Pandolfi Ermita, ressalta que a monetização do carbono é um mercado novo que vem estimulando uma corrida de metodologias para calcular esse balanço.

Nesse sentido, ele afirma que o estudo da Embrapa consegue capturar a especificidade do café robusta amazônico, considerando as condições fitoclimáticas da região. 

“São dados muito relevantes. Nosso objetivo é que seja trabalhada a monetização desse carbono, de modo a beneficiar o cafeicultor das Matas de Rondônia diretamente, ou por meio da redução da taxa de juros”, diz.

Sequestro de carbono pelas plantas

Cultura de Café Arábica
Foto: Gilberto Marques

O pesquisador da Embrapa Territorial Carlos Cesar Ronquim, líder do estudo, acredita que o cafeeiro pode atuar como uma ferramenta de remoção de carbono. Por ser uma planta lenhosa, ela possui capacidade de armazenar grandes quantidades de carbono por mais tempo. 

No entanto, ele ressalta que o carbono sequestrado temporariamente na biomassa da planta do café retorna à atmosfera quando se renova ou se desativa a lavoura.

Sobre essas plantas o pesquisador observa que, se utilizadas como substitutas de combustíveis fósseis, podem contribuir efetivamente para um balanço de carbono mais positivo na produção.

Quantificação de carbono na planta

Os envolvidos no estudo coletaram os dados usados na pesquisa em campo. O estoque de carbono armazenado nas plantas foi gerado a partir das análises laboratoriais de amostras de cafeeiros adultos obtidas nas lavouras.

Assim, levantaram os dados das emissões por meio da aplicação de questionários e em reuniões com produtores locais.

Dessa forma, para quantificar o carbono estocado na planta, avaliaram-se 150 cafeeiros adultos em dez propriedades rurais de cinco municípios da região das Matas de Rondônia. As análises mostraram que a maior parte do carbono está concentrada nas seguintes áreas da planta:

  • Tronco (36,4%);
  • Raízes (24,3%);
  • Folhas (23,8%);
  • Galhos (10,1%); e
  • Frutos (5,4%)

Fertilizantes orgânicos

O pesquisador Enrique Alves, da Embrapa Rondônia (RO), ressalta, ainda, que muitos cafeicultores das Matas de Rondônia substituem parcialmente o uso de fertilizantes químicos. No lugar utilizam fontes orgânicas – como cama de frango e palha de café.

“Essa prática favorece o pleno desenvolvimento vegetal das plantas, o acúmulo de carbono no solo ao longo do tempo, e a menor emissão de GEE, quando comparada aos fertilizantes nitrogenados sintéticos”, observa.

“As plantas da variedade botânica robusta são de grande porte e com alta capacidade produtiva. Isso, aliado a boas práticas agronômicas e novos arranjos espaciais mais adensados, fazem da cultura uma ferramenta de proteção do solo e sequestro de carbono”, ressalta o pesquisador.

O cálculo da pesquisa ainda não considera o carbono estocado no solo, o que poderá tornar o balanço ainda mais favorável em análises futuras. O projeto já direciona esforços para essa finalidade, comparando áreas de café, pastagens e florestas nativas. Por fim, a expectativa é que o cultivo bem manejado do café robusta amazônico resulte em aumento líquido de carbono no sistema, principalmente em pastagens degradadas.

“As coletas estão em andamento, com várias incursões de campo já realizadas. Acreditamos que as atividades de campo serão concluídas ainda neste semestre”, adianta o pesquisador Ronquim.

*Sob supervisão de Victor Faverin

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Sustentabilidade

Margem bruta da soja deve recuar na safra 2025/26 – MAIS SOJA

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Produtores brasileiros estão finalizando a colheita de grãos da safra 2024/25 e já estão planejando a próxima temporada. Para avaliar os primeiros números da nova safra 2025/26, pesquisadores do Cepea, em parceria com a CNA, por meio do Projeto Campo Futuro – Sistema Senar/CNA, projetaram os custos de produção e as margens para a cultura da soja.

Para esta simulação, foram considerados os mesmos coeficientes técnicos para os insumos agrícolas e as operações mecânicas da safra 2023/24, mas os preços médios de tais insumos foram atualizados com dados coletados entre dezembro de 2024 e março de 2025. Já para o preço médio de venda da soja, foi considerado o valor do contrato futuro Março/26, de US$ 10,5 por bushel (ajustes de 2 a 15 de maio da Bolsa de Chicago/CME Group), o prêmio médio de exportação do grão, de 4,79 centavos de dólar por bushel (com base também nos ajustes de 2 a 15 de maio para o contrato futuro Março/25) e taxa de câmbio de R$ 5,5. Além disso, foi considerada a produtividade média das últimas cinco safras (de 2019/20 a 2023/24). As regiões avaliadas foram: Sorriso (MT), Campo Novo do Parecisb (MT), Maracaju (MS), Rio Verde (GO), Cascavel (PR), Londrina (PR), Guarapuava (PR), Carazinho (RS), Triângulo Mineiro, Luís Eduardo Magalhães (BA) e Balsas (MA).

De maneira geral, o Custo Operacional Efetivo (COE) médio de todas as regiões analisadas ficou praticamente estável para safra 2025/26 frente à anterior. No entanto, a margem bruta estimada para o produtor com terra própria deve recuar 47,6%, passando de R$ 2.325,50/ha em 2024/25 para R$ 1.219,60/ha em 2025/26, o que equivale a uma perda de aproximadamente 10,3 sacas por hectare. O cenário é ainda mais desafiador para quem trabalha com áreas arrendadas, onde a margem bruta projetada se torna negativa, em -R$ 229,50/ha, representando uma retração de R$ 752,40/ha em relação à safra anterior.

Grafico 1. Estimativa de produtividade de nivelamento para saldar o COE e CT para safra 25/26 ante a produtividade média das últimas 5 safras (19/20 a 23/24) para regiões selecionadas.
Fonte: Projeto Campo Futuro (Sistema CNA/Senar), em parceria com Cepea.

O fator de maior peso na compressão da margem foi a queda projetada de 13,3% no preço médio da soja para março de 2026, quando comparado ao preço médio entre outubro de 2024 e abril de 2025. Pelo lado dos custos, o principal fator de pressão foi o aumento de 17,7% nos gastos com fertilizantes no período. Esse impacto, no entanto, foi parcialmente compensado pela queda nos custos de operação mecânica (-0,3%), defensivos agrícolas

(-6,1%) e sementes (-9,3%). Com esses movimentos, o orçamento total de custos registra uma leve alta de 0,4% para a safra 2025/26.

Diante disso, as quantidades de sacas de soja necessárias para saldar o custo operacional efetivo (COE) e o custo total (CT) para Sorriso estão estimadas em 57/ha e em 77 /ha, respectivamente, sendo que a produtividade média das últimas cinco safras foi de 59 sacas/ha. Em Rio Verde, a produtividade de nivelamento para cobrir o COE foi calculada em 53 sc/ha e, para saldar o CT, em 76 sc/ha, contra uma produtividade média de 66 sc/ha nas últimas cinco temporadas; em Maracaju, seriam necessárias 42 sc/ha para o COE e 63 sc/ha para o CT, e a produtividade média de 2019/20 a 2023/24 foi de 60 sc/ha. Para regiões de Cascavel e de Carazinho, serão necessárias 45 sc/ha para as duas localidades para saldar o COE e, respectivamente, 80 sc/ ha e 76 sc/ha para cobrir o CT, contra produtividade média de 55 sc/ha.

O cenário projetado sinaliza preocupação para a rentabilidade dos produtores brasileiros, sobretudo aos de regiões que acumularam prejuízos nas safras passadas e que estão atualmente com a capacidade de investimento em infraestrutura e inovação tecnológica reduzida. A nova temporada se torna ainda mais desafiadora quando considerados o atual patamar da taxa de juros básica do Brasil, a escassez de crédito e o aumento de garantias para a realização de financiamentos.

É importante destacar que os valores das margens brutas estimados devem ser ajustados conforme as safras 2025/26 norte-americana, argentina e brasileira avançarem. A semeadura da soja nos Estados Unidos está em andamento e ainda tem todo o seu desenvolvimento pela frente exposto às variações climáticas, tais como alta temperatura e veranico em junho e julho. No Brasil, agentes do setor estão atentos ao conflito comercial entre os Estados Unidos e a China – em maio, a trégua no conflito gerou expectativa de que os embarques brasileiros fossem limitados no curto prazo. De um modo geral, muitos temem que um agravamento do conflito possa resultar em recessão global, que, por sua vez, poderia levar a uma desvalorização das commodities e enfraquecimento do dólar.

Autor/Fonte: CNA

FONTE

Autor:CNA

Site: CNA

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