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Etanol hidratado e açúcar têm queda de preço no fim de maio

O preço do etanol hidratado caiu com mais força na última semana de maio, devido ao aumento da oferta. De acordo com levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as chuvas registradas em algumas regiões de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul paralisaram pontualmente as atividades nas unidades industriais, mas com pouco efeito sobre as cotações.
Pesquisadores do Cepea explicam que, de modo geral, a postura dos demandantes foi de cautela. Em especial no fechamento do mês, as filas de retiradas de etanol nas usinas diminuíram.
Assim, de 26 a 30 de maio, o indicador Cepea/Esalq do hidratado fechou em R$ 2,6100/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins). O que representa um recuo de 2,83% no comparativo ao período anterior – foi a maior queda da safra 2025/26.
Para o anidro, o indicador mostrou queda de 1,62% no período, indo a R$ 3,0564/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins).
Açúcar
Outro produto da cana que também sofreu pressão negativa em maio foi o açúcar cristal, com o indicador do cor Icumsa de 130 a 180 caindo 7,2%. De acordo com os dados do Cepea, após a queda, o produto encerrou o mês a R$ 133,59 por saca de 50 kg.
Assim, a média mensal foi de R$ 137,50/sc, 3,4% inferior à de abril/25. Segundo o centro de pesquisas, o aumento da oferta no mercado spot do estado de São Paulo, em especial do tipo Icumsa 180, e a demanda enfraquecida pressionaram os valores do adoçante ao longo de maio.
Na última semana do mês, a liquidez seguiu fraca, com compradores mostrando pouco interesse em negociações adicionais fora os recebimentos do cristal via contratos. Os preços variaram de acordo com o tipo do açúcar, ficando mais firmes para o Icumsa 150 e mais baixos para o Icumsa 180, também conforme os pesquisadores do Cepea.
*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo
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Cotações de soja oscilam entre estabilidade e alta no mercado brasileiro

O mercado brasileiro de soja teve uma quinta-feira (5) de preços estáveis na maioria das praças, com variações pontuais e volume baixo de negociações. De acordo com o consultor da Safras & Mercado, Rafael Silveira, o cenário seguiu com negócios da mão para a boca, e os produtores continuam pedindo spreads mais elevados.
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”Mesmo com Chicago e dólar fechando em direções opostas, ambos recuaram ao longo do dia. O produtor, capitalizado, resiste a vender e exige valores acima da paridade em várias regiões, o que limita os fechamentos”, explica Silveira.
Soja no Brasil
- Passo Fundo (RS): manteve em R$ 130,00
- Santa Rosa (RS): manteve em R$ 131,00
- Porto de Rio Grande (RS): manteve em R$ 134,00
- Cascavel (PR): manteve em R$ 126,00
- Paranaguá (PR): caiu de R$ 134,00 pra R$ 132,00
- Rondonópolis (MT): subiu de R$ 116,00 pra R$ 117,00
- Dourados (MS): subiu de R$ 119,50 pra R$ 120,00
- Rio Verde (GO): subiu de R$ 118,50 pra R$ 121,00
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam o dia em alta. A valorização veio após o anúncio de uma conversa entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping sobre as tarifas comerciais entre Estados Unidos e China, elevando as expectativas em torno de um possível avanço nas negociações.
Trump revelou em sua rede social que falou com Xi por cerca de 1h30 e sinalizou que novas reuniões entre as equipes estão previstas para breve. A possibilidade de entendimento reacendeu o otimismo com a demanda pela soja norte-americana.
Contrato futuros de soja
O contrato julho da soja em grão subiu 6,75 centavos, ou 0,64%, encerrando a US$ 10,51 3/4 por bushel. A posição novembro fechou em US$ 10,33 1/4, com alta de 8,25 centavos ou 0,80%.
Nos subprodutos, o farelo julho encerrou estável em US$ 297,10 por tonelada. Já o óleo caiu 0,16% e fechou a 46,65 centavos de dólar por libra-peso.
Dólar
O dólar comercial encerrou o dia com queda de 1,03%, cotado a R$ 5,5856 para venda e R$ 5,5836 para compra. A moeda oscilou entre a mínima de R$ 5,5777 e a máxima de R$ 5,6372 ao longo do pregão.
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Moratória da Soja trava bilhões no campo; STF suspende julgamento virtual sem data para retomada

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o julgamento virtual da Lei nº 12.709/2024, que prevê o corte de incentivos a empresas signatárias da Moratória da Soja em Mato Grosso. O julgamento havia iniciado no dia 30 de maio e, até a suspensão, haviam sido apresentados os votos do relator, ministro Flávio Dino, e do ministro Alexandre de Moraes. A votação ocorria no plenário virtual da Corte e tinha previsão de encerramento no dia 6 de junho.
A norma estadual tem provocado intensa reação entre produtores rurais e representantes do setor agropecuário. A Moratória da Soja é um compromisso voluntário assumido por empresas compradoras para não adquirir grãos cultivados em áreas desmatadas no bioma Amazônia após julho de 2008. No entanto, produtores mato-grossenses relatam impactos econômicos severos, mesmo quando suas propriedades estão regularizadas junto aos órgãos ambientais. Há casos em que produtores foram incluídos na ‘lista da moratória’ e tiveram perdas de até 500 mil reais por safra, devido à restrição de compradores.
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Segundo produtores de municípios como Itapurá, Novo Maringá e Itanhangá, a Moratória da Soja tem dificultado o acesso ao crédito e a comercialização da safra, mesmo em áreas regularizadas pelos órgãos ambientais. Diante da recusa das grandes empresas em negociar com propriedades incluídas na ‘lista da moratória’, muitos agricultores recorreram ao mercado informal, enfrentando riscos como inadimplência, evasão fiscal e insegurança jurídica. A Aprosoja-MT estima que a medida impacte cerca de 2,7 milhões de hectares em 85 municípios de Mato Grosso, com uma retração superior a R$20 bilhões de reais por ano na economia estadual.
Nesse contexto, a Aprosoja-MT ingressou com ação civil contra empresas e associações signatárias da moratória, cobrando indenizações por danos morais e financeiros que já ultrapassam 1 bilhão de reais. A entidade argumenta que os acordos ambientais privados violam a legislação brasileira, restringem a livre iniciativa dos produtores e comprometem o desenvolvimento social e econômico do estado. A retomada do julgamento no STF ainda não tem data definida, mas a decisão da Corte será crucial para definir os limites entre compromissos privados de sustentabilidade e as políticas públicas de apoio ao setor agropecuário.
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Exportações de milho e soja pelo Arco Norte crescem 57% com avanço de ferrovias e hidrovias

As exportações de milho e soja pela região Norte mais que dobraram nos últimos anos. De acordo com o Anuário Agrologístico 2025, divulgado nesta quinta-feira (5) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o volume embarcado pelos portos do Arco Norte saltou de 36,7 milhões de toneladas em 2020 para 57,6 milhões em 2024 — um avanço de 57%.
Esse crescimento é atribuído aos investimentos em infraestrutura logística multimodal, com destaque para o fortalecimento das ferrovias e hidrovias na região Amazônica. A proximidade com as novas fronteiras agrícolas do Matopiba (áreas de Cerrado no Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) também tem influenciado a escolha por rotas mais eficientes, como o Arco Norte.
Segundo o presidente da Conab, Edegar Pretto, o Brasil caminha para uma nova configuração logística agroindustrial, baseada na integração de diferentes modais e na ampliação da capacidade de armazenagem nas propriedades. “Esses pilares são fundamentais para aumentar a competitividade do agronegócio no cenário internacional”, afirmou.
Em 2024, os portos de Santos (SP), Paranaguá (PR) e os localizados no Arco Norte concentraram 81,2% das exportações brasileiras de milho e soja. Só a região Norte foi responsável por 38% desse volume.
Destaque para os portos de Itaqui (MA) e Barcarena (PA), que registraram crescimento de 80,3% e 70,3%, respectivamente, no escoamento de grãos entre 2020 e 2024. No Maranhão, o avanço é impulsionado principalmente pelo modal ferroviário, que aumentou a agilidade e a segurança no transporte das cargas.
De acordo com o diretor de Operações e Abastecimento da Conab, Arnoldo de Campos, o setor ferroviário vive um momento de expansão, com prorrogações antecipadas de concessões e novas políticas voltadas à participação do capital privado.
Atualmente, cinco grandes projetos estruturantes compõem o núcleo do plano ferroviário nacional:
- Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol)
- Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico)
- Prolongamento da Ferrovia Norte-Sul até Vila do Conde (PA)
- Anel Ferroviário do Sudeste (Vitória–Itaboraí)
- Conexão da Transnordestina à malha nacional
- Ferrogrão, com 933 km para escoar grãos do Centro-Oeste ao Arco Norte
A rede hidroviária também avança. Entre 2017 e 2025, houve aumento de 24% no número de armazéns com acesso hidroviário. A região Amazônica responde por quase dois terços do transporte fluvial brasileiro, com os rios exercendo papel logístico equivalente ao das rodovias e ferrovias.
Para acelerar esse processo, o Novo PAC prevê R$ 4,8 bilhões em investimentos nas hidrovias brasileiras. A meta é ampliar a navegabilidade e reduzir o custo logístico. Segundo a EPL e o Instituto Iema, o transporte por hidrovias reduz em até 95% as emissões de carbono em relação ao modal rodoviário e em 70% frente ao ferroviário.
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