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Área de soja para a safra 25/26 cresce ‘na teoria’, mas desânimo toma conta do campo; saiba onde

A área projetada para a safra de soja do Mato Grosso em 2025/26 está estimada em 13,01 milhões de hectares, representando um aumento de 1,67% em relação à safra anterior. A previsão faz parte de dados divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
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Segundo o Instituto, as incertezas quanto aos investimentos para a próxima temporada continuam elevadas. A combinação de taxa de juros ainda alta, custos de produção pressionados e preços pouco atrativos da soja tem sido suficiente para frear o apetite dos produtores por expansão. O cenário econômico tem imposto cautela ao setor, o que dificulta as decisões estratégicas no campo.
Com esse ambiente adverso, muitos agricultores têm optado por manter ou até reduzir o nível de investimento nas lavouras, o que impacta diretamente as estimativas de produtividade. “Em relação ao rendimento da soja, neste primeiro momento, as projeções permanecem conservadoras, uma vez que diversos fatores que podem impactar a produtividade ainda são incertos, como as condições climáticas, a ocorrência de pragas e doenças, e o nível de investimento dos produtores”, alerta o Imea em seu boletim mais recente.
A instituição utilizou a média dos últimos três ciclos agrícolas para traçar o cenário atual. O resultado foi uma estimativa de 60,45 sacas por hectare, o que representa uma queda de 8,81% em relação à safra passada.
Quanto à produção total, a projeção é de 47,18 milhões de toneladas para a safra 2025/26, marcando uma retração de 7,29% em comparação ao ciclo anterior. Mesmo com uma área cultivada ligeiramente maior, a perspectiva é de uma safra menor em volume, reforçando a percepção de que o otimismo no setor está longe de um consenso.
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nem mesmo a pressão do dólar ‘freia’ a soja no Brasil

Mesmo com um cenário global marcado por fundamentos baixistas, os negócios no mercado de soja continuam avançando no Brasil. Os produtores, bem capitalizados, vêm aproveitando janelas de oportunidade, impulsionados pelos prêmios elevados nos portos e pela cotação de Chicago, que permanece acima do esperado. O dólar, contudo, segue pressionado.
Segundo levantamento da consultoria Safras & Mercado, até o dia 6 de junho, a comercialização da safra 2024/25 atingia 64% da produção estimada, ante 57% no relatório anterior, de 9 de maio. No mesmo período do ano passado, o volume negociado era de 71,8%, e a média dos últimos cinco anos é de 76,9%. Considerando uma produção estimada em 172,45 milhões de toneladas, já foram comprometidas 110,35 milhões de toneladas.
Projeções para o mercado
Quanto à safra 2025/26 da commodity, com projeção de 182,57 milhões de toneladas, a comercialização antecipada alcança 10,8%, cerca de 19,73 milhões de toneladas. No ano anterior, a antecipação era de 14,6%, com média de 20,6% para o período. Em 9 de maio, o índice era de 7,9%.
Maior safra de soja do Brasil
O mercado se ajusta à entrada da maior safra da história do Brasil ao mesmo tempo em que cresce a expectativa de nova expansão de área na próxima temporada. Na Argentina, apesar de adversidades pontuais, a colheita segue para a conclusão, com perspectiva de safra cheia.
USDA
Nos Estados Unidos, mesmo com o corte na área de plantio, os trabalhos no campo avançam de forma regular, e 67% das lavouras apresentam condições entre boas e excelentes. O foco agora se volta para os próximos relatórios do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), o mensal de oferta e demanda, no dia 12, e o de área plantada, em 30 de junho. A expectativa é saber se os cortes na área plantada se confirmam.
Os negócios entre EUA e China
Além disso, o mercado acompanha de perto a política comercial dos Estados Unidos, especialmente as negociações com a China, maior importadora global de soja. Apesar da demanda americana ainda fraca, a semana trouxe sinais positivos com a retomada do diálogo entre Donald Trump e Xi Jinping.
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Confirmado o primeiro caso de gripe aviária em MT

Foi confirmado, neste domingo (8), o primeiro caso de gripe aviária em Mato Grosso. A infecção foi detectada em uma galinha doméstica criada para subsistência no município de Campinápolis, no leste do estado.
A confirmação foi publicada por volta das 13h (horário de Brasília) no painel de monitoramento do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Com o novo registro, o número de casos confirmados da doença no Brasil em 2025 chega a cinco.
Dentre os casos confirmados, apenas um envolveu ave de criação comercial, o episódio registrado em Montenegro, no Rio Grande do Sul, em maio, primeiro foco da doença no país.
Além do caso em Campinápolis, há registros em Brasília (DF), com uma ave silvestre da espécie Irerê; em Mateus Leme (MG), com um cisne negro mantido em cativeiro; e em Sapucaia do Sul (RS), onde outro cisne negro também foi diagnosticado com a doença.
Na última sexta-feira (6), o Mapa havia informado que oito casos suspeitos estavam em investigação em diferentes regiões do Brasil, todos fora de granjas comerciais.
Equipes do Ministério da Agricultura e do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) foram mobilizadas e já estão no município de Campinápolis para aplicar as medidas de contenção e controle previstas nos protocolos sanitários.
Alerta e prevenção
O Indea-MT reforça a necessidade de intensificar os cuidados com biossegurança, tanto em criações comerciais quanto em propriedades com aves de subsistência. A recomendação é que qualquer morte súbita ou alteração de comportamento em aves seja imediatamente comunicada aos órgãos competentes.
*Informações de Canal Rural Mato Grosso.
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Fávaro realiza visita à cooperativa e empresa de azeite; agenda termina neste domingo

Iniciou neste sábado (7) a missão oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a Portugal, conduzida pelo ministro Carlos Fávaro, com o compromisso de fortalecer as relações comerciais e do agronegócio entre os dois países. A primeira atividade da missão foi a visita de campo à Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches e à empresa de produção e transformação de azeites, Lagar do Vale.
Durante a visita, o ministro Fávaro destacou a medida anunciada este ano pelo governo brasileiro para reduzir tarifas de importação de diversos produtos, incluindo o azeite de oliva. “A boa relação comercial tem que ser de mão dupla: vá vender, mas esteja disposto a comprar também. Em março, tomamos a decisão governamental de eliminar a tarifa de importação de 9,2% para o azeite de oliva. Hoje, Portugal pode vender azeite para o Brasil com tarifa zero”, afirmou.
Fávaro ressaltou ainda que a missão a Portugal deve abrir novas oportunidades para ambos os países. “Uma das missões que o presidente Lula me deu foi ampliar novos mercados para os produtos da agropecuária brasileira e transformar isso em oportunidades comerciais”, destacou o ministro.
O secretário de Estado da Agricultura de Portugal, João Moura, também comentou o potencial da parceria. “Olhamos para o Brasil como um grande país de oportunidades e irmão, que pode nos ajudar não só na relação estreita que temos com a África, como com outros países da Europa. Essa visita do ministro Carlos Fávaro pode traduzir essa intenção”, afirmou.
Para o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Hugo Caruso, a visita é de grande importância para o setor da olivicultura brasileira.
“Foi possível verificar a excelência da produção portuguesa de azeites e como isso pode ser levado ao Brasil, que é um produtor recente de azeite de oliva e precisa trocar experiências para se desenvolver. Quanto mais aproximação, maior o ganho para o setor e para o aumento da produção nacional”, explicou.
Brasil e Portugal mantêm diversos Memorandos de Entendimento para cooperação, sendo o mais recente assinado em fevereiro deste ano, durante a visita do presidente da República Portuguesa ao Brasil.
Visita à feira
No domingo (8), a agenda inclui visita à Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, onde será inaugurado o estande do Brasil. Além disso, o ministro acompanhará o colega português na visita à fábrica de queijos da empresa Lactogal.
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