Sustentabilidade
Soja/RS: Colheita encontra-se em fase final, estima-se que produtividade média seja de 1.957 kg/ha – MAIS SOJA

A colheita encontra-se em fase final. Há apenas algumas áreas remanescentes, correspondentes a segundo cultivo ou implantação tardia, que superaram o período crítico da estiagem, mas representam fração menor que meio ponto percentual da área cultivada e não devem impactar a produtividade média estadual. As chuvas ocorridas a partir de 24/05 dificultaram a conclusão da colheita, que dependerá da melhoria das condições climáticas para ser retomada.
Diante das perdas significativas na safra, os produtores buscam alternativas para equacionar dívidas, com destaque para a demanda por securitização. Sem medidas de renegociação, há perspectiva de redução expressiva na área destinada à soja na próxima safra.
A área plantada no Estado está estimada pela Emater/RS Ascar em 6.770.405 hectares, e a produtividade média em 1.957 kg/ha, representando redução de 38,43% nos 3.179 kg/ha projetados antes do início do plantio.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, a colheita foi praticamente encerrada, restando pequenas áreas em Itacurubi, Itaqui, São Borja e Santana do Livramento. As chuvas, a partir de 24/05, interromperam os trabalhos finais, mas a maioria dos produtores já havia acelerado a colheita. As perdas foram significativas: em Itacurubi, 55%, decorrentes de baixos rendimentos em cultivares precoces; em Manoel Viana e Maçambará, de 60% e 70% respectivamente. Em Quaraí, a produtividade foi de 1.531 kg/ha, com perdas adicionais por debulha natural. Em São Borja, as lavouras tardias e de replantio apresentaram produtividade média de 900 kg/ha.
Na Região da Campanha, a colheita foi finalizada em praticamente toda a região, restando áreas pontuais em Hulha Negra. Em termos de produtividade, a melhor foi registrada em Aceguá (2.400 kg/ha), semelhante à projetada. As maiores quebras foram registradas em Lavras do Sul (55%) e Caçapava do Sul (40%).
A colheita foi concluída nas regiões administrativas de Caxias do Sul, Erechim, Frederico Westphalen, de Passo Fundo e de Soledade.
Na de Ijuí, a colheita não pôde ser concluída, e restam 0,75% das lavouras, em sua maioria semeadas após a colheita do milho. As produtividades nas áreas de segundo cultivo variaram significativamente, conforme a localidade e o regime hídrico ao longo do ciclo. Nas lavouras irrigadas, a média alcançou aproximadamente 2.400 kg/ha.
Na de Santa Maria, a colheita está em finalização. As maiores perdas de produtividade foram registradas no Vale do Jaguari, no Planalto, e nas porções Centro e Sul da região. As produtividades reduziram menos na Quarta Colônia, onde as condições climáticas foram relativamente mais favoráveis ao longo do ciclo da cultura.
Na de Pelotas, ainda há pequenas áreas a serem colhidas em Santa Vitória do Palmar, Rio Grande, Jaguarão e Herval, majoritariamente de lavouras de segundo cultivo.
Na de Santa Rosa, a colheita atingiu 99%, e restam lavouras semeadas em março. A expectativa de produtividade nessas áreas está superior a 2.400 kg/ha.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 2,10%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 119,70 para R$ 122,21.
Confira o Informativo Conjuntural n° 1669 completo, clicando aqui!
Fonte: Emater RS
Sustentabilidade
Negociações do algodão começam ativas em maio, mas perdem fôlego na segunda quinzena – MAIS SOJA

Em maio, as negociações de algodão no Brasil ocorreram, inicialmente, com mais interesse e, a partir da segunda quinzena, o ritmo foi diminuindo. A demanda no mercado disponível foi tímida, com negócios pontuais para entregas em até 30 dias. Ainda assim, houve algumas operações voltadas para a safra de 2026, informou a Safras Consultoria.
No Sudeste, indústrias chegaram a pagar até R$ 4,35 por libra-peso pelo algodão, posto no CIF em São Paulo. Esse valor se manteve estável em relação à semana anterior. Na comparação com o mesmo período de abril, subiu 1,16%, quando o preço estava em R$ 4,30 por libra-peso.
Em Rondonópolis, no Mato Grosso, a pluma ficou negociada a R$ 4,20 por libra-peso, o que equivale a R$ 139,05 por arroba. Na quinta-feira, 22, os preços permaneceram nesse patamar. No entanto, no mês anterior, a pluma era comercializada a cerca de R$ 4,12 por libra-peso, ou R$ 136,08 por arroba — uma valorização de R$ 2,97 por arroba no período.
Paridade de exportações em MT – Imea
Na última semana, a paridade de exportação do contrato de julho/25 em Mato Grosso exibiu aumento de 0,26% em relação à semana anterior, ficando cotada a R$ 120,86/arroba. Apesar dessa valorização, a falta de fundamentos altistas para o preço da pluma do contrato de julho/25 na bolsa de Nova York, aliada à movimentação mais contida do dólar, pressionaram o preço da paridade na análise de longo prazo.
Para se ter uma ideia, a expectativa de estoques finais elevados para a safra 25/26 mundial, divulgada no dia 12/05 pelo USDA, contribuiu para uma maior pressão nos preços após a divulgação. Desse modo, a média mensal das cotações em maio/25 (até 23/05) recuou 3,78% ante o mesmo período de abril/25.
Por fim, a curto prazo, não há fatores que indiquem valorizações expressivas para as cotações da pluma, o que tende a limitar as valorizações no preço da paridade, mantendo um movimento mais lateralizado. As informações partem do Imea.
Exportações brasileiras – Secex
As exportações brasileiras de algodão somaram 157,737 mil toneladas em maio (16 dias úteis), com média diária de 9.858 toneladas. A receita com as vendas ao exterior totalizou US$ 253,854 milhões, com média de US$ 15,865 milhões. As informações são do Ministério da Economia.
Em relação à igual período do ano anterior, houve um recuo de 9,8% no volume diário exportado (10,925 mil toneladas diárias em maio de 2024). Já a receita diária teve queda de 25,7% (US$ 21,354 milhões diários em maio de 2024).
Fonte: Sara Lane – Safras News
Sustentabilidade
Mercado brasileiro de trigo muda de rumo e estabiliza após forte queda no início de maio – MAIS SOJA

Após um período de recuperação nos preços, o mercado brasileiro de trigo inverteu a tendência na virada de abril para maio. A queda no custo de importação que foi impulsionada pela desvalorização do dólar e pela baixa nas cotações internacionais, especialmente em Chicago e na Argentina, trouxe um viés baixista.
Segundo o analista e consultor de Safras & Mercado, Elcio Bento, com o arrefecimento da demanda por soja e milho, muitos produtores optaram por antecipar a venda do trigo, aumentando a oferta em um cenário já pressionado, o que acentuou as quedas nos preços na primeira metade do mês.
Na segunda quinzena, no entanto, o movimento de baixa perdeu força. “Os preços passaram a mostrar sinais de estabilização, com os produtores menos dispostos a negociar abaixo dos atuais patamares. A percepção é de que ainda há um intervalo considerável até a entrada da próxima safra, o que estimula a espera por melhores oportunidades de venda”, apontou o analista.
Do lado comprador, conforme Bento, o mercado segue cauteloso, apostando que a pressão vinda do cenário internacional deve continuar. “Com isso, os preços encerraram maio em queda na comparação com abril, mas com uma clara sinalização de interrupção da tendência de baixa”, relatou.
Emater
O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) ampliou, a partir de 21 de maio, as áreas aptas à semeadura do trigo no Rio Grande do Sul. Isso impulsionou as atividades de plantio e aumentou o número de propriedades envolvidas. No entanto, as chuvas registradas desde 24 de maio interromperam temporariamente os trabalhos, que serão retomados conforme as condições de umidade do solo se tornem adequadas. As informações são do relatório semanal da Emater-RS desta quinta-feira (29).
Apesar do avanço no plantio, ainda há incertezas quanto à área a ser cultivada, influenciadas pela frustração da última safra de soja e descapitalização dos produtores. Os custos de financiamento e do seguro agrícola (Proagro e modalidades privadas) também são considerados elevados, o que limita o acesso ao crédito.
Na safra de 2024, a área cultivada no RS foi de 1.331.013 hectares, com produtividade de 2.781 kg/ha, segundo o IBGE. A Emater/RS-Ascar realiza neste momento o levantamento de intenção de plantio para a safra 2025, com apresentação prevista para as próximas semanas.
Argentina
A Bolsa de Buenos Aires informou que o plantio do trigo avançou para 10,5% da área projetada na Argentina. A semeadura é estimada em 6,7 milhões de hectares para a safra 2025/26.
Os trabalhos se concentraram principalmente no norte e centro-oeste da área agrícola, com destaque para o centro-norte de Córdoba, que apresenta um avanço superior a 10 pontos percentuais em relação à média das últimas cinco safras e ao ciclo anterior.
Nas demais regiões, o plantio tem sido atrasado pela continuidade das chuvas, especialmente no Núcleo Sul, Centro de Buenos Aires e na Cuenca del Salado. Caso o cenário atual persista, há risco de comprometimento nos planos de semeadura nessas áreas.
Fonte: Ritiele Rodrigues–Safras News
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Único sobrevivente de grupo resgatado nas queimadas, filhote de tamanduá se prepara para voltar à natureza em MT | MT

Bandeirinha, um filhote de tamanduá-bandeira, é o único sobrevivente entre oito animais resgatados durante as queimadas que atingiram o estado.
Bandeirinha, um filhote de tamanduá-bandeira, é o único sobrevivente entre oito animais resgatados durante as queimadas que atingiram Mato Grosso em setembro de 2024, está pronto para ser reintroduzido à natureza. Agora com 10 meses, o animal está em fase de aclimatação na unidade da Ampara Silvestre, localizada na Transpantaneira, onde desenvolve seus instintos naturais antes de voltar à vida selvagem.
Resgatado com cerca de dois meses de idade, Bandeirinha foi levado em estado crítico ao Hospital Veterinário (Hovet) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Com queimaduras de terceiro grau nas quatro patas, desidratação extrema e anemia severa, ele necessitou de cuidados intensivos logo na chegada.
Segundo a médica veterinária Danielle Ferreira, responsável pelo tratamento, o estado do animal era grave. Ele teve as camadas de tecidos e pele destruídas, sendo necessário a troca de curativos por 42 dias para garantir a limpeza adequada aliada ao uso de pomadas para queimaduras.
Nos primeiros dias, o quadro clínico se agravou com sinais de choque séptico. “Foi necessário o uso de antibióticos potentes, porque a infecção era causada por uma bactéria multirresistente. Também aplicamos soro glicosado e vasopressores em infusão contínua, já que ele não conseguia manter funções fisiológicas básicas. Chegou a ficar alguns dias em estado semicomatoso”, explicou a veterinária.
Ao longo da recuperação, Bandeirinha enfrentou outras complicações, incluindo uma infecção óssea relacionada ao uso de acesso intraósseo e um quadro de pneumonia, condição comum em animais expostos à fumaça intensa. Além dos desafios clínicos, o vínculo afetivo com a veterinária também exigiu atenção especial.
“Ele só aceitava se alimentar comigo. Como filhote órfão, acabou ‘imprintando’ em mim, o que nos obrigou a manter a alimentação sempre sob o meu manejo. Isso é comum em tamanduás, que permanecem agarrados à mãe durante o início da vida”, contou Danielle.
Com o tempo, o filhote foi introduzido a uma dieta natural, com formigas e cupins, e aprendeu a procurar alimento por conta própria, revirando cupinzeiros. Passou então por um processo de dessensibilização com humanos, sendo transferido para um recinto isolado. No último mês, Bandeirinha começou a demonstrar comportamentos ariscos e até agressivos com pessoas, sinais de que está pronto para o retorno à natureza.
No entanto, caso não consiga se adaptar, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) poderá transferi-lo para um empreendimento de fauna, como um zoológico ou centro de conservação. Classificado como espécie “Vulnerável”, Bandeirinha, saudável e com potencial reprodutivo, representa uma esperança para a conservação da espécie.
O papel do Hovet na conservação da fauna
A atuação do Hospital Veterinária preenche uma lacuna importante no estado. Thais Oliveira Morgado, médica veterinária e chefe do Setor de Animais Silvestres, explica que os atendimentos são feitos em parceria com a Sema, Polícia Militar Ambiental e a comunidade. “Recebemos principalmente animais vítimas de atropelamentos, queimadas ou filhotes órfãos. Também oferecemos atendimento à pets não convencionais mediante agendamento”, afirmou.
A responsável ainda destacou que a ausência de um Centro de Triagem de Animais Silvestres no estado torna o papel da UFMT ainda mais essencial, uma vez que o estado é cercado por três biomas.
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