Sustentabilidade
RS conclui colheita da soja – MAIS SOJA

A colheita da soja está praticamente encerrada no Rio Grande do Sul. Em função das chuvas que atingem o Estado, a conclusão da colheita dependerá da melhoria das condições climáticas. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (29/05), há apenas algumas áreas remanescentes, correspondentes a segundo cultivo ou implantação tardia, que superaram o período crítico da estiagem. Essas áreas representam fração menor que meio ponto percentual da área cultivada e não devem impactar a produtividade média estadual, estimada em 1.957 kg/ha, o que representa uma redução de 38,43% nos 3.179 kg/ha projetados antes do início do plantio. No Estado, a área cultivada com soja é estimada pela Emater/RS Ascar em 6.770.405 hectares.
Diante das perdas significativas na safra de soja, causadas pela estiagem nos últimos meses, os produtores buscam alternativas para equacionar dívidas, com destaque para a demanda por securitização. Sem medidas de renegociação, há perspectiva de redução expressiva na área destinada à soja na próxima safra.
Milho
Parcialmente limitada pelas precipitações, a colheita de milho alcançou 96%, estando 3% das lavouras maduras e 1% em enchimento de grãos, correspondendo a cultivos em segunda safra. As lavouras remanescentes apresentam bom potencial produtivo, mas a conclusão da colheita está condicionada à melhoria das condições climáticas. Em algumas áreas, está sendo cultivado nabo forrageiro para cobertura de solo e posterior dessecação para implantação de milho, a partir de agosto.
Paralelamente, foram iniciados os encaminhamentos de custeio da próxima safra com os agentes financeiros cooperativos, aproveitando as atuais condições de juros e cobertura do Proagro. Parte dos produtores já adquiriu sementes, priorizando cultivares precoces e com maior tolerância à cigarrinha-do-milho e aproveitando melhores preços no período.
A produtividade do milho no Estado está estimada pela Emater/RS-Ascar em 6.857 kg/ha, representando redução de 3,6% em relação à projeção inicial de 7.116 kg/ha, realizada antes do início do plantio. A área cultivada está estimada em 706.909 hectares.
Milho silagem
A colheita do milho para silagem foi praticamente inexistente no período, e aproximadamente 99% foram colhidos. As lavouras remanescentes encontram-se em fase de maturação, e a colheita está prevista para os próximos dias, condicionada à melhora das condições climáticas. Para o Estado, a produtividade estimada pela Emater/RS-Ascar está em 35.934 kg/ha, representando redução de 6,52% nos 38.440 kg/ha estimados na ocasião do plantio. A área plantada é de 339.555 hectares.
Arroz
A safra de arroz está tecnicamente encerrada, uma vez que as áreas remanescentes são pontuais e não possuem representatividade estatística capaz de alterar os resultados consolidados da produção. o tempo seco no início do período favoreceu a drenagem das lavouras e a incorporação da palhada. Falta menos de um mês para o início do inverno e cerca de cem dias para a abertura da próxima janela de plantio. Por essa razão, os produtores das regiões Sul e Campanha acompanham com preocupação os níveis das barragens, que seguem baixos, apesar das precipitações. Já na Fronteira Oeste e Centro-Oeste, o cenário é mais favorável, pois os volumes acumulados de chuva contribuíram para a recuperação dos reservatórios. A área cultivada para a Safra 2024/2025 é de 970.194 hectares. A produtividade está estimada pela Emater/RS-Ascar em 8.558 kg/ha.
Feijão 2ª Safra
A colheita avançou para 65%, limitada pelo predomínio de tempo chuvoso e elevada umidade nos cultivos. As lavouras em maturação alcançam 30%, e 5% estão em enchimento de grãos. Os grãos colhidos apresentam boa qualidade física e sanitária, porém teor de umidade elevado, o que exige a realização de secagem imediata para evitar deterioração e preservar as características desejáveis para armazenamento e comercialização. A área de cultivo está estimada pela Emater/RS-Ascar em 15.597 hectares, e a produtividade em 1.316 kg/ha.
Culturas de Inverno
Trigo
O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), a partir de 21/05, ampliou as regiões aptas à semeadura do trigo no Estado, o que resultou na intensificação das atividades de plantio e no aumento do número de propriedades envolvidas. No entanto, as precipitações, registradas a partir de 24/05, interromperam temporariamente os trabalhos, que deverão ser retomados assim que as condições de umidade do solo se tornarem adequadas para a operação mecanizada.
Aveia Branca
A semeadura foi priorizada pelos produtores por se ajustar ao período recomendado pelo Zarc. No entanto, o avanço das operações foi limitado pela elevada umidade do solo, que comprometeu a viabilidade do tráfego de máquinas e a realização adequada das operações mecanizadas. As lavouras implantadas apresentam bom estabelecimento inicial, com emergência uniforme, reflexo de práticas adequadas de semeadura, como profundidade e contato adequados entre semente e solo.
O cultivo da aveia branca tem despertado interesse entre os produtores para uso como grão – destinado ao consumo humano e à alimentação animal – e para a produção de sementes. Esse aumento na adoção da cultura está relacionado à valorização do grão no mercado e à sua viabilidade como cultura de inverno, especialmente em áreas com redução na intenção de plantio de trigo.
Canola
A cultura está em estabelecimento avançado e, em parte do Estado, ultrapassa a metade da área projetada para semeadura. Essa operação avançou durante o período, mas foi interrompida pelas chuvas a partir de 24/05. Os produtores demonstram preocupação com os volumes elevados de precipitação no Centro-Oeste do Estado, dado que a cultura é sensível ao excesso de umidade na fase de germinação, fator crítico para o estande de plantas e para altas produtividades.
As lavouras de canola semeadas no início de abril, embora em menor proporção, já apresentam adequada emissão foliar, início de elongação da haste principal e emissão das primeiras flores, indicando transição para o estágio reprodutivo inicial. Deve ser confirmada a expectativa de ampliação de área, também observada na safra anterior, consolidando-se como uma das principais alternativas para a lavoura de trigo, devido à boa liquidez e à percepção entre os produtores de se tratar de uma espécie com maior rusticidade no que se refere ao manejo fitossanitário. Também é considerada ótima alternativa para rotação de culturas, pois reduz a incidência de doenças nas lavouras de trigo plantadas por várias safras consecutivas.
Cevada
Iniciou-se a semeadura das lavouras de cevada destinadas à produção de grãos para arraçoamento animal, com desenvolvimento inicial considerado adequado. As áreas destinadas à produção de malte encontram-se em fase de preparo. Apesar do avanço das atividades, mantém-se a tendência de baixa expressão da cultura no Estado em razão das limitações de mercado, das exigências específicas de qualidade do grão para indústria e da maior competitividade de outras culturas de inverno.
Bovinocultura de Corte
O estado corporal do rebanho bovino de corte mantido em campos nativos apresenta leve declínio, refletindo a mudança nas temperaturas e o aumento da frequência das chuvas, que resultam em redução na oferta e na qualidade das forrageiras. Contudo, observa-se incremento nas áreas com pastagens cultivadas de aveia e azevém, que já se encontram em condições de utilização.
Bovinocultura de Leite
A produção está em recuperação, especialmente nas propriedades que enfrentaram vazio forrageiro nas últimas semanas. Já é possível reduzir de forma parcial a suplementação com concentrados e volumosos, que mantinha os custos de produção elevados. Novos casos de raiva herbívora foram diagnosticados no RS e no estado vizinho de Santa Catarina.
Piscicultura
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim, a renovação das águas nos açudes melhorou nos últimos dias em função do retorno de volumes mais elevados de chuva. A queda da temperatura e a redução do fotoperíodo impactam no comportamento e na produção dos peixes, provocando redução no metabolismo, menor consumo de ração e desaceleração no desenvolvimento. Na região de Porto Alegre, os piscicultores diminuíram os volumes de ração ofertada em razão da baixa temperatura da água dos viveiros nos últimos dias, especialmente na criação de espécies tropicais, como tilápia.
Pesca Artesanal
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, a pesca artesanal na Lagoa dos Patos obteve safra satisfatória em termos de volume, porém os valores pagos aos pescadores ficaram baixos. Praticamente não houve safra de camarão. Em 30/05, inicia o processo de liberação e recebimento do seguro-defeso em razão da paralisação das atividades de pesca artesanal. A Lagoa Mirim apresenta níveis mais baixos de água, mas dentro do esperado para a época do ano. Em Tavares, a Lagoa do Peixe segue com todos os lagamares liberados para a pesca de camarão. Na região de Santa Rosa, a pesca continua apresentando bons resultados no município, o que tem levado a maior parte dos pescadores a intensificar a disposição de redes e de espinhéis no leito do Rio Uruguai. Aqueles com maior volume de equipamentos já relatam a intenção de reduzir a atividade em função de a capacidade de armazenamento já estar próxima do limite.
Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação
Sustentabilidade
Mercado de arroz mantém tom negativo em maio e aumenta risco para próximo ciclo – MAIS SOJA

O mercado brasileiro do arroz atravessa uma fase crítica, marcada por excesso de oferta, demanda interna fraca e exportações em declínio. A constatação é do analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.
Com oferta total estimada em 14,2 milhões de toneladas (base casca) e demanda agregada próxima de 12,2 milhões de toneladas, o país caminha para um estoque de passagem superior a 2 milhões de toneladas — potencial patamar recorde. “Esse desequilíbrio estrutural impõe forte pressão sobre as cotações”, explica Oliveira.
Na Fronteira Oeste Gaúcha, indústrias ofertam entre R$ 60 (produto de menor rendimento) e R$ 65 por saca (acima de 58% de grãos inteiros), enquanto produtores seguem tentando sustentar pedidas acima de R$ 70 por saca. “Esta diferença amplia o travamento das negociações e reduz drasticamente a liquidez”, pondera o analista.
A resistência dos produtores, embora compreensível diante de custos cada vez mais elevados, torna-se cada vez mais difícil de sustentar, especialmente diante da lentidão da demanda e da escalada dos estoques. “As exportações, que poderiam funcionar como válvula de escape, seguem muito abaixo do esperado”, lembra o consultor.
O Brasil perde competitividade para Paraguai, Uruguai e Estados Unidos, que vêm ocupando espaços em mercados tradicionais. Com previsão considerada otimista de 1,65 milhão de toneladas (base casca) a serem embarcadas nesta temporada comercial 2025/26, os volumes não são suficientes para aliviar o excedente interno. “O maior risco, no entanto, está na manutenção — ou até ampliação — da área plantada no próximo ciclo”, projeta Oliveira.
Para o analista, sem recuperação clara da demanda, o setor caminha para novo ciclo de margens comprimidas, baixa rentabilidade e possível retração de investimentos. “A conjuntura exige cautela, planejamento estratégico e rediscussão das decisões de plantio, especialmente nas regiões com menor competitividade estrutural”, finaliza.
A média da saca de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros, pagamento à vista) encerrou a quinta-feira (29) em R$ 73,20, queda de 3,11% em relação à semana anterior. Na comparação com o mesmo período do mês passado, o recuo era de 5,05%. Em relação a 2024, a desvalorização atingia 39,41%.
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Fonte: Rodrigo Ramos/ Agência Safras News
Sustentabilidade
Tempo bom com temperaturas baixas é a previsão para os próximos dias no RS – MAIS SOJA

De acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico 22/2025, a tendência para os próximos dias é de tempo aberto com restrições em algumas regiões do estado, mas com temperaturas amenas e aquecimento gradual a partir de deste final de semana. O Boletim é elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).
A partir desta sexta-feira (30/05), o tempo firme deve predominar, mantendo o frio em todo o Rio Grande do Sul, com temperaturas próximas de 0°C especialmente na Serra Gaúcha. Essa condição permanecerá nos dias seguintes, com tendência de aquecimento gradual entre sábado (31/05) e domingo (01/06).
A tendência para o período entre os dias 2 e 4 de junho indica a formação de novas áreas de instabilidade restritas ao norte do Rio Grande do Sul. Na segunda-feira (2/06), uma área alongada de baixa pressão deverá se desenvolver nessa região, provocando chuvas entre a tarde da segunda-feira e a manhã de terça-feira (3/06). Nas demais áreas do estado, o tempo permanecerá estável. Já na quarta-feira (4/06), o tempo firme deverá predominar em todo o Rio Grande do Sul.
De acordo com a publicação, os últimos sete dias registraram os maiores volumes de chuva, com acumulados acima de 100 mm, na Fronteira Oeste, Missões e região Central do Rio Grande do Sul. Em pontos isolados dessas áreas, os totais ultrapassaram os 150 mm. Nas regiões da Campanha, Norte, Litoral e Serra, os acumulados variaram entre 10 mm e valores abaixo de 100 mm. Já no Sul do estado, as chuvas foram menos expressivas, com registros de até 50 mm.
Destaques das principais culturas no Estado
A colheita de soja encontra-se em fase final. Há apenas algumas áreas remanescentes, correspondentes a segundo cultivo ou implantação tardia, que superaram o período crítico da estiagem, mas representam fração menor que meio ponto percentual da área cultivada e não devem impactar a produtividade média estadual.
A colheita do milho silagem foi praticamente inexistente no período, e aproximadamente 99% foram colhidos.
A safra de arroz está tecnicamente encerrada, uma vez que as áreas remanescentes são pontuais e não possuem representatividade estatística capaz de alterar os resultados consolidados da produção. A produtividade está estimada pela Emater/RS-Ascar em 8.558 kg/ha.
A colheita de feijão 2ª safra avançou para 65%, limitada pelo predomínio de tempo chuvoso e elevada umidade nos cultivos. As lavouras em maturação alcançam 30%, e 5% estão em enchimento de grãos.
O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), a partir de 21/05, ampliou as regiões aptas à semeadura de trigo no Estado, o que resultou na intensificação das atividades de plantio e no aumento do número de propriedades envolvidas. No entanto, as precipitações, registradas a partir de 24/05, interromperam temporariamente os trabalhos, que deverão ser retomados assim que as condições de umidade do solo se tornarem adequadas.
Nas frutíferas, o destaque é a colheita de citros no Estado. Noz-pecã também está em plena safra, com bom tamanho de amêndoas, mas carga menor que o esperado.
O Boletim está disponível em: www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.
Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação
Sustentabilidade
Mercado de soja tem poucas alterações de preço em maio; plantio nos EUA domina cena em junho – MAIS SOJA

O mercado brasileiro de soja apresentou poucas alterações no preços domésticos ao longo do mês de maio. Os produtores adotaram uma postura mais cautelosa, aproveitando os momentos de pico para negociar. Com a colheita encerrada no Brasil, as atenções se voltam para o plantio e o desenvolvimento inicial das lavouras nos Estados Unidos.
A saca de 60 quilos abriu e fechou maio na casa de R$ 128,00 em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), a cotação passou de R$ 129,00 para R$ 128,00 no período. Na região de Rondonópolis (MT), o preço recuou de R$ 116,00 para R$ 115,00. No Porto de Paranaguá, a saca seguiu estabilizada em R$ 134,00.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em julho acumularam valorização de 0,55% em maio, cotado na parte da manhã do dia 30 a US$ 10,50 1/4 por bushel. Apesar do cenário fundamental negativo, as cotações não cederam ao longo do mês.
Mas qualquer reação consistente é limitada pelo bom avanço do plantio nos Estados Unidos, sem maiores riscos climáticos, indicando, por ora, uma boa produção nos Estados Unidos. Para completar, os americanos convivem com sinais de enfraquecimento da demanda, em meio ao vai e volta da política tarifária de Donald Trump.
Para junho, atenções seguirão voltadas para o desenvolvimento das lavouras, incluindo o relatório de área plantada nos Estados Unidos, que será divulgado no dia 30 de junho.
Para completar o quadro negativo em Chicago, há uma ampla oferta brasileira de soja no mercado de exportação, com condições mais favoráveis. Mesmo com a trégua acertada entre Estados Unidos e China na política comercial, o Brasil segue sendo a origem preferida dos chinesers neste momento.
O câmbio pouco ajudou nos negócios com soja. No balanço do mês, mesmo com alguns repiques, o dólar comercial acumulou desvalorização de 0,14%, cotado na manhã da sexta, 30 de maio, a R$ 5,6673. E a expectativa é de que a moeda americana siga nestes patamares até o final do ano. Importante ficar de olho no fluxo de recursos estrangeiros no Brasil – se favorecendo das tarifas de Trump – como um fator de baixa e na questão fiscal no Brasil como fator de alta.
Fonte: Dylan Della Pasqua / Safras News
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