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Preços do boi sobem em Mato Grosso

Os preços do boi gordo em Mato Grosso, estado que detém o maior rebanho do Brasil, têm se aproximado dos de São Paulo. Isso é o que mostram os levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
A tendência de queda é acompanhada desde o fim de 2022. No mês de abril de 2025, o Cepea analisou alguns negócios em Mato Grosso sendo realizados a valores acima dos observados em São Paulo.
Ainda assim, na média daquele mês, a diferença entre os preços desses dois estados foi de apenas R$ 9,50 por arroba, com o boi paulista levando a vantagem. Esse foi o menor diferencial desde meados de 2017, quando pesquisadores do Cepea ressaltam que a pecuária tinha outra configuração.
Em abril do ano passado, a arroba do boi gordo em São Paulo estava R$ 22,20 acima do valor da arroba mato-grossense. Já neste mês de maio, dados do Cepea mostram que os preços médios em Mato Grosso estão R$ 12,30 acima dos de São Paulo, considerando o valor da arroba.
O indicador de preços do boi gordo Cepea/B3, que traz a média diária ponderada de preços à vista em São Paulo, mostra um valor de R$ 305,10 para a arroba nesta quarta-feira (28).
(Com informações do Canal Rural)
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Produtor que desmatou o Cerrado é multado em R$ 308 mil e terá que reflorestar área degradada em MT

Valor da multa será destinado a projetos ambientais e sociais desenvolvidos em Alto Araguaia e região, segundo o Ministério Público.
Um produtor rural de Alto Araguaia, a 426 km de Cuiabá, firmou um acordo com o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e terá que pagar R$ 308,2 mil por danos ambientais e recuperar uma área de 148 hectares de vegetação nativa do Cerrado desmatada sem autorização.
O desmatamento foi identificado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema-MT). A partir disso, o Ministério Público abriu uma investigação e firmou, nessa terça-feira (27), um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que o responsável repare os danos causados.
Segundo o Minsitério Público, o produtor precisa apresentar, em até 180 dias, um Plano de Recuperação de Área Degradada (Prada), com um cronograma de execução de até cinco anos. A recuperação deve ser feita por meio de plantio de espécies nativas ou regeneração natural assistida, com cercamento e monitoramento semestral.
Além disso, ele também terá que regularizar o imóvel no Cadastro Ambiental Rural (CAR). O valor da multa será destinado a projetos ambientais e sociais desenvolvidos em Alto Araguaia e região.
Segundo o Ministério Público, o acordo tem força de decisão judicial e busca garantir a reparação dos danos causados ao Cerrado, bioma que sofre pressão constante do avanço do desmatamento em Mato Grosso.
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Mato Grosso recebe certificação de zona livre de aftosa sem vacinação em cerimônia em Paris

Reconhecimento internacional coroa décadas de parceria do Poder Público com setor produtivo para enfrentar a doença e obter certificações
Durante a 92ª Assembleia da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), Mato Grosso obteve a certificação de zona livre de febre aftosa sem vacinação, o mais alto status sanitário do mundo na cadeia de bovinos, bubalinos e suínos. A comitiva mato-grossense, liderada pelo vice-governador Otaviano Pivetta, celebrou o momento aguardado por décadas nesta quinta-feira (29.5), na cerimônia oficial realizada em Paris, na França.
O reconhecimento coroa um trabalho técnico e político de mais de 40 anos, com destaque para os investimentos recentes da atual gestão estadual, que aplicou mais de R$ 100 milhões nos últimos cinco anos em estrutura, pessoal e modernização do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea). Os recursos públicos e privados viabilizaram concurso público, capacitação técnica, reforma de escritórios e unidades regionais, garantindo a segurança necessária para o fim da vacinação obrigatória.
“Agora é oficial, Mato Grosso livre de aftosa sem vacinação. Estamos aqui acompanhando a comitiva do vice-governador Otaviano Pivetta, os representantes do setor produtivo e nossos técnicos do Indea. Estamos muito felizes, pois é o reconhecimento de um trabalho de muitos e muitos anos, onde só o governo do estado nos últimos cinco anos investiu mais de R$ 100 milhões de reais, com concurso público, capacitações junto com os fundos dos produtores, dos pecuaristas, reforma dos escritórios e das regionais do Indea, aquisição de veículos. É um trabalho conjunto da iniciativa privada e do governo que nos faz chegar nesse momento de muita alegria”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.
Órgão mundial de saúde animal reconhece Brasil como livre de aftosa sem vacinação — Foto: Divulgação / Abrafrigo
O vice-governador Otaviano Pivetta disse que a entrega do certificado representa um marco histórico para o agronegócio brasileiro e reforça o protagonismo de Mato Grosso, maior rebanho bovino do país, com 33 milhões de cabeças. A conquista deverá ampliar o acesso do estado a mercados internacionais mais exigentes, especialmente na Ásia, onde já se concentram as exportações de carne bovina — que somaram US$ 2,1 bilhões em 2023.
“Nós, mato-grossenses, brasileiros, estamos preparados para ajudar a alimentar o mundo com qualidade e com segurança. Essa certificação de hoje coroa o trabalho todo que foi feito e nós brasileiros que temos essa vocação natural de alimentar o mundo, estamos liberados para vender cada vez mais produto com mais qualidade com mais valor agregado. Tantas personalidades brasileiras, recebendo essa certificação que é histórica para nós, foram dezenas de anos trabalhando para isso acontecer. Nossos corpos técnicos, os estados cuidaram da sanidade animal, vigilância. É uma virada de chave para o Brasil. Agora, nós precisamos fazer uma manutenção disso e o desafio é mantermos a vigilância termos esse status para que o Brasil possa exercer a sua vocação, que é ser um grande produtor de bovinos”, afirmou o vice-governador Otaviano Pivetta.
O presidente da Famato, Vilmondes Tomain, também destacou o papel dos produtores na conquista, especialmente os pecuaristas.
“Hoje é só alegria. Nossa alegria como produtor rural, como representante do produtor rural do Mato Grosso. Parabéns aos pecuaristas, né, governador, que fizeram a sua tarefa de casa. Vocês conseguiram elevar o status brasileiro, os livres de aftosa sem vacinação. Isso é motivo de orgulho para nós. Estamos de parabéns. Agora é só cuidar, como os técnicos estão aí preparados para isso, para nos dar o norte do caminho para a gente manter esse status e ganhar mercado para o mundo afora.”
O certificado entregue pela OMSA sela uma transformação iniciada ainda nos anos 1970, quando a febre aftosa era um risco permanente para o rebanho estadual. Desde o último foco registrado em 1996, Mato Grosso avançou com campanhas de vacinação, estruturação institucional e vigilância sanitária. A nova certificação substitui o status de zona livre com vacinação, conquistado em 2001, e representa uma conquista coletiva de produtores, entidades e poder público — que agora precisam manter o padrão sanitário alcançado para preservar e ampliar os mercados internacionais.
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Brasil é reconhecido mundialmente como livre de febre aftosa sem vacinação

O título pode ajudar na abertura de novos mercados internacionais para a carne brasileira, de acordo com associações do setor.
O Brasil foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como livre de febre aftosa sem vacinação pela primeira vez, nesta quinta-feira (29).
O título pode ajudar na abertura de novos mercados internacionais para a carne brasileira, já que alguns países compram apenas de locais com este status, de acordo com associações do setor.
O status sanitário foi aprovado na 92ª Assembleia da OMSA, que ocorre durante esta semana em Paris.
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Órgão mundial de saúde animal reconhece Brasil como livre de aftosa sem vacinação — Foto: Divulgação / Abrafrigo
A febre aftosa é uma doença infecciosa aguda que causa febre, seguida do aparecimento de vesículas (aftas), principalmente, na boca e nos pés de animais de casco fendido, como bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e suínos.
O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina.
O estado de Santa Catarina foi o primeiro do país a ser reconhecido como zona livre de febre aftosa, sem vacinação, pela OMSA, em 2007.
Em 2008, o Brasil recebeu o título de livre da doença, mas com vacinação.
Quais as vantagem do status?
A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) afirmou em comunicado que este é um “momento histórico” para a cadeia agroindustrial da carne bovina, após décadas de promoção ativa da vacinação e de controles sanitários nos rebanhos.
A nova certificação sanitária posiciona o país “em um novo patamar no comércio internacional”, e poderá ajudar na abertura de mercados “altamente exigentes”, como o Japão, disse a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
“Países como Filipinas e Indonésia já manifestaram interesse imediato em importar miúdos bovinos com base nesse novo status sanitário. E estamos utilizando essa conquista como um ativo estratégico em negociações com mercados altamente exigentes, como o Japão”, afirmou a entidade.
A Abiec observou ainda que, com o novo status, o governo brasileiro precisará renegociar diversos certificados sanitários internacionais, o que pode demandar ajustes no curto prazo.
Além da possibilidade de ampliação do mercado internacional, o reconhecimento pode trazer redução de custos para o produtor rural e para os estados, aponta a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
O pecuarista também pode ser melhor remunerado. Isso porque alguns dos possíveis novos mercados, como o Japão, pagam mais pelo produto.
“O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de carne bovina, e esse status garante que continuemos contribuindo para alimentar pessoas em todo o mundo”, disse Dr. Marcelo de Andrade Mota, Delegado da OMSA e Diretor do Ministério da Agricultura.
O que é a febre aftosa?
A febre aftosa é uma doença de rápida disseminação. Quando um foco é registrado, o produtor precisa interditar a área e sacrificar todos os animais para evitar a propagação, assim como acontece com a gripe aviária em granjas.
De mesmo modo, a partir do momento em que é confirmado o registro de caso de febre aftosa, há restrições com relação à comercialização.
A última vez que o Brasil registro um foco da doença foi em 2006, nos estados do Paraná e do Mato Grosso do Sul.
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