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IA e segurança no campo marcam 8ª edição do Agro Club Conecta no dia 29

Otimizar tempo e automatizar processos. Dois pontos para quem lida com a terra considerados essenciais para o dia a dia poderão ser conferidos em meio às soluções tecnológicas na 8ª edição do Agro Club Conecta no próximo dia 29 em Sorriso, região médio-norte de Mato Grosso.
Promovido pelo Agro Club Tecnológico, com sede em Rondonópolis, o evento contará com 10 soluções que os produtores poderão conferir na prática.
“O produtor gosta de ver o negócio funcionando. Ele é muito visual. São dez soluções novas. Nunca repetimos. Em Rondonópolis já foram três edições e em nenhuma repetimos soluções”, pontua o CEO do Agro Club Tecnológico, Durval Carneiro.
Ao Canal Rural Mato Grosso, ele explica que com essa dinâmica é possível auxiliar tanto o empreendedor a acessar o produtor quanto o produtor acessar quem tem a tecnologia.
“É encurtar o tempo entre o produtor encontrar a solução e o empreendedor acessar o produtor”, salienta.
O Agro Club Conecta será realizado na Estação de Pesquisa da TMG, em Sorriso, a partir das 7h30. O evento é gratuito.
Entre as tecnologias a serem apresentadas estão soluções com Inteligência Artificial, voltadas para a manutenção de máquinas agrícolas, soluções para sementes, conectividade no campo e até mesmo segurança na fazenda.
Além disso, o dia de campo contará com um painel sobre o panorama atual do milho.
Paralelo ao Agro Club Conecta, nesta quarta-feira (28), ocorre o Unisystem Day – Conexão Bayer, um bate-papo sobre novas funcionalidades da plataforma, integração com outros sistemas e, especialmente, com a Agricultura Digital Bayer.
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Safra de café pode registrar perdas de até 40% em Rondônia

A colheita do café em Rondônia já começou, mas longe do cenário ideal. O atraso na maturação dos grãos, as altas temperaturas e a estiagem prolongada impactaram a produtividade em muitas lavouras. Em algumas propriedades, a perda pode chegar a 40%.
Em Alta Floresta do Oeste, a colheita esse ano começou mais tarde e antes do tempo considerado ideal na propriedade do produtor Nelson Eri Plantikow. E o motivo para retirar o grão ainda verde do pé é a última parcela de um trator adquirido há quatro anos na modalidade barter.
“Esse ano ainda temos 170 sacas para quitar o trator. Por isso, estamos colhendo um café mais verde, porque senão eu iria esperar mais um pouquinho. Acredito que vais uns 20 dias ainda para chegar ao ponto ideal. Geralmente começamos em meados de abril a colheita”.
O atraso no início em si da colheita é reflexo de um clima desequilibrado. A estiagem prolongada e as altas temperaturas durante o período da florada prejudicaram o desempenho da plantação, segundo os produtores do município. O que pode reduzir a produtividade esperada na propriedade.
“Tivemos quebra em algumas rosetas. Algumas seguraram bem e outras não, devido às temperaturas muito quentes. As mais maduras foram as rosetas que floraram mais cedo, enquanto tinha mais umidade no solo e a temperatura era mais baixa. Foi o que segurou melhor. A floração mais tardia teve mais problema”, conta o produtor Luan Plantikow ao Canal Rural Mato Grosso.
Nelson acredita que a quebra de produtividade nesta temporada na sua propriedade será em torno de 20%. “Já faz diferença para o bolso. O nosso lucro foi embora. Tem lavoura que vai quebrar 40%, 50%”.
Os números e a situação das lavouras de café também preocupam o produtor Valdecir Piski da Silva. Ele conta à reportagem do Canal Rural Mato Grosso que foram cinco meses de estiagem e termômetros na casa dos 37 graus, calor considerado demais para o café.
“O café sente. A temperatura ideal é de 34 graus para baixo. A temperatura estava ótima. Aí quando chegou a época da florada essa temperatura. Com certeza vamos ter perda”.


Mercado do café é outro desafio em 2025
Com oferta e colheita comprometida devido ao clima, os cafeicultores de Rondônia ainda encaram outro desafio: o mercado.
Mesmo com preços considerados atrativos, muitos contratos foram fechados antes da alta e agora a margem ficou apertada.
“O café chegou a R$ 2 mil, mas ninguém tinha a pronta entrega para vender. Agora começou a entrar e caiu bastante. Aquele preção que o povo acha que o produtor está ganhando, ninguém pegou ainda. Aqui na roça ninguém pegou”, frisa Nelson destacando que o custo de produção hoje está em torno de 40%.


Positividade para as lavouras futuras
Mas, nem tudo é perda. A chuva que faltou na florada, chegou em boa hora para as lavouras futuras. Quem aposta no próximo ciclo do café é o ‘seo’ Mário Baumann, que viu quase 40% de quebra este ano, e agora se agarra à esperança.
“Estão muito bem formadas as copas do cafezal. As ramas que não produziram café, que formaram durante o período de chuva, é o que vai dar café na próxima safra. E, a expectativa em torno da produção do próximo ano é das melhores possíveis. Se nada atrapalhar, acho que vamos colher bastante café no próximo ano. Pelo menos para amenizar os prejuízos deste ano. Essa é a esperança que temos”.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2025 em Rondônia deve alcançar 2,28 milhões de sacas. Uma alta de 8,9% em relação ao ciclo anterior, projeção positiva num cenário em que o clima, mais uma vez, dita o ritmo da produção.
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Insumos biológicos mostram resultados no Paraná

A cada dia o uso de insumos biológicos cresce em meio às lavouras brasileiras. No Paraná não é diferente e os resultados são muitos, principalmente em relação a redução de custos e a sustentabilidade.
Em Ouro Verde, município próximo a Toledo, no Paraná, a família Paludo iniciou em 2019 os trabalhos com biológicos na lavoura. Atualmente, na cultura da soja o biológico representa 50% das aplicações, enquanto no milho varia de 20% a 30%.
Na época, quando o projeto Mais Milho, do Canal Rural, visitou a propriedade, o uso de insumos biológicos ainda estava em fase de experimentação. Era o primeiro ano, conforme destacou à reportagem o patriarca da família ‘seo’ Nelson Paludo, que infelizmente faleceu durante a pandemia do Covid-19.
“O biológico começa desde o tratamento da semente. Nós estamos vendo a produção com os vizinhos e bate a mesma coisa, só que o custo de produção caiu muito e, também, o principal nem é isso. É você conseguir usar menos defensivos. Conseguir tirar bastante já é um ganho para o produtor e para o meio ambiente”, disse ‘seo’ Nelson na ocasião.
O legado do produtor hoje é tocado pelo filho Juliano, que segue em frente com as ideias que lá atrás eram apenas uma aposta que estava começando.
“Naquele ano fomos buscar informação e como eram feitos esses trabalhos em outros lugares. Começamos as multiplicações em caixa d’água. Era o conhecimento que tínhamos na época”, conta Juliano ao Canal Rural Mato Grosso.
De lá para cá, muita coisa aconteceu. Hoje, a propriedade conta com uma biofábrica, que produz o insumo biológico.
“Com o biológico temos conseguido entrar um pouco menos com os produtos químicos. Não que tenhamos excluído, mas a gente consegue avaliar melhor a necessidade do químico. Eu acho que é um negócio que vai ganhar espaço cada vez mais, até porque as multinacionais estão indo para uma linha parecida”.
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Com apoio técnico, casal triplica renda em meio hectare de hortaliças

Localizado a cerca de 50 quilômetros de Cuiabá, capital de Mato Grosso, o Sítio Shekinah é uma das maiores vitórias do casal Alediane Kelly e Euzébio Dias. Com orientação certa e, claro, o empenho dos agricultores, a renda com a produção de hortaliças triplicou, tornando a atividade o carro-chefe do local.
O sítio está localizado na comunidade quilombola de Mata Cavalo, em Nossa Senhora do Livramento. Foram anos de espera até que o casal descendente de escravos conquistasse o direito de viver e trabalhar na terra pela quanto tanto batalhou.
A batalha, relembra ‘seo’ Euzébio, teve início em 1994. “A gente vinha brigando pela conquista da terra e aí conseguimos definitivamente em 2010”.
Ao programa desta semana do Senar Transforma, o produtor conta que inicialmente o sítio iria de chamar “Vitória”, contudo já existiam outros na região com o mesmo nome. A escolha por “Shekinah” veio de uma pesquisa na Bíblia, onde viu que na linguagem árabe significava “Vitória”.
“Shekinah é vitória. É a conquista que nós tivemos pela terra. Nós trabalhamos muito, porque não foi apenas eu. Era eu, meu pai, meu tio… Para nós foi muito bom batalhar pela terra e conquistar ela”.
Paixão pela terra que não se mede
A paixão do casal pela terra é visível nos olhos da dona Kelly, que sonha em seguir produzindo.
“Sempre tive vontade, um desejo de mexer na terra. Eu quero aumentar a minha produção, aumentar o meu desenvolvimento, o nosso trabalho aqui na nossa terra, de onde nós tiramos o sustento da nossa família”.
A vontade de expandir cultivando o solo demonstra a vocação do casal, que investiu em outras atividades antes de encontrar na olericultura a melhor opção.
Conforme ‘seo’ Euzébio, na propriedade já foram plantadas banana, mandioca e até mesmo abacaxi.
A área destinada para a produção de hortaliças ocupa cerca de 2% da área total da propriedade de 25 hectares.


Entre os 25 canteiros existentes no local é possível encontrar uma diversidade de produtos, como couve, salsa, rúcula, alface americana, alface crespa, alface roxa, coentro, almeirão, alho, cebolinha, pimenta, pepino, entre outras opções.
A horta é o carro-chefe, mas o casal também diversifica com outras atividades, como gado de corte, frango caipira, peixe e pequi.
“Mas, tudo entra em complemento com a horta. Se eu vender um peixe, eu já vendo um tempero da horta. Se eu vender o pequi, eu já vendo a saladinha para acompanhar. Então, são vários complementos”, frisa dona Kelly.
O casal também trabalha com polpas de frutas e agora, segundo a produtora, ela está na agroindústria local, onde estão fazendo conservas.
“Nós vamos estar produzindo e dessa produção se estiver passando vamos lá e fazendo a conserva para oferecer aos nossos clientes e amigos”.


Questionada sobre qual atividade das desempenhadas no sítio escolheria para ser a única do local, a produtora é enfática: “Hortaliças da Kelly”.
“É maravilhoso. Falar da horta é minha vida. É minha paixão. É meu sonho, uma conquista. É amor”.
A produção de hortaliças inicialmente era apenas para o consumo próprio da família. O potencial de venda foi enxergado após fazerem um curso do Senar Mato Grosso voltado para a produção de hortaliças, onde foi oferecido a assistência de um técnico de campo do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG).
A produtora conta ao programa do Canal Rural Mato Grosso que de início ficou pensativa se aceitava a ajuda ou não, pois sua horta era pequena.
“No passar do tempo eu aceitei. E essa assistência técnica me trouxe oportunidade. Oportunidade para aumentar a produção, a minha renda e oportunidades para a nossa família”.


A transformação no sítio teve início há pouco mais de três anos quando o casal abriu as portas para o programa do Senar Mato Grosso com foco em olericultura.
Nas visitas mensais o técnico de campo identifica o potencial e os pontos de melhoria na condução da atividade e junto com os produtores elabora estratégias e o planejamento para colocá-las em prática, conforme as condições e realidade do local.
De acordo com o técnico de campo, Marcus Vinicius de Miranda, que há cerca de dois meses orienta o casal, o ponto forte do Sítio Shekinah é a comercialização, uma vez que o casal possui desenvoltura para as vendas e, inclusive, fazem uso das redes sociais.
“É um ponto positivo, porque eles já colocam a sua produção direto no mercado agregando valor”.
O técnico de campo pontua que a produção da família está de forma regular, porém ainda há alguns pontos a serem melhorados, uma vez que a produção de hortaliças depende do fator climático, principalmente a questão da chuva. Entre tais melhorias está a cobertura dos canteiros e a rotação de cultura visando o controle de pragas e doenças.


Outro passo é otimizar a produtividade do local sem aumentar a área, pois uma ampliação elevaria custos com mão de obra e investimentos.
“Otimizando os processos é possível aumentarmos a produtividade sem expansão da área”.
A produção hoje é comercializada através de entregas feitas pelo casal e também em feiras no município de Nossa Senhora do Livramento, Cuiabá e Várzea Grande.
“É maravilhoso. Praticamente a gente não faz feira. Eu chego lá e praticamente não fico a feira toda”, diz dona Kelly sobre o sucesso da sua produção.
E a receita para isso, afirma ela, é “amor”. “É você amar o que faz. É fazer com carinho, dedicação, tempo. É muito prazeroso”.
A chegada da ATeG “foi a chave” para o desenvolvimento, destaca ‘seo’ Euzébio.
“A vinda do Senar para cá foi de muita ajuda, muita conquista. Nós temos o apoio 100% do Sindicato Rural de Nossa Senhora do Livramento sempre oferecendo cursos para nós estarmos nos profissionalizando mais, crescendo, onde eu consegui aumentar a minha renda, minha produção. Até o meu estilo de vida”, completa dona Kelly.
Além das orientações focadas no campo, o casal aprendeu a gerenciar melhor a atividade.
“Cada visita é anotada. Com a assistência técnica a nossa vida mudou muito. Eu não tinha essa visão de futuro. Mas, com a assistência técnica, a nossa renda multiplicou três vezes. Não esperávamos. Foi até um susto”, diz a produtora.
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