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. . . . . . . . . . . . . . . 28 de May de 2025

Sustentabilidade

Com semente 100% produzida no Brasil, cultivo de canola pode decolar como biocombustível ao setor aéreo – MAIS SOJA

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De acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em 2024, houve mais de 925 mil decolagens domésticas e internacionais no Brasil. O número total de passageiros ficou acima de 118 milhões de pessoas, o segundo maior da história, o que comprova o quão aquecido o setor está. Também, segundo estudos do segmento, a aviação é responsável pela emissão de cerca de 3,5% do CO2 que vai para a atmosfera no planeta.

Considerando a previsão de ampliação do mercado aéreo, essa taxa tende a aumentar em poucos anos se nada for feito. Portanto é preciso buscar combustíveis sustentáveis como alternativa para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE), especialmente diante do enfrentamento das mudanças climáticas.

Entre as medidas criadas neste esforço global, até 2030, está o desenvolvimento de Combustível Sustentável de Aviação, ou SAF (da sigla em inglês Sustainable Aviation Fuel). Produzido a partir de fontes renováveis, o SAF pode reduzir a emissão de COentre 70% e 90%em comparação com o querosene utilizado no setor.

Em meio as opções que podem ganhar espaço como alternativa de matéria prima desse biocombustível para as aeronaves brasileiras, está a canola. A cultura que já é muito utilizada para produção de óleo e também para a fabricação de ração animal, comprova sua versatilidade também como possível combustível renovável. “A canola é uma boa solução nesse sentido contribuindo diretamente à sustentabilidade do planeta”, disse, José Geraldo Mendes, engenheiro agrônomo, responsável pela área de supply chain da Advanta Seeds.

Semente brasileira

Apostando no potencial e crescimento do cultivo da canola no Brasil, a Advanta, empresa que atua no melhoramento genético oferecendo soluções específicas para o máximo desenvolvimento produtivo das lavouras, acaba de anunciar a produção de sementes de canola 100% produzida no País. “Somos a primeira empresa a produzir híbridos dessa cultura no Brasil. Além disso, também vamos iniciar com as sementes básicas (parentais). Esse é um projeto que iniciamos agora, e estamos bem focados”, detalhou o especialista.

Ao trazer a produção para o Brasil, a Advanta resolveu um dos problemas que dificultava o crescimento da cultura por aqui: a disponibilidade. Ou seja, até então a oferta de fora não batia com o momento exato da necessidade do produtor, a semente chegava tarde e fora do período ideal de janela de plantio, comprometendo a performance.

Conforme destaca Mendes, outra vantagem da produção nacional da semente é a redução de custo e a produção do volume necessário para atender os produtores, com pontualidade e qualidade. “A atuação da Advanta com canola já é muito forte na Austrália, onde temos um consolidado programa de melhoramento. Também temos sementes da cultura na Argentina e no Chile. Agora no Brasil, a ideia é ampliar essa atuação com sementes mais adaptadas e à agricultura nacional”, reforçou.

 Oportunidades para novas regiões

A canola é uma planta oleaginosa da família das crucíferas. Além de todas as suas vantagens já citadas, é uma espécie que pode ser utilizada na rotação de culturas, beneficiando outros cultivos subsequentes como milho, soja e trigo.

Seu cultivo tradicionalmente está concentrado no Sul do Brasil devido às condições climáticas favoráveis e também maior conhecimento dos produtores locais. Porém, com a chegada de novas tecnologias adaptadas como as da Advanta, aliadas às pesquisas e estudos, os novos híbridos desenvolvidos para o clima brasileiro, tem potencial para bom desenvolvimento em outras regiões do Brasil, expandindo suas fronteiras.

Segundo o engenheiro agrônomo, no entorno de Brasília, por exemplo, já existe um projeto da Embrapa que está em desenvolvimento para a tropicalização da canola para as condições do Brasil, uma nova oportunidade para os produtores do Cerrado. “Esse será um trabalho contínuo de melhoramento genético selecionando as variedades que melhor desempenho apresentarem. Além disso as indústrias bem como toda a cadeia vai movimentando de olho no potencial dessa cultura que tem muito a crescer em solo brasileiro”, finalizou Mendes.

Sobre

A Advanta é uma empresa de sementes do grupo UPL, com mais de 60 anos de experiência em melhoramento genético de sorgo. Atua junto ao agricultor, entendendo suas necessidades e oferecendo soluções específicas para o máximo desenvolvimento produtivo da sua lavoura. A empresa concentra esforços em P&D desenvolvendo Programas de Melhoramento Genético específicos para regiões do Brasil. Além da Estação Experimental em Uberlândia/MG, esses programas são desenvolvidos e testados nas principais áreas produtoras do Brasil de forma integrada e complementar aos demais centros de melhoramentos globais da Advanta.

 Fonte: Assessoria de Imprensa Advanta



 


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Sustentabilidade

Projeto quer expandir bioinsumos brasileiros no mercado global

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O mercado global de bioinsumos era estimado entre US$ 13 e 15 bilhões em 2023. Agora, novas projeções mostram que pode alcançar a cifra de US$ 45 bilhões até 2032.

Para fortalecer a presença das empresas brasileiras do setor no mercado internacional, foi lançado nesta terça-feira (27), em Brasília, o Projeto Bioinsumos do Brasil, parceria entre Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e CropLife Brasil.

A expansão pelo globo já tem tudo resultado em solo nacional. Segundo levantamento da CropLife Brasil, em parceria com a Blink, a taxa média de adoção dos produtos com matéria-prima natural no país subiu de 23% para 26% da área plantada.

Assim, o setor mantém um ritmo de crescimento acelerado, com uma média anual de 22% nos últimos três anos, desempenho quatro vezes superior à média global.

O diretor-presidente da CropLife Brasil, Eduardo Leão, destacou a liderança do país na produção da tecnologia. “O Brasil é uma das agriculturas mais competitivas do mundo e a maior agricultura tropical. Nesse contexto, temos um imenso potencial de exportar bioinsumos produzidos aqui, com 90% da matéria-prima nacional”, afirma.

Segundo ele, de mil produtos, metade foram registrados nos últimos três anos. “Então é um momento decisivo para dar início a esse projeto. A estimativa é que na próxima década o Brasil represente um terço dos bioinsumos do planeta e nós vamos levar os benefícios que o país tem com esse produto para o mundo.”

Avanço dos bioinsumos

Na última safra, o mercado de proteção de cultivos, tanto de biológicos como de químicos, cresceu 7%. O segmento de bioinsumos avançou mais de 35%, consolidando-se como uma das tecnologias de maior expansão no agronegócio brasileiro.

Para Leão, a expansão do mercado brasileiro é sustentada por três pilares fundamentais: qualidade técnica dos produtos, competitividade econômica e aderência crescente às práticas de produção de baixo impacto ambiental exigidas tanto no mercado interno quanto no mercado internacional.

O secretário de Descarbonização e Economia Verde do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Rodrigo Rollemberg, destacou a oportunidade para o setor.

“É um projeto importante para falar ao público externo sobre o que é a agricultura brasileira de verdade, que tem a legislação ambiental mais avançada do mundo, que tem tecnologia e agora tem bioinsumos, com os quais podemos inverter a lógica de dependência de insumos, com redução de custos e sustentabilidade. É uma grande oportunidade de mudar a imagem da nossa agricultura na COP este ano no Brasil,” apontou Rollemberg.

Produto tipo exportação

Foto: Embrapa/Montagem: Canal Rural

O Brasil conta hoje com mais de 170 empresas produtoras de bioinsumos, responsáveis por um portfólio que já ultrapassa mil produtos registrados, consolidando o país como um polo de excelência no desenvolvimento de soluções agrícolas sustentáveis aplicadas à agricultura tropical.

Segundo os organizadores, o projeto contempla uma série de ações, como participação em feiras internacionais, realização de rodadas de negócios, missões comerciais, promoção institucional e estudos de mercado. O primeiro passo é o desenvolvimento da marca institucional do projeto.

O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, destacou o gesto histórico que inaugurou o projeto. “Uma parceria entre governo e indústria que sempre foi profícua e no caso dos bioinsumos tem tudo para crescer. É um momento oportuno o qual discutimos eventos climáticos e essa é uma pauta que tem a ver com o nosso ambiente. A busca por bioinsumos sempre esteve presente no nosso país e essa conexão com a natureza é fundamental. A agricultura do Brasil está fadada a encarar esses desafios e iniciativas como essas precisam florescer,” afirmou Viana.

A estratégia do projeto prevê atuação prioritária nos mercados dos países vizinhos produtores agrícolas na América Latina, além de Estados Unidos e Europa.

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Sustentabilidade

Controle da giberela em trigo – MAIS SOJA

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A giberela (Gibberella zeae/Fusarium graminearum), é uma das principais e mais preocupantes doenças que acometem a cultura do trigo. Os danos em função da incidência da giberela podem variar de acordo com a suscetibilidade da cultivar e intensidade da infecção, podendo chegar a perdas de produtividade de até 50% em condições mais severas (Santana et al., 2016). Além das perdas de produtividade, a giberela afeta a qualidade dos grãos, resultando em grãos mal formados, com acúmulo de micotoxinas.

Figura 1. Plantas de trigo com sintomas de giberela.
Figura 2. Grãos de trigo afetados pela giberela.
Fonte: Danelli; Zoldan; Reis

Levando em consideração o impacto da giberela no trigo, o manejo e controle eficiente dessa doença é crucial para a manutenção do potencial produtivo da cultura, e da qualidade dos grãos e/ou sementes produzidas. Sobretudo, alguns critérios devem ser levados em consideração para um manejo eficiente da giberela em trigo, tais como condições favoráveis ao desenvolvimento da doença e o período de pré-disposição da planta ao fungo.

Condições favoráveis

O desenvolvimento da giberela é favorecido por condições de elevada umidade e temperaturas amenas. Para que ocorra a infecção, é necessário a ocorrência de precipitações durante 38 a 72h, presença de inóculo no período de suscetibilidade da planta e temperatura . A faixa ideal de temperatura para a infecção está entre 20 e 25°C (Santana, 2012).

Qual o período de suscetibilidade da planta?

De acordo com Del Ponte et al. (2004), a extrusão das anteras é o período mais suscetível do trigo ao desenvolvimento da giberela, essa é a fase mais sensível da cultura a infecção do patógeno, e portanto a fase de maior cautela para o manejo da doença.

Figura 3. Extrusão das anteras do trigo, período mais suscetível a ocorrência de giberela.
Foto: CCGL TEC – Caroline Guterres
Quando controlar ?

A tomada de decisão para a aplicação de fungicidas deve levar em consideração as condições climáticas, ambientais e o período de predisposição do trigo a doença. Segundo Cunha & Caierão (2023), esse período estende-se do início da floração (presença de anteras soltas e presas) até estádio de grão leitoso (presença de anteras presas), ou seja, do estádio 60 ao 75 de Zadoks et al. (1974).

O período de predisposição do trigo a giberela, compreendido a partir da extrusão das anteras é considerado o período mais sensível do trigo a doença. Considerando que esse é o período do pico de suscetibilidade do trigo à giberela, esse é o momento ideal para práticas de controle da doença.

Recomendações de manejo

De acordo com Almeida et al. (2024), a primeira aplicação de fungicidas para o manejo da giberela deve ocorrer quando houver, durante o período de predisposição, ambiente favorável à infecção. Nesse sentido, a aplicação deve ser feita antes da ocorrência de chuvas previstas no período de predisposição. Quando ocorrer a chuva, as espigas já devem estar protegidas.

Já pensando em uma segunda aplicação, deve-se considerar um período de proteção das espigas de, no máximo, 7 dias. Portanto, se houver nova previsão de chuvas durante o período de suscetibilidade, reaplicar. Para pulverização, deve-se utilizar pontas cujos jatos direcionem a calda para as laterais das espigas (exemplos: duplo-leque e Defy 3D), e para o alvo da deposição (Almeida et al., 2024).

Fungicidas para o controle da giberela

Os fungicidas registrados para o controle químico da giberela em trigo estão apresentados na tabela 1.

Tabela 1. Fungicidas indicados para o controle da giberela (Fusarium graminearum) em trigo.
Fonte: Almeida et al. (2024)

Resultados dos ensaios realizados pela Embrapa na safra 2023 demonstram que, realizando três aplicações sequenciais dos fungicidas nos períodos da floração e de enchimento de grãos, sendo a primeira no início da floração (25% a 50%), e as demais em intervalos de 7 a 12 dias; a utilização de fungicidas à base de metominostrobina + tebuconazol e tiofanato-metílico (T6 – Fusão + Cercobin), com três aplicações sequenciais, demonstrou ser um dos tratamentos mais eficientes para o controle da giberela em trigo, contudo, todos os tratamentos com fungicidas apresentaram severidade inferior ao controle negativo.

Tabela 2.  Médias, agrupamento, intervalos de confiança e eficiência de controle para incidência de giberela em trigo, estimados para diferentes tratamentos fungicidas. Dados sumarizados dos 11 ensaios da Rede de Ensaios Cooperativos de Trigo para controle de giberela, safra 2023.
Fonte: Ferreira et al. (2024)

Vale destacar que, visando um controle efetivo da giberela no trigo e o manejo da resistência do fungo a fungicidas, é essencial rotacionar os princípios ativos dos produtos no programa de fungicidas. Além do adequado posicionamento dos fungicidas, pensando em um manejo eficiente da giberela, deve-se atentar para as condições climáticas e o período de pré-disposição do trigo a infecção, sendo portanto, fundamental realizar o monitoramento periódico das lavouras.


Veja mais: Até quando podemos aplicar 2,4-D na pós-emergência no trigo?


Referências:

ALMEIDA, J. L. INFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA TRIGO E TRITICALE: SAFRAS 2024 & 2025. Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária, 2024. Disponível em: < https://static.conferenceplay.com.br/conteudo/arquivo/infotecnitrigotriticalesafras20242025livrodigitalfinal-1721832775.pdf >, acesso em: 27/05/2025.

CUNHA, G. R.; CAIERÃO, E. INFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA TRIGO E TRITICALE: SAFRA 2023. Embrapa, 2023. Disponível em: < https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/doc/1153536/1/InformacoesTecnicasTrigoTriticale-Safra2023.pdf >, acesso em: 27/05/2025.

DEL PONTE, E. M. et al. GIBERELA DO TRIGO – ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E MODELOS DE PREVISÃO. Fitopatol. bras. 29(6), 2004. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/fb/a/WHmhpn6NbZJDn49RvBqjQ7D/abstract/?lang=pt >, acesso em: 27/05/2025.

FERREIRA, A. et al. EFICIÊNCIA DE FUNGICIDAS PARA CONTROLE DE GIBERELA DO TRIGO: REDE DE ENSAIOS COOPERATIVOS, SAFRA 2023. Embrapa Trigo, Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, n. 116, 2024. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1166408/1/BPD-116-online.pdf >, acesso em: 27/05/2025.

SANTANA, F. M. et al. EFICIÊNCIA DE FUNGICIDAS PARA CONTROLE DE Gibberella zeae EM TRIGO: RESULTADOS DOS ENSAIOS COOPERATIVOS – SAFRA 2013. Embrapa, 2016. Disponível em: < https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/151662/1/ID43846-2016CTO362.pdf >, acesso em: 27/05/2025.

SANTANA, F. M. et al. MANUAL DE IDENTIFICAÇÃO DE DOENÇAS DE TRIGO. Embrapa, Documentos, n. 108, 2012. Disponível em: < https://www.embrapa.br/en/busca-de-publicacoes/-/publicacao/990828/manual-de-identificacao-de-doencas-de-trigo >, acesso em: 27/05/2025.

Foto de capa: Diogo Zanata


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Sustentabilidade

MIlho fecha em queda em Chicago, seguindo dólar forte e fraca demanda dos EUA – MAIS SOJA

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A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com baixa nos preços. O mercado foi pressionado pelos sinais de demanda lenta para o cereal norte-americano e pela força do dólar frente a outras moedas correntes. A expectativa de uma safra cheia no país e na América do Sul completou o quadro negativo.

As inspeções de exportação norte-americana de milho chegaram a 1.396.206 toneladas na semana encerrada no dia 22 de maio, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Na semana anterior, haviam atingido 1.760.433 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado foi de 1.130.328 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1o de setembro, as inspeções somam 46.980.702 toneladas, contra 36.376.989 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

Na sessão, os contratos com entrega em julho de 2025 fecharam com estabilidade, cotados a US$ 4,59 1/2 por bushel. Os contratos com entrega em dezembro de 2025 fecharam com recuo de 4,25 centavos, ou 0,94%, cotados a US$ 4,46 1/2 por bushel.

 

Autor/Fonte: Pedro Diniz Carneiro – [email protected] (Safras News)


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